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"Birdamerda"; "Pauladas"

Foi esta a reacção de Miguel Sousa Tavares quando confrontado com as acusações de plágio que envolvem o seu best seller "Equador". Apesar de não o ter lido - o que, depois deste suposto escândalo não me parece assim tão grave - fiquei bastante surpreendido com a pertinência e irrefutabilidade da acusação: isto porque o(s) autor(es) tiveram o cuidado de comparar passagens de "Equador" e da obra plagiada - «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins que são, de facto, idênticas: em humor, estilo de escrita e detalhes da própria narrativa - um exemplo:

"(...) Quanto ao marajá de Gwalior, esse, imaginou a mais curta e mais extraordinária das linhas férreas de toda a Índia: era um comboio miniatura, também com os carris em prata maciça, que tinha origem na copa do palácio e penetrava na sala de jantar, através da parede. Aí, sentado em frente a um comando cheio de botões, o próprio anfitrião fazia o comboio correr ao longo da extensa mesa, apitando e acendendo luzes e fazendo-o parar diante de cada convidado para que este se servisse do vagão-whisky, do vagão-Porto, do vagão-Madeira ou do vagão-tabaco».

Miguel Sousa Tavares, «Equador», pág. 247, 1ª Edição, 2003


«The passion of the Maharaja of Gwalior (...) was electric trains. (…) It was laid out over 250 feet of solid silver rails set on a mammoth iron table at the centre of the palace banquet hall. (…) By manipulating his control panel, the prince could pass the vegetables, send the potatoes shuttling through the banquet hall, or order an express to the kitchens for a second helping for a hungry guest».

Dominique Lapierre e Larry Collins, «Freedom at Midnight», pág. 171. 2ª Edição, 2002

A coisa seria irrelevante se ficasse por aqui. Mas não fica. Há mais uma série de passagens praticamente idênticas. MST já ameaçou apresentar queixa (Margarida Rebelo Pinto 2?), mas não me parece, sinceramente, que vá muito longe.
O fim da carreira de escritor que "pôs Portugal a ler" (palavras do próprio)?
Toda a novela aqui.

AP,

Sugiro a leitura da crónica desta semana do MST no Expresso. Os argumentos por ele avançados, bem como a explicação merecem toda a credibilidade.

Pedro

Pois, isso e o "mágico" desaparecimento do "freedom to copy"; ou melhor, a sua substituição por outro que publicita o livro e o autor.

Estranho, no mínimo...

Para 1 aprendiz de jurisconsulto, cometes 1 erro grave.
E isto, pondo a polémica pró e contra plágio à parte.
Sim, o erro é de MÉTODO.
Nunca se toma por bom nada que se não comprove directamente e sem intermediação. Senão, é-se presa fácil num processo. Os sofistas não eram estúpidos, eram inteligentes, mas nem por isso deixavam de ser o que eram...
- E que tal se lesses ambos os livros?
Só assim se poderá sentenciar.
Senão está-se na categoria do mau juiz, e na lógica pura do fofoqueiro. Se fores advogado do pró-plágio, fazes o teu trabalho (tentas fazer passar a verdade ou possível mentira do cliente). Mas se estás na de advogadoo do não-plágio, farás um péssimo trabalho.
Presumirei, pois, que és ainda aprendiz do manuseamanento da prova, essa coisa fundamental que é o cimento armado dos litígios. Ou então que és mesmo advogado do pró-plágio (mas então deves eticamente assumir o mandato do cliente com transparência...).

Senão, como podes afirmar "comparar passagens de "Equador" e da obra plagiada - «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins que são, de facto, idênticas: em humor, estilo de escrita e detalhes da própria narrativa..."
?!!!!!

Para 1 aprendiz de jurisconsulto, cometes 1 erro perdoável, mas grave como exercício técnico.
(E isto, pondo a polémica pró e contra plágio à parte).
Sim, e o erro é de MÉTODO.
Nunca se toma por bom nada que se não comprove directamente e sem intermediação. Senão, serás presa fácil num processo.
(Os sofistas não eram estúpidos, eram inteligentes, mas nem por isso deixavam de ser o que eram...)
- E que tal se lesses ambos os livros?
Só assim se poderá sentenciar tão peremptória e bombasticamente.
Senão está-se na categoria do mau juiz, e na lógica pura da cadeia da fofoca (chicana, em linguagem técnica).
Se fores advogado do pró-plágio, fazes o teu trabalho (tentas fazer passar a verdade ou possível mentira do cliente). Mas se estás na de advogado do não-plágio, farás um péssimo trabalho.
Presumirei, pois, que és ainda aprendiz do manuseamento da PROVA (essa coisa fundamental que é o cimento armado dos litígios, porque fazes um errozito nos cálculos de engenharia...e lá vem o edifício abaixo!)
Ou então, presumirei que és advogado do pró-plágio (mas então deves eticamente assumir o mandato do cliente com transparência...).

Senão, como podes afirmar "comparar passagens de "Equador" e da obra plagiada - «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins que são, de facto, idênticas: em humor, estilo de escrita e detalhes da própria narrativa..."
?!!!!!
Pensa nisso...

A mim, depois de ver o Blog e de ler a justificação de MST não me parece, propriamente plágio.

1º. Ele cita as fontes

2º. As partes em questão não dizem respeito à trama (enredo) da história, mas sim a factos históricos que são relatados.

Assim, quanto a mim, MST foi pouco brioso. Embora não seja tão grave como o que à partida se possa pensar, copiar quase na íntegra partes de um livro, mesmo que citado, não fica muito bem na fotografia!

...Precisamente! Bem, mas digamos que ironia com que os factos são relatados não lhe pertence! Ou seja, ele reclama a si um estilo que não é o seu!

Quanto à veracidade das passagens, pelo menos das de "Equador", são autênticas (confirmadas por dezenas de pessoas desconhecidas e por bastantes conhecidas) . Em relação às outras não vejo por que desconfiar: em primeiro lugar porque, dos 300 comentários ao post em que se comparam as passagens de ambas as obras, nenhum se refere a nenhuma adulteração do conteúdo; em segundo, porque não me parece que alguém que está a tentar denunciar um plágio em praça pública fosse capaz de recorrer a semelhante procedimento, sabendo das consequências que duma distracção dessas poderiam advir. Seria pouco inteligente, e não me parece que alguém que, com tanto mérito, se refugia quase que única e exclusivamente numa argumentação meramente fáctica (em detrimento de outras a que por aí se assiste) tivesse o pouco discernimento de deitar tudo a perder com uma estratégia dessas.
Em relação ao seu exercício de pretensiosismo metodológico-jurídico, Sr. Advogado do Diabo, devo (i.e., não devo, mas parece-me de bom tom) dizer-lhe duas coisas: a primeira é que farei uso da metodologia jurídica quando as circunstâncias assim o exigirem: não se trata aqui de um litígio, mas sim de uma mera partilha de informação (fofoquice, ou como lhe aprouver – embora a qualidade da prosa não deixe muita margem para dúvidas em relação às suas opções literárias – devo dizer, aliás, que não deixa mesmo dúvidas nenhumas) a que acrescento uma certa dose de parcialidade, porque não sou jornalista e que, para sua grande infelicidade, (repito) não me parece deturpada e que, no caso de o estar será só isso: informação deturpada - vale o que vale - facilmente identificável por uma mente comprovadamente brilhante e iluminada como a sua; de resto, deixe-me dizer-lhe que usei a expressão “humor, estilo de escrita e detalhes da própria narrativa” para sintetizar os pontos fundamentais do autor do blog. Acreditando na veracidade das passagens (que, como já lhe disse, não deixam muitas margens para dúvidas) parecem-me idênticas (ou bastante semelhantes) nestes três pontos. Assim, concluo dizendo que não estou aqui no papel advogado do “pró-plágio” nem do “não plágio” – duas categorias que reduzem aviltantemente o interesse do debate – tal como a expressão “jurisconsulto” (“homem versado em leis”) reduz o alcance de uma licenciatura em Direito – mas sim no de bloggista (creio ser também o seu); como tal, limito-me a informar e partilhar informação, mais ou menos imparcialmente: as pessoas são livres de a aceitar ou de fazerem com ela o que bem entenderem; veja o seu caso, por exemplo: optou por dar uma lição de metodologia jurídica (apesar de ter sérias dúvidas no que toca aos seus conhecimentos da área) que tratarei de declinar, por orgulhosamente a confiar aos verdadeiros conhecedores da Ciência Jurídica que tenho o prazer de ter como professores, e por quem nutro verdadeira admiração (pelo menos intelectual).
Apesar de identificar facilmente quais os seus intuitos (ainda mais vindo o discurso de quem – certamente – vem), peço-lhe apenas que se identifique, para que possamos privar e debater estas (e quem sabe) outras matérias. Ou então não.
Aviso-o desde já que comentários em anónimo (ou sob um pseudónimo, mesmo que original e criativo como este) que se destinem única e exclusivamente a insultar e/ ou perturbar o debate serão rejeitados.

Volte sempre!

Toda a "novela" já não está "ali" (foi apagado), mas sim AQUI.

para jurisconsulto não começas mal: tens muito pêlo, eheh...
olha lá, então tu já sabes quem é o detractor do MST e não dizias nada à malta?
Sabes quem é esse blogueiro (e cito-te) que é " alguém (...)com tanto mérito"?!
E estás assim TÃO preocupado com o meu anonimato, mas já não com o das tuas """"fontes""""(muitas aspas)?!
Tsss...tssss....
What a mass!

Ai, já me esquecia!
Então ameaças-me com a CENSURA?!
Ai, ai, que coisa tããão feia e pouco demcrática!!!
Qualquer dia nomeiam-te para 1 cargo no governo...

Hum... Parece-me que o Sr. "Advogado do Diabo" está um bocadinho confuso:

1- Eu não elogiei o mérito do "detractor", mas sim da sua argumentação. Parece-me que ainda vai alguma distancia entre uma coisa e outra. E de passagem alguma do comment pode depreender que eu sei de quem se trata; de resto, acho perfeitamente compreensível que o autor tenha recorrido ao anonimato: MST parece mexer bem alguns tentáculos, os suficientes para fazer desaparecer um blog que o confronta com alguns factos e substitui-lo por outro que publicita a sua masterpiece. Sabe-se lá a que meios mais recorreria (“pauladas”, talvez) para aniquilar o acusador. Já o amigo, parece temer alguma coisa que ainda estamos para descobrir o que é, para não ter o decoro de assinar o que escreve.

2- Eu não o ameacei de censura. Não que a ideia me desagradasse, mas no que diz respeito a baixaria penso que você faz o trabalho sozinho (a começar por não se dignar a identificar-se, continuando cobardemente com o seu tonzinho provocatório em anónimo). Disse apenas que não toleraria "(...) comentários em anónimo (ou sob um pseudónimo, mesmo que “original” e “criativo” como este) que se destinassem única e exclusivamente a insultar e/ ou perturbar o debate...". Mas pronto, chame-me censor: já não tem por onde puxar, era previsível que começasse, mais cedo ou mais tarde, a entrar por estes terrenos... Quanto a isto, só lhe tenho a dizer: boa viagem!

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