Send As SMS

quarta-feira, junho 27, 2007

Os 7 horrores de Portugal


Torre do Arnado, Coimbra
© Daniel Tiago

Agora que já escolhemos 10 grandes portugueses e 7 maravilhas de Portugal (apesar de suspeitar que para a maior parte dos portugueses faltaram, indesculpavelmente, entre as maravilhas, obras arquitectónicas de... hum... relevo, como o “Colombo” ou o “Fórum de Coimbra”), somos chamados novamente a decidir, desta vez, os “7 horrores de Portugal”. Na verdade, penso que a oferta dava para decidir sem grandes dificuldades pelo menos uns 100, mas isso tornaria, certamente, o processo moroso, pelo que decidiram ficar-se pelas 7. Estão 58 edifícios a concurso, e é uma iniciativa promovida pelo “Público”. Não posso, no entanto, deixar de mostrar a minha reprovação pela gravosa omissão de um dos mais fantásticos edifícios da cidade: a “Torre do Arnado”. Sobretudo pelo seu enquadramento paisagístico. Ou talvez por aquele alumínio preto. De qualquer forma, parace-me um bom tijolo para arremessar a todos os Tomás Taveiras deste país.

Adenda: Reparei, há pouco (mesmo antes do João ter chamado à atenção) que a "Torre do Arnado" está incluída. Fez-se justiça, afinal.

terça-feira, junho 26, 2007

Alzheimer ou Incompetência?

Você decide!

"Fernando Negrão mete os pés pelas mãos em entrevista e confunde EPUL com Ippar e com EPAL


Numa entrevista ao Rádio Clube Português, Negrão começou por defender a extinção do Instituto do Património Arquitectónico(ex-Ippar, actual Igespar) por este organismo ter deixado de construir habitação para os segmentos mais carenciados da população para acabar por declarar que a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) “é, como todos sabemos, a empresa de abastecimento de água de Lisboa”

(...)

Mesmo depois de o jornalista João Adelino Faria lhe ter chamado a atenção para o engano, Fernando Negrão continuou baralhado: “Eu estava a falar do Ippar, não da EPUL. Queria falar da EPUL”. E, logo a seguir: “A extinção que admito é a do Ippar”. E quando por fim entrou no tema EPUL foi para se alongar sobre os desperdícios de água na cidade, confundindo desta vez a empresa com a EPAL."

sábado, junho 23, 2007

Dou um bombom a quem adivinhar quem faz a capa da TABU (revista do Sol) desta semana!

Lisboa, Natalidade e o PNR

"José Pinto-Coelho foi recebido ontem pelo presidente de direcção da APFN (Associação Portuguesa de Famílias Numerosas), Fernando Castro. O encontro decorreu simbolicamente no dia em que entrou em vigor a nova lei que permite o aborto livre até às dez semanas. O PNR defende a vida humana desde a concepção e exige uma política de Família que ponha termo ao crescente défice de natalidade..."

in blog de campanha do PNR à Câmara de Lisboa

Espera lá... Mas isto não era um blog de campanha às autárquicas intercalares de Lisboa?

(In)consciência, (In)competência, (In)consistência

De um momento para o outro, centenas de médicos descobriram que a Interrupção da gravidez era uma coisa horrível. Se praticada por opção da mulher, claro está. E então decidiram usar a chamada “objecção de consciência” para estenderem o seu círculo de convicções pessoais à sua actividade profissional. Dito de outro modo, recusam-se a conceder às mulheres um direito que lhes assiste desde a promulgação da nova Lei da IVG, a 10 de Abril. Para mim, isto faz todo o sentido. É o mesmo que, de um momento para o outro, os advogados passarem a ter o direito a não defender homicidas. Nem pedófilos. Nem corruptos. É assim que pensarão, certamente, muitos dos médicos que fizeram uso deste instrumento tão conveniente para se recusarem a fazer o seu trabalho: que as mulheres que pretendem abortar dentro dos limites de uma lei que se recusam – e já é tempo de começar a chamar às coisas pelos nomes – simplesmente, a cumprir, não merecem os seus serviços. Pois bem, dir-me-ão que nenhum advogado é obrigado a aceitar determinado caso, ou seja, que tem o direito a defender quem bem entenda. O que lhe acontecerá é que se o fizer repetidamente, deixará de ser útil à entidade que o empregou. Não tardará até que isto suceda com os médicos, classe profissional que se julga um tanto ou quanto protegida por um Código Deontológico um tanto ou quanto nebuloso. Comecem almas tão puritanas a ver o seu lugar ameaçado – por haver profissionais dispostos a trabalhar mais úteis que eles - e veremos até onde levam tão nobre consciência...

sexta-feira, junho 22, 2007

Para reflectir...

Dou-me ao trabalho de transcrever este artigo do Público de 4ª feira, intitulado O oráculo, do jornalista Joaquim Fidalgo, porque acho que demonstra o que se passa em relação a este Presidente da República e que ninguém vê ou não quer ver:
"Era uma vez um primeiro-ministro de Portugal que, segundo confessou num momento de rara sinceridade, nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Ao contrário dele, havia outras pessoas - e membros de outros órgãos de soberania - que por vezes tinham dúvidas, desde logo sobre algumas opções do Governo liderado por ele. Mas se essas pessoas ousavam tornar públicas tais dúvidas, pondo em questão esta ou aquela medida, apelando a esta ou àquela reponderação, o primeiro-ministro reagia mal, por entender que estavam a fazê-lo perder tempo precioso na condução do país 'Deixem-nos trabalhar, deixem-nos trabalhar!...', reclamava, enfadado. De facto, se ele nunca se enganava e raramente tinha dúvidas, tentar discutir a bondade das suas escolhas e decisões era perder tempo: as suas escolhas e decisões eram sempre as melhores, com certeza absoluta.
Mau, mesmo mau, era quando essas dúvidas ou remoques vinham do Presidente da República de então. Ficou célebre o modo como o dito primeiro-ministro resolveu baptizar, à época, não só o presidente, mas todo e qualquer organismo ou istituição que entendesse manifestar opinião dissonante do executivo: eram "forças de bloqueio", eram gente que não deixava o Governo "trabalhar" e que, portanto, estavam, com as suas dúvidas, a impedir o progresso do país. Por isso é o que o tal primeiro-ministro raramente tinha dúvidas: para que o progresso do país nunca parasse!
O mundo deu voltas e esse primeiro-ministro, depois de uma alargada travessia do deserto, voltou ao poder - mas, agora, precisamente à Presidência da República, ao tal sítio onde costumava morar uma "força de bloqueio" ao Governo. Seja porque o tempo passou, porque as coisas evoluiram ou porque as paredes do Palácio de Belém têm uma substância qualquer que afecta os seus inquilinos, o certo é que o actual Presidente também já tem dúvidas - e muitas. A mais recente, uma dúvida fortíssima, foi sobre os estudos para o novo aeroporto de Lisboa. Pelo meio, teve dúvidas sobre os critérios da RTP quanto à transmissão ininterrupta de uma cerimónia oficial em que ele participava. Agora anuncia-se (pela voz de Marques Mendes) que o projecto do TGV também lhe oferece fortes dúvidas. Saúda-se a evolução, e não se cairá no excesso (cometido por alguns no passado...) de confundir uma dúvida ou uma chamada de atenção com uma "força de bloqueio".
Pela parte que me toca, eu tenho dúvidas aos montes. E até tenho dúvidas sobre algumas das dúvidas que os outros têm. Quando vejo o presidente da CIP repetir até à exaustão que o novo estudo sobre a localização do futuro aeroporto foi de algum modo "articulado" com as dúvidas do Presidente da República sobre a matéria e que, a haver mudança da decisão do Governo, ela ficará a dever-se ao empenho do Presidente da República, fico com as minhas dúvidas. Aliás genericamente duvido que devamos endeusar a palavra do Presidente, seja a propósito de que assunto for, só porque é o Presidente. "Força de bloqueio" não; mas oráculo infalível e sagrado, também não. Como o homem agora já tem dúvidas, se calhar por vezes também se engana..."
Depois disto...não tenho dúvidas.

"Fuck Him" de viva voz

quinta-feira, junho 21, 2007

Para quem ainda não tinha percebido a intenção:

Joe Berardo aparece esta semana na capa da Visão e da Sábado!
Menos de uma semana depois da OPA sobre o Benfica, "o homem" consegue a sua intenção: aumentar o seu mediatismo!
Não se pode dizer que a estratégia seja má, e está a dar resultados. No entanto, a escorregadela com o "fuck him" a Rui Costa pode-lhe comprometer as boas graças em que pretendia cair no seio benfiquista.

terça-feira, junho 19, 2007

"HOJE É O DIA COM MAIS ALUNOS A EZAMES"

no... Correio da Manhã

segunda-feira, junho 18, 2007

Eu, Jorge Nuno

Pinto da Costa dá uma curiosa entrevista ao "Público", que está disponível online. Aconselha-se a sua leitura. Transcrevem-se algumas tiradas - geniais, diga-se - para aguçar a curiosidade:

"(...) Público: Declarações de Carolina Salgado terão servido para descodificar o nexo de causalidade em que Jacinto Paixão pedia ao empresário António Araújo que lhe arranjasse, por exemplo, “fruta” e as prostitutas que se diz terem sido um serviço oferecido pelo FC Porto à equipa de arbitragem...

Pinto da Costa:
Fruta? Fruta como eu todos os dias ao pequeno-almoço, que faz muito bem à saúde.

(...)


P: Mas Carolina Salgado refere, até no livro Eu Carolina, a existência de ofertas a árbitros...

PC:
Como é sabido, as minhas preferências literárias vão mais para o poeta José Régio. Não aprecio literatura de cordel.

(...)

P:
Resposta a quem? A Maria José Morgado?

PC:
Não, não. Refiro-me mais a alguns apêndices sequiosos de protagonismo, aqueles que vão para as televisões fazer afirmações descabidas sobre o meu salário e que falam das ligações dos autarcas ao Ministério Público.

P: Está a referir-se a quem?

PC:
Olhe, vou fazer uma analogia entre o lugar comum da promiscuidade entre a política e o futebol e àquela que existe entre alguns elementos dos media e elementos do Ministério Público. Algo semelhante entre o que se passava na corte francesa, em que os segredos de estado eram partilhados na alcofa.

(...) P: O que acha do facto de o realizador João Botelho ir fazer um filme baseado no livro “Eu, Carolina”?

PC:
Acho normal. É a sequência lógica e faz parte do plano que levou à publicação do livro. Tudo começou quando saí de casa em que vivia [com Carolina Salgado] e quando, depois, recusei ceder às tentativas de chantagem. No dia 14 de Maio de 2006 saiu uma entrevista no Correio da Manhã de um individuo em que ele exibia objectos meus que ainda hoje não reavi e em que falava num plano para me extorquirem 500 mil euros. Estou à vontade porque nem conheço o cavalheiro. Depois, o resto também é conhecido: uma mulher interveio e é uma das protagonistas do filme, o marido filmou e alguém patrocina..."

domingo, junho 17, 2007

Francisco Menezes num daqueles espaços de entrevistas estúpidas do Sol (outra vez)

Eu sei que ninguém vai achar piada, mas...

Fecha a torneira quando lava os dentes?
Não, uso uma escova de dentes. É muito mais prático

Tem casa de fim-de-semana?
Tenho. E também a uso à semana. Mas não é grande coisa.

Há pessoas insubornáveis ou todos temos um preço?
Há de tudo. Até há gente que acha o Pedro Abrunhosa um bom cantor.

Já viu a morte à frente?
Não. Mas uma vez vi a Odete Santos.

Não querendo parecer benfiquista...

...reparei que um artigo do Sol desta semana, sobre a recente acusação de Pinto da Costa, foi escrito por Felícia Cabrita, nada mais nada menos que a co-autora da mais recente Biografia de Pinto da Costa: "Luzes e Sombras de um Dragão"

sábado, junho 16, 2007

EU, RESSABIADA


Carolina, a Ressabiada, acaba de ter mais uma excelente razão para ser noticia em tudo o que é telejornal. Vai ser realizado um filme inspirado na sua vida ao lado de Jorge Nuno Pinto da Costa.


Curiosamente, o filme será realizado pelo seu amigo João Botelho, marido de Leonor Pinhão, conhecida jornalista e fervorosa adepta benfiquista que não perde uma oportunidade para demonstrar o seu mau perder em todas as suas criticas futebolisticas no jornal a Bola.

O filme, intitulado 'Corrupção', terá um orçamento de mais de 1 milhão de euros e contará com a participação de vários conhecidos actores da nossa televisão.


Convém recordar como é que se passou tudo isto... Pinto da Costa entra numa casa de alterne chamada Calor da Noite, apaixona-se por uma das "vendedoras de champanhe", vive com ela durante seis anos e passado esse tempo decide terminar a relação. Carolina primeiro tenta fazer chantagem com Pinto da Costa, depois decide aliar-se aos seus comparsas mais a sul e entrar no Jet Set da capital. Lança um best-seller, mete dinheiro ao bolso nos mais variados eventos e faz acusações ao seu ex-companheiro. A Drª Maria José Morgado, lendo o livo de Carolina com toda a atenção, decido acusar formalmente Pinto da Costa baseando-se no testemunho prestado pela credível Carolina num qualquer hotel de Lisboa.


Enfim, vamos ver um filme baseado num romance/policial/biografia de uma alternadeira pouco credível mas que promete encher as salas de cinema em Portugal. Até que enfim que um filme português consegue levar pessoas às salas de cinema.


P.S.- Espero que a Drª Maria José Morgado não se esqueça de acusar a única pessoa que se tem a certeza que é culpada no meio disto tudo, a menina Carolina. Ou é por ser co-autora/cúmplice ou por ser mentirosa.


Playlist para Junho

Exclusivamente em português. Para quem ainda duvidava que por cá se fez e se continua a fazer boa música.




1. Adeus Minho Encantador
José M. dos Santos/ "Recordando Nuno Guimarães""

2. Marcha dos Foliões
Brigada Vitor Jara/ "Marcha dos Foliões"

3. Milho Grosso
Gaiteiros de Lisboa/ "Bocas do Inferno"

4. Maria da Fonte
Vitorino/ "Não Há Terra Que Resista"

5. Doideira
Quadrilha/ "Entre Luas"

6. Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89
Dr. Alcides Sá Esteves e Rui P. Lucas/ "Coimbra - Baladas, Fados e Guitarradas"

7. Sapateia
Adriano Correia de Oliveira/ "Cantaremos"

8. Encadeia
Grupo de Cordas da SFAAC/ "A Secção de Fado Apresenta..."

9. Tico-tico
Grupo de Cordas Allegro/ "Allegro... Com Class..."

10. Mar Goês
Carlos Paredes/ "Canção Para Titi - Os inéditos (1993)"

11. Traz Outro Amigo Também
José Afonso/ "Série Ouro - Traz Outro Amigo Também"

sexta-feira, junho 15, 2007

Joe ( ou José) Berardo quer investir no (seu) Benfica

Pois é! Parece que o homem não se cansa do mediatismo. Agora, salteando a proposta com "rasgados elogios" a Luís Filipe Vieira, propõe-se tornar o Benfica Grande!
Os elogios a LFV acredito que sejam genuínos. Não é preciso ser muito observador para reparar nas semelhanças de estilo entre os dois (não falo do estilo de roupa, evidentemente. É difícil arranjar alguém que se vista integralmente de preto, como o Joe Berardo).
Já a OPA, que não é hostil (nunca seria!), deixa-me desconfiado. Se há coisa que o "José" não parece, nem demonstra, ser é estúpido. Ora, as acções do Benfica, tal como as de qualquer clube, não parecem ter grande futuro (desvalorizaram cerca de 40% desde que entraram em Bolsa...há semanas).
Das duas uma: Ou este investimento, ou o anúncio per se, é suficiente para mudar a corrente e tornar as acções "apetecíveis"; ou, então, esta é (mais) uma manobra, muito ao estilo do Joe!
(uma eventual 3ª hipótese, o "amor ao clube", não me parece credível, mas veremos)

Esperemos para ver!
("CÓRAGEM" benfiquistas!)

Skins, Neonazis, Música e Futebol


António Salas não existe. E, como ele, também a personagem Tiger88, criada por ele, não existe. O primeiro pseudónimo serve para lhe proteger a identidade. O segundo serviu para se infiltrar no movimento neonazi espanhol. Começou em chats e acabou como colaborador para inúmeros fanzines de extrema-direita, membro da claque do Real Madrid “Ultrassur”, companheiro de cenas de violência contra imigrantes e adeptos de outras claques e de tertúlias onde se debatem temas como o sucessor do Führer ou o poder do sionismo no mundo ocidental.

Mas tudo isto peca pela sua previsibilidade. Não é preciso estar infiltrado num movimento neonazi para se saber que, muito provavelmente, serão estas as suas actividades. E é aqui que está o mérito do trabalho de António Salas: ter descoberto e registado (o jornalista muniu-se durante todo o tempo em que esteve infiltrado – cerca de um ano – de uma câmara de filmar, que escondeu no casaco e que lhe permitiu gravar desde interiores de bares frequentados quase que exclusivamente por skins a cenas de espancamento de adeptos de claques rivais) informações impossíveis de adivinhar de outro modo, como, por exemplo, o financiamento atribuído por dirigentes desportivos a claques que, fora do Estádio, mais do que provocar distúrbios, agridem adeptos de outros clubes. Claques essas constituídas por skins, muitos deles cadastrados e incapazes de esconder o ódio (“(...) O ódio. Um ódio irracional, absurdo e irrefreável, que nos embargava a todos...”) que sentem por imigrantes, mendigos, prostituas, homossexuais, que consideram serem a corja da sociedade (“(...) 23 de Junho de 1998. Quatro jovens skinheads, entre os dezassete e os vinte anos, regaram com gasolina um mendigo enquanto dormia, numa rua da Corunha, e deitaram-lhe fogo...”).

“Diário de um skin” é um completo tratado sobre o movimento neonazi, não só espanhol, como mundial. Está repleto de informações sobre aqueles que alimentam ideologicamente o movimento (e que segundo o próprio autor manipulam e se aproveitam, em muitos casos, da devoção e ingenuidade destes militantes), bandas que animam as manifestações e concertos em que estes grupos participam (com nomes e letras tão sugestivas como “Estirpe Imperial” (”Guerra nas ruas. O asfalto tinge-se de vermelho outra vez. / Sai à rua e recorda, morrer ou vencer) ou “Tropa SS”), vídeos sugestivos com títulos como Lucrecia jódete (em alusão à imigrante dominicana Lucrecia Pérez, assassinada em 13 de Novembro de 1992 por um guarda civil neonazi), ligações de movimentos de extrema-direita ao Islão, por serem, alegadamente, aliados no “combate ao sionismo” (o atentado terrorista de 11 de Setembro dividiu a comunidade skin nos EUA: de um lado ficaram os que perderam familiares e amigos, e que, obviamente, repudiaram o atentado; de outro ficaram os que aplaudiram o atentado por ter acabado com um dos grandes centros económicos controlados por judeus), centros de investigação e divulgação da ideologia neonazi, como o Círculo de Estudos Indo-Europeus em Espanha, esoterismos e ocultismos entre a comunidade skin (o autor descreve acampamentos e rituais dignos de figurar numa produção hollywoodesca, em que se incendeiam cruzes e se fazem juramentos), entre uma infinidade de outros dados que recolheu enquanto infiltrado. Como afirma o próprio autor: “a informação que recolhi dava para escrever não um, mas dez livros sobre o movimento neonazi”.

Para concluir, e sem adiantar muito mais sobre este livro que se aconselha a toda a gente que queira saber um pouco mais sobre a história do movimento skin na Europa (surgido – desconhecia completamente – no seio do movimento punk britânico) ou sobre a própria dimensão da ideologia nacional-socialista no mundo ocidental, em pleno séc. XXI, deixo um parágrafo sobre “a outra face da moeda”. Para quem ainda acredite que os movimentos de extrema-esquerda são mais puros ou menos violentos: “(...) Mas também me irrita que a extrema-esquerda procure instrumentalizá-la [a hipocrisia dos ideólogos neonazis ao negarem o seu envolvimento com integralistas islâmicos] (...) e depois de se desfazer em elogios ao meu trabalho, procure utilizá-lo para demonstrar como vocês [skins] são maus e eles bons. Como se a extrema-esquerda tivesse algo a apontar à extrema-direita. Calculo que se soubessem que enquanto trabalhei na minha investigação entre anarquistas, okupas, SHARPS (Skin Heads Against Racial Prejudice), red-skins e restantes radicais de esquerda, cheguei a gravar com a minha câmara oculta terroristas bascos descrevendo os seus atentados, não tentariam manipular-me a mim também. Ao fim e ao cabo, fascistas e antifascistas são extremos que se tocam a partir do momento em que radicalizam os seus métodos e as suas ideias...”. Resta acrescentar que também os skins de extrema-esquerda têm ligações ao futebol (se não estou em erro, a claque do Osasuna de Navarra é uma delas). Depois de lerem o livro, só têm de tirar as vossas conclusões. Está tudo lá. E o pior é que estamos a falar de factos.

Um pouco de Ciência (para variar), algo de novo (RNA) e um olhar sobre o Futuro. Tudo isto num artigo da "The Economist", o que dá sempre credibilidade!

quinta-feira, junho 14, 2007

Portugal é o Estado-membro que mais paga para o orçamento comunitário

terça-feira, junho 12, 2007

Safari para Windows

Aqui. 

A Vodka de Putin


Entrada triunfal no G8... Com os copos!

Que mania!

Há uma semana estava calor. As pessoas queixavam-se. As televisões atribuíam o "fenómeno" ao aquecimento global. Uma especialista do instituto de meteorologia esclarecia (leia-se relembrava) as pessoas que estas temperaturas são normais para esta altura do ano.

Agora está mais frio. As pessoas queixam-se. As televisões atribuem o "fenómeno ao aquecimento global. Um senhor no Alentejo diz que estas temperaturas são típicas dos meses de Janeiro e Fevereiro (tenho de ir viver para o Alentejo).

Eu sei que este exagero é necessário para sensibilizar as pessoas para o Aquecimento Global. Eu sei.
Mas irrita-me profundamente a típica aversão à mudança e a mania dos telejornais de, sempre que muda a temperatura, falar do fenómeno!

segunda-feira, junho 11, 2007

O bom trabalho da comunicação social

A TVI decidiu fazer uma sondagem aos "portugueses"
sob a questão: "Prefere o novo aeroporto em Alcochete ou na Ota?"

Claro que, devido à recente polémica à volta do Ministro, a maioria dos "portugueses", certamente de posse das mais qualificadas informações sobre a validade de cada terreno (principalmente de Alcochete, que surgiu nos últimos dias), afirmou-se contra a Ota e a favor de Alcochete. Naturalmente que se a hipótese avançada fosse outra, em vez de Alcochete, ganharia também. Afinal o que interessa é que a Ota, que se confunde com Mário Lino, é má! Porquê? Porque sim! Porque a comunicação social diz (ou dá a entender)!

Este é mais um belo exemplo do serviço público da TVI e da utilidade deste tipo de acções "tipo" Opinião Pública.

Apenas cerca de 30% dos inquiridos tiveram a humildade de não se pronunciar. Eu incluir-me-ia neste grupo. Por um lado, é ponto assente que a Ota sempre foi a única opção dada e incontestada, pelo que soa a estranho a celeuma criada agora. Por outro, não me é, obviamente, indiferente a série de estudos que têm surgido recentemente que a dão como uma má solução.

De uma coisa estou certo. Mário Lino tornou-se num dos meus Ministros preferidos. É um homem com sentido de humor, o que é uma das principais qualidades necessárias a um bom político e imensamente rara, nos dias de hoje, e é frontal e politicamente incorrecto. Aquelas afirmações parecem-me, agora (ao contrário do que me pareceu na altura, reconheço), completamente descontextualizadas e mediatizadas. O Ministro fez muito bem em não ter pedido desculpa! Infelizmente, não durará muito tempo, sob o lema de "ministro impopular na televisão vai para a rua".

O quase neoliberalismo

Aqui há uns tempos lia-se no blog que é considerado o expoente máximo do neoliberalismo português (no que toca a matérias económicas, claro. Para tudo o resto deve o Estado dar a sua palavrinha) um excelente post de um tal João Miranda, a propósito da Greve Geral marcada para 30 de Maio, que questionava o porquê de não se poder conceder aos trabalhadores "o direito de livremente renunciarem ao Direito à Greve no seu contrato de trabalho". Excluindo qualqer juizo moral sobre o assunto, até aqui nunca tinha pensado que fosse possível renunciar-se a um direito constitucionalmente tutelado, muito menos num contrato de trabalho. E não penso estar errado quando digo que tal contrato de trabalho seria, precisamente, inconstitucional. Dispus-me a esquecer o assunto. Até ao dia em que descobri que Monsieur João Miranda lecciona... et voilá: Direito Constitucional. A verdade é que nem quero imaginar onde.

sexta-feira, junho 08, 2007

Nem mais!

quarta-feira, junho 06, 2007

Pelo menos tinha sentido de humor


"Carmona Rodrigues quer maioria absoluta"

in Diário de Notícias

segunda-feira, junho 04, 2007

Leis Universais II

Há certos assuntos que considero indefensáveis: tenho arrumado as touradas e os touros de morte nessa gaveta; mas este post fez-me pensar novamente sobre o assunto. A verdade é que ainda não cheguei a nenhuma conclusão, e estou cada vez mais dividido. Sim, é quase compreensível "(...) que as comunidades rurais possam contemplar à sua maneira a morte e a evanescência sem serem azucrinadas pelos arrebatamentos virtuosos (e inesgotáveis) de um Tiago Mendes...": mas a questão que se coloca é esta? E a comunidade cosmopolita/ burguesa / instruida que também assiste? É aqui que a questão dos valores (mais ou menos universais) se começa a colocar...

Leis Universais

Convenço-me que ainda está para chegar o dia em que consiga ter uma conversa com uma funcionária de secretaria que não consista nesta a dar-me um qualquer tipo de sermão. Só no BDEL já devo ter apanhado uns 7 ou 8. Apetece-me sempre dizer: "Peço desculpa, mamã".

A Mesa de Café

Imprensa Desportiva

a mesa de café Blogger