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domingo, outubro 29, 2006

Caricatura

Alberto João Jardim está preocupado com os cortes nas transferências para a Madeira anunciados pelo governo. Afinal, prometeu um novo Estádio para o Marítimo, promessa que "irá cumprir nem que tenha, para isso, que fazer alguma Engenharia Financeira". Pergunto: onde é que o governo estava com a cabeça? Pobre Jardim, pobres madaranses...

sexta-feira, outubro 27, 2006

La question noire en Europe : la situation au Portugal


O programa da rádio aqui. (em francês!)

quinta-feira, outubro 26, 2006

"Birdamerda"; "Pauladas"

Foi esta a reacção de Miguel Sousa Tavares quando confrontado com as acusações de plágio que envolvem o seu best seller "Equador". Apesar de não o ter lido - o que, depois deste suposto escândalo não me parece assim tão grave - fiquei bastante surpreendido com a pertinência e irrefutabilidade da acusação: isto porque o(s) autor(es) tiveram o cuidado de comparar passagens de "Equador" e da obra plagiada - «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins que são, de facto, idênticas: em humor, estilo de escrita e detalhes da própria narrativa - um exemplo:

"(...) Quanto ao marajá de Gwalior, esse, imaginou a mais curta e mais extraordinária das linhas férreas de toda a Índia: era um comboio miniatura, também com os carris em prata maciça, que tinha origem na copa do palácio e penetrava na sala de jantar, através da parede. Aí, sentado em frente a um comando cheio de botões, o próprio anfitrião fazia o comboio correr ao longo da extensa mesa, apitando e acendendo luzes e fazendo-o parar diante de cada convidado para que este se servisse do vagão-whisky, do vagão-Porto, do vagão-Madeira ou do vagão-tabaco».

Miguel Sousa Tavares, «Equador», pág. 247, 1ª Edição, 2003


«The passion of the Maharaja of Gwalior (...) was electric trains. (…) It was laid out over 250 feet of solid silver rails set on a mammoth iron table at the centre of the palace banquet hall. (…) By manipulating his control panel, the prince could pass the vegetables, send the potatoes shuttling through the banquet hall, or order an express to the kitchens for a second helping for a hungry guest».

Dominique Lapierre e Larry Collins, «Freedom at Midnight», pág. 171. 2ª Edição, 2002

A coisa seria irrelevante se ficasse por aqui. Mas não fica. Há mais uma série de passagens praticamente idênticas. MST já ameaçou apresentar queixa (Margarida Rebelo Pinto 2?), mas não me parece, sinceramente, que vá muito longe.
O fim da carreira de escritor que "pôs Portugal a ler" (palavras do próprio)?
Toda a novela aqui.

sábado, outubro 21, 2006

Todos bons rapazes!

Vem este fim-de-semana no Sol a seguinte notícia:

PCP não condena Coreia nuclear

O PCP foi o único partido a opor-se a um voto de protesto pela realização de um teste nuclear na Coreia do Norte, anteontem no Parlamento. Os comunistas não só não condenam como apoiam o regime de Kim Jong II. Na semana passada, o Comité Central manifestou “solidariedade” com o regime de Pyongyang.


P.S. Mais um exemplo daquele que foi, segundo Ricardo Araújo Pereira, o motivo da sua saída do partido!

Convite

Cá vos espero ;)

quarta-feira, outubro 18, 2006

"Você não é a favor do aborto, pois não?"

"CDS-PP quer alterar pergunta do referendo sobre o aborto"

in Público

segunda-feira, outubro 16, 2006

Ah, Fadista!

"(...) O meu grande sonho é chegar aos 50 anos e fazer só o que achar importante ou o que me apetecer: por exemplo, aceitar o convite do jornal "SOL" para a festa do seu vigésimo aniversário, mas recusar um concerto no Olympia de Paris."

Mariza, in "Tabu"

One Small Step

Sim, já se sabe: Steve Jobs e Bill Gates não são nenhuns modelos de generosidade. Provavelmente, até são mesmo mauzões, bonacheirões, fumam charuto e usam cartola. Mas até têm feito umas coisas simpáticas, ultimamente: o primeiro lançou – finalmente – um iPod caridade (na verdade chama-se "iPod nano Product" ("iPod nano Produto": tomem lá, "consumidores") - , ié, um iPod cujos 5% do preço total ($10, para ser preciso) revertem para o fundo global de combate à SIDA em África. Nada mau, tendo em conta que $25 é o que a Apple ganha por cada unidade vendida. Gates criou uma “Gates Foundation” e diz-nos o seguinte, no site da fundação: “(...)Our strategy is focused. Because most of the world's poorest people rely on agriculture for food and income, we support efforts to improve crop production and access to markets for smallholder farmers. Because loans, insurance, and savings help people weather financial setbacks and build assets, we facilitate access to financial services for the poor. And because information can change lives, we support public access to computing in libraries worldwide.” Existem outras metas (para os EUA, por exemplo).
Numa linha (ou 2): Um pequeno passo para uma redistribuição mais justa de recursos, um passo de gigante para a preservação do sistema a longo prazo.

A Sombra

Penso não haver muita coisa que esteja mal n’ “O Sol”. Atrever-me-ia, aliás, a dizer, que a única coisa que está verdadeiramente mal – à excepção do seu tendenciosismo, desculpável — é mesmo José António Saraiva, que assina esta semana um editorial intitulado “Uma Cultura de Morte”.
Para minha grande surpresa (ou não), JAS ainda não percebeu duas coisas muito simples: a primeira é que ninguém está interessado nas conversas “secretas” que teve com o seu mui amigo Balsemão, nem nas razões que o levaram a abandonar o “Expresso”; a segunda, é que ninguém está interessado, propriamente, nele. Talvez no Prof. Marcelo ou em Miguel Portas. Mas não nele.
Ficarmo-nos por aqui já não seria pouco, mas parece haver ainda outra coisa que escapa a JAS: que pôr toda a esquerda no mesmo saco é errado - tal como fazer o mesmo com toda a direita o seria, da mesma maneira - ora, se JAS ainda nem a esta simples conclusão conseguiu chegar, é difícil que algum dia venha a perceber (ou acreditar) que nem toda a esquerda acredita numa “cultura de morte” – apesar de não me atrever a negar a hipótese de que haja aquela que acredita – da mesma maneira que me parece difícil que Jerónimo de Sousa venha algum dia a perceber (ou a acreditar) que haja alguém à direita que não seja reaccionário – apesar de não me atrever a negar a hipótese de que haja aquela que efectivamente o é. Infelizmente para ambos, não me parece que haja muita gente com paciência para lhes explicar que as coisas não são bem assim.

Para meu grande espanto (volto a repetir: ou não) JAS considera os debates sobre o aborto e o casamento entre homossexuais (“estéreis”) uma perda de tempo. O país deveria, antes, estar a “promover nascimentos”. Deduzo que tentar fazer as duas coisas seja uma hipótese que não passa pela cabeça de JAS. Duvido, aliás, que este alguma vez tenha dedicado mais do que uns minutos ao conceito de pragmatismo: talvez porque se o tivesse feito não acreditaria que toda a esquerda estivesse empenhada numa “cultura de morte”. Tavez percebesse que existe uma esquerda (e acredito que seja uma maioria) que não é a favor do aborto (i.e., do acto de abortar), mas sim da despenalização do aborto. Talvez percebesse que existe uma esquerda que não encoraja o acto de abortar: antes o desmistifica. Talvez percebesse que existe uma esquerda que não considera o acto de abortar uma decisão que deva ser tomada de ânimo leve ou por mera conveniência, mas sim um acto a controlar com legislação rígida e completa sobre a matéria. Talvez percebesse que o que se pretende é não penalizar alguém que já sofreu o suficiente. Parece-me bastante difícil que JAS consiga entender alguma destas ideias – e ainda mais difícil que consiga entender o que está por trás da eutanásia (Ana Costa, uma mulher com cancro que testemunhou para uma reportagem da SIC sobre o tema, define-a de uma forma, a meu ver, deliciosa: “caridade cristã”) cujo debate considera outra “perda de tempo”. É compreensível. E acredito que fosse preferível, para JAS, pôr estas questões “incómodas” de lado. Ignorá-las. Fingir que não existem, que não acontecem. Felizmente que há muitas pessoas que não pensam assim: o seu jornal está, aliás, cheio delas...

quinta-feira, outubro 12, 2006

galvanize

刺激

galvaniseer

galvanisez

電流を通しなさい

galvanisieren

γαλβανίστε

galvanizzi

직류 전기를 통하십시요

galvanizar

гальванизируйте

Esta tarde

Num LIDL (cheio de gente), após um pequeno desentendimento linguistico entre mim e a senhora da caixa:

"Quelq'un parle anglais?", diz a mulher.

*Silêncio no recinto e os olhares fixados na mulher*

"Alors, nous sommes pas anglais!", diz alguém.

Inacreditável.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Infeliz (II)

A figura da dúzia de estudantes que se concentrou na porta férrea para berrar, entre faixas amarfanhadas, coisas como: "Bolonha é elitização, Bolonha não". De certeza que não há formas de protesto menos...absurdas? Ninguém lhes tira a razão: apenas fotos (turistas) - "UUuUU! So típico! Radical left-wing students making a protesto!!"

Infeliz

O slogan da FOX: "Emoções em série" que pode, a meu ver, entender-se de duas maneiras: que o entretenimento FOX é produzido em série, como se se de uma peça vestuário ou de um automóvel se tratasse - embora a mercantilização da cultura e do entretenimento já não sejam novidade para ninguém, impressiona pensar que só o que encontra mercado é produzido; e que as séries da FOX provocam emoções no espectador - não duvido que seja verdade, mas o slogan não deixa de estar... fraco?

Haverá Explicação...

... Para o estardalhaço que fizeram no "Jornal da Noite" acerca de um simples avião de 2 passageiros que teve unica e exclusivamente a... infelicidade de embater contra um prédio de habitação?

Às 20:30 a SIC continuava em directo: meia hora de pura especulação, que só terminou quando apareceu na CNN, em rodapé, em letras garrafais, que estava afastada qualquer hpótese de se tratar de um atentado terrorista.

Ou então não. Na TVI, a "Pivot" prosseguia com um chorrilho de perguntas de interesse vastíssimo: "Está mau tempo aí, não está, Luís?"

If I Could

"(...) So we talked about what song I might be seating on – song or songs – there’s a chance to play “If I Could”, ‘cause I played the melodica on that song in Japan, on the Japan tour and… You know, every time I play a song, I always ask...you know, what the song’s about to Jack, I just love when Jack gets into his moment of describing a song, where the inspiration came from, so it’s always a cool thing – I always ask about every song...
As I recall, the story was that a friend of his is having some problems, like an illness... If you could go in there and change things, and make things better, the willingness to do that, that spirit is what really the song’s about..."


Money Mark
on Jack Johnson's "If I Could";
Jack Johnson, ALO, Money Mark, Matt Costa and G. Love, “A Weekend at the Greek”

If I Could, Jack Johnson (In Between Dreams)

A brand new baby was born yesterday,
Just in time
Papa cried, baby cried
Said, your tears are like mine
I heard some words
from a friend on the phone,
didn't sound so good
The doctor gave him two weeks to live
I'd give him more if I could

You know that I would now
If only I could
You know that I would now
If only I could

Down the middle drops one more
grain of sand
They say that
new life makes losing life easier to understand
Words are kind
they help ease the mind
I miss my old friend
And though you gotta go
we'll keep a piece of your soul
One goes out
One comes in

You know that I would now
If only I could
You know that I would now
If only I could

terça-feira, outubro 10, 2006

Ninguém Quer Saber

Sócrates, o papá, continua o seu programa de “reformas” sem encontrar o mínimo obstáculo: Marques Mendes continua com a sua oposição incipiente, berrando aos microfones a sua indignação: reparo, aliás, que Marques Mendes tem vindo a sentir bastante, ultimamente: acha as propostas do governo desonestas, acha Sócrates conflituoso e que tudo isto lhe causa um grande mal-estar. Mas a verdade é que ninguém quer saber dele para nada: niguém à excepção dele próprio, que vai partilhando os seus sentimentos com a população que apenas lhe berra (de volta) acerca da data de abertura de um novo Centro de Saúde e coisas do género. Cavaco vai à Espanha distribuir equipamentos GPS, ou PDA, ou que raio ele (Ele) lá foi levar, e os nuestros hermanos nem uma coluna decente ou primeira página lhe dedicam – não querem saber de dele (Dele) nem de nós para nada; de Louçã nem um suspiro (já não quer saber), de Jerónimo a cassete do costume – de que já ninguém quer saber. Ribeiro e Castro desistiu – ou no caso de não ter desistido, assim o parece. Pelo menos, os noticiários também já não parecem querer saber dele para nada. Só os professores e um ou outro sindicato é que ainda se vão importando, mas a ministra também não parece querer saber deles para nada. Alberto João vem dizer semi-amedrontado que o pais é governado por loucos (e o tom em que o disse ainda me deu para rir uns minutos) mas, uma vez mais, ninguém quer saber: mandam-no para o fim do telejornal. Há um novo Nobel da Economia, mas... quem é que quer saber? Ninguém. A única coisa que ainda gera alguns soundbytes é as eleições brasileiras: mas Lula saiu-se bem e, aparentemente, já ninguém quer saber do Mensalão. E se ninguém quer saber de nada disto, eu também não.

domingo, outubro 08, 2006

Ironia



Aqui

Pointless

terça-feira, outubro 03, 2006

Uma Verdade Inconveniente

Quando inquirido sobre a polémica questão dos tão badalados "vôos da CIA", Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros, deu, pela primeira vez, uma resposta honesta:

"Não há nenhuma pergunta que tenha sido feita que não tenha ficado sem resposta"

O Maior da Nossa Aldeia

Como já devem saber, a RTP está a promover um programa que tem como fim determinar (pelo que entendi) quais as 10 maiores figuras portuguesas de sempre. A lista é transversal e, a meu ver, bastante completa: conta com personalidades que vão desde Eça a Salazar, passando por Saramago ou Carlos Paredes. Não deixam de ser curiosos os resultados noutros países, como o Reino Unido ou EUA, por exemplo:

Os 10 Mais no Reino Unido

1 Winston Churchill
2 Isambard Kingdom Brunel
3 Diana, Princesa de Gales
4 Charles Darwin
5 William Shakespeare
6 Isaac Newton
7 Rainha Elizabeth
8 John Lennon
9 Almirante Nelson
10 Oliver Cromwell


Os 10 Mais nos Estados Unidos da América

1 Ronald Reagan
2 Abraham Lincoln
3 Martin Luther King, Jr
4 George Washington
5 Benjamin Franklin
6 George W Bush
7 Bill Clinton
8 Elvis Presley
9 Oprah Winfrey
10 Frankin D. Roosevelt


Pode-se votar por SMS ou por telefone (embora o custo de ambas as opções seja um pouco elevado) ou directamente no site (esta última opção é, obviamente, gratuita). Ide então decidir qual o maior da nossa aldeia...

segunda-feira, outubro 02, 2006

Acabo de ouvir Luís Miguel Rocha, o autor de "O Último Papa", o futuro best-seller internacional, a dizer: "houveram". Se escrever como fala....

domingo, outubro 01, 2006

Quando vi a notícia da proibição de desfilar, em Barcelona, a modelos anorécticas pensei: "Que boa ideia! É óbvio!"

No entanto, ao ver hoje o "Eixo do Mal" apercebi-me que nem toda a gente pensa assim.

A Mesa de Café

Imprensa Desportiva

a mesa de café Blogger