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quinta-feira, abril 27, 2006

"Para reduzir o défice das contas públicas"

Vital Moreira tem apresentado, no seu "Causa Nossa", um conjunto de medidas "para reduzir o défice das contas públicas". Apesar de ser bem leigo na matéria (eu, não VM), parecem-me todas bastante plausíveis...

"(..)5ª medida: Acabar com os hospitais militares e demais instituições militares que deixaram de ter a justificação que tinham. Mesmo que não tivesse havido a diminuição dos efectivos militares que houve, que sentido faz manter hospitais próprios para os militares?(...)"

Porque não?

As pessoas queixam-se da falta de salas de espectáculos (não de cinema - destinadas a teatro, concertos,etc. - polivalentes) em Coimbra. Com a abertura dos novos cinemas no “Fórum”, ficaremos, certamente, com salas de cinema a mais; porque não transformar (no “Dolce Vita” ou no “Fórum”) uma ou duas dessas salas (que se poderiam, até unir – suponho eu, porque não conheço, como é óbvio, os projectos) numa sala polivalente? Não compensaria mais (até para as próprias empresas que exploram os cinemas) do que manter essas salas com filmes com pouca audiência (que, ainda por cima, não carecem, como já referi em cima, de falta de salas para serem transmitidos)? Fica a sugestão.

O 25 de Abril e a História

Este texto é de António José Saraiva (pai de José António Saraiva, ex-director e colunista do Expresso, e irmão de José Hermano Saraiva). Foi um opositor ao regime Salazarista e militou no PCP (chegando a ser preso durante o Estado Novo) ate 1963.
Trata-se de um ponto de vista pouco ortodoxo sobre o 25 de Abril, mas que não deixa por isso de ser bastante inquietante e acutilante. Mais uma prova do oportunismo pós 25 de Abril a que convém dar atenção.

"Se alguém quisesse acusar os portugueses de cobardes, destituídos de dignidade ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufias, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.
Na perspectiva de então havia dois problemas principais a resolver com urgência.
Eram eles a descolonização e a liquidação do antigo regime.

Quanto à descolonização havia trunfos para a realizar em boa ordem e com a
vantagem para ambas as partes:
- o exército português não fora batido em campo de batalha;
- não havia ódio generalizado das populações nativas contra os colonos;
- os chefes dos movimentos de guerrilha eram em grande parte homens de cultura portuguesa;
- havia uma doutrina, a exposta no livro Portugal e o Futuro do general Spínola, que tivera a aceitação nacional, e poderia servir de ponto de partida para uma base maleável de negociações.
As possibilidades eram ou um acordo entre as duas partes, ou, no caso de este não se concretizar, uma retirada em boa ordem, isto é, escalonada e honrosa.
Todavia, o acordo não se realizou, e retirada não houve, mas sim uma debandada em pânico, um salve-se-quem-puder.
Os militares portugueses, sem nenhum motivo para isso, fugiram como pardais, largando armas e calçado, abandonando os portugueses e africanos que confiavam neles.
Foi a maior vergonha de que há memória. Pelo que agora se conhece, este comportamento inesquecível e inqualificável deve-se a duas causas.
Uma foi que o PCP, infiltrado no exército, não estava interessado num acordo nem numa retirada
em ordem, mas num colapso imediato que fizesse cair esta parte da África na zona soviética.
O essencial era não dar tempo de resposta às potências ocidentais.
De facto, o que aconteceu nas antigas colónias portuguesas insere-se na estratégia africana da URSS, como os acontecimentos subsequentes vieram mostrar.
Outra causa foi a desintegração da hierarquia militar a que a insurreição dos capitães deu início e que o MFA explorou ao máximo, quer por cálculo partidário, quer por demagogia, para recrutar adeptos no interior das Forças Armadas.
Era natural que os capitães quisessem voltar depressa para casa.
Os agentes do MFA exploraram e deram cobertura ideológica a esse instinto das tripas, justificaram honrosamente a cobardia que se lhe seguiu.
Um bando de lebres espantadas recebeu o nome respeitável de· «revolucionários».
E nisso foram ajudados por homens políticos altamente responsáveis, que lançaram palavras de ordem de capitulação e desmobilização num momento em que era indispensável manter a coesão e o moral do exército para que a retirada em ordem ou o acordo fossem possíveis.
A operação militar mais difícil é a retirada; exige em grau elevadíssimo o moral da tropa.
Neste caso a tropa foi atraiçoada pelo seu próprio comando e por um certo número de políticos inconscientes ou fanáticos, e em qualquer caso destituídos de sentimento nacional.
Não é ao soldadinho que se deve imputar esta fuga vergonhosa, mas dos que desorganizaram conscientemente a cadeia de comando, aos que lançaram palavras de ordem que nas circunstâncias do momento eram puramente criminosas.
Isto quanto à descolonização, que na realidade não houve.
O outro problema era da liquidação do regime deposto.
Os políticos aceitaram e aplaudiram a insurreição dos capitães, que vinha derrubar um governo, que segundo eles, era um pântano de corrupção e que se mantinha graças ao terror policial: impunha-se, portanto, fazer o seu julgamento, determina as responsabilidades, discriminar entre o são e o podre, para que a nação pudesse começar uma vida nova.
Julgamento dentro das normas justas, segundo um critério rigoroso e valores definidos.
Quanto aos escândalos da corrupção, de que tanto se falava, o julgamento simplesmente não foi feito.
O povo português ficou sem saber se as acusações que se faziam nos comícios e nos jornais correspondiam a factos ou eram simplesmente atoardas.
O princípio da corrupção não foi responsavelmente denunciado, nem na consciência pública se instituiu o seu repúdio.
Não admira por isso que alguns homens políticos se sentissem encorajados a
seguir pelo mesmo caminho, como se a corrupção impune tivesse tido a consagração oficial.
Em qualquer caso já hoje não é possível fazer a condenação dos escândalos do antigo regime, porque outras talvez piores os vieram desculpar.
Quanto ao terror policial, estabeleceu-se uma confusão total.
Durante longos meses, esperou-se uma lei que permitisse levar a tribunal a PIDE-DGS.
Ela chegou, enfim, quando uma parte dos eventuais acusados tinha desaparecido e estabelecia um número surpreendentemente longo de atenuantes, que se aplicavam praticamente a todos os casos.
A maior parte dos julgados saiu em liberdade. O público não chegou a saber, claramente; as responsabilidades que cabiam a cada um.
Nem os acusadores ficaram livres da suspeita de conluio com os acusados, antes e depois do 25 de Abril.
Havia, também, um malefício imputado ao antigo regímen, que era o dos crimes de guerra, cometidos nas operações militares do Ultramar. Sobre isto lançou-se um véu de esquecimento.
As Forças Armadas Portuguesas foram alvo de suspeitas que ninguém quis esclarecer e que, por isso, se transformaram em pensamentos recalcados.
Em resumo, não se fez a liquidação do antigo regímen, como não se fez a descolonização.
Uns homens substituíram outros, quando os homens não substituíram os mesmos; a um regímen uno partidário substituiu-se um regímen pluri partidário.
Mas não se estabeleceu uma fronteira entre o passado e o presente.
Os nossos homens públicos contentaram-se com uma figura de retórica: «a longa noite fascista».
Com estes começos e fundamentos, falta ao regime que nasceu do 25 de Abril um mínimo de credibilidade moral.
A cobardia, a traição, a irresponsabilidade, a confusão, foram as taras que presidiram ao seu parto e, com esses fundamentos, nada é possível edificar.
O actual estado de coisas, em Portugal, nasceu podre nas suas raízes.
Herdou todos os podres da anterior; mais a vergonha da deserção.
E com este começo tudo foi possível depois, como num exército em debandada: vieram as passagens administrativas, sob capa de democratização do ensino; vieram «saneamentos» oportunistas e iníquos, a substituir o julgamento das responsabilidades; vieram os bandos militares, resultado da traição do comando, no campo das operações; vieram os contrabandistas e os falsificadores de moeda em lugares de confiança política ou administrativa; veio o compadrio quase declarado, nos partidos e no Governo; veio o controlo da Imprensa e da Radiotelevisão, pelo Governo e pelos partidos, depois de se ter declarado a abolição da censura; veio a impossibilidade de se distinguir o interesse geral dos interesses dos grupos de pressão, chamados partidos, a impossibilidade de esclarecer um critério que joeirasse os patriotas e os oportunistas, a verdade e a mentira; veio o considerar-se o endividamento como um meio honesto de viver.
Os cravos do 25 de Abril, que muitos, candidamente, tomaram por símbolo de uma primavera, fanaram-se sobre um monte de esterco.
Ao contrário das esperanças de alguns, não se começou vida nova, mas rasgou-se um véu que encubra uma realidade insuportável.
Para começar, escreveu-se na nossa história uma página ignominiosa de cobardia e irresponsabilidade, página que, se não for resgatada, anula, por si só todo o heroísmo e altura moral que possa ter havido noutros momentos da nossa história e que nos classifica como um bando de rufias indignos do nome de nação.
Está escrita e não pode ser arrancada do livro.
É preciso lê-la com lágrimas de raiva e tirar dela as conclusões, por mais que nos custe.
Começa por aí o nosso resgate. Portugal está hipotecado por esse débito
moral, enquanto não demonstrar que não é aquilo que o 25 de Abril revelou.
As nossas dificuldades presentes, que vão agravar-se no futuro próximo, merecemo-las, moralmente Mas elas são uma prova e uma oportunidade.
Se formos capazes do sacrifício necessário para as superar, então poderemos considerar-nos desipotecados e dignos do nome de povo livre e de nação independente."

Pormenor

“ (…) A saia curta mostrava as canelas muito brancas (…)”

Eça de Queiroz, in O Primo Bazilio, 1878


Hoje uma saia que mostrasse as canelas dir-se-ia longa…

É caso para dizer: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

quarta-feira, abril 26, 2006

Fax

Chegou-me ás mãos este fax, por cuja veracidade estou (muito) longe de por as mãos no fogo, mas que achei valer a pena publicar. O fax é (supostamente) endereçado da Presidencia do Conselho de Ministros e é dirigido a Fausto Correia. Foi divulgado pelo Portugal Diário:

"Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, o Engº José Sócrates pediu-me para o contactar com urgência, para este fax privado na certeza de que o meu amigo compreenderá a necessidade de que esta mensagem não seja amplamente divulgada, pois destina-se apenas ao núcleo de pessoas do partido envolvidas na campanha do Soares. O que se passa é bastante grave e exige da nossa estrutura uma intervenção rápida e sigilosa. A sondagem porque aguardávamos foi-nos entregue hoje de manhã e indica claramente uma derrota de Soares em relação ao Alegre, numa diferençaque ultrapassa os 5%, sendo que a margem de erro desta sondagem é deapenas 3%. Também nas últimas sondagens a publicar esta noite e amanhãpela comunicação social esta derrota é evidenciada. Por outro lado, a hipótese do Cavaco não ganhar logo à primeira volta existe e não estácompletamente afastada. Na sondagem do PS indica 51%, mas como a margem de erro é de 3%, e com a tendência de descida que se verificou,é muito provável que o Cavaco fique abaixo dos 50% obrigando a umasegunda volta, por uma muito pequena diferença de votos. Neste caso,teríamos um cenário desastroso para o governo, para o PS e deixaria o Engº Sócrates numa posição fragilizada, ao ter avançado com acandidatura de Soares e ver-se depois obrigado a apoiar o Alegre paraa segunda volta, sendo certo que este poderá recusar publicamente esteapoio. Assim, o pedido que tem sido dirigido apenas ao núcleo de apoiantes da candidatura do Soares é de que tentem influenciar as pessoas que estão mais próximas de vós, sempre pessoalmente, para que votem em branco,ou mesmo que votem no Cavaco, para assegurar que não haja segunda volta, e o governo não saia fragilizado desta eleição. O melhor argumento a apresentar é de que uma segunda volta, a existir, será um desperdício de verbas do orçamento, uma vez que as sondagens indicam que se não passar na primeira volta o Cavaco ganhará folgadamente
contra o Alegre na segunda volta.
Escusado será insistir na confidencialidade deste assunto."

terça-feira, abril 25, 2006

A TVI assinala o 25 de Abril

Vi hoje anunciado na TVI uma entrevista (a 1ª, e que eu ansiava há muito) a Carlos Silvino que iria ser mostrada no Jornal Nacional.

Ora bem, às 8h lá estava eu à frente da televisão ligada na TVI. O Jornal Nacional começa precisamente com o anúncio da entrevista que seria, segundo eles, apresentada “já a seguir”. Infelizmente, enquanto ia aguentando aquele maravilhoso telejornal, vi 4 ou 5 vezes anunciada a dita entrevista: “Violado em criança, tornou-se violador!” sempre para “já a seguir”.

Finalmente, 1:05m depois começa a ansiada reportagem.

Parece que a TVI, farta da banalidade, fez questão de tornar o 25 de Abril no “dia em que Carlos Silvino deu a 1ª entrevista à TVI”.

Passando ao que interessa.

A entrevista foi bastante esclarecedora. Carlos Silvino, sempre com um “coçar de mãos” nervoso foi descrevendo a sua infância repleta de abusos passando pela fase adulta em que serviu de fornecedor de “carne fresca” (crianças) a outros abusadores como Carlos Cruz, Jorge Ritto, Victor de Sousa (cujo suposto envolvimento neste processo eu desconhecia), Paulo Pedroso, etc.…

Segundo ele, começou a ser abusado aos 4 anos e meio quando entrou para a Casa Pia juntamente com outros colegas por professores, colegas mais velhos e pelo Padre. Eram-lhes feitas torturas como atar uma corda ao pénis com o fim de os controlar (quais cães com uma trela). Não é difícil imaginar como terá sido a infância de uma pessoa que, como se não bastasse o facto de não ter pais, ainda era abusada constantemente. É ainda mais chocante se pensarmos que ele se deve lembrar bastante mal da sua vida anterior à Casa Pia, se tivermos em conta a sua idade. Silvino guardou para a vida “recordações” disso, físicas e psicológicas. As físicas causam-lhe dificuldades excretórias. As psicológicas fizeram com que se tornasse num pedófilo abusador, também ele.

Não querendo desculpar os seus actos, penso que esta entrevista serviu para confirmar a ideia que eu já tinha de que talvez Carlos Silvino seja, para além de criminoso, uma vítima ele próprio.

No resto da entrevista o arguido descreveu as circunstâncias em que forneceu crianças aos outros arguidos e afirmou sentir-se arrependido pelo que fez e estar a tratar-se.

Por fim, Silvino referiu também Hugo Marçal, o seu primeiro advogado, que, segundo ele era pago por Carlos Cruz e tinha como função persuadi-lo a estar calado. Hugo Marçal, que foi mais tarde constituído, também ele, arguido, já tinha estado com Carlos Silvino, mas segundo este, só à 3ª vez o reconheceu.

Concluindo, ao visualizar esta entrevista de meia hora apercebi-me de quão no início está este processo e de quanto ficará por fazer quando chegar ao fim.

Porque ainda hoje há 25 de Abril



Porque é Abril, não posso deixar de escrever. Esta data de coisas boas para muitos e coisas muito mas para poucos tem que se lhe diga.
Nada me mete mais nojo do que aqueles que todos sabemos ser os oportunistas da época. Aqueles que usaram o dia 25 de Abril de 1974 e os anos que se seguiram a este dia como um “escadote” para os mais variados fins (quer seja para acabar o curso à socapa ou para ser 10 anos presidente à custa de reputações romanceadas). Rio com algum sarcasmo daqueles a quem, por sua vez, doeu “a golpada,” deixando de se poder dar ao luxo de explorar, insultar e “entregar” quem bem lhes apetecia.
Respeito as facções que à esquerda e à direita foram lutando por valores. Respeito aqueles que antes de Abril foram acusados do que fizeram (um tributo pela Liberdade que viria a vencer). Respeito os que depois de Abril foram acusados pelo que não fizeram (muitos dos que acusavam eram os oportunistas que nunca merecerão a Liberdade que Abril deu a conhecer). Felizmente, desde pequeno que tenho contacto de perto e conheço vários exemplos de ambos os casos. Estes sim, revoltam me bem mais que o proprietário minhoto que violava as criadas e deixava os filhos morrer à fome, mas coitadinho, depois do 25 de Abril teve que fugir porque já não tinha nada.
Não posso deixar de valorizar a geração que, no que viveu em Abril vê um incentivo para continuar em frente em busca de progresso e de justiça (e lamento a quantidade de oportunistas que andam infiltrados lá no meio), infelizmente não consigo pertencer ao grupo de pessoas que ainda acredita que é a militância e o partidarismo que realmente move uma Nação.
Há muita gente que diz mal de Abril. É me indiferente. Volto a rir-me para mim. No fundo, elas devem a Abril a Liberdade que têm para dizer mal de Abril. Da mesma forma que um dia me lembrei: “Eu digo muito mal do PCP; todavia, devo ao PCP essa liberdade que tenho para o maldizer…”; pode custar, mas é a verdade. E digo mal, porque, embora não tenha qualquer posição política, nem nenhuma proximidade a tal, acho o PCP um dos partidos mais descabidos; no entanto, foi devido a muitos deles que Abril aconteceu…

Agora, venham dizer-me: “Pois, tu não és ninguém, não sabes o que dizes, não viveste na época para falar!”. Óptimo, faz sentido, pelo menos tenho a mente aberta e sei ouvir o que cada um que viveu ou que sabe acerca do assunto tem para contar. Agora, que veja a ordinária da Cinha Jardim, logo de manhã, a falar no programa das emoções e das choradeiras (na TVI, claro), com o paneleiro do apresentador (que já todos conhecem) e a multidão a aplaudir, a chorar e a bater pamas: quase em tom de orquestra comandada por uma luzinha qualquer a ordenar “grito”,“risos”, “palmas”, “assobio”, “choradeira”… Essa senhora vivia em Moçambique, como imensa, imensa gente da minha família viveu. Essa pessoa tinha criadas para tudo e mais alguma coisa, benefícios e mais benefícios, à custa das vantagens que o sistema colonial oferecia (por acaso, sei bem como era a vida em Moçambique na altura e as regalias que o “pessoal da metrópole” facilmente conseguia por lá). Agora, vem-me esta criatura ensinar ao povo analfabeto o que?! Será que a vida que leva na alta sociedade em Lisboa a “aparecer em revistas e discotecas”, etc. com este e com aquele não lhe dá um estatuto social e de rendimentos idêntico ao que tinha anteriormente?! Então que tem ela que se queixar da revolução? Se a revolta assim tanto, que falasse nos políticos que apareceram sem ninguém saber de onde e sem nunca nada terem feito pela Liberdade. Que falasse naqueles que foram acusados de pertencer à PIDE sem nunca ter feito mal a ninguém! Que falasse dos que nunca trabalharam na vida e, com cheiro a oportunidade se apoderaram da empresa do patrão. Engraçado, só de escrever estas situações, a quantidade de nomes que não me para de saltar ao pensamento…
Quem não consente que o 25 de Abril possa ser associado a estas situações, que valorize e promova os valores e as melhorias que esta data veio a trazer. Para quem quer ou não quer ouvir, representou um marco de progresso a nível Ético e Moral na forma como se manda em Portugal (que, ainda assim, está longe de ser perfeita…). Comemoremos este dia, não é pelos aspectos negativos que vamos esquecer o que ele trouxe de bom!

Longe de agradar a todos, também está este texto. Penso que dispara em múltiplas direcções, mas que não diz nenhuma mentira.

Silva e o 25 de Abril

"(...)No entanto, apesar de considerar que o sistema político poderia ser um assunto adequado ao seu discurso do 25 de Abril, o Presidente da República entendeu ser "mais útil" centrar-se no tema do combate das desigualdades sociais."

in Público

O discurso de Cavaco Silva no Parlamento comprovou a sua total repulsa pelos valores de Abril. Silva (porque não, se também se chama “Soares” e “Alegre”?), como toda a gente sabe, não foi um lutador de Abril. Mas Silva é o representante máximo de uma nação cuja identidade histórica tem (goste-se ou não) o cunho de uma Revolução que, apesar de ter sido responsável pela criação de uma série de doenças crónicas para o sistema, foi a responsável pela instauração do Estado de Direito Democrático em Portugal – e, subsequentemente, pela Constituição que Silva jurou cumprir e fazer cumprir. Ora, acontece que a Constituição não surgiu num vácuo axiológico - e remeter para segundo plano os valores que lhe dão identidade é o primeiro passo para que ela siga pelo mesmo caminho. Há 32 anos houve uma luta (que não interessa saber de quem nem por quem – os verdadeiros heróis raramente aparecem na televisão) que não merece ser esquecida. O debate social é importante e deve ser fomentado pelo próprio PR, mas haverá, com toda a certeza, mais oportunidades para o fazer – mais apropriadas que num dia comemorativo. Mais importante do que o facto de Silva não ter usado o tradicional cravo na lapela, é o facto de Silva não ter demonstrado, no seu discurso, um mínimo de sensibilidade para com o que esta luta ensinou e transmitiu: que Portugal - e o povo português - tem preocupações que não se esgotam num défice e em conceitos lugares-comuns (ex.: competitividade); que Portugal - e o povo português - é capaz de actos grandiosos, que provam que o seu povo sabe, melhor do que se pensa, às quantas anda...


...era preciso marcar a data na mesa... ;)

segunda-feira, abril 24, 2006

O 25 de Abril no "Abrupto"


Pachecho Pereira olha para o monitor, que reflecte uma imagem sua a cofiar a barba e repara que calendário atrás de si está parado no dia 9 de Março de 2004; pensa:
"Espera lá...Que dia é hoje? Já sei, é dia 24! E amanhã é dia 25...de Abril! Ena! Vou pôr duas colheres de café verdadeiro no descafeínado e postar uns 20 "Retratos do Trabalho"...

I L-O-V-E the 25th of April
!

Alguém pode dizer isso ao homem?

Pacheco Pereira escreveu, aqui há uns tempos, um post para o seu covil em que se mostrava sensibilizado (sim, é verdade, eu sou capaz de jurar que o homem estava sensibilizado) com o provincianismo que salta à vista em Coimbra - com as livrarias da Baixa "(...)inimagináveis de provincianas, escuras, mal abastecidas, quase sem livros estrangeiros [em que] apenas o Direito é rei e senhor(...)", com a "(...)província pura, o que em si não é mal nenhum, não fosse ser esta a terra da "Lusa Atenas" (gostei do "o que em si não é mal nenhum", qual fidalgo que sente que o discurso está a soar demasiado pretensioso). No entanto, acrescentou uma nota de humor (sim, é verdade, eu sou capaz de jurar que o homem estava a fazer humor) em que afirma que "(...)sempre achou que devia haver algo de muito errado numa cidade em que os estudantes gostam de andar vestidos à padre (...)". É curioso que, Pacheco Pereira, sendo natural e vivendo no Porto, não considere ainda mais provinciano e caricato que os estudantes da sua "Invicta" tenham decidido adoptar...esses mesmos trajes! Adoptar porque, como toda a gente sabe, a Praxe em Lisboa e no Porto é uma imitação/ adaptação da que começou...cá! Alguém pode dizer issso ao homem?

Um dia ainda vou escrever uma série de televisão V

"Mr. Burns: Quick Smithers. Bring the mind eraser device!
Smithers: You mean the revolver, sir?
Mr. Burns: Precisely.
"

in The Simpsons, FOX

Um dia ainda vou escrever uma série de televisão IV

"Mr. Big: [Carrie has returned to New York after a bad spell in Paris and Big, in his ubuquituos, runs into her, outside, on the streets on NYC, outside of her apartment] You know, I don't live here anymore and "Four Seasons" won't check you in after one o'clock.
Carrie: Oh! Do you wanna come up?

[She points to her apartment]
Mr. Big: Abso-fucking-lutely! "

in An American Girl in Paris (Part Deux), Sex and the City, HBO

Lunático

É o novo álbum dos Gotan Project, a banda argentina que ajudou a renascer o Tango. Depois de um excelente concerto ao vivo com Yann Tiersen (compositor da banda sonora de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", entre outras), de "Inspiración Expiración" (a consolidação, a meu ver, do género Tango Electrónico) e do álbum que introduziu este novo conceito de Tango ("La Revancha Del Tango") e que afirmou os Gotan Project (Gotan= Tango com as sílabas trocadas, para os mais distraídos) na Europa, os argentinos presenteiam-nos com um novo "Lunático": uma mistura de Tango (uma vez mais) com Música Electrónica e Hip-hop. Bastante original - mas a isso já a banda nos tinha habituado...

O 25 de Abril em Cascais




"- Está lááááá?
- Mituxááá! Quer vir amanhã às compras, querida?
- Não seja má, Náni, sabe que eu trabalho... Eu bem disse que se ia livrar do seu marido mais cedo do que eu!
- Não trabalha nada, Mituxa! Não me diga que não sabe que amanhã é feriado!? Então não vê que é o 25 de Abril?
- Não me digáááá! Se me lembro! Foi no dia em que vieram buscar o meu pai! Esses selvagens! Olhe, foi por isso que votei no Cavaco! Para vêr se isto volta a andar às direitas!
- Quem é amiga, quem é? Vá, prepare já o cartão de crédito, que passo aí amanha cedinho!"

*clic*

O 25 de Abril em Manteigas



"- Bamos ao cinema, môr?
- Porquê, môr?
- Porque amanhã é feriado, môr.
- É? De quê?
- É o 24, não...25 de Abril!
- E o que é aconteceu?
- Atão, foi quando morreu o Salazar...
- Ah...E quem era o Salazar?
- Era o nosso último rei, môr!
- Está bem, môr. Bamos bêr o "Date Mobie" - o Ácidos e a Telma disseram que era fixe...
- Ó môr, sempre o mesmo romântico!"

Dream Of Globalization II

A imagem que concebia de Cuba era a de uma terra pobre (consequência de um governo totalitário que se diz socialista e que se limita a manter a população na mais hedionda miséria), mas feliz. Aí ainda tinha uma réstia de esperança de ver o que sobrou de uma Havana em que nos anos 40 se falava de literatura nos cafés e se cantava em todo o lado. Até ao dia em que descobri que os cantores cantam para turista ver e que a Cuba que existe hoje em dia é, unica e exclusivamente, a que se vende ao turista burguês (da mesma maneira que as t-shirts do Ché servem apenas para os jovens da JCP que sentam o rabo no Mercedes do papá). Descobrir que afinal é assim foi o mesmo que descobrir que (afinal) o Pai Natal não existe...

Dream Of Globalization

Sempre tive o desejo infantil de ser despejado no meio de uma favela de calções de banho e comer aí uma picanha servida num prato sujo com um sambinha improvisado que se ouviria ao longe. Aí acharia que tinha conhecido a alma brasileira. Isto porque acho não a ter conhecido num restaurante em que 19€ por um jantar é considerado um bom preço, e em que o único brasileiro que por lá anda canta tão facilmente Caetano Veloso como o "La Bamba". Dream of Globalization...

domingo, abril 23, 2006

WUUOHOOOOO!!


Depois de uma interminável espera, penso ter a confirmação. É verdade, eles vêm aí em Setembro. Os Pearl Jam voltam a Portugal, um dos países da Europa com maior carinho pela banda dos rapazes de Seattle. Vai ser já a 4 e 5 de Setembro no Pavilhão Atlântico, um concerto a não perder!

Saibam mais

quinta-feira, abril 20, 2006

Algum de voces sabe o que está a pedir?





Numa hora destas devia estar a dormir; concordo plenamente. Quando não dá, não dá; vim ver se alguma coisa se passava na bodega da Internet. Fui então investigar um dos assuntos que dia após dia me inquieta cada vez mais. O assunto toca a muitos, mas se tem que ser falado, pois que o seja! As pessoas hoje em dia não acreditam. Não acreditam em nada. Falam em Liberdade (um valor inquestionável por quem muitos batalharam), constroem castelinhos cor-de-rosa no ar e na sombra da Liberdade não só perdem a bússola da Dignidade, como caminham cegamente, na ingenuidade iludida pela ideia que o caminho mais justo será o mais curto.Ai de quem me vier com histórias! Quem acredita nessa ideia penosa e assassina da despenalização do aborto, não acredita em processos de estruturação e de evolução de mentalidades! Ao abrigo de um processo simples, mas cruel de, dentro de um leque de meia dúzia de opções sádicas, que desfragmentam o início de uma Vida; um ser que, mesmo “inconsciente” (como alguns dizem, cientificamente provado), reage desesperadamente a tubos e bisturis. Isso é que é cientificamente provado e ninguém quer ver, porque um conjunto de células também eu sou!
Processos de evolução de mentalidades, seriam aqueles em que a quase totalidade dos defensores do aborto não acredita, pois se, como eu, acreditasse, nunca estaria a defender uma ideia tão pragmática, tão inqualificável sob tantos pontos de vista. Sim, eu posso falar à vontade, porque eu acredito em ideias como Esclarecimento de Jovens, EDUCAÇÃO SEXUAL, é preciso repetir?! Eu repito: EDUCAÇÃO SEXUAL, URGENTE, WANTED, SIM, AQUI, SALVEM-NOS! Ai a Educação Sexual é má?! Traumatiza os meninos, coitadinhos… mais vale irem engravidar as colegas, para depois irem a uma clínica a Espanha ou a uma casa de banho pública, para uma enfermeira sebosa ou um médico milionário sem escrúpulos os redimirem da brincadeirinha ingénua, não é?
Não, ninguém ouve, só ouvem aborto e liberdade de escolha da mulher (se mata o filho ou não?). Acompanhamento de mães solteiras e grávidas adolescentes…não, uma utopia autêntica, toca a cortar caminho, tudo pede o aborto… Planeamento familiar, benefícios a famílias numerosas e, especialmente a famílias pobres, não?...é, parece que nisto também ninguém acredita, por isso cortam caminho… Se o sexo (ou inibição para tal) os incomoda assim tanto, que não seja por isso, preservativos, pílulas, sessões de esclarecimento incessáveis para todos! A inconsciência, o baratear e o banalizar de ideias como sexo, virgindade, “ir para a cama com”, etc. estão longe de levar alguém a algum lado, mas entre isso e a violação do Direito á Vida, força na distribuição dos contraceptivos. Ou antes preferiam agulhas de croché?
Responsabilização dos pais e legislação controladora? Pelos vistos, os defensores do aborto são ainda mais machistas que eu, aborta-se e vivem todos felizes; pena que apenas vivam aqueles a quem se deu esse Direito. Também ninguém acredita em facilidades de adopção nem em apoio social, falo em APOIO SOCIAL ASSÉRIO a crianças desfavorecidas, não em brincar à caridade e aos pobrezinhos.
Enfim, de facto, dá menos trabalho e custa menos dinheiro abortar, ideia curiosamente defendida por aqueles a quem a economia até nem interessa tanto ao lado de problemas sociais e humanos (alguém me explique este antagonismo se conseguir).
Tudo quer cortar caminho. Seja com um bisturi, com um “aspirador”, com uma tesourinha, com uma seringa, para alguns até podia ser com a vara do óleo do carro…
Com o pragmatismo ao serviço da Liberdade, entramos num mundo tenebroso, semelhante aos bairros da América Latina - e eu sei que eles não existem apenas nos filmes, porque se há alguém alertado para problemas sociais, esse alguém sou eu! – entramos num mundo para lá do cruel, em que uma vida humana não tem qualquer significado, em que qualquer um dá um tiro, onde a vida e a morte passam a ser termos apenas relevantes em números e estatísticas. Qualquer dia os pedidos de aborto, solicitam também a pena de morte e, então aí temos o pack duplo de retrocesso social, moral, ético, político, humano, etc. asseguradíssimo.

Por isso, nesta altura em que começam as mentes a exaltar-se e a brincar com o fogo através de referendos e macacadas, venho eu fixar a minha posição. Contra tudo e contra todos, sozinho ou acompanhado lutarei contra o aborto até ao fim! Lutarei com a mesma convicção com que sempre hei de defender todos os caminhos para a estabilidade social que acima apresentei e ainda mais aqueles que vier a conhecer e a aprender sempre que investigar esta temática que muito me diz e interessa!

ABORTO NEM PENSAR, PENA DE MORTE NUNCA!
É este o meu combate, aguentem-no! Que esteja comigo quem quiser, que venha contra mim quem tiver coragem, pois tão cedo não vou tombar.

E há problemas gravíssimos advenientes da falta de condições e de meios básicos das famílias, claro que há! Agora, o pragmatismo nada fará a não ser agravá-los sob a ilusão nítida que com o aborto tudo fica bem, enquanto ao mesmo tempo brincamos à caridade e aos pobrezinhos.

Liberdade Dignidade

Há um conflito que hoje em dia move mundos e fundos. Um dos maiores e mais incontestáveis valores de todos os tempos é o mais difícil de obter e o mais fácil de pronunciar, de usar e abusar. Refiro-me à Liberdade.
Muitos bravos ao longo dos tempos lutaram por ela. Que ninguém duvide que a maioria morreu em batalha, acreditando que no futuro alguém ia valorizar ser livre um dia. Até mais, a maioria dos responsáveis pela Liberdade (não desde há um século, mas desde que há Vida), morreu em combate. Infelizmente, é facto que nem todos os que ficam com os louros fizeram necessariamente algo de heróico. Os que ficaram para erguer bandeiras e ler discursos foram, geralmente, uma minoria.
Por dar tanto valor à Liberdade (sinto muito, se estiver a banalizar o termo), penso que ela não pode existir se não estiver intimamente ligada a um outro valor: a Dignidade.Daí se prender a enorme questão cada vez mais polémica. Porque todos querem Liberdade, mas esquecem-se que ela nasce aliada à Dignidade. É fácil de pedir, mas difícil de aliar. Já agora, isto não lembra a ninguém um episódio da imprensa dinamarquesa, que só pedia, mas não aliava Dignidade ao pedido?
Remonta muitas questões e está ligado a muito mais do que aquilo que “nos faz lembrar”.

Desenganem-se os que pensarem que isto é o assunto que tinha anunciado anteriormente. Esse ainda tarda. Este texto serve para uma eventual introdução para o que se segue, bem como para uma eventual reflexão (ou para nenhuma das duas).


Já agora obrigado Cristo, Spartacus, “Che”, Lincoln, Sidónio, Moisés, S. Maia, Napoleão, S. Zenha, Wallace, Churchill, Allende, L. King, C. Eufémia, N. Teotónio Pereira, etc., mas principalmente àqueles cujo nome não vem em livros, filmes ou discursos.

quarta-feira, abril 19, 2006

Maker Faire

Por este blog (que se encontra, como já devem ter reparado, na nossa coluna multifunções) fui dar a outro surpreendente. Nele podem encontrar invenções tecnológicas (e não só) caseiras mostrados também na feira (que se realiza em San Mateo, na California) e na revista. Aqui, encontram de tudo: baterias feitas a partir de batatas, submarinos e carros (feitos também em casa, pelos participantes), acessórios para leitores de MP3 ou...esculturas feitas com "Oreos". Merece uma vista de olhos, penso eu...

Um dia ainda vou escrever uma série de televisão III

"Burns:[watching Homer on the monitor] Look at that pig. Stuffing his face with donuts on my time! That's right, keep eating...Little do you know you're drawing ever closer to the poison donut! [cackles evilly, then stops abruptly] There is a poison one, isn't there Smithers?
Smithers: Err...no, sir. I discussed this with our lawyers and they consider it murder."


in The Simpsons, FOX

Um dia ainda vou escrever uma série de televisão II

"Sister Mary: Money can't buy happiness.
[Carlos agrees]
Gabrielle: Sure it can! That's just a lie we tell poor people to keep them from rioting.
"

in That's Good, That's Bad, Desperate Housewives, ABC

terça-feira, abril 18, 2006

Um dia ainda vou escrever uma série de televisão I

"(...)Jill: [about the film "Lesbian Spank Inferno"] How could you possibly enjoy a film like that?
Steve: Oh, because it's got naked women in it! Look, I like naked women! I'm a bloke! I'm supposed to like them! We're born like that. We like naked women as soon as we're pulled out of one. Halfway down the birth canal we're already enjoying the view. Look, it's the four pillars of the male heterosexual psyche. We like: naked women, stockings, lesbians, and Sean Connery best as James Bond. Because that is what being a bloke is. And if you don't like it, darling, join a film collective. I want to spend the rest of my life with the woman at the end of the table here. But that does not stop me wanting to see several thousand more naked bottoms before I die. Because that's what being a bloke is. When Man invented fire, he didn't say "Hey, let's cook!" He said: "Great! Now we can see naked bottoms in the dark!" As soon as Caxton invented the printing press we were using it to make pictures of - hey! - naked bottoms. We've turned the Internet into an enormous international database of... naked bottoms. So, you see, the story of male achievement through the ages, feeble though it may have been, has been the story of our struggle to get a better look at your bottoms. Frankly, girls, I'm not so sure how insulted you really ought to be."


in Inferno, Coupling, BBC

Cartaz da Queima



Sexta, 5 de Maio
Duff - Melanie C - Lullabye - Coral Quecofónico do Cifrão

Sábado, 6 de Maio
X-wife - Rui Veloso - The Gift

Domingo, 7 de Maio
Diabolo - Mão Morta - Moonspell - Fanfarra

Segunda, 8 de Maio
Squeeze Theeze Pleeze - Xutos & Pontapés - Estudantina

Terça, 9 de Maio
Banda Lusa - Quim Barreiros - Tuna de Medicina

Quarta, 10 de Maio
Fishbrain - Fonzie - Da Weasel - In Vino Veritas - Mondeguinas

Quinta, 11 de Maio
Grupo de Cordas - Toranja - Jorge Palma - Orxestra Pitagórica

Sexta, 12 de Maio
Fitacola - Hands on Approach - Boss AC - As Fans - Rags - Grupo de Fados

segunda-feira, abril 17, 2006

O mundo está cheio de imbecis.!

Todos concordam, só que cada um tem o seu critério (incluindo os imbecis).

O catálogo do IKEA é...




...com 160 milhões de exemplares, é hoje a publicação mais lida no mundo, depois da Bíblia.

La Stampa, Turim

Curioso.....!

E o mexilhão come o que lhe dão a comer...

“ai o Papa disse que se a partir d’agora um gaijo se tá mais tempo na net e a ver televisão do c’a ler a Bíblia, já é pecado”….

Agora fala-se disso, pelos vistos está na moda; eu sinceramente até tenho medo de começar a ser excluído dos círculos sociais por ainda não ter comentado nada disso ou por nunca me ter lembrado de pensar assim.
É que eu tenho a impressão e a noção que a imprensa é o objecto mais faccioso que inconscientemente hipnotiza tanto o doutor como o operário… Uma das características desta imprensa é a de depender da apresentação das notícias que seccionam bons e maus, espertos e burros, ocidentais e bárbaros, brancos e pretos, polícias e ladrões, ect, ect, ect… Engane-se redondamente, incessantemente, incansavelmente e espalhafatosamente quem for fundamentalista ao ponto de pensar que a Igreja Católica é sempre colocada do lado dos bons. O circo que tenho andado a presenciar é a prova disso.

Para isso, vejamos, a Internet, a Televisão, a imprensa, etc… contêm uma imensidão de atentados à integridade moral do Homem (okay, também têm coisas boas, mas tentem compreender que não é difícil). Não é só um tipo como eu que já foi a muito sítio e já viu muita coisa que devia saber isso. E essa vergonha pode começar no site do Canal Vénus, mas acaba no site da Caras e pelo caminho leva o Correio da Manhã, As Beiras, o Fiel ou Infiel, a pedofilia, a homossexualidade, tudo! Hoje mais que nunca, cada um é livre de agir ou não, de praticar ou não, mas é aconselhado cuidado na forma como usamos tudo o que está ao nosso alcance, incluindo os media! Sob pena de prejudicar não só os outros, como também nós próprios!
Quanto ao tempo a mais que devemos ligar às escrituras, não sei quem é o ceguinho que vai entender isso como ligar às escrituras=ler a Bíblia. Se estou a dar um bom conselho, se estou a passear com um amigo que anda em baixo, se estou a ajudar os meus pais, se ofereço uma flor ou se indico uma direcção a um idoso, estou-me a dedicar às Escrituras Sagradas, da mesma forma que ao enviar um provérbio por mail, a ver um filme que me construa, a ver uma missa na TV ou a ouvir o Terço na Rádio…

No entanto, qualquer Media não vê interesse nenhum em passar a mensagem desta forma, porque só tem a perder com isso. Para eles se não houvesse Igreja, óptimo, era Fiel ou Infiel e Esquadrão G a toda a hora, que quase ninguém os chateava… O que interessa a esses cães esfomeados são notícias bombásticas da “alta sociedade”, de escândalos gays, de pedófilos, do Fiel ou Infiel, as notícias com muito sangue, as novelas modernas estilo Júlio Diniz, os programas de entrevistas com carpideiras a deitar lágrimas ao balde etc… Logo, apresentam estas resoluções, no meu entender totalmente sensatas da forma que lhes convém (facciosa ao máximo), hipnotizando, como tenho constatado, até pessoas bem inteligentes que enquanto dão valor a mais um escândalo se afastam destes avisos, entrando nos esquemas da imprensa. Ficam assim, entretidas em volta de um assunto bem simples, deixando para o lado outros bem graves a quem ninguém liga, por não interessar às fontes que os trazem até nós. É cada vez mais necessário formarmos os nossos próprios juízos de facto da forma como a informação chega até nós: ter sentido crítico e não aceitar as notícias de mão beijada. Quando não o fizermos, não seremos mais Homens, mas sim bonecos telecomandados.

Are our kids allright?!

Como morreu o actor que toda a gente falava dos morangos com açúcar e eu sou um grande bimbo, que já não via 15 mins seguidos desse belíssimo programa desde que começou (apenas me lembro do Pipo e da Catarina, bem gira que era por sinal), fui ver o episódio depois de jantar (vejam lá que só me lembrava de aquela bodega ser antes de jantar…). Via também a série por vezes naqueles finais de tarde no Verão, em que com a televisão com som cortado e na companhia de uma musiquinha, cigarros, cerveja e dois ou três iguais a mim íamos falando e tecendo considerações acerca dos atributos físicos das actrizes em tom alto e nível baixo, sem saber nem o sei nome, idade, naturalidade nem com quem andavam “enroladas” (estado civil), nem nada desses dados supérfluos que nada interessam a rapazes que se dedicam a este tipo de avaliações de raparigas…

Quanto ao sucedido com o actor, nada sei nem sequer vou comentar. Aqueles que queriam um texto de fazer chorar as pedras da calçada sobre o acontecimento podem abandonar desde já o blogue. Estranho apenas o facto de a TVI não ter ainda feito um directo à porta de casa da família, um “Você na TV” edição especial e um Jornal Nacional Extra em directo num estúdio montado à porta de casa ou no cemitério… Enfim, nada disto eu vou comentar…
Onde eu ia era a dizer que, ao fim de dois anos e meio, voltei a ver 30 minutos seguidos de morangos com açúcar. Bem, pelo que os primos pequeninos contavam e pelos decotes e mini saias das actrizes, pensei que aquilo estivesse um retrato cru e fiel da actual sociedade nos jovens com especial incidência no sexo, drogas, álcool, moda, criminalidade, superficialidade, inadequação de comportamentos, infidelidades e todos esses vícios que fazem com que não haja pessoas boas nem lá perto (claro que há sempre um ou dois deles que acabam por nos apanhar na longa correria que fazemos para fugir de todos…).
No entanto, quando ia mudar de canal ouvi falar em Garraiada e arregalei logo os olhos e os ouvidos como se de mais um decote da Soraia Chaves se tratasse (aí nunca arregalaria os ouvidos, tudo bem…). Esperei pela tal garraiada e até achei muito engraçado, não só por ser admirador das actividades taurinas, logo achar bem a sua divulgação, como pelo facto de o episódio alertar a criançada (sim, não me venham dizer que a maioria dos que vêem a série não têm entre 6 e 11 anos), para os perigos dessas actividades: um caramelo qualquer vai todo contente tourear o “vitelo” à campeão para impressionar a alegadamente namorada boazona e manda um espalho que, com uma sorte do tamanho do mundo, não é colhido e não se aleija assério. Fiquei com este aspecto positivo anotado, já que gosto muito de touradas e acho engraçado que já que quase ninguém o faz, ao menos o pior canal de televisão entusiasme os mais novos a conhecer uma prática social secular portuguesa. Após a Garraiada foram todos com as namoradas poderosas para uma festa, onde ninguém bebia álcool, dar um pezinho de dança, onde, de seguida, dois lá da “turma” fizeram uma pseudo encenação de uma passagem da Bíblia…melhor que nada; ah para além que davam a imagem da família a almoçar toda junta no domingo de Páscoa, com os pais a explicarem o significado da Páscoa aos filhos e a falar do dia de reflexão; os colegas que não viviam com pais a juntar-se e a fazer um almoço e comemorar a Páscoa igualmente entre amigos… Já desde que era pequenino, que não via programas infantis com histórias engraçadas da Bíblia (alguém se lembra dos desenhos animados d’Os Milagres Dos Evangelhos ou d’As Mais Belas Histórias Da Bíblia?)

Parecendo que não, quando eu digo que a geração que aí vem está perdida, penso que até se reflecte nos desenhos animados do Cartoon Network, o meu canal de infância, hoje só passa coisas do género Ed, Edd’n Eddy, bandos de miúdos que só sabem arrotar e mostrar o traseiro e mandar calhaus a velhos com os dentes podres e ar imbecil... O Tom&Jerry, os Looney Toons, O Huck e o Tom Sawyer, As Histórias Do Futebol já não dizem nada aos meninos de hoje em dia. Já para não falar na Rua Sésamo, que via quando era muito pequenino e penso ser a série infantil mais educativa que algum dia conhecerei (apercebo-me disso quando por vezes abro os livros que andam por aí guardados).

Bem, o meu apanhado de 30 minutos certinhos de morangos com açúcar não podia ter sido melhor no que diz respeito a actrizes: são óptimas; quanto a conteúdos, sou sincero: estava à espera de muito pior! Acabei por atenuar uma imagem péssima que tinha desta telenovela (tirando a banda sonora, que é mesmo muito má). Considero a hipótese de apenas ter tido sorte e ter apanhado uma parte em que não se embebedavam, divulgavam touradas e faziam encenações religiosas, dando até o exemplo de um rapaz que ia para Taizet, considerando vir a entrar no Seminário (mostrando aos pequenos que é uma decisão que é tomada por todo o tipo de pessoas). No entanto, nem sequer me preocupo muito em averiguar se foi assim ou se é sempre assim, porque não tenho vida para seguir novelas (nem sequer decotes daqueles).
Convém no entanto, não esquecer o impacto desta série nos mais novos. Soube por um amigo meu, que nos treinos de rugby do GDS Cascais, no início do ano, uma multidão astronómica de miúdos se inscreveu porque, durante o Verão, nos morangos com açúcar se jogava rugby, tendo acontecido o mesmo com o Ciclismo DownHill…
Tenho imensa pena dos meninos que têm pais conscientes, que não os deixam ver a TVI; nos intervalos das escolas primárias devem ser os rejeitados que não podem entrar nas brincadeiras nem nas conversas nem nas canções dos D-Zrt…Nem sabem a sorte que têm!

Será que esta geração está perdida? O tempo o dirá… (se o hiphop passasse de moda seria um bom primeiro passo no combate à hipocrisia)

Bem, hoje foi domingo de Páscoa, espero que o vosso tenha sido tão bom como o meu. Tenho sido uma vergonha, não tenho escrito mesmo nadinha.
Gosto imenso desta altura: dias maiores, começa a haver touradas, mais vontade de ir à praia, malta bem disposta, noites de calor, vontade de viajar, espectáculo!
E esta noite tive uns sérios focos de inspiração e resolvi escrever uns textos sem querer compensar ninguém a não ser a mim. Planeio também brevemente vir a explorar aqui mesmo uma questão muito actual e tão polémica como desconhecida, na qual ainda não toquei por ser muito, muito polémica, ao ponto de exigir ainda mais leituras e consultas para ser minimamente abordada e por arrastar debate para outros campos bem mais difíceis. Querem saber qual é? Esperem que vos faz bem…

Para já, saem dois textos: uma reflexão revoltada de um programa de televisão (nunca pensei chegar a este ponto…enfim…), seguido de uma reflexão incomodativa de opinansos que me têm indignado.
Espero que gostem, se não gostarem azar vosso.

Ah, e a continuação de uma Boa Páscoa!

Eu não disse...

A TVI já alterna os seus anúncios “Envia SEX para o 4404” com um “Adeus, Francisco Adam”. Resta saber se o “Adeus, Francisco Adam” vai durar a semana toda...

Preparem-se, porque eu acho que vai...

"Eight Below" ("Antárctida")


Habituámo-nos a olhar para os filmes da Disney com um certo desprezo. Atitude que é, a meu ver, compreensível - tanto como errada. Apesar de esperar um filme de cães falantes que surfam num pedaço de glaciar até à Califórnia, a verdade é que me surpreendi com “Eight Below” (“Antárctida”, em Português). Sendo difícil para um realizador gravar maus filmes em semelhante cenário (este poderia até filmar a vida de uma colónia de bactérias durante uma semana que, desde que incluísse imagens de glaciares, o filme já valeria a pena), o filme é, de facto, bom: nem que seja por se tratar de uma história (aparentemente) verídica (descobri há pouco que a verdadeira equipa de exploradores era japonesa e que os cães sobreviventes tiveram direito a estátuas) - se não o fosse, seria (apenas) mais um filme Disney, com final feliz, animais sobredotados e momentos dramáticos para puxar o lenço. Neste caso, o filme eleva-se a outro patamar, por ter esse mesmo fundo de verdade. Exagerado, obviamente. Mas se não o fosse não seria um filme, seria um documentário.
Muito resumidamente, trata-se da história de Jerry Shepherd (Paul Walker), um explorador que, devido a uma forte tempestade que anuncia o Inverno Antárctico, é obrigado a escolher a sua sobrevivência, bem como a da restante equipa que se havia estabelecido com ele no acampamento (que inclui um professor universitário ferido durante a expedição que o trouxe lá), em detrimento da sua matilha de 8 cães. Inconformado com a situação, decide voltar para os resgatar. Só que entretanto passaram-se mais de 170 dias. É por isso que “Antárctida” é, acima de tudo, uma história de sobrevivência. E é nesse aspecto que se aproxima bastante de um documentário.
Não há muito a acrescentar: a uma fotografia (compreensivelmente) boa, pode-se juntar o desempenho de Paul Walker – também ele bastante bom. E os cães, que não parecem de circo.
De resto, fica só o conselho: deixem-se de preconceitos, e vão ver o filme...

Caro Passepartout

Querendo acabar com a tua pesada angústia, lancei-me em busca da letra desse hit, que não pode passar ao lado de nenhum verdadeiro apreciador de música (ou de grunhidos, neste caso). Penso que o texto introdutório explica alguma coisa...
De qualquer forma, temos aqui a prova de que é preciso muito pouco (como quem diz...rigorosamente nada) para vender CDs e fazer dinheiro...


"No puedo creerloooo que en la red, alguien se tomó la molestia de escuchar detenidamente la rola de Regeton-Chacarron Macarron y disque escribió su letra."



Chacaroon

Andy's Val Gourmet


oooooooohuuu yehaaaaaa …. sea.. sou.. jhonn macarron.. yeah macarron nooon
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Chacarron, Chacarro,,
Chacarron, Chacarro,,
Chacarron, Chacarro,

Dududadede dudadade do guduguda dubu Chacarron
Bana blue

Macarrón…..

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Chacarron, Chacarro,,
Chacarron, Chacarro,

Dududadede dudadadedo guduguda dubu Chacarron
Bana blueendubu tu

Macarrón is a ro…

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domingo, abril 16, 2006

Best song ever!



Não é necessario dizer muito mais depois de verem este video...
Tentei encontrar a "letra" desta musica...mas sem resultados...


Brevemente numa MTV Perto de si!!


*Post "gentilmente" cedido por Cerveira, dono e senhor do (blog) Conversas da Tasca. Todos os direitos reservados.* - Achei porreiro. :)

Títulos Repelentes

"Secessão e o intervencionismo internacionalista e a compatibilidade do "Liberalismo Clássico" com a "Ordem Natural""

in "Causa Liberal"

Chegou-me às mãos...


Um fantástico álbum: "On the Moon" do cantor de jazz Peter Cincotti. Lembra bastante Jamie Cullum. Penso, aliás, que quem gostar do segundo, gosta certamente do primeiro. Apesar de serem palpáveis algumas influências ou similaridades com outros artistas (Cullum, como já foi dito em cima), grupos (Coldplay) ou géneros (Funk, Soft Rock) (o que não significa que Cincotti copie, pois as suas músicas conseguem ser bastante originais – mesmo sendo, muitas delas, covers, o cantor consegue imprimir o seu cunho a cada música), Peter Cincotti presenteia-nos com um Álbum bastante fresco, muito easy listening - ideal para passar um bom fim de tarde.

Não é nenhuma novidade...

E sem querer que este blog pareça o de uma pita de 14 anos compungida pela dor, fica aqui assinalada a morte de Francisco Adam, actor da novela “Morangos com Açúcar”. A sua personagem “Dino” era, provavelmente, uma das mais emblemáticas da novela, e o actor tinha mérito reconhecido no meio de um elenco que, como toda a gente sabe, é bastante medíocre (é consensual). Fazendo minhas as palavras da Mariana, esperemos que este acidente cumpra, pelo menos, o papel de alertar todos os jovens para um mal com bastante expressão no nosso país: o da sinistralidade rodoviária.
E porque hoje acordei pimba, RIP Dino man...

"Sin City" e "V for Vendetta"


Não sendo grande apreciador de BD, desconheço os livros que inspiraram Sin City (o filme). Posso supor (e visto ter descoberto, mais tarde, que estes serviram mesmo de story board na rodagem das cenas) que a fotografia é fiel à obra, porque faz mesmo lembrar um livro de BD.
O que há para dizer sobre este filme? Sin City é “A Cidade do Pecado” uma cidade de feios, porcos e maus e de bonitas e perigosas; de heróis e de vilões; de promiscuidade e de libertinagem. Aqui, vão-se cruzar as histórias de Marv, Dwight e John Hartigan: o primeiro procura vingança, pela mulher que lhe apareceu morta na cama, o segundo procura proteger as mulheres de um bairro de prostitutas e o terceiro procura salvar uma menina de 11 anos das mãos do filho do senador, um pedófilo sádico. Tendo em conta o sítio em que a acção decorre, é fácil perceber que temos aqui todos os elementos necessários para uma boa história de acção e suspense. Juntamos-lhe a excelente fotografia de Frank Miller, Quentin Tarantino e Robert Rodriguez e o resultado é um brilhante filme de acção, de escasso recurso à cor, que adquire, por essa mesma razão, um significado mais denso (o azul dos olhos de Becky (Alexis Bledel), etc.).
Sin City é um bom filme para todos os adoradores de comics, mas também é para quem não o é. É um filme tão peculiar que agradará, de certeza, a variados tipos de pessoas, isto é, não é daqueles filmes que se possa dizer “ah, é filme de (...)”. Obviamente que recomendo.

“V for Vendetta” tem o cunho dos irmãos Wachowsky, apesar de não ter sido realizado inteiramente por estes. Há reminiscências no filme que poderão lembrar “Matrix” que é, a meu ver, o melhor do género (também não sou grande apreciador de SCIFI): a acção, a genialidade dos efeitos especiais...não sei bem. Não adivinhamos quando vemos o filme que tem o dedo destes irmãos, mas não nos surpreende nada mesmo quando o sabemos.
“V for Vendetta” (“V de Vingança”, em português) é a história de um Guy Fawkes do séc. XXI (a história decorre em finais de século) que organiza uma conspiração semelhante à da personagem histórica que o inspirou, desta vez com o intuito de acabar com uma ditadura instaurada em Inglaterra. Esta é a “jóia da coroa”: o regime está magnificamente caracterizado – a propaganda, o ódio contra outras nações (os EUA foram a vítima, obviamente), a imprensa e outros meios de comunicação controlados e censurados, a cidade totalmente asséptica, etc. No entanto, há outros elementos que emprestam bastante qualidade ao filme: a evolução da personagem interpretada por Natalie Portman, Evey (sem descurar, obviamente da prestação de Hugo Weaving, “V”); a caracterização (a manifestação de milhares de Guy Fawkes resulta numa boa imagem), o ritmo da própria narrativa, praticamente sem tempos mortos, o esquema para derrubar Sutler (o ditador - John Hurt), tudo converge para fazer de “V for Vendetta” uma excelente narrativa, que conta com o desempenho de excelentes actores (Portman fica bem até de cabelo rapado), com a mestria da direcção dos irmãos Wachowsky, com um lado técnico em que não se denotam falhas e, acima de tudo, com uma história propícia ao debate e à reflexão – um grande ponto a favor de qualquer filme.

sexta-feira, abril 14, 2006

Eu acho que foi por aquela túnica provocatória...

"Jesus crucificado pela forma como comia"

"Um "comilão e um ébrio, amigo de publicanos e de pecadores". É desta forma que Jesus é criticado por vários dos seus opositores: a refeição é um dos aspectos mais significativos do ministério de Jesus Cristo, até agora ignorado pelos especialistas. Mas, nos últimos tempos, aumenta a investigação bíblica em torno do tema e há mesmo quem diga que, segundo o Evangelho de Lucas, Jesus foi crucificado pela forma como comia. Hoje, Sexta-Feira Santa, os cristãos assinalam precisamente o dia da morte de Cristo."

Não leia este post até ao fim (ou: "estará a pecar a partir da 20º linha")

"Passar demasiado tempo a ver televisão, navegar na internet ou ler jornais acaba de entrar no rol das actividades consideradas pelo Vaticano como “pecados”. A revelação, tão surpreendente quanto inesperada, surgiu terça-feira pela voz do cardeal norte-americano James Francis Stafford, penitenciário-mor durante o Rito da Reconciliação, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento e que Bento XVI recupera agora."

in Correio da Manhã

Quero apenas dizer que me parecem sensatas, estas medidas. Realmente, termos que gramar com horas e horas de directos de visitas do Papa a Fátima parece-me, no mínimo, pecaminoso (para a mente). Também me parece igualmente lesivo passar mais do que 2mn no site da Agência Ecclesia. Quanto aos jornais, penso que a medida se justifica pela necessidade de não cansar a vista a ler notícias como esta.

Falando mais a sério, pergunto-me como reagirá o interior idoso e fundamentalista cuja única companhia é, na maior parte dos casos, uma televisão. Pergunto-me porque é que foram deixados de fora os livros que, aparentemente, são tão lesivos como qualquer um dos outros suportes acima mencionados. Pergunto-me o que raio quererá a Igreja (ou esta Igreja, tendo em conta que estas “medidas” não geram propriamente consenso...) com medidas como estas... “Mais tempo dedicado à Fé Cristã”, aparentemente. Se não fosse trágico era cómico...

Novo Link

Para o Engadget, um site/ blog sobre tecnologia onde podem encontrar, bem...Tudo o que sai ou está para sair para o mercado (Monitores, Computadores, Leitores de MP3, PDAs, Portáteis, Consolas, etc.).
Para quem se interessa por gadgets como estas, penso que o blog lhe será útil (e sempre podem dar asas aos vossos delírios consumistas :P)...

Vi 2 filmes muito bons...

A crítica está prometida para amanhã (sim, mesmo apesar de a poder ter feito hoje...)

terça-feira, abril 11, 2006

"És coisa que não existe"...

A Pedido da Mariana deixo aqui o link para esta notícia. É impressionante como estas coisas acontecem...mesmo debaixo do nosso nariz.
Uma coisa é certa: o dito dono da dita loja de sapatilhas não verá nem mais um tostão meu; por mim, pode bem enfiar as sapatilhas...

...nas caixas para devolver ao fornecedor e emigrar...

Nota: penso que é excusado pedir para divulgarem nos vossos blogs, mandarem por email, etc...

*TrUkEx InFuRmÁtIcUhX* (para quem tem hotmail)

Quem utiliza o Hotmail e gostaria de ver a sua caixa de correio aumentada para 250Mb, faça o favor de continuar a ler :P

Passando à acção...

Em primeiro lugar, devemos entrar na nossa conta, seleccionar "opções", e alterar no nosso perfil (My Profile) os dados de País, Estado e CEP para os seguintes:
País/Região: Estados Unidos
Estado: Califórnia
CEP:90015



Se preferirem outros dados, que não estes, podem escolher outros estados, mas para isso devem visitar o site http://www.addresses.com/zip_code_lookup.php de forma a terem dados correctos :)

Após esta alteração, saiam do Hotmail e visitem o link http://help.msn.com/!data/pt_br/data/HotmailPIMv10.its51/$content$/PIM_PROC_CLOSEACCT.HTM?H_APP=MSN+Hotmail de forma a poderem suspender a conta (sim suspender, não se preocupem porque não perdem nem a conta nem os e-mails); carreguem agora em "Encerrar a Conta".




Depois de ter a conta encerrada, está na hora de a re-activar :P, entrem (normalmente) em http://www.hotmail.com . Será apresentada uma mensagem que dá como opção a possibilidade de "Activar Conta" - é aceitar e... voilá! :P



Em princípio, deveram ter apenas 25 mb de espaço na caixa, mas consoante o uso que dão ao hotmail devem, em poucos dias, ficar com 250 mb.

Não se aceitam questões técnicas. Se isto não funcionar, ouça, você é um nabo.

*Hotmail and all the images presented above are a registered trademark of Microsoft corporation. All rights reserved.* :P

segunda-feira, abril 10, 2006

É bom ver...

Que tudo continua igual. A mesma mãe que diz para não chegar tarde, o mesmo tempo indeciso, o mesmo monte de areia onde a roda escorrega, as mesmas folhas caídas no mesmo largo, a mesma avenida deserta aos domingos, o mesmo café de vidros embaciados, as mesmas caras, os mesmos empregados, o mesmo café (que a partir da fronteira se converte numa intragável água de lavar pratos), os mesmos amigos, a mesma rotina, a mesma vida...

É bom ver que está tudo na mesma.

domingo, abril 09, 2006

A Imaginação dos Agentes da PJ

Fiscalização: ‘Operação Mostarda’ fecha 21 rulotes
Bifanas sem higiene


Operação Mostarda’ foi o nome da acção de fiscalização realizada na madrugada de ontem, por mais de 100 elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), repartidos por 24 brigadas, e que terminou com o encerramento de 21 das 44 rulotes inspeccionadas.

Fica a pergunta: Qual será a próxima? "Operação Ananás de Conserva", para investigar uma fábrica de enlatados? "Operação Entrecosto", para investigar talhos? Ou, quem sabe, "Operação Alheira", para uma fábrica de enchidos? Não se pode dizer, pelo menos, que os agentes da PJ não tenham imaginação...

"Habana"



O “Habana” (não “Havana”, mas sim “Habana”) é um bar em Pas de La Casa (Andorra) onde a imagética cubana (Charutos Montecristo e cartazes do Che) se mistura com posters de Sumol, garrafas de bebidas coloridas e música pop. Foram poucas as vezes que entrei lá, mas chegaram-me para parar e pensar no significado de tudo aquilo; e pensar no que significaria, principalmente, para as pessoas que estão, digamos, à direita da esquerda. Penso que se já lhes deve custar a constatação de que o Che serve apenas, hoje em dia, para um empresário capitalista vender T-Shirts, encontrarem num bar em que 90% das pessoas desconhece, muito provavelmente, quem diabo esse Che seja (para alem do dito senhor das T-Shirts) lhes deveria custar muito mais. No entanto, não sendo da esquerda esquerda, custa (e sei que isto vai soar mesmo a lugar comum) ver aquilo em que uma figura histórica que inspira juventudes inteiras se transformou. Não sendo nenhum santo, Ernesto Che Guevara teve um papel histórico de inegável relevo. Não sendo nenhum santo, as suas mensagens são de fraternidade e paz. (Mesmo) não sendo nenhum santo, merece ser tratado com algum respeito, tão grande como o que o distancia de Fidel, Estaline ou Mao. É preciso não esquecer que Che se afastou da revolução cubana por a considerar demasiado embebida no modelo soviético. É preciso não esquecer que Che dedicou uma vida a combater um imperialismo cuja destruição de África (por exemplo) não pode ser esquecida, nem passar incólume. É preciso não esquecer o lado humano de um homem que ajudou populações miseráveis no imenso continente sul americano.
De resto, já não me surpreende que a infantilidade e o preconceito o metam no grande saco do comunismo, em que cabem todos os que são de esquerda e que honram os seus ícones (os comunas, passo a expressão); no entanto, esta é uma atitude tão irracional como fazer o mesmo em relação às pessoas da direita democrática (e não, não estou a falar de Ribeiro e Castro e do seu partido que precisa, pelos vistos, de “ser mais sexy”). Penso, honestamente, que enquanto não se conseguirem enfiar todos os macacos nos galhos, continuaremos a padecer de um grave atraso democrático - atraso esse responsável pelas sucessivas instabilidades governativas a que temos assistido, pelos bombardeamentos demagógicos à vista de todos em cartazes de rua, pela formação de pretensas elites intelectuais que pretendem apenas fugir aquilo que consideram o rebanho e o sistema (e vá, serem alternativos).
Concluindo: acabar com os fantasmas que assustam a democracia é uma necessidade que, de facto, existe. Mas existe tanto à direita como à esquerda...

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António, Lago Gelado (Pas de La Casa), Abril de 2006

Penso existirem sítios na terra em que é impossível tirar más fotografias...

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