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A TVI assinala o 25 de Abril

Vi hoje anunciado na TVI uma entrevista (a 1ª, e que eu ansiava há muito) a Carlos Silvino que iria ser mostrada no Jornal Nacional.

Ora bem, às 8h lá estava eu à frente da televisão ligada na TVI. O Jornal Nacional começa precisamente com o anúncio da entrevista que seria, segundo eles, apresentada “já a seguir”. Infelizmente, enquanto ia aguentando aquele maravilhoso telejornal, vi 4 ou 5 vezes anunciada a dita entrevista: “Violado em criança, tornou-se violador!” sempre para “já a seguir”.

Finalmente, 1:05m depois começa a ansiada reportagem.

Parece que a TVI, farta da banalidade, fez questão de tornar o 25 de Abril no “dia em que Carlos Silvino deu a 1ª entrevista à TVI”.

Passando ao que interessa.

A entrevista foi bastante esclarecedora. Carlos Silvino, sempre com um “coçar de mãos” nervoso foi descrevendo a sua infância repleta de abusos passando pela fase adulta em que serviu de fornecedor de “carne fresca” (crianças) a outros abusadores como Carlos Cruz, Jorge Ritto, Victor de Sousa (cujo suposto envolvimento neste processo eu desconhecia), Paulo Pedroso, etc.…

Segundo ele, começou a ser abusado aos 4 anos e meio quando entrou para a Casa Pia juntamente com outros colegas por professores, colegas mais velhos e pelo Padre. Eram-lhes feitas torturas como atar uma corda ao pénis com o fim de os controlar (quais cães com uma trela). Não é difícil imaginar como terá sido a infância de uma pessoa que, como se não bastasse o facto de não ter pais, ainda era abusada constantemente. É ainda mais chocante se pensarmos que ele se deve lembrar bastante mal da sua vida anterior à Casa Pia, se tivermos em conta a sua idade. Silvino guardou para a vida “recordações” disso, físicas e psicológicas. As físicas causam-lhe dificuldades excretórias. As psicológicas fizeram com que se tornasse num pedófilo abusador, também ele.

Não querendo desculpar os seus actos, penso que esta entrevista serviu para confirmar a ideia que eu já tinha de que talvez Carlos Silvino seja, para além de criminoso, uma vítima ele próprio.

No resto da entrevista o arguido descreveu as circunstâncias em que forneceu crianças aos outros arguidos e afirmou sentir-se arrependido pelo que fez e estar a tratar-se.

Por fim, Silvino referiu também Hugo Marçal, o seu primeiro advogado, que, segundo ele era pago por Carlos Cruz e tinha como função persuadi-lo a estar calado. Hugo Marçal, que foi mais tarde constituído, também ele, arguido, já tinha estado com Carlos Silvino, mas segundo este, só à 3ª vez o reconheceu.

Concluindo, ao visualizar esta entrevista de meia hora apercebi-me de quão no início está este processo e de quanto ficará por fazer quando chegar ao fim.

or favoor, nao vamos discutir pedofilia lolol

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