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Alguém pode dizer isso ao homem?

Pacheco Pereira escreveu, aqui há uns tempos, um post para o seu covil em que se mostrava sensibilizado (sim, é verdade, eu sou capaz de jurar que o homem estava sensibilizado) com o provincianismo que salta à vista em Coimbra - com as livrarias da Baixa "(...)inimagináveis de provincianas, escuras, mal abastecidas, quase sem livros estrangeiros [em que] apenas o Direito é rei e senhor(...)", com a "(...)província pura, o que em si não é mal nenhum, não fosse ser esta a terra da "Lusa Atenas" (gostei do "o que em si não é mal nenhum", qual fidalgo que sente que o discurso está a soar demasiado pretensioso). No entanto, acrescentou uma nota de humor (sim, é verdade, eu sou capaz de jurar que o homem estava a fazer humor) em que afirma que "(...)sempre achou que devia haver algo de muito errado numa cidade em que os estudantes gostam de andar vestidos à padre (...)". É curioso que, Pacheco Pereira, sendo natural e vivendo no Porto, não considere ainda mais provinciano e caricato que os estudantes da sua "Invicta" tenham decidido adoptar...esses mesmos trajes! Adoptar porque, como toda a gente sabe, a Praxe em Lisboa e no Porto é uma imitação/ adaptação da que começou...cá! Alguém pode dizer issso ao homem?

Não está totalmente errado (quanto ao aspecto de província), mas Coimbra é uma amostra de um país de "duas cabeças" (Lisboa e Porto) e com um corpo raquítico. Aliás, com toda a concentração em torno da invicta não é dificil perceber que o resto do país se torna, cada vez mais, periférico (Lisboa tem 15 vezes mais poder de compra do que Aveiro). Por isso, a Lusa Atenas é mais um exemplo de uma cidade que só apanha os projectos, entre Lisboa e Porto, que "batem na rede".
Não me parece que Coimbra tenha esquecido a modernidade e por isso não reconheço (muito) provincianismo. Agora, sem ovos não se faz omolete e receber, só agora, uma fnac não me parece normal numa cidade dita universitária, nem ter 2 mega centros comerciais e ao mesmo tempo um teatro, e mais 2 ou 3 espaços de lazer cultural, diminutos.
Quanto a JPP, é um colunista que diz o que bem lhe apetece, tal como julgar uma cidade por inteiro com uma passeata à beira do Mondego. Quer, demasiadamente, ser europeu e esquece-se que é português, daí que capas e batinas, para ele, seja sinal de província.

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