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terça-feira, outubro 30, 2007

Delírios

"Ao contrário da crença comum, numa sociedade anarco-capitalista a ordem prevalece sobre o caos e a concorrência entre agências de segurança garante a sobrevivência dos fracos."

João Miranda, in Blasfémias

domingo, outubro 28, 2007

Atlântico

Sim, são esses. Apesar de tudo, um blogue de esperança para a direita portuguesa. A conferir nos Links...

"Putin, don't go home"

O FNV do “Mar Salgado” chamava à atenção para o uma inscrição num muro que dizia “Clinton, go home”, feita provavelmente aquando da visita do ex-presidente norte-americano a Portugal. “Devia ser um facínora, esse Clinton”. Isto veio a propósito do facto de não se ter ouvido uma única voz contestar a visita de Putin. Curiosamente, nem nos media, que se há trabalho que executam com celeridade e eficácia é mesmo o de encontrar pessoas que discordem de alguma coisa. Desta vez deslocaram-se a Mafra e ao Oceanário de Lisboa para acompanhar a visita do presidente russo. As pessoas que circundavam o local exalavam excitação, o que não as coibia de dizer as maiores barbaridades (antes pelo contrário): “pois, deve ser uma pessoa importante lá no pais dele”; “na televisão parece mais magrinho”. Em Mafra, brindava-se ao “evento”. “Isto é fantástico, nunca tinha visto uma coisa assim” (referia-se ao aparato policial). Umas imigrantes, em sotaque cerrado, diziam qualquer coisa como “eu presidente Putin. Gostar muito”. Não se ouviu a mínima alusão ao facto de Putin ser um ditador. A mínima.
É uma coisa fantástica, a globalização. E ainda melhores, os anti-globistas. Calados que nem um rato, claro.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Rankings

© Getty Images

"As cinco escolas privadas que alcançaram a média mais alta na primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário são todas católicas, três delas ligadas à Opus Dei.

O colégio Mira Rio, em Lisboa, que este ano ocupa a primeira posição na lista de escolas com melhor média é frequentado apenas por raparigas, cada uma acompanhada individualmente por uma preceptora, sendo a disciplina de Religião e Moral obrigatória desde o pré-escolar até ao 12º ano.

(...)

No entanto, a frequência desta escola, com quase 30 anos de experiência, só parece ser acessível às bolsas mais recheadas, já que são cobrados cerca de 4.500 euros por ano, o que dá um total de mais de 13 mil euros, no conjunto do secundário...."

in Sapo Notícias

domingo, outubro 21, 2007

O Óbvio

Que sentido faz manter um Código Deontológico desconforme à lei? Ainda mais num organismo profissional público!

Alinhados e Não Alinhados

O Bloco de Esquerda foi, em tempos, um partido com mérito inegável. Desde já por se configurar como uma alternativa ao sistema partidário vigente até então, reunindo uma série de não alinhados, pensantes de alto gabarito. Louçã foi, durante os primeiros anos do partido, uma voz contestatária e coerente. A esquerda podia contar com um partido de causas, imprevisível, fracturado quando necessário (ex: touradas) em nome da diversidade e das vantagens resultantes de uma valiosa troca de argumentos.

De há cerca de 2 anos para cá, o Bloco de Esquerda tornou-se um partido alinhado. A voz contestatária de Louçã calou-se. Quando se a ouve já não vem nada de novo no discurso. A mesma cassete. Os mesmos argumentos. As suas causas e posições tornaram-se previsíveis: é o caso do Tratado de Lisboa. Há cerca de 6 meses para cá, ainda não se sabia ao certo o que estaria em cima da mesa em Lisboa, já Louçã e outros bloquistas (como Daniel Oliveira) clamavam incessantemente pelo referendo, rejeitando à partida o tratado, mesmo sem saberem ao certo o que adviria das negociações. Em suma, não há uma voz dissonante. Que era, como já foi dito, o que valia a pena, para mim, no Bloco.

sábado, outubro 20, 2007

Vistas III






Paris, 2007
António Neto

quarta-feira, outubro 17, 2007

Adriano Correia de Oliveira (1942 - 1982)

É frequentemente divulgada a ideia de que o ressurgimento das tradições académicas está conotado com os saudosistas do antigo regime. De acordo com alguns depoimentos que tive oportunidade de recolher, esta foi uma ideia que os grupos mais radicais de esquerda, por não concordarem com a reimplantação da praxe académica, tentaram passar de início (e que algumas facções mais radicais de alguns partidos políticos de esquerda continuam a tentar perpetuar), contestando com violência – física, em muitos casos – as acções dos “restauradores”. Lembremo-nos que este foi um tempo de forte - e necessário - activismo político, em que era socialmente inaceitável não se estar ligado a nenhum movimento associativo. De resto, e de acordo com esses mesmos depoimentos, é mesmo verdade que muitos dos que se esforçaram por reimplantar a praxe académica estavam ligados a sectores considerados “de direita”, mas, e é preciso dizê-lo, numa altura em que não apoiar os partidos de esquerda era considerado ser-se fascista, logo, “de direita”. Mas não é verdade que tenham sido estes os únicos a esforçar-se por recuperar estas tradições. Ainda maior é a distância que vai desta sectorização à recuperação do Fado de Coimbra. É João Moura, um dos grandes impulsionadores e dinamizadores da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra que no-lo diz: “(...) Fui Pyn-Guyn de 1976 a 1978 e era frequente ser mobilizado para tocar guitarra e acompanhar o fado nos serões da República dos Pyn-Guyns. Alguns antigos repúblicos tornaram-se visitas frequentes fazendo questão de cantar um fado ou uma balada. Tomei então consciência de que algo estava errado, pois a grande maioria dos repúblicos estavam fortemente conotados com os sectores mais esquerdistas da Academia e no entanto reviam-se no culto da guitarra e do fado. Muitos serões eram passados com debates acalorados sobre este tema e era opinião dominante que a guitarra deveria estar acima de qualquer tentativa de instrumentalização e das guerras políticas entre os vários sectores da Academia...”

Um dos meus intérpretes/ compositores preferidos de Fado de Coimbra completaria, se ainda fosse vivo (morreu estupidamente jovem, aos 40 anos), ontem, dia 16 de Outubro, 65 anos. Chama-se Adriano Correia de Oliveira. É autor, a par com Manuel Alegre (que compôs os poemas), de músicas de intervenção fabulosas, como é o caso de “Capa Negra, Rosa Negra” ou “Trova do Vento que Passa”. O que distingue Adriano Correia de Oliveira de outros fadistas é que a sua obra não se circunscreve – estando muito longe disso, aliás – ao Fado, sendo dos artistas que mais fez pela música portuguesa no último século (a par, talvez, com Zeca Afonso que, tal como Adriano, também interpretou Fado de Coimbra).
Combatendo o esquecimento em que este artista infelizmente caiu, a Movieplay portuguesa editou recentemente um disco que contou com a participação de diversos artistas (desde Vicente Palma, filho de Jorge Palma a Valete, passando por Tim ou até pelo ex-vocalista dos “Ornatos Violeta”, Nuno Prata) que recriaram livremente alguns dos temas mais conhecidos de Adriano, como “Trova do Vento que Passa” ou “Fala do Homem Nascido”. Infelizmente não foram incluídos dois: “Capa Negra, Rosa Negra” e “Sapateia”, bem emblemáticos da voz de Adriano Correia de Oliveira, que, como diz Manuel Alegre, insistia “em cantar sempre uma oitava acima”.
Fica a singela e merecida homenagem, e a pena imensa de nunca poder ouvir semelhante voz ao vivo, quem sabe nas escadas da Sé Velha...

segunda-feira, outubro 15, 2007

Sobre a "Eficiência"

Aqui há uns tempos estive para me inscrever num ginásio que é hoje uma multinacional. Quem lá entrar depara-se com um conjunto de servis e sorridentes empregados, sempre prontos a ajudar. Conhecia, por intermédio de um familiar, um deles, que me aconselhou a tratar da inscrição com colega dele, que "precisava de inscrever gente". Na altura nem sequer estava decidido a inscrever-me, já que o preço da mensalidade nem sequer era especialmente convidativo. Pois bem, desde o episódio (em que estive sentado a uma mesa a ser convencido do quão magnífico seria pertencer a tal comunidade) já atendi três telefonemas, sempre com o mesmo propósito: "quando é que tenciono inscrever-me? É que, nem de propósito, decidimos prolongar a nossa promoção X, etc.". Como deve ser agradável trabalhar com a corda ao pescoço...

Conclusão

O conceito de credibilidade política não diz muito ao PSD. Ponto.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Inferno ou Desenvolvimento?

Trânsito matinal em Los Angeles, em cerca de 23 faixas.

Recebido por email

Adenda: consultando este site, o "Transfuture", fica-se a saber que isto é uma fotomontagem. Acontece que só me ocorreu fazê-lo hoje. De qualquer forma, não é muito difícil acreditar na imagem, tendo em conta que Los Angeles é uma cidade com quase 4 milhões de habitantes. Ah, e consultem o site. Está com alguma piada...

quarta-feira, outubro 10, 2007

Porque também existem bons comentários em anónimo...

"Foi com uma certa surpresa que vi o Eng. José Sócrates, Primeiro-Ministro, na inauguração da nova instalação da Pescanova, em Mira a discursar, tendo como pano de fundo a “marca” Pescanova. Fiquei surpreso e perplexo pois, por muito importante que seja qualquer investimento, o Primeiro-Ministro tem que ter um distanciamento sobre a promoção/publicidade do produto. Ao vê-lo falar, à frente do painel da Pescanova, lembrei-me do Capitão Iglo e, sinceramente, considero que o Capitão Iglo fica melhor no anúncio. Tem charme, mais alegria e é mais bem disposto. De certeza que as crianças preferem o Capitão Iglo."

Anónimo, in "Abrupto"

domingo, outubro 07, 2007

Do Portugal Profundo

Existe um Portugal onde, como bem se diz, não se chega pela auto-estrada. Onde existe uma comunidade que trabalha e ajuda incansavelmente a preparar o que quer que seja. Onde ainda não chegaram as Ágatas e os Emanueis – onde se recuperam os cantares regionais. Onde toda a aldeia se reúne e fica a cantar até de madrugada, reunida num círculo. Esgota-se o repertório português (fado, música popular, etc.) canta-se em brasileiro ou até espanhol. Bastando para isso um acordeão, um cavaquinho, um bombo e uma viola. Onde a comida, o vinho e a cerveja parecem não acabar. Tal como a animação. Sou abençoado por ter tido a oportunidade de o conhecer antes de acabar.

"You don't represent!"

Live with that.

terça-feira, outubro 02, 2007

Para os Adeptos do Dínamo de Kiev foi a gota de água....

...perder com o Sporting em casa na Liga dos Campeões ninguém faz!

Mais a sério, não obstante (palavra bonita!) ter sido um excelente resultado, a falta de experiência dos jogadores do Sporting é de bradar aos céus!

É pura ingenuidade pensar que a derrota contra o Manchester foi azar ou, sequer, injusta!

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