Alinhados e Não Alinhados
O Bloco de Esquerda foi, em tempos, um partido com mérito inegável. Desde já por se configurar como uma alternativa ao sistema partidário vigente até então, reunindo uma série de não alinhados, pensantes de alto gabarito. Louçã foi, durante os primeiros anos do partido, uma voz contestatária e coerente. A esquerda podia contar com um partido de causas, imprevisível, fracturado quando necessário (ex: touradas) em nome da diversidade e das vantagens resultantes de uma valiosa troca de argumentos.
De há cerca de 2 anos para cá, o Bloco de Esquerda tornou-se um partido alinhado. A voz contestatária de Louçã calou-se. Quando se a ouve já não vem nada de novo no discurso. A mesma cassete. Os mesmos argumentos. As suas causas e posições tornaram-se previsíveis: é o caso do Tratado de Lisboa. Há cerca de 6 meses para cá, ainda não se sabia ao certo o que estaria em cima da mesa em Lisboa, já Louçã e outros bloquistas (como Daniel Oliveira) clamavam incessantemente pelo referendo, rejeitando à partida o tratado, mesmo sem saberem ao certo o que adviria das negociações. Em suma, não há uma voz dissonante. Que era, como já foi dito, o que valia a pena, para mim, no Bloco.
De há cerca de 2 anos para cá, o Bloco de Esquerda tornou-se um partido alinhado. A voz contestatária de Louçã calou-se. Quando se a ouve já não vem nada de novo no discurso. A mesma cassete. Os mesmos argumentos. As suas causas e posições tornaram-se previsíveis: é o caso do Tratado de Lisboa. Há cerca de 6 meses para cá, ainda não se sabia ao certo o que estaria em cima da mesa em Lisboa, já Louçã e outros bloquistas (como Daniel Oliveira) clamavam incessantemente pelo referendo, rejeitando à partida o tratado, mesmo sem saberem ao certo o que adviria das negociações. Em suma, não há uma voz dissonante. Que era, como já foi dito, o que valia a pena, para mim, no Bloco.