Send As SMS

terça-feira, janeiro 31, 2006

Óscares 2005















Muito Bem:

- Keira Knightley, em PRIDE & PREJUDICE (Orgulho e Preconceito), está nomeada para o Óscar de Melhor Actriz.

-CORPSE BRIDE de Tim, Burton, está nomeado para Melhor Filme de Animação.

Muito Mal:

- BATMAN BEGINS está apenas noemado para um Óscar Técnico.

..o jogo que mudou o mundo que mudou o jogo que mudou o mundo que mudou o jogo que mudou o mundo que mudou o jogo que mudou o mundo que mudou o jogo..

Boa noite. Aqui me encontro eu depois de uma grande noite de bola a encerrar esta triunfante jornada da liga das apostas. Sinto-me bem, arrecado três pontos no bolso. Comentários a esta jornada prometidos para amanhã depois de breves e profundas reflexões e análises da imprensa. Mais notícias de interesse e alegria para mim remontam para a reabertura de u pequeno mas ambicioso projecto começado por mim há tempos. Em www.show-de-bola.blogspot.com encontramos um blogue que iniciei há cerca de meio ano, posteriormente abandonado. Foi então, recentemente, retomado por alguns jovens que vivem o desporto com o mesmo fervor que eu. Não podia deixar de contribuir. No entanto, escusam de se lamentar, porque não irei deixar a mesa. É que sou tão bom naquilo que faço, que não me deixaram abandonar o antro com o qual estou vinculado de modo não vitalício. Os textos do Desporto-Rei serão publicados em ambos os blogues.
Espero aproveitar agora e escrever muito, sempre com a imparcialidade que me caracteriza, quando tudo na liga corre bem e o diabo das eleições vai perdendo peso. Política representa exclusivamente o lado sujo do futebol, jogo esse onde há lances bonitos e onde o nome mais estranho se torna facílimo de decorar (como “Narana Coiçaró”). Aqueles a quem a actualidade futebolística não passa ao lado não devem deixar de visitar o referido blogue, sem esquecer de continuar a visitar a nossa mesa. Os outros, quero que vão dar uma volta.
Mais blogues serão por mim sugeridos para links futuros. A modéstia do show de bola não permite a criação de links, uma vez que nenhum dos participantes sabe trabalhar com templates. Já agora, se algum dia se referirem ao blogue, façam-no com sotaque brasileito. É só uma sugestão.

Dísponível em www.show-de-bola.blogspot.com e www.amesadecafe.blogspot.com

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Novembro 2005

Há actualmente uma ideia na Europa hostil à imigração, muito por culpa do que se tem feito, enfatizando a necessidade de se fecharem as portas. E não se podem integrar pessoas dando este tipo de sinais à opinião pública. Outro problema é que muitos imigrantes não são cidadãos com direito de voto nos respectivos países de acolhimento. Por isso, é muito fácil para os partidos da extrema-direita usar argumentos contra os imigrantes, só porque eles não votam. Os políticos tem um objectivo a curto prazo: serem reeleitos. Muitos deles sabem que a Europa tem de adoptar uma nova política de imigração, que o que se está a passar é absurdo. Mas isso é o que dizem nos corredores. Na praça pública têm uma atitude muito diferente. (Silberman, 2005:23)

Achei "deliciosa" a combinação da imagem com o texto...manias...

Uma "para a caixa", at last

Não posso deixar de dizer que achei piada a um comentário sensato (dos poucos que ouvi até hoje nas entrevistas de rua a la reality show news da SIC) de um homem que estava junto ao Templo de Diana, em Évora, e lhe foi perguntado o que achava do fenómeno, ao que o homem respondeu “que não era muito normal”, que “era mais comum nos países nórdicos”, e que “podia ser um sinal de Deus” “que nos trouxesse, com a neve”, “a coesão social, a estabilidade económica e a organização dessas sociedades”. Tendo em conta que lhe saiu a la minute, até que merecia ser aplaudido de pé...

Ah, então era daí que vinha o fumo...

Afinal é mesmo verdade: Constança Cunha e Sá e Vasco Pulido Valente têm um blog. Que por todas as razões e mais algumas irá para os links d' "A Mesa". Concluo que são mais ou menos o oposto de Daniel Oliveira: ele deixou de escrever em blogs depois de começar a escrever em jornais; eles começaram a escrever em blogs depois de começarem a escrever em jornais - isto não pretende ser nenhum juízo moral, é apena$ e $ó uma con$tatação...

Between Heaven and Hell

Ter que optar entre umas fotocópias encardidas e um livro de capa branca, com uma imagem apelativa na capa e título em relevo é uma escolha que ninguém deveria ser obrigado a fazer. Principalmente quando não nos sai da cabeça uma casinha modesta numa das recentes ilhas do sultão Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, com uma boa pilha de livros obrigatórios para ler ao lado de uma espreguiçadeira.

Não, mas a sério: as ilhas são impressionantes. Vejam aqui.

Ainda só li...

...umas 30 páginas do "Freakonomics" de Steven Levitt e Stephen J. Dubner e posso dizer que ser irá tornar, quase de certeza, num dos melhores livros que li até hoje. A ligação que o gajo faz entre a diminuição da criminalidade nos EUA e a legalização do aborto é qualquer coisa de fenomenal. Tal como o é a teoria sobre os agentes imobiliários. E a ligação entre o montante em dinheiro investido numa campanha política e os resultados do sufrágio. Tudo tão simples, tão óbvio: é incrível...

Posso dizer, Luísa, que tu (ou o teu pai) estiveram mesmo lá ;)...

iCon




Acabei de ler uma recente biografia não autorizada sobre Steve Jobs. Posso dizer que encontrei nela motivos suficientes para o considerar um génio: (condição que até o seu próprio temperamento aparenta confirmar).
Steve Jobs (um dos fundadores da Apple) é alguém que, apesar de desde cedo se ter interessado por tecnologia - crescendo num bairro em que pululavam casas e trabalhadores deste sector – se destacou sempre pela sua ideia de gestão e investimento baseada nas suas convicções, e não em estratégias ditadas por entendedores da matéria. Self-made man, sem se ter, sequer, licenciado, funda a Apple Computer com um amigo, aos 20 e poucos anos, meses após ter causado um rombo gigantesco no orçamento de uma companhia de telefones por ter descoberto e desenvolvido um meio legal de fazer chamadas de graça - uma inocente caixa azul que o permitia, e que vendeu, mais tarde, aos amigos.
No Outono de 76, Steve e Wozniak constroem o primeiro computador Apple totalmente operacional, que foi, para eles, um grande impulsionador de vendas e de sucesso, com encomendas que chegavam às 50 unidades.
Mas nem tudo foi fácil para Steve Jobs: com um feitio difícil de lidar, com ideias que assustavam investidores, accionistas e a própria direcção da empresa (que já não geria sozinho), foi expulso da Apple, começando, em 85, outra empresa de computadores que se viria a revelar um fracasso – a NeXT.
Não se ficando por estes feitos, Steve Jobs – o monstro capitalista – consegue empenhar-se desde jovem em domínios espirituais, fazendo aos 20 anos uma peregrinação à Índia que o fez caminhar roto à chuva durante semanas para trocar uma simples palavra com um profeta.
Se esta descrição vos parece a coisa mais nonsense que ouviram até hoje, juntem-lhe o facto de, sem ter nada que ver com o ramo, Steve Jobs conseguir ser hoje um gigante do cinema, com uma empresa que conseguiu, pelo menos 4 records de bilheteira – sim, a Pixar.
Quem lê o livro percebe facilmente que Steve Jobs não é uma pessoa vulgar. Dotado de um carisma excepcional (basta observar durante 5mn as suas prestações nas famosas Keynotes ), consegue convencer o corpo de uma empresa a trabalhar quase 16h por dia (se for necessário) e multidões a adquirirem os seus produtos. Apesar de os utilizadores Mac serem uma gota no oceano Windows, Steve Jobs, o Mac OS e os computadores Apple não param de crescer: e o que é mais invulgar é que esse ritmo de crescimento só tem tendência a acelerar. Steve Jobs não cria produtos: cria fenómenos (de vendas) e modas: foi assim com os filmes de animação, foi assim com o iPod, foi assim com o iTunes, com o Powerbook e estou certo que será, também, com a sua aliança com a Intel – é apenas esperar para ver.

Profecia do Dia

Um dia, provavelmente daqui a 10, 15 anos, revelar-se-á alguém, nascido depois do dia 25 de Abril de 1974, que chegará a Primeiro-ministro. E aí, só aí, Portugal tornar-se-á uma verdadeira democracia!

sábado, janeiro 28, 2006

Esmagado

PAPAGAIOS QUE OU NÃO TOMAM BANHO OU TÊM CABELOS NAS PERNAS: A palermagem de nariz vegetante e pés preênseis exulta porque descobriu que a democracia pode eleger terroristas. Vai daí, o par des bidés siameses que nela ocupa o lugar dos hemisférios cerebrais ordenou às falangetas maníacas que abrissem o dique. Fomos assim brindados com expressões como "fenóneno altamente preocupante", "e agora Sr. Bush ?", "que futuro para a Palestina?" e outros borborigmas. Que o Adolfo ou o louco de Teerão tenham sido sufragados em eleições não menos livres, não os preocupa. Que naquela zona só Israel seja um estado democrático ( com direitos assegurados às putas, aos transssexuais e ao vinho verde), também não lhes acende a luz na cave da razão. Ao menos poderiam já ter assimilado uma noção básica, velha de séculos na Hélade: a democracia, por coxa que seja, é um meio, os homens é que são um fim.
Estes papagaios doem-se porque descobriram agora que a Fatah era uma associação de corruptos e engasgaram-se com a bolacha. Daí terem desatado a soltar grunhidos de perplexidade. O que vale é que os palestinianos se estão nas tintas para os europeus e europeias de lencinho aos quadrados ao pescoço: estas então são cómicas: na terra dos lenços, se o programa cultural-religioso do Hamas se mantiver, a única coisa que escreveriam se lá fossem em viagem era uma listas de compras. Se o Hamas não der às pessoas paz & pão, as pessoas devolvem-no à procedência.


FNV, in Mar Salgado

Hoje tive um pesadelo

http://video.google.com/videoplay?docid=1118062670787157311

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Já sabem, nada de pesquisas por "totalitarismo" ou "repressão"

"Google aceita censura da China

Versão chinesa do popular motor de pesquisa, lançada hoje, aceita as regras de censura impostas por Pequim."


mais aqui

Se quiserem ver a página do Google em chinês, vão aqui

Hoje

Aconteceu-me uma coisa que já não acontecia há muito tempo: encontrar alguma coisa útil para fotografar com o telemóvel. Mesmo assim, porque ia com pressa, ignorei: um cão debruçado na varanda a apanhar sol.
Isto confirma o que já achava há algum tempo: (ainda) não compensa comprar um telemóvel pelas fotografias – em primeiro lugar, porque a qualidade é péssima: qualquer máquina digital das mais baratas tira melhores fotos (até mesmo que as de um novo Sony Ericsson qualquer “com 3MP” e “lentes Carl Zeiss” – e um preço que deve rondar os 750€); em segundo, porque a maior parte dos telemóveis ainda não tem flash (mesmo os que têm ainda deixa muito a desejar), o que torna impossível tirar uma fotografia em sítios de luminosidade reduzida (já nem digo de noite). Como tal, penso que o melhor é esperar que os telemóveis acompanhem a resolução das máquinas digitais à venda (também no preço)...

A Ocasião faz o Ladrão

O Pedro diz que não viu Joana Amaral Dias na noite das presidenciais. Devo dizer que, apesar de ter achado a sua prestação durante estas presidenciais muito boa (em todos os sentidos que a palavra possa acarretar - ou, pelo menos, a avaliar pelo discurso que fez no jantar do MASP em Coimbra – lido apenas nos primeiros 2mn) não posso deixar de concordar com ele: alguém que se destacou tanto no seu apoio a Soares devia ter dito alguma coisa nessa noite – eu, pelo menos, esperava tê-la ouvido.
No entanto, posso também dizer que não vi Katia Guerreiro: não que me surpreenda muito – alguém que anda em medicina (e de acordo com os critérios aqui do nosso “Professor” - Karamba, certamente) deve ser inteligente o suficiente para não ficar contente com a vitória de Cavaco (estou a brincar)....

O Presidente na Marquise

Ricardo Araújo Pereira merece, novamente, destaque aqui n’ ”A Mesa”. E pela mesma razão de sempre: a sua crónica desta semana está fenomenal – mesmo sendo feita, inteiramente, à custa das primeiras imagens que vimos de Cavaco Silva já eleito – na marquise.
Não posso, também, deixar de salientar a maldade da CS que, filmando Maria Cavaco Silva e o próprio de costas, por cima, transmitiu, nada mais nada menos, que a imagem de dois pinguins a gesticularem. Hilariante.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Um Pensamento...

...com cada ser humano, tenho pertenças em comum; mas ninguém no mundo partilha todas as minhas pertenças ou sequer uma grande parte delas...].É assim, justamente, que se caracteriza a identidade de cada um de nós: complexa, única, insubstituível, que não se confunde com qualquer outra. Se insisto neste ponto, é por causa do hábito de pensamento ainda tão espalhado, e a meus olhos extremamente pernicioso, segundo o qual, para afirmar a nossa identidade, deveria simplesmente dizer-se: “eu sou negro”; “eu sou sérvio”; “eu sou muçulmano”; “eu sou judeu”; quem alinhe, como eu o fiz, as suas múltiplas pertenças, é imediatamente acusado de querer “dissolver” a sua identidade no caldo informe onde todas as cores se apagam. É, no entanto, o inverso que eu procuro afirmar. Não que todos os seres humanos são semelhantes, mas que cada um deles é diferente. Sem dúvida, um sérvio é diferente de um croata, mas cada sérvio é também diferente de todos os outros sérvios e cada croata é igualmente diferente de todos os outros croatas. [...] se os homens de todos os países, de todas as crenças, se transformam tão facilmente em assassinos, se os fanáticos de todas as cores conseguem facilmente impor-se como os defensores da identidade, é porque a concepção “tribal” da identidade que prevalece ainda no mundo inteiro favorece uma tal deriva...

Amin Maalouf, Identidades Assassinas, 1998 (pp.28-29 e 39)

As coisas que eu vou desencantar... :P

Superpotência de Bush


Não há mais de uma semana, aquando das trágicas noticias que nos foram trazidas pela mão de José Bandeirinha, o Presidente dos EUA decidiu por rédeas no assunto.
Ao que parece, o desconhecimento do paradeiro dos ajudantes solidários foi uma jogada muito à la "X-files" mode. Deste modo, George W. Bush comunicou à imprensa, nesta passada terça-feira, que era totalmente absurdo os receios e medos que se estavam a alimentar, pelo que o próprio afirma "Francamente, penso que se está a fazer uma tempestade num copo de água, os Estados Unidos já provaram a sua força e estão, aliás, as we speak, a mostrar o que valem - reparem como estamos a dar cabo do Ambiente! Não tarda e está aniquilado!"- diz, agora sorridente.
Dois dias depois, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice reitera, em entrevista ao semanário "Cães e Caça" - "Bom, o que ele quis dizer com isto é que, de facto, os EUA sempre deram kick ass nos enemys: é quase como que uma tradição" (risos) "Não há, pois, motivo para preocupações - o nosso Presidente George W. Bush sempre demonstrou estar no top da situation”, termina Rice.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Mais apoiantes solidários



Desde que foi divulgada a foto de apoio continuado, não paro de ser contactado por mais fundamentalistas apoiantes fervorosos dos dois guerreiros.
O FBI não os consegue identificar, o que apenas prova uma actividade bem organizada da instituição.
Estes dois que se apresentam dão como nome de guerra Yussef El Kajer e Hassan Muhammed Kalifa, o que significa "bulldog do sistema" e "não há, duas sem três", respectivamente. Ambos os nomes e respectivas traduções se devem ler da direita para a esquerda, como manda o sistema ortográfico da sua região (não as letras mas sim as palavras). Não nos foram, obviamente, fornecidos dados acerca da localização, mas desconfia-se que se encontrem num país longínquo, subdesenvolvido, com grande insegurança, governo corrupto e uma mesquita que assusta todos que por ela passam numa área tenebrosa e refundida denominada Campolide, junto de uma universidade de teologia (conhecida como FEUNL, Faculdade de Teologia Fundamentalismo Terrorismo Exorcismo Nazismo Satanismo Comunismo Capitalismo e Outras Coisas Más Que Não Contamos A Ninguém) que forma os lideres mais perigosos.
Tanto um como outro insistem entrar em contacto com quem leva os seus actos e a sua retórica até às ultimas consequências por uma luta e um povo que não pode ficar esquecido e por um líder poderoso cheio de carisma. Este líder é totalmente escoltado e protegido. Tem 81 anos. Vive há mais de um século nos escombros da Cidade Santa, cuja localização desconhecemos totalmente e onde é sedeada esta instituição.

Do you know these men?

terça-feira, janeiro 24, 2006

Saldo eleitoral

Tenho ouvido dizer que Soares foi o grande perdedor da noite. Ouvi também uns zunzuns de que Louçã não se tinha saído muito bem. Jerónimo, diz-se, teve um bom resultado, e Alegre esteve muito bem.

Ora, sejamos honestos, quantos candidatos tinham pretenções de ganhar as eleições (ou passar à segunda volta)? Pelo menos 4 (visto que Garcia Pereira, logicamente, já via a causa como perdida).

Consequentemente, parece-me que o grande perdedor foi Louçã. Eu, com estes ouvidos, ouvi-o (ele ouve-se bastante bem, principalmente os Rs) dizer que era, juntamente com Soares, o único com hipóteses de passar à 2ª volta. Bem, 5.3% está muito (bastante mesmo) longe dessa meta (para além de ter errado redondamente, pois foi Alegre quem esteve mais perto). Seguidamente, Jerónimo de Sousa, foi o 2º perdedor, pois, embora tenha subido, esteve longe dos seus objectivos. Em 3º lugar, e só aqui, ficou Soares, com uns modestos 14%, mas mais perto da segunda volta. Por fim, resta Manuel Alegre, que, embora tenha tido um resultado acima das expectativas e tenha ficado perto da segunda volta, não o conseguiu, ou seja, também falhou.

Concluindo, ontem houve apenas um vencedor, Cavaco Silva. É incontornável. Havia mais quatro candidatos à vitória, todos falharam.

Esta análise pode parecer exagerada, mas corresponde à verdade. Ninguém manda a candidatos como Jerónimo e Louçã inflacionarem as suas possibilidades. Só me lembro dum provérbio:

“Quanto mais alto se sobe (ou se tenta subir), maior é a queda.”

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Porque para mim Soares será (sempre) fixe

SÓ UM FALCÍPEDE: Pode pensar que Soares foi humilhado. Em democracia não há humilhações, mas se as houvesse, não seriam certamente para Soares: sempre se sujeitou ao voto, sempre lutou por ele.

FNV, in Mar Salgado

Pouco há para dizer

Cavaco ganhou, tal como Bush

“A democracia é o pior regime à excepção de todos os outros”. Esta frase de Sir Winston Churchill é uma verdade incontornável. Bush ganhou graças aos cowboys texanos que exigiam uma intervenção no Iraque; Cavaco ganhou graças a um povo analfabeto, cujos conhecimentos acerca de matérias constitucionais e ideologias políticas recebe por uma CS que não lhe transmite informação – transmite sentimentos. Neste momento a população sente que Portugal atravessa uma grave crise exclusivamente económica (o que é uma rotunda falsidade), e a CS confirma-lhe essa sensação diariamente. Ora, a sensação que as pessoas têm de Cavaco é que se trata de um economista, catedrático e doutorado e que, por isso, pode resolver essa tão famigerada crise. E as pessoas estão tão convictas disso que, mesmo que lhes expliquem que a Constituição não permite a Cavaco interferir directamente nesta matéria, elas pouco se importam – pouco lhes importa, aliás, que ele nem cumpra com a CRP, desde que resolva o problema: - lhes devolva as máquinas de lavar e os frigoríficos da Worten, as viagens a Punta Cana e os Fords vermelhos novos. Cavaco criou a ilusão do crédito, do easy money, do bom mas efémero nível de vida. Deu uma licenciatura a cada português, desvalorizando o ensino técnico e permitindo a criação de Universidades Privadas que licenciam alunos em sectores saturados. Mas a realidade reside tão distorcida na cabeça das pessoas, que as conclusões que elas retiram dela é que Cavaco se preocupou em elevar a fasquia, o padrão social, combater uma assimetria necessária - quando o que efectivamente fez foi criar ilusões e pretensões demasiado elevadas na cabeça dos portugueses.
Tal como os conservadores norte-americanos reclamaram uma afirmação patriótica, uma intervenção armada que reforçasse esse mesmo patriotismo bafiento (rejeitado pelas fatias mais progressistas e informadas da população americana) a população reclamou um salvador que as tire de uma crise na qual tem culpas.

Cavaco ocupará o cargo por 10 anos

Cavaco tem todas as condições para gov...exercer o cargo de PR por 10 anos. Basta-lhe exercê-lo de forma sóbria. Só se Cavaco gerar anticorpos suficientes na massa de centro que votou nele é que perderá daqui a 5 anos.

Alegre obteve o 2º lugar, mas exige-se prudência

Alegre foi, sem dúvida, um vencedor. No entanto, Alegre não deve sonhar demasiado alto, nem ter a pretensão de criar um partido novo – por duas razões: a candidatura de Alegre é “transversal”, como tal, o seu eleitorado é flexível, não se revendo a totalidade dos 20% de eleitores que conseguiu conquistar nestas eleições num partido socialista de esquerda, a clara área ideológica de Alegre. Em segundo, (em parte pela primeira razão), porque Alegre só iria conseguir com que o PS (de centro ou de esquerda) nunca mais tivesse representação parlamentar – o grande beneficiado seria a direita.
É de salientar ainda que a independência de Alegre (e seus consequentes resultados) é efémera: Alegre poderia muito bem ter sido o candidato apoiado pelo PS, não o tendo sido porque este achou que Alegre não tinha peso suficiente para derrotar Cavaco Silva. O discurso do anti-aparelhismo conquistou, indiscutivelmente, uma grande fatia do seu eleitorado – arma que não teria se tivesse avançado com o apoio da máquina partidária. Alegre poderia muito bem estar no lugar de Soares, que não o ultrapassou ou passou a uma segunda volta pelas razões que enumerarei a seguir.

O grande culpado da derrota da esquerda e de Soares é Sócrates

Sócrates antes de ser primeiro-ministro é secretario geral de um partido. Sócrates achar que Alegre não tinha condições para derrotar Cavaco, foi uma decisão sua e legítima. Onde Sócrates falhou, verdadeiramente, foi no atraso que permitiu na escolha de Soares, que avançou tardiamente. E falhou, sobretudo, na sua estranha dissonância com a campanha de Soares, com medidas impopulares lançadas em pleno decurso desta, que penalizaram a esquerda e, sobretudo, Soares (foi o que frisou Jerónimo de Sousa). Para além disso, foi de uma arrogância extrema ter começado a discursar antes de Alegre terminar. Foi um comportamento lamentável e indecoroso. Tal como foi o facto de a CS ter concedido prioridade ao discurso de Sócrates.

É mais difícil derrubar o senso comum que as ideologias


Quem o disse foi J. Gomes Canotilho, e é uma grande verdade: nestas eleições presidenciais pudemos comprová-lo: prevaleceram na cabeça das pessoas os chavões irreflectidos, que foram, muito resumidamente, estes: “Ele está demasiado velho”; “Está cheché”; “Do que precisamos é de rigor e de um economista que salve isto”, etc. Esta espécie de vírus instalaram-se na cabeça das pessoas (desde o início da campanha) e fizeram com que as oscilações fossem mínimas (ou que, quando maiores, rapidamente estabilizassem).

Cavaco ganhou por aprox. 33000 votos. É assim, a democracia – ganha-se e perde-se por um voto.
No entanto, e apesar destes resultados terem ficado mais do que aquém das minhas expectativas, só me resta o contentamento de saber que vivo num país de eleições transparentes, democráticas e livres – que são, sem dúvida, um motivo de grande orgulho, e um bem (o maior, talvez) que temos (e que devemos, por isso, preservar)...

sábado, janeiro 21, 2006

Convicto, mas não cego II

"(...)No tempo certo e no momento certos, Soares sempre soube encontrar o caminho exacto, a Democracia Representativa, o Bloco Ocidental, o Espaço Europeu.
O Velho Leão lançou-se agora no último desafio da sua gloriosa carreira política. Para mim, cidadão comum, apenas tenho duas opções: ou olhar para tudo aquilo que, de turvo, em seu redor se acumula (les amis de Soares...), ou colocar-me num patamar bem mais elevado, o do juízo da História, onde não há lugares para estes pequenos argumentos, e avançar.

Para a minha geração, o nome de Soares confunde-se, com todas as suas turbulências e contradições, com a instalação, em Portugal, de um regime de Democracia e Liberdade de Expressão. Sem ele, não poderia existir um "The Great Portuguese Disaster" ; com ele, é o regresso certo e pleno do Polvo e de todos os seus interesses.

Todavia, de aqui a 500 Anos, já nem eu estarei vivo, nem ninguém saberá que o Polvo existiu. Eventualmente, sacrificarei, no dia 22 de Janeiro, mais uma das boas oportunidades que poderia ter, ao pendurar-me, sabe deus como, no próprio Cavaco e nos interesses turvos que por detrás dele se ocultam.

Não vou abster-me.

Sem o meu voto, Soares, o Excelente e o Péssimo, poderá ter escrita, como derradeira linha do seu currículo político, uma disfórica e injusta declaração de derrota, que os vindouros dificilmente compreenderão, como a de o Churchill, Vencedor da Guerra, poder ter sido subitamente afastado, nas primeiras eleições da SUA Paz.
"É a vida", como diria o Guterres; podem chamar-lhe um acto do coração, e, como tal, emotivo e irracional, mas não quero que o meu nome fique associado ao fracasso da derradeira luta deste grande combatente.

Não ficará.
Soares (ainda) é fixe.

(Cai a Bandeira das Cinco Quinas e da Esfera Armilar)"

in The great portuguese disaster 1985-1995

"O Soares deve-me mais a mim do que eu a ele!"

Zé Bandeirinha dixit

Application António is not responding

Vota Cavaco Soares. Silva. Ou Louçã, o poder dos cidadãos. Portugal pode vencer com Jerónimo Alegre, que está lúcido ou com confiança em Manuel Mário, que é o único que pode passar à segunda volta, com o Francisco Garcia, que é fixe, e não dá cavaco a ninguém.
Isto tudo complica-se se o Manuel Silva(*bip*) não passar à segunda volta(*bip*) com o Jerónimo Soares (*bip*), visto que o Cavaco Pereira tem (*bip*) fortes possibilidades de ganhar à primeira(the system will reboot in 5 seconds), e o Manuel Silva de(4) ficar à frente do Francisco Soares (3)

...2

...1

....Windows is saving your settings...

Bye!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Porque é que há mais pessoas a apostar e as de sempre a gastar mais só porque o prémio do Euro Milhões é o maior de sempre?

1º A probabilidade de ganharem é bem menor, pois há ainda mais pessoas a apostar.

2º O dinheiro que podem ganhar é tão exorbitante, que, para a maior parte das pessoas seria igual 50 ou 120 milhões de Euros.

3º Se muita gente reconhece não saber o que fazer com alguns milhões, para que querem os 120?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Informação

Já estou inscrito para três sentenças (também conhecidas por frequências)...
Aquilo é giro: as máquinas dão uns papéis que "confirmam que se está inscrito". Parece que é assim uma coisa sem retorno...

Bem que podia aparecer um menu: "Estás inscrito e acabou. Falta e vês o que acontece (*riso cavernoso*) ah ah ah ah".

Piadas Péssimas

Como se pede um café curto nas nações unidas?
Olhe, desculpe, era um Koffi Anan, por favor...

Retirado daqui

(algo me diz que o Mestre não vai resistir a uns 2/3 posts semelhantes a este...E SIM, podes contar a do Soares, que eu não me importo ;)...)

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Constatação II

Costuma-se associar o sistema económico vigente durante o Estado Novo a uma qualquer espécie de socialismo – erro crasso, não houve período da República portuguesa em que mais ataques houvesse aos direitos dos trabalhadores – proibição de associação sindical, etc.; tudo em nome de um corporativismo...que nunca existiu - tivemos que nos contentar com um liberalismo que trouxe com ele o que de pior há no capitalismo...

Constatação

Hoje a cidade estava cheia de polícia. E era o jantar do Cavaco.

(Não estou a dizer que uma coisa tenha necessariamente que ver com a outra...)

terça-feira, janeiro 17, 2006

GuestBook

"Congratulations! You guys are the best!" - Anonymous

“I love A Mesa de Café - it has been a great addition to my life online!” - Roseanne

“You guys do a wonderful job... Thanks for the exemplary service in pioneering mass, reader-friendly, texts on the internet. Seriously... I, along with thousands of other users, definately appreciate the service you provide. ” - Josh

“Thanks, your coffee system is perhaps the easiest, interesting, amazing, reading content on blog I've ever seen... It simply amazes me how wonderful it is, and I've been reading web logs since they exist!” - Michael

"O que é que é pa jantar?" - Homeless

...

Como vêem, o sucesso do blog está provado nos Parabéns sinceros, e nos votos de continuação, dos nossos carissímos leitores... A todos, o nosso Obrigado!

Um ano é muita coisa

Jamais poderia deixar passar esta data em branco. Há precisamente um ano iniciava este blog com o Zé, com a Marta e com a Alice. Olho para os meus primeiros textos aqui e parecem-me extremamente ingénuos e toscos – no entanto, acho que deixavam bem claro que este espaço de discussão iria durar. E porque é que iria durar (e durou)? Pela dedicação de todos os participantes (ou de quase todos). Pelas boas ideias que por aqui andaram durante este tempo todo. Pelo facto de serem raros blogs como este, feitos inteiramente por jovens. Pelo confronto de opiniões e de diferenças que existem entre cada um de nós. Penso, aliás, ser este o segredo deste blog, em que calma, arrogância, presença de espírito, frontalidade, determinação, direita, esquerda, catolicismo, agnosticismo, ateísmo, liberalismo, socialismo, conservadorismo, progressismo e dezenas de outros ismos convivem ordeiramente (umas vezes menos que outras, mas sempre com um enorme sentido de amizade, que é, no fundo, o que está na génese deste blog).
Quando pensamos num ano como unidade de tempo, parece-nos pouco. Ora, o que acontece, é que tanta coisa mudou (no blog e fora dele) que a única conclusão que posso retirar é que um ano é (mesmo) muita coisa. Ao longo deste que passou saíram participantes, entraram novos, mudámos de aspecto, mudámos de opiniões. Ao longo deste ano que passou fortaleceram-se amizades, destruíram-se outras, muito mudou. A nossa própria vida mudou com a faculdade, com novas pessoas e ambientes, com novas metas e outro sentido de responsabilidade, com o amadurecimento – de que todos fomos vítimas.
Já dei aqui a minha opinião sobre os blogs e sobre a sua função social. É sabido que a Internet é, cada vez mais, um meio de sociabilidade. É talvez por isso que dedico tanto tempo a este blog: porque para mim escrever aqui é uma maneira de estar mais tempo com os meus amigos e com as pessoas de quem gosto. Outra das razões é, inegavelmente, a sua função lúdica: divirto-me a ler os posts que aqui escrevemos e as respostas, os comentários, as polémicas, enfim...todo o feedback que, como também já disse, é o que dá sentido a um blog.
Para nos orgulharmos há a liberdade de que gozamos aqui; os 500 e muitos posts; o facto de fazermos todos os dias algo diferente; de as nossas opiniões serem ouvidas; de termos boas ideias; de termos boas discussões – e, claro, o facto de sermos, termos e fazermos isto há um ano – com vontade de fazer por muitos mais, estou certo...
Aqui ficam 3 pequenas brincadeiras (que não são para ofender ninguém) feitas em Photoshop, numa tarde em que me apetecia tudo menos estudar...Creio que se houvesse publicidade ao blog, não seria muito diferente disto ;)... No fundo, as diferenças mais palpáveis entre as pessoas que (actualmente) aqui escrevem...
Despeço-me (só até ao próximo post, como é costume) deixando uma dica:
Ladies and Gentleman, watch your mailboxes...







(Não) Esquecimento

(A) Mesa (de Café) (adaptado)


...dedicado aos participantes deste Blog e ao dito, que está de Parabéns!

Esta é sobre nós
tem amor e ódio
é para irmos lendo nestas horas d'ócio
ínfima parte de um sonho ganho
libertei-o, ja o tinha esquecido
é um sinal...
espero o momento
na sombra do computador
leio um post que me lembra os nossos
passei pelo risco de esquecer
por não ler os nossos textos
é um sinal...para continuar...

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

leva-me as areias quentes
que me instigam os sentimentos
que me deixam nua perante os elementos
ensina-me a escavar objectos sem estragar
para que sorrir seja sempre vulgar
dá-me de ler, finas páginas desse blog para que o meu saber não
esteja só no papel
incita-me a lembrar
o nosso gosto por falar
para que um dia não fique pronto a zarpar
esperar que amanha tudo continue igual...
e nós possamos estar presentes...

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

incitem-me a escrever os posts sem cansar
quero-vos dizer seja vulgar...

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

incitem-me a postar
para continuar...
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

quero ler posts, quero ver a terra
chegar a casa e ter um post à espera
quero um presente, quero ser bera
quero ser submisso, quero ser a fera

domingo, janeiro 15, 2006

- Os apoiantes de Cavaco dizem que ele está claramente a subir nas sondagens, rumo a uma estrondosa vitória à primeira volta.

- Os apoiantes de Soares dizem que ele está claramente a subir nas sondagens e é o único candidato que tem hipóteses de passar à segunda volta.

- Os apoiantes de Alegre dizem que ele está claramente a subir nas sondagens e que sentem uma vaga de fundo que o faz ser o único candidato com hipóteses de passar à segunda volta.

- Os apoiantes de Louçã dizem que ele está claramente a subir nas sondagens e que, juntamente com Soares, é o único que pode passar à segunda volta.

- Os apoiantes de Jerónimo dizem que ele está claramente a subir nas sondagens e que acreditam numa segunda volta.

(os apoiantes de Garcia Pereira, já o dão como causa perdida…)


Bem, uma coisa é certa, há muita, mas muita gente redondamente enganada neste país!

sábado, janeiro 14, 2006

Super Mário Strikes (again)...

Image hosted by Photobucket.com

Se Soares estivesse derrotado, não conseguiria a proeza que foi conseguir juntar 2500 pessoas (claro que as isentas Balsemão News já fizeram o favor de arredondar o nº para 2000) num jantar pago. Pessoas humildes. Jovens. Não só Doutores (“(...)Coimbra é uma cidade de doutores...”) como, aliás, frisou Canotilho.
É, também, neste momento, claro, que o jantar de Cavaco contará, no mínimo, com 4000 pessoas (o jornalista da SIC, em directo do local, anunciará que "acabou de saber" que "afinal são 4500...não...6000! 6000 pessoas (que) vieram aqui, esta noite, apoiar Cavaco Silva" - podem apostar. Aliás, corre o boato que um recinto com 2 km2 está a ser construído em tempo record, especialmente para o efeito - será, depois, transformado numa mega fábrica – “(...)de calçado ou de automóveis, ainda não se sabe ou certo...”
Espera-se, então, pelos números...

Nota: Este Tempo de Antena foi da "exclusiva responsabilidade dos seus intervenientes", ou seja, minha. Porque, como já devem ter reparado, existem aqui opiniões diversas sobre as Presidenciais que têm, até agora, coabitado perfeitamente – isto é a prova viva de que somos um blog onde há, verdadeiramente, liberdade de opinião. E que, no que depender de mim, continuaremos a ser...

Soares, SEMPRE!

-Dr. Soares, eu não tenho dúvidas de que vai ganhar estas eleições...
-Esperemos que sim, esperemos que sim!

É um facto que Soares não aparenta ter 81 anos. O nosso bochechas movimentou-se no meio da multidão de apoiantes com menos dificuldade do que eu. Sem seguranças, sem guarda-costas, sem polícia. Apenas ele, Joana Amaral Dias, Jorge Coelho. Dirigiram-se para a mesa cumprimentando quem os quis saudar. Berrava-se interminavelmente “Soares é fixe! Soares é fixe!”. Os jornalistas não disfarçavam o ar de espanto: “Não esperava tanta gente” dizia um de maquina fotográfica em punho.
Eu não tenho dúvidas que Soares vai passar à segunda volta. Já as tive, não as tenho mais. Um jantar pago pelas próprias pessoas que quiseram ir apoiar Soares, em que estiveram mais pessoas que numa iniciativa de campanha que o movimento de apoio a Cavaco fez no Coliseu do Porto anteontem (com entrada gratuita) comprova que ainda há uma esperança bem forte de ser Soares o próximo P.R – ou pelo menos que Coimbra está com Soares.
O discurso de Soares (sem cábula, como já nos habituou) centrou-se, essencialmente, nas críticas à CS (“(...)não aos jornalistas, porque são eles as próprias vítimas desta parcialidade – eles e os outros candidatos, ao ser Cavaco privilegiado em detrimento dos outros...”) e repetiu, uma vez mais, porque se sente motivado a avançar: “(...)Cavaco é um bom economista, e ninguém lhe retira esse mérito, mas não tem perfil para P.R.(...)”; “(...)É vergonhoso que Cavaco rejeite o partido que o apoia, que não deixe sequer Marques Mendes - um político com mérito reconhecido, manifestar-se. E que se refira ao partido de Ribeiro e Castro – porque sim, Cavaco tem dois partidos que o apoiam - como “o outro partido que me apoia”(...)”

Image hosted by Photobucket.com

De louvar o discurso de Joana Amaral Dias que, apesar de o ter iniciado com cábula, a rejeitou pouco depois, saindo-lhe espontaneamente o resto: “(...)Cavaco tem pessoas na Comissão de Honra dele que defendem outra Constituição, que falam da necessidade de uma nova(...)”; “(...)Cavaco foi o primeiro-ministro que correu à bastonada os estudantes que se manifestaram na ponte 25 de Abril(...)”; “(...)Cavaco é um homem tecnicista, que não sabe ouvir(...)”. A verdade é que o discurso de Joana Amaral Dias foi bem aplaudido.
Gomes Canotilho discursou sobre aquilo que melhor sabe: a Constituição – foi dos discursos mais interessantes da noite – talvez demasiado extenso. Almeida Santos falou-nos da capacidade que Soares tem de governar a parir desta Constituição, sem precisar de fugir a ela: já a provou duas vezes. O mesmo talvez já não se possa dizer de Cavaco, que para além de representar um perigo nesta matéria, representa também outro: no uso da “Bomba Atómica”, a que Soares só recorreu uma vez, e contra o seu partido.
Concluindo, é de salientar apenas o seguinte: estas eleições estão longe de estar perdidas para Soares. Eu acredito na sua vitória, à segunda volta. Porque para mim, tal como para ele, as sondagens não são resultados, e muito menos conclusivos. É por isso que não entendo a arrogância de Cavaco Silva – que terá, estou certo – uma grande surpresa dia 22.
Depois deste jantar, estou 3 vezes mais soarista. Espero que as centenas de pessoas que lá estiveram também...

Tonight Show With Jay Leno




Tenho aqui escrito que "na Europa, 1 em cada 10 crianças foram concebidas numa cama do IKEA." As outras devem ter sido ali no duro do chão porque os pais não conseguiram decifrar a montagem..."

Jay Leno

sexta-feira, janeiro 13, 2006

CRER É PODER?

Desta vez, o Homem Do Contra tenciona escrever um texto que espero mais vir a parecer um “transcrever de ideias dos seus colegas de blogue”.
Tive uma educação de bom menino cristão, que ia à missa com a Avó, que ao sábado ia à catequese andar à pancada com os outros meninos, riscar paredes e aprender uns palavrões, aprender também o valor de palavras bonitas como amizade, solidariedade, dedicação, mais tarde ler umas passagens da Bíblia em casa aprender umas coisas da vida, vida essa dotada (até agora) de longas e intermináveis conversas com familiares e não-familiares ligados à Igreja (quer por celibato, quer por organizações). Considero-me com sorte, mas não mais esperto, na não mais bonito nem mais eloquente que quem não recebeu esta formação. Quem não a recebeu não e azarado, não é burro, nem coitadinho a meu ver…são circunstâncias e escolhas que eu respeito, pois em todas as minhas envolventes quer sociais, familiares, etc…há pessoas que fazem escolhas diferentes e sinto-me maravilhosamente ao respeitá-las, também eu faço a minha escolha. Sou católico, tento encarar a vida e tomar as atitudes que, a meu ver, retiro das missas, do Novo Testamento e da minha própria vida. Sei que nem sempre o faço, mas nada muda a minha forma de pensar.
Terminada esta chata quase auto-biografia, devo ainda explicar que a religião é muito vista numa perspectiva única como “um conjunto de histórias impossíveis contraditas pela ciência”. Tenho pena de todos que pensam assim. Embora respeite, não deixo de poder salientar que todas essas “histórias” acima de tudo têm a função de fazer os homens tirar lições bem bonitas e sábias para aplicar nas suas vidas práticas, não verdades científicas necessáriamente comprováveis. Lições essas, que se eu e toda a gente aplicássemos todos os dias, não só quando saímos à rua, mas desde o momento em que acordamos (infelizmente há quem já acorde na rua), certamente ao ligar a televisão ou ao abrir o jornal não nos confrontaríamos com a podridão e o degredo com que confrontamos todos os dias.

Perguntam agora alguns “então com tantas e boas intenções, porque é que a Igreja cometeu no passado tantos crimes e atrocidades?”. Ao que eu tomo a liberdade de responder.
Para começar em outros tempos, não podemos sequer pensar que todos eram bonzinhos, sendo a Igreja a “reserva de maldade e fogueiras postas”. A própria mentalidade dos indivíduos era “dura”, as próprias estruturas sociais eram intolerantes, dentro e fora da religião. Por outro lado, houve (talvez hoje ainda haja), pessoas mal intencionadas por dentro da Igreja. Para isso, basta ver, a Igreja é constituída por seres humanos, ninguém erra mais que um ser humano! Sim, há casos de padres praticantes de pedofilia (há ainda mais que foram para a vida de padre contrariados), sim, há cerca de meio milénio o Vaticano tinham cortes plenas de devassidão! Não, casos como estes são resquícios infelizes de manchas negativas numa instituição que conta uma eternidade de anos, que foi violentamente perseguida e martirizada, que ensinou muitas crianças a ler, selou muitos casamentos, salvou muitas crianças, apagou muitos fogos e escreveu muitos livros. São as ordens religiosas que em tempos torturaram, são as ordens religiosas que ao longo dos anos e hoje ainda ensinam a ler, detêm grandes colégios a par com missões nos países mais carentes, que organizam a distribuição das sopas aos sem abrigo, que dão apoio a prostitutas grávidas e seropositivas, reclusos, crianças com problemas, casais frustrados ou doentes em estado terminal, que abdicam da riqueza, que adquirem uma vida a pensar não em si próprios, mas na colectividade, em servir o próximo. Merecem, por isso, todo o respeito da sociedade, quer se acredite ou não. É uma tremenda injustiça julgar negativamente gente com tão nobre formação porque há um padre fascista ou porque outro padre disse isto e a TVI mostrou...
Há, de facto hipocrisia nas atitudes de algumas pessoas, há também pessoas que ligam a religião a ideias retrógradas (ou não). Como já disse, portugueses, suecos, novos, velhos, ateus ou muçulmanos, ninguém erra mais que o ser humano.

Por vezes acreditar pode ser uma muleta, pode ser não mais que “disparar orações” quando estamos “presos pela guita”. Felizmente, esse é um dos aspectos que está ao nosso alcance mudar, através de orientações com pessoas mais velhas ou amigos ligados à Igreja, mas acima de tudo, com a nossa atitude. Não me venham dizer que toda a gente que acredita percisa de uma “muleta”, porque ao longo da história houve muitos mesmo a ser espancados, torturados e mandados aos leões por praticar o Catolicismo, nessa altura praticavam e não sei para que quereriam uma “muleta” numa masmorra ou num coliseu com milhares de pessoas e vê-los ser devorados…


A Mensagem é de tolerância, dedicação ao próximo, amizade e entreajuda. Encontros Ecuménicos, acção social, União de Crenças: Vários caminhos para chegar ao mesmo Deus são a reserva de cristandade que muitos jovens possuem dentro de si e não se cansam de praticar. A estes elementos é que nos devemos agarrar. Assim, mesmo não acreditando, todos estão a ser bons Católicos.

Muita gente não concordará com isto que aqui foi escrito, sinto imenso. Sei muito melhor que qualquer pessoa que possa discordar do que escrevo que não sou perfeito, nem estou perto de demonstrar sê-lo, mas esta é a minha forma de pensar, por muito que distorçam, nunca conseguirão distorcer o que penso.
Por fim, a propósito de uma relação entre Igreja (que vi há pouco num comentário a um bom texto aqui deste blogue). Uma das pessoas mais fascistas e direitistas que conheci, que era católico não praticante e tinha uns bons anos a mais que eu, dizia: “Jesus Cristo foi o primeiro comunista…”.

Não ficam bem melhor?

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Um desafio...

Ora bem , vou-me lançar aqui num assunto "exigente".
Porque é que se é católico?
Muitos de vocês pensarão que acreditar em Deus é uma muleta, uma fuga. Ou então é não contestar ou questionar o que nos é ensinado quando somos pequeninos. Ou ainda que é só para alguns, que têm uns momentos, umas inspirações, sentem uma presença...

Bem, venho esclarecer alguns destes erros... não sou "a detentora da verdade absoluta", mas enquanto católica falo sobre coisas que, lamento, quem não o é não pode saber.
Vivemos num país maioritariamente católico. Muitos de nós contactam com isso desde muito pequenos e, por isso, ser católico começa por ser algo que nos ensinam, e não uma decisão pessoal e racional. Algures na vida, chega inevitavelmente a fase das dúvidas, das questões... é mais que comum haver um afastamento, um desinteresse... "Deixou de se acreditar"!

Pois é, acontece que ter não cai do céu. Implica uma vontade, uma procura, um compromisso. É um caminho que escolhemos percorrer.

A partir desse momento é uma forma de vida! Há sempre mais para aprender, mais para dar, mais para crescer, mais para servir. E tudo isto se aplica no mundo real, não é uma coisa que guardo só para mim... muda-me nas minhas relações com os outros, abre-me os olhos para o essencial e para o bom de cada coisa.

Claro que há fases de distância e de questões e de falta de sentido... e há destas fases a vida inteira, independentemente da "solidez" da nossa fé! E aqui entra o compromisso: não se desiste e não se vira as costas só porque hoje "não se está para aí virado". Além disso, sei que é isto e é Ele que faz de mim uma pessoa melhor...

Quanto a ser "muleta"... naaah, é para as coisas más assim como é para as coisas boas=)

terça-feira, janeiro 10, 2006

Correcção

Para quem tem andado a ler o “Pulo-do-lobo.blogspot.com”, fique a saber que esse não é o blog de apoio a Cavaco Silva. O verdadeiro é este Pulo do Lobo (pelo menos, a avaliar pela descrição). Bem me parecia conversa a mais para um blog de apoio à esfinge.
Portanto, se virem um blog cujo template parece uma pastelaria e que diz mal de Soares, já sabem que esse não tem nada a ver com Cavaco Silva; são apenas meia-dúzia de comentadores ressabiados por não conseguirem lugar no “Expresso”...

Acredita No Amor Ou No Dinheiro?

Casa da Cultura, 13:40. 4 moças que aparentemente estudam no ISMT conversam sobre o curso. Uma senhora idosa e gorda, vestida de preto, senta-se no lance de cadeiras em frente. Chega um homem aí com os seus 60 anos e senta-se junto à senhora. Interrompe as meninas e pergunta:
- Acreditam no amor ou no dinheiro?
(Uma com um ar aborrecido responde:)
- Já me fez essa pergunta ontem...
- Ai sim?
- Sim. Podia variar. Estudar em casa umas novas, sei lá...
A senhora gorda e de preto interrompe:
- Deixe lá as meninas, Sr. Amílcar.
Irritado, o Sr. Amílcar continua:
- Estou a ver que acreditam no dinheiro. Cala-se e começa a murmurar: “This week I’m going to Lisbon”, “This week I’m going to Lisbon”, “Cette semaine je vais à Lisbonne”, “Cette semaine je vais à Lisbonne”.
(Continua, desta vez para a senhora gorda de preto)
- Vai votar nas presidenciais, D. Alzira?
- Não sei, nenhum me convence.
- Vote em mim, que eu vou-me candidatar.

Pensei para mim que devia ser por isso que ía esta semana a Lisboa.

Posso lá eu trocar isto bela Biblioteca Geral...

PS: pede-se desculpas pelo francês macarrónico...

Século e meio depois...

Em meados do século XIX, Alexis de Tocqueville, no seu livro A Democracia na América disse o seguinte:

"Os Estados Unidos são a Nação cujos cidadãos gozam de menor independência intelectual."

Com isto, ele queixava-se da sobreposição da igualdade à liberdade, a que ele chamava a "tirania da maioria" e que tinha como consequência a quase expulsão social de quem ousasse ter uma opinião diferente da normal.

Século e meio depois, parece-me que este país da liberdade continua a padecer do mesmo mal. Mais, a reeleição de Bush é quanto a mim a maior prova deste fenómeno.

não deixem de experimentar!

Já que estão com a internet ligada, vão a www.google.pt. Na barra de pesquisa escrevam FAILURE
Em vez de pesquisar, seleccionem "sinto-me com sorte".

O sítio onde irão ter (oficial) é o espelho da palavra que introduziram!

flash de alguns sucedidos na actualidade desportiva

Hoje consegui apanhar na totalidade dois programas (um televisivo e outro radiofónico) que só me fazia bem ver todas as semanas e ouvir todos os dias. Falo no “Dia Seguinte” à segunda-feira na SIC-Notícias por volta das 22:30 e na Bancada Central (quem não conhece este clássico da TSF), todos os dias pelas 8 horas. José Guilherme Aguiar, Dias Ferreira e Fernando Seara, cada um a defender que respectivamente o Porto, Sporting e Benfica roubam menos. Tem imensa piada. Pessoalmente, dá-me mais gozo ouvir Dias Ferreira (o Sporting rouba efectivamente menos, como se pode ver pela tão criticada presente situação), sportinguista doentio, irmão da adorada Manuela Ferreira Leite.
Sportinguista é também o Sr. Fernando Correia que diariamente recebe os ouvintes da Bancada Central na TSF. A rádio tem programas maravilhosos e este é sem dúvida um deles! Na edição de hoje não aguento sem descrever o comentário de José Alberto Firmo, da minha bela Coimbra, que fez uma série de acusações em série ao Sporting (de Coimbra, tinha imensos aspectos a apontar a dedo à Académica, mas menor capacidade intelectual para o fazer). Bem, mas as críticas ao Sporting eram de tal maneira que a meio o homem devia ir lavado em lágrimas, embora não se percebesse muito bem devido a algumas falhas possíveis na estrutura dentária do indivíduo em questão (perdão benfiquistas mas, aqui ninguém está a por em causa o clube dos desdentados). O homem chegou ao ponto de chamar ao Sporting (do qual dizia ser adepto), um clube em fim de vida, “o Estoril dos próximos dois anos”! Bem, realmente na Visão já tinha lido que um dos “grandes” ameaçava desaparecer, mas esse grande pensava eu ser outro, com estádio localizado na mesma Circular…até aí nada de novo, desde que me lembro as irregularidades para esses lados só deram a volta graças a uns “amigos” da Somage…
José Vieira, de Chaves deu os parabéns ao Sr. LFV, porque ao oferecer um kit sócio do Benfica a um dos candidatos nas eleições, despachava mais um, sempre era mais um alívio. Como presidenciais é um assunto que não acompanho, agradecia que se alguém soubesse qual dos candidatos foi o burlado me informasse (por comment ou mandando-me um mail). Penso que Soares não terá sido, ou perderia a única qualidade que tem e sempre teve: ser um Homem da Académica.
Bem, de escândalos para os lados do Norte não tenho tempo de falar nem de alegadas aldrabices (nem tempo, nem muito menos espaço…), mas o Quaresma anda muito bom mesmo!
Por fim, o mais importante: a Académica. Um ponta de lança seria eventualmente bem-vindo, já que o miserável do Marcel finalmente se vai embora. Típico brasileiro da tanga este infeliz, não sei para onde vai nem onde o querem, só lhe desejo todo o azar onde quer que vá parar. Um indivíduo que profere as declarações que ele proferiu não é um jogador, é um pseudo-actor de novela que pensa que se vem para a Europa tem o mundo aos pés, mas que se esquece que na terra dele há milhares iguais e melhores que ele, possivelmente com metade da mania…em nenhuma equipa acima da metade da tabela da Liga Bet And Win uma alminha daquelas teria lugar. Por fim, fica o alerta ao Eng. José Simões: Está na altura de ou fazer como os outros clubes e negociar jogadores conforme o Prof. Nelo o achar, como qualquer outro clube da liga tem feito…ou de pensar se não será melhor dar lugar a quem sabe…

Por fim mesmo, os meus parabéns aos jogadores do Vitória de Setúbal, com esta atitude, seja quem for que fique em primeiro, serão eles os verdadeiros valorosos da temporada 2005/06. Sem receber, continuando com toda a garra a jogar por vencer. Espero que tudo se resolva em breve para os lados do Sado.

Manda A Honestidade...

Reconhecer que me precipitei um pouco. Dos (poucos) textos que li no Pulo do Lobo, os comentários eram sempre concordantes (à excepção do meu), o que, afinal, não é o caso. Pelos vistos, os senhores que lá escrevem são verdadeiros democratas e não primam pelo silêncio como o tutor. Estranho. Há um je ne sais quois que me diz que um verdadeiro blog de apoio a Cavaco Silva não deveria ter mais de 3 posts: "Chegar", "Ver" e um último que nunca viria a ser escrito.

Conclusão: estes senhores andam a escrever no blog errado...

No entanto, não deixa de me intrigar como chegaram até aqui...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Porque Também Tenho Sentido De Humor...

(Caro Mestre)

O Pesadelo de Soares:

Soares é fixe!
Soares é fixex!
Soares é fixexe!
Soares é ixexe!
Soares é xexe!


Anónimo, in "Pulo do Lobo"

Liberdade De Expressão À Boa Maneira Da Direita

Fiquei surpreendido ao constatar que o blog de apoio à candidatura de Cavaco era o único que aceitava comentários, ao contrário do de Soares e de Alegre. No entanto, qual não é o meu espanto quando tento fazer um no famoso "Pulo do Lobo" e me surge uma mensagem verde que diz que "o meu comentário irá ser sujeito a aprovação". Deduzo que sejam aprovados apenas os que disserem bem da esfinge (na verdade, intrigava-me reparar que não havia nenhum tipo de contestação em nenhum post).
Não me surpreende, porém, que seja esta a noção de debate livre dos apoiantes de Cavaco (sim, porque criticaram o facto de quer o "Super Mário", quer "O Quadrado" não aceitarem comentários) que impingem ao eleitorado (“o único que aceita comentários...!”.
É caso para dizer: com debates livres destes, quem precisa de censura..

rir com a "crise", chorar com a "crise"

Um texto que não é político, não é económico nem social, não é nada. Talvez uma descargazinha de consciência por fazer tempo que aqui não escrevo nada no meio de gigabytes de textos que falam de cinco ou seis parvalhões que querem ser presidentes.
O que eu queria perguntar não passa do seguinte: “estamos em crise?”…
Ah estamos? Porquê? Por no ano novo os hotéis de luxo do Algarve encherem? Por haver listas de espera intermináveis para o novo desportivo BMW z4? Porque 12 meses por ano há milhares a ir queimar as trombas para as estâncias de neve e do nordeste brasileiro?
Não posso deixar aqui de dizer que desde pequenino que me lembro de ouvir que os tempos estão difíceis e que esta é a pior crise que atravessamos… Não terá esta teatrada uma explicação psicológica. Não será mais confortante para o Zé Povinho frustrado, que parte os cornos à mulher com porrada todos os dias, sentenciar a crise como atenuante (a curtíssimo prazo, só assim se pode conceber), para a vida desgraçada que leva, numa forma de dizer “deixa-me estar quietinho aqui, que qualquer dia passa a crise e é só ligar a televisão, que vejo logo que esta merda fica toda melhor…”. A “crise” é quase uma questão filosófica do nosso tempo… Sempre me lembro de ver e ouvir falar de muito ricos que não sabem que fazer às notas e muitos mais muito pobres que não sabem que fazer à vida… nunca atribuí nenhuma, nenhuma relação à crise que aparece na TVI do Zé Povo mas que qualquer dia há-de passar (ooh isto agora é só lá para 2009, que risada). É um debate filosófico giríssimo, até Manuel Maria Carrilho deve gostar de dissertar sobre ela, inspirado no corpus da sua bela mulher. Manuel Alegre dedica-lhe uma Ode um dia destes e Santana Lopes dá o nome de “Crise” a uma das próximas filhas.
Enquanto isto, passo eu todos os dias no metro e nas rotundas, onde vejo publicidade maravilhosa ao “compre agora, pague em Setembro”, “para quê não comprar se pode pagar em suaves prestações”: estas são as razões do sobre-endividamento, um fenómeno gravíssimo, com muita psicologia e pouca filosofia que afecta de uma forma drástica a actual economia das famílias em Portugal. Mas para esse não há críticas, nem preocupações, deixem andar junto com os “ah eu até ia comprar o A6, mas isto da crise, pá atinge toda a gente, que tou a ver que compro só a carrinha A4 a Diesel e só vem o A6 quando acabar de pagar a casa do Algarve e os miúdos saírem do colégio, foda-se a crise é mesmo tramada…”
Claro que vamos todos no mesmo comboio, uns com mais, outros com menos (dinheiro e culpa…), mas se não fosse a crise como seria? Entre os Morangos com Açúcar e o Reality Show que é que o país via?

Ao Saber Dos Resultados Das Sondagens, Cavaco Ficou...

...sem palavras (esperam-se repetições da k7 "Economia Para Totós" lá para dia 19).

Está Confirmado

Vai saír uma sondagem no "Expresso" da U. Católica em que Cavaco ganha à primeira volta, com 500%. Soares e Alegre conseguem quase 6% juntos. Jerónimo de Sousa e Louçã não conseguem representação nestas sondagens. Todos os outros candidatos conseguem 0,0000001% (juntos).

domingo, janeiro 08, 2006

O Sr. Gomes

O Sr. Gomes tem uma gasolineira, provavelmente uma mansão num Condomínio de Luxo, um Porsche, uma casa com muito mármore no Algarve e muitos empregados.
Quando se entedia vai para a gasolineira dar ordens aos empregados; Susana não é assim, Susana é assado, Susana vá ver a senhora da bomba 3, Susana olhe o cliente, Susana despache-se, Susana carregue aqui...
A pobre da Susana olha para os clientes, que lhe sorriem, e vai dizendo, pacientemente: “Sim, Sr. Gomes”...
Mal cheguei a casa, li mais umas páginas d’ “Os Sistemas Económicos”, com medo de acabar a receber ordens de um Sr. Gomes...

O Que Diz VPV

"(...)A Mário Soares, Cavaco e Alegre e, muito menos, Jerónimo e Louçã pareceram uma oposição insuperável. À esquerda, Jerónimo e Louçã ficariam com o seu pequeno público, guardado para a segunda volta, e, de resto, quem escolheria Alegre, uma personagem menor e um lírico de província? E, à direita, quem acreditaria num economista superficial e estreito, quando a crise que excede em muito, e decisivamente, a economia? A natureza e o passado de Mário Soares não o deixaram ver que o país gostava com certeza, não de Alegre, mas do reality show de Alegre: a falsa rebeldia, a falsa independência, a falsa inspiração. Como não o deixaram ver que a força de Cavaco é a fé "moderna" na omnisciência e omnipotência do especialista. A derrota de Mário Soares, que talvez seja irritante, não será humilhante. Entrou imprudentemente para um universo a que não pertence e pagou o preço. Sucede aos melhores. Esperemos que, saindo, fique aliviado. "

Vasco Pulido Valente, in "Público"

sábado, janeiro 07, 2006

Porque Têm Alegre E Soares Razão

O “Expresso” enerva-me: de todas as maneiras. Por ser grande e não dar o mínimo jeito para ler, pela elite de intelectuais pretensiosos a que a MST se foi juntar e, ultimamente, pela parcialidade, pela manipulação nojenta de factos e imagens que tem sido a sua cobertura às Presidenciais. Hoje, a 1ª página do “Expresso” integrava uma fotografia de tamanho A4 com um grande plano da cara de Soares, com os olhos semi-cerrados, a fazer uma careta. Ahahah. Que engraçado. Que fotografia bem escolhida. E em nada semelhante (por mero acaso, claro) a uma de um Cavaco jovial e sorridente que vem mais à frente, ladeada por uma outra de Soares a ser ajudado a descer o degrau de um comboio.
Isto é grave, nojento, evidentemente descarado e imensamente revelador de uma estupenda falta de decoro por parte de quem faz estes gracejos. Isto é uma manipulação que nem sóbria é. Isto não é jornalismo sério
Convém, no entanto, dar pontos a quem os merece - a "Visão" tem feito uma cobertura isenta: li as duas reportagens sobre a Campanha de Soares e de Cavaco e em ambas notei um tom jocoso e críticas incisivas. Em ambas.

Conclusão: o “Expresso” é um bom jornal para arder na lareira. Nada mais.

O Meu Candidato É Melhor Que O Teu

Já que estamos numa de teorias da conspiração, há uma sobre o Prof. Dr. Cavaco Silva que me interessou peculiarmente, e que conta como ascendeu o boliqueimense de prof. Auxiliar do ISEG a Catedrático da Faculdade de Economia da Univ. Nova de Lisboa. Parece que o grande, o melhor economista que passou pelo Governo da nação não precisou de ir a concurso, graças à bondade do também economista, professor e militante do PSD (mais tarde crítico da actuação governativa de Cavaco) Alfredo Sousa (já falecido).
Seria ainda curioso saber porque foi arquivado pelo ex-Ministro da Educação do Bloco Central, João de Deus Pinheiro, um processo disciplinar movido a Cavaco Silva; e seria ainda mais curioso saber se foi por essa razão que, mais tarde, JDP chegou a ministro dos negócios estrangeiros do Gov. do nosso Cavácuo.
A ser verdade, está aqui o sério, recto, honesto e competente Cavaco Silva...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Soares é fixe?

(mais) 4 Obras Primas

1- Garota do Ipanema
Vinicuis de Moraes

2- Chan Chan
Compay Segundo

3- Jeremias, o fora-da-lei
Jorge Palma

4- Beyond The Sea
Frank Sinatra

Interessante artigo de Joaquim Vieira, no qual, baseando-se na biografia não oficial de Mário Soares da autoria de Rui Mateus (um ex-companheiro), faz interessantes considerações....!

Curioso é o que aconteceu depois.... "Depois de ter levantado de novo as questões nunca bem esclarecidas de negócios menos claros no tempo de Mário Soares à frente do PS, Joaquim Vieira foi despedido da Revista Grande Reportagem..."

E esta, hein?

quinta-feira, janeiro 05, 2006

4 Obras Primas

1- Mr. Jones
Counting Crows
August and Everything After

2- Bohemian Rhapsody
Queen
A Night at the Opera

3- Santeria
Sublime
Gold (Remastered)

4- The General (live)
Dispatch
Gut the Van

O que diz Pacheco Pereira

“(...)DUAS CANDIDATURAS QUE AINDA NÃO POUSARAM: A DE CAVACO E A DE SOARES: Cada uma com o seu dilema, quer a candidatura de Cavaco quer a de Soares têm margens de resultados estreitos e podem perder muito ou ganhar muito no tempo que falta. Cavaco precisa de passar à primeira volta, e isso exige um enorme esforço de mobilização. (...) Soares, por seu lado, precisa de dar tudo por tudo não só para ultrapassar Alegre, o que parece estar adquirido, mas para obter o mágico número que lhe permitirá ir à segunda volta (...).

(...) HAVER OU NÃO SEGUNDA VOLTA pode ser decisivo para o resultado final. Todos estão convictos, a partir das sondagens, que Cavaco ganha quer na primeira volta, quer na segunda. Pode ser que sim, mas eu não estaria tão certo disso. Se Cavaco não ganhar na primeira volta, vários efeitos, difíceis de retratar hoje nas sondagens, poderão verificar-se e mudar muito o panorama das eleições presidenciais. O único que o percebe bem é Soares.
Se pensarmos alto, não custa perceber que se houver segunda volta, ela será entre Soares e Cavaco. Ora, uma passagem de Soares à segunda volta coloca-o à partida na exacta posição contrária à que tem agora: hoje, é o perdedor, face a Cavaco, o ganhador. Se conseguir, contra todas as expectativas, passar à segunda volta, entrará nas eleições como vencedor(...).

(...)A DESAPARIÇÃO DE ALEGRE DOS RADARES: Alegre, como soares, queixa-se dos “comentadores”, por razões aliás muito parecidas. No entanto, como Soares, pouco tem de se queixar a não ser de si próprio. Há já vários dias que a campanha de Alegre é aquela que mais “vende” apenas a sua própria existência, o que é muito pouco para interessar os portugueses. Alegre não compreendeu que já acabou há muito o tempo em que lhe bastava fazer campanha apenas com as peripécias da sua iniciativa. Já sabemos que ele concorre para a presidência a partir de uma “vontade de cidadania”, que teve de arrancar contra a hostilidade dos “aparelhos partidários” (leia-se o PS), que o PS todos os dias lhe arranja uma complicação, que há “perseguições”, etc., etc.. Depois o que é que há mais? Nada. O que Alegre diz sobre qualquer tema é vago, confuso ou lugar-comum, e isso é mortífero. Se identificássemos Alegre com quaisquer causas, ele seria visível no radar mesmo sem “aparelho”. Sem identidade, ele nem solitário fica, mas apenas baço (...)”

Pacheco Pereira, in Público

Concordo com muito. Para mim, é dado adquirido que se houver segunda volta será entre Cavaco e Soares. Alegre não consegue mobilizar mais eleitores, pelas razões acima enumeradas e por outras que se prendem, sobretudo, com a sua incapacidade/inabilidade para trazer algo de novo para a campanha (lado que deveria ter sido o mais explorado por ele). Quanto a Cavaco, parece-me que não tem mais a ganhar: agora, só a perder. Esperemos que abra a boca mais vezes. Quanto a Soares, resta-lhe continuar a desmascarar Cavaco e captar eleitorado à custa disso.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

O Eco

Ter um blog implica uma intrínseca vontade de escrever para os outros. Um blog não é um diário, não é algo pessoal que se feche ao mundo. Toda a gente que escreve num e não tem problemas em o divulgar sabe que está a ser lido, sabe que alguém vai pensar no que escreve, sabe que muitos vão discordar ou concordar. Mas sabe – essencialmente – que vai ser lido. E se continua a escrever nele é porque gosta dessa sensação. Quem se acha dotado de ideias superiores não as divulga com facilidade, logo, não escreve num blog. Escrever num blog é a procura de um feedback feito à nossa medida, a la minute. Quanto mais se escreve, mais hipóteses temos de o receber – e é nessa reciprocidade que está a o segredo para o sucesso deste meio.
No fundo, um blog acaba por ser uma espécie de espelho da nossa alma. Há quem o utilize para escrever coisas rotineiras, há quem escreva artigos científicos, há quem escreva textos filosóficos, quem escreva sobre música mas, no fundo, quem escreve, escreve com um único intuito: o de receber algo de volta. Qualquer pessoa que escreva neste mundo o faz por este motivo. Porque gosta de ser ouvido, de ouvir o que os outros pensam, de ouvir críticas, de pensar nelas, de lhes responder. Se assim não fosse, um blog não faria sentido.
O blog como fenómeno social passa necessariamente pela revolução que os novos meios de comunicação permitidos pela Internet trouxeram. De facto, a Internet não é mais do que isso: um meio, um veículo de informação, de comunicação, de divulgação. A sua função esgota-se naquilo a que se destina, que não é mais do que isto. À medida que foi chegando a um número cada vez maior de pessoas foi fazendo com que outros meios tradicionais se tornassem obsoletos. Hoje em dia não se escrevem cartas, escrevem-se e-mails, não se telefona a alguém que tenha um Messenger, não se mandam telegramas porque toda a gente já tem telemóvel e toda a gente consegue mandar SMS a partir da Internet com relativa facilidade. As pessoas que nasceram nos últimos 20 anos convivem diariamente com tecnologia rotineira, que não lhes guarda muitos segredos. O grosso das pessoas desta geração sabe utilizar meios informáticos, serve-se deles sem qualquer tipo de problema. É, por isso, compreensível que estes se tenham imiscuído nas suas vidas sem sequer darem por isso. À medida que esse processo foi ocorrendo, foram criando hábitos – muitos deles sociais, de sociabilidade. Não espanta, por isso, que um blog seja um bom meio de combater a solidão – também ela tem um papel decisivo na forma como se utiliza o computador/ Internet: não é por acaso que os grandes dependentes (hoje em dia já é corrente caracterizar esta habituação como addiction) são pessoas essencialmente solitárias. Do meu ponto de vista, o uso deste meio é proporcional à solidão do utilizador, que quanto mais solitário é mais a ele recorre (se bem que, por vezes, inconscientemente).
Assim, podemos concluir que, como já foi dito, o blog acaba por ser um espelho, um reflexo daquilo que as pessoas são. Quem tem um temperamento conciliador, não se altera (a não ser que o anonimato o motive a fazê-lo); quem gosta de puxar a água ao seu moinho fá-lo da maneira que melhor sabe e consegue: argumentando – e a retórica tem, como todos sabemos, um papel decisivo na argumentação. Platão ensinou-nos com o seu “Górgias” que a retórica pode ter um fim construtivo, que não é certamente aquele para que os sofistas o utilizavam – o de persuadir ignorantemente. A retórica aliada ao conhecimento é a melhor arma que alguém pode ter: alguém com bom conhecimento de causa e com boa retórica é inderrubável (até que alguém com uma tese melhor e com retórica suficiente para persuadir o faça). Porém, o que acontece num meio (como os blogs, por ex.) que não é considerado um trabalho académico, que não tem por isso de ter necessariamente uma base científica consistente, é o privilégio da retórica em detrimento da base científica/ de conhecimento. E é precisamente aqui que está a função lúdica dos blogs: nos exercícios de retórica, que divertem as pessoas. Depois vem a necessidade do conhecimento para fazer sustentar um debate com pés e cabeça. Um debate que redunde num exercício de retórica não é mais do que isso...divertido: uma forma de entretenimento tão aceitável como um romance, como um programa de televisão, etc.
Há, porem, excepções: e o que acontece actualmente é estar na excepção o medidor de interesse de um blog. É quem conseguir cumprir a função de entretenimento e, simultaneamente, torná-lo interessante que pode dizer que tem um bom blog. O resto vem por acréscimo. Desengane-se quem pensar que esta tarefa é fácil: poucos são os que a conseguem cumprir. Mas é este desafio que motiva as pessoas a escrever – que, ao fazê-lo, estão a combater a solidão: inconscientemente. Isto significa que não se trata de um meio (escrever) para atingir um fim (combater a solidão): o fim faz, apenas, com que esse meio subsista...

inspirado no texto do Miguel

Just Like Heaven


Se pudermos considerar como argumento de um filme os diálogos e a história, “Just Like Heaven” (“Enquanto Estiveres Aí”) tem um argumento razoável. Se o considerarmos só como os diálogos, tem um argumento péssimo. Se considerarmos a história ou, melhor, o seu desfecho (e se tivermos em linha de conta que se trata de uma comédia popularucha romântica), tem um bom argumento. Bom porque há já algum tempo que deixei de avaliar este tipo de filmes de cartazes coloridos por aquilo que valem como filme. É difícil que algum deles venha a ser o melhor filme da minha vida, ou que venha, mesmo, a ser melhor que os outros 200 que já devo ter visto. Entenda-se que estes filmes têm uma única função: entreter. Não são cinema reflexivo, mas lá vão fazendo com que se pense um mínimo neles. E os que nem isso conseguem fazer...bom...tem que haver alguns que estejam no fundo da escala. Este, por acaso, toca numa questão até polémica: o desligar as máquinas a alguém que esteja em coma. Um dia darei a minha opinião acerca do assunto.
O filme conta a história de Elizabeth (Reese Witherspoon), uma jovem médica que trabalha demais e que sofre um acidente de automóvel que irá transformar a sua vida e que a levará à procura de si mesma, que vê separada do seu corpo. É aí que conhece David (Mark Ruffalo), que a ajudará a concretizar esta tarefa. O resto não vale a pena contar.
“Just Like Heaven” (a tradução, como tem vindo a acontecer desde há uns largos anos - e em que já devem ter reparado - é fantástica) é, no fundo, um filme despretensioso, descomprometido. Que não está à espera de ser mais do que aquilo que é, que reúne uma dupla de actores bastante boa que só não consegue convencer pela fraqueza dos diálogos que são, de facto, medíocres. No entanto, e como já disse, a história está bastante boa, bem conseguida, com um desfecho previsível mas bem construído. Digo uma vez mais que não irá para a prateleira dos filmes favoritos, mas digo que vale a pena ver (nem que seja só por Witherspoon...). Todo o cinema vale a pena ser visto. Nisso aproxima-se bastante da música...

Assim percebo-te, Soares

http://www.flurl.com/uploaded/Soares_sempre_presente_26561.html

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Nazi de Carnaval?




Não sei porquê, lembrei-me logo desta alminha aqui da foto. Gosta de ir para as festas dos amiguinhos fumar erva e ter posters da Pamela no quarto (deve ser para as insónias), mas no fundo é o que se vê na imagem. Deve andar a aprender com a avó paterna. Se ao menos aprendesse com a bisavó e com o que a geração dela aprendeu com a guerra, não seria o protótipo de reallity show que é.
Pedro, obrigado pelo texto, não só ilustra uma massa frustrada crescente da sociedade, como me deu uma oportuna hipótese de dizer mal da realeza das ilhas (ninguém aqui falou no PSD Madeira, cuidado).

Nazismo de Carnaval

É curioso observar as “Movimentações Nacionalistas”. Vou descobrindo aqui e ali um e outro site, lendo um ou outro texto, e chegando cada vez mais à conclusão de que devem ser pessoas imensamente tristes.
Tristes porque ninguém lhes liga patavina, tristes porque não se conseguem inserir na sociedade, tristes porque vivem num conflito permanente entre admitir a sua inspiração neonazi e encobrirem-na com os paninhos quentes do nacionalismo, do apodrecimento da nação, etc. Tudo isto ao som de uma banda portuguesa chamada “Ódio”.
Sensata, a escolha do nome: esta gente é, de facto, odiosa.

Saber vs Acreditar

"O Presidente da República, Jorge Sampaio, apelou hoje à participação dos portugueses nas eleições presidenciais do próximo dia 22, afirmando que o escrutínio será marcado por um forte consenso nacional sobre o papel do chefe de Estado."

(...)

"A próxima eleição presidencial vai ter lugar num quadro de estabilidade constitucional, marcado por um forte consenso nacional sobre o estatuto institucional do Presidente da República e sobre a função presidencial", declarou."


in Público

Perguntas: saberão as pessoas quais são as funções de um P.R.? Saberão elas o quão importante a estabilidade institucional é? Saberão que sejam quais forem as alterações no Texto Constitucional que Cavaco proporá, essas alterações só beneficiarão a côrte de men in black que o apaparica?

A resposta que penso serve para estas três perguntas leva-me a pensar até que ponto estarão cientes as pessoas do que fazem ao votar

Zen

Image hosted by Photobucket.com

Ás vezes chego a duvidar se prefiro a praia no Inverno ou no Verão. Uma coisa é certa: a meia hora que passei na areia (húmida, visto que tinha chovido umas escassas horas atrás) a observar o mar picado e a ouvir uma boa música valeu pelas horas intermináveis de esturricamento numa toalha cheia de areia em que ando às voltas besuntado em creme para peles cor-de-cera durante pelo meenos 6h. O silêncio das três almas que ali se encontravam valeu bem mais que os grunhidos de um qualquer infante que quer o 10ºgelado – ou pelas conversas sem assunto aparente que somos obrigados a fazer com as pessoas que vemos todos os dias (cuja única diferença é estarem em calções).
E é nestas alturas que penso como seria bom ter uma casa em madeira branca que dê para uma praia deserta, com uma loira enrolada numa toalha igualmente branca com ar de querer alguma coisa.

As passas hão de ter servido para alguma coisa, porra.

O Primeiro Dia do Resto do Ano

O ano começou com muito berreiro, e com um sabor absurdamente mau a passas na boca. Nada que um Champanhe “Murganheira” (tratamo-nos bem) não viesse a resolver. Afinal, já tinha acontecido mais vezes (pelo menos 18).
Ainda não notei nada de diferente. E vocês?
E pronto, fica então esta posta para primeira do ano (pena que já não conte como dia 1 – em termos de horário pessoal digamos que ainda o é).

A Mesa de Café

Imprensa Desportiva

a mesa de café Blogger