Zen
Ás vezes chego a duvidar se prefiro a praia no Inverno ou no Verão. Uma coisa é certa: a meia hora que passei na areia (húmida, visto que tinha chovido umas escassas horas atrás) a observar o mar picado e a ouvir uma boa música valeu pelas horas intermináveis de esturricamento numa toalha cheia de areia em que ando às voltas besuntado em creme para peles cor-de-cera durante pelo meenos 6h. O silêncio das três almas que ali se encontravam valeu bem mais que os grunhidos de um qualquer infante que quer o 10ºgelado – ou pelas conversas sem assunto aparente que somos obrigados a fazer com as pessoas que vemos todos os dias (cuja única diferença é estarem em calções).
E é nestas alturas que penso como seria bom ter uma casa em madeira branca que dê para uma praia deserta, com uma loira enrolada numa toalha igualmente branca com ar de querer alguma coisa.
As passas hão de ter servido para alguma coisa, porra.