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"Sin City" e "V for Vendetta"


Não sendo grande apreciador de BD, desconheço os livros que inspiraram Sin City (o filme). Posso supor (e visto ter descoberto, mais tarde, que estes serviram mesmo de story board na rodagem das cenas) que a fotografia é fiel à obra, porque faz mesmo lembrar um livro de BD.
O que há para dizer sobre este filme? Sin City é “A Cidade do Pecado” uma cidade de feios, porcos e maus e de bonitas e perigosas; de heróis e de vilões; de promiscuidade e de libertinagem. Aqui, vão-se cruzar as histórias de Marv, Dwight e John Hartigan: o primeiro procura vingança, pela mulher que lhe apareceu morta na cama, o segundo procura proteger as mulheres de um bairro de prostitutas e o terceiro procura salvar uma menina de 11 anos das mãos do filho do senador, um pedófilo sádico. Tendo em conta o sítio em que a acção decorre, é fácil perceber que temos aqui todos os elementos necessários para uma boa história de acção e suspense. Juntamos-lhe a excelente fotografia de Frank Miller, Quentin Tarantino e Robert Rodriguez e o resultado é um brilhante filme de acção, de escasso recurso à cor, que adquire, por essa mesma razão, um significado mais denso (o azul dos olhos de Becky (Alexis Bledel), etc.).
Sin City é um bom filme para todos os adoradores de comics, mas também é para quem não o é. É um filme tão peculiar que agradará, de certeza, a variados tipos de pessoas, isto é, não é daqueles filmes que se possa dizer “ah, é filme de (...)”. Obviamente que recomendo.

“V for Vendetta” tem o cunho dos irmãos Wachowsky, apesar de não ter sido realizado inteiramente por estes. Há reminiscências no filme que poderão lembrar “Matrix” que é, a meu ver, o melhor do género (também não sou grande apreciador de SCIFI): a acção, a genialidade dos efeitos especiais...não sei bem. Não adivinhamos quando vemos o filme que tem o dedo destes irmãos, mas não nos surpreende nada mesmo quando o sabemos.
“V for Vendetta” (“V de Vingança”, em português) é a história de um Guy Fawkes do séc. XXI (a história decorre em finais de século) que organiza uma conspiração semelhante à da personagem histórica que o inspirou, desta vez com o intuito de acabar com uma ditadura instaurada em Inglaterra. Esta é a “jóia da coroa”: o regime está magnificamente caracterizado – a propaganda, o ódio contra outras nações (os EUA foram a vítima, obviamente), a imprensa e outros meios de comunicação controlados e censurados, a cidade totalmente asséptica, etc. No entanto, há outros elementos que emprestam bastante qualidade ao filme: a evolução da personagem interpretada por Natalie Portman, Evey (sem descurar, obviamente da prestação de Hugo Weaving, “V”); a caracterização (a manifestação de milhares de Guy Fawkes resulta numa boa imagem), o ritmo da própria narrativa, praticamente sem tempos mortos, o esquema para derrubar Sutler (o ditador - John Hurt), tudo converge para fazer de “V for Vendetta” uma excelente narrativa, que conta com o desempenho de excelentes actores (Portman fica bem até de cabelo rapado), com a mestria da direcção dos irmãos Wachowsky, com um lado técnico em que não se denotam falhas e, acima de tudo, com uma história propícia ao debate e à reflexão – um grande ponto a favor de qualquer filme.

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