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Pérolas

"(...) [O Referendo] não serve, como se vê, para despenalizar as mulheres. Serve, sim, para tornar o aborto até às dez semanas de gestação um acto sem quaisquer restrições ou condicionamentos legais.

A mulher poderá abortar por razões de conveniência – para não perder umas férias na neve já marcadas, por exemplo. Mais: esse aborto será pago com o dinheiro de todos nós, contribuintes.
"

Francisco Sarsfield Cabral, in Blogue do Não

Eu diria mais: não só poderá como o fará, pela certa! Vejamos mais um caso: de uma camisola cara que comprou e vai deixar de servir, por exemplo. Não imaginamos já todos, aliás, a mulher grávida a pensar da seguinte forma: "Que chatice engravidar agora, com a Sierra Nevada já marcada: o melhor é abortar - que é, aliás, uma coisa que me dá tanto prazer - e engravidar quando viermos. E daí não, que esta lã custou-me os olhos da cara".
O que me irrita nestes beatos reaccionários é o mesmo que me irrita nos radicais, arrumados, normalmente, como dirigentes socialistas ou no Bloco de Esquerda: a forma aviltante como minam o debate. Sou a favor do Sim no Referendo, não sou a favor do aborto (vulgo acto de abortar). Mas quando se trata de indivíduos destes, tendo, normalmente, a reconsiderar...

Ser contra, mas não ser a favor da penalização. É a melhor maneira de evitar humilhações e de lembrar que a luta não acaba aqui: deve haver educação sexual e mais prevenção. :-)

Pedro

De uma vez por todas, ninguém é obrigado a abortar. As senhoras virtuosas que levam as filhas lá fora que descansem e votem e façam campanha pelo não que só lhes fica bem,mas o problema não vai ficar resolvido com o referendo.

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