Acabaram os testes!
a mesa de cafe
É verdade meus amigos! Acabaram os testes. É impossível não se estarem a sentir como eu. Qualquer estudante que se preze, e que esteja nesta situação, está a pensar o mesmo. Num descanso merecido, porque afinal o é mesmo. Só de pensar que agora só vou ter que me preocupar com resumos/fotocopias/noitadas a estudar daqui a um mês, dá-me vontade de gritar a toda a gente que passe por mim o quão feliz me sinto. Eu sei que isto não vos interessa minimamente, mas a mim também não me interessa que vocês não se interessem. Apenas escrevi isto para não me apanharem na Praça da República a gritar a plenos pulmões que não vou ter de estudar mais. Porque a vontade que sinto é de acordar de manhã, abrir a janela, e berrar: “Acabaram os testes!”; cantar no banho músicas cujas letras se baseiam somente no verbo “acabar” e no substantivo “testes”; na mota, berrar o caminho todo “Acabaram os Testes! Estou livre!”; chegar ao pé da contínua das informações, das fotocópias, mandar-lhes os papéis pelo ar e gritar-lhes nos ouvidos: “Acabei os testes!”. Entrar na sala 12 com Castanheira Neves e meia hora de atraso e segredar-lhe ao ouvido: “Acabei os Testes! Estou-me a cagar para o teu Álvaro de Campos e para a porra da tua “Mensagem” ”. Ir à rádio da escola e dizer: “Estudem, bois, que eu já acabei os testes!”; chegar ao pé do meu D.T. e dizer-lhe, enquanto tiro um maço de justificações de faltas: “’Nesto, acabei os testes!”; esmurrar a porta da sala do David Coimbra e gritar-lhe com um megafone: “Meu asco, acabei os testes, estou de FÉRIAS!”; sair disparado para a Zizânia, abrir a porta com um pontapé e mandar as cadeiras e as mesas pelo ar, enquanto me ponho em cima do balcão em êxtase: “Hoje vou fumar o meu cigarro até ao fim, por isso ESPERA, Conceição; só vou olhar para as tuas “Tendências Gerais da Filosofia na 2ª metade do séc. XIX” daqui a TRÊS, sim, TRÊS semanas. E quando ela me disser baixinho “Ora essa, António”, eu digo-lhe “Estou livre, ‘Ceição! Desiste!”. “Mas Antero…” e eu respondo: “Antero já eu ouvi nas homilias de português. Quero lá saber que também seja filósofo…
E quando parar num semáforo, vou sair da mota e deixá-la estacionada em frente aos carros todos, para que todos buzinem e eu lhes salte à frente enquanto lhes deixo papeis A4 a dizer: buzina o que quiseres; eu só tiro a mota quando me apetecer: ACABEI OS TESTES!
E hoje vou empanturrar-me numa tasca qualquer e beber até cair, para a noite abrir os lençóis, ter a sensação que estou a andar de helicóptero, refastelar-me bem quentinho e pensar: “Que bom, acabei os testes!”.
É verdade meus amigos! Acabaram os testes. É impossível não se estarem a sentir como eu. Qualquer estudante que se preze, e que esteja nesta situação, está a pensar o mesmo. Num descanso merecido, porque afinal o é mesmo. Só de pensar que agora só vou ter que me preocupar com resumos/fotocopias/noitadas a estudar daqui a um mês, dá-me vontade de gritar a toda a gente que passe por mim o quão feliz me sinto. Eu sei que isto não vos interessa minimamente, mas a mim também não me interessa que vocês não se interessem. Apenas escrevi isto para não me apanharem na Praça da República a gritar a plenos pulmões que não vou ter de estudar mais. Porque a vontade que sinto é de acordar de manhã, abrir a janela, e berrar: “Acabaram os testes!”; cantar no banho músicas cujas letras se baseiam somente no verbo “acabar” e no substantivo “testes”; na mota, berrar o caminho todo “Acabaram os Testes! Estou livre!”; chegar ao pé da contínua das informações, das fotocópias, mandar-lhes os papéis pelo ar e gritar-lhes nos ouvidos: “Acabei os testes!”. Entrar na sala 12 com Castanheira Neves e meia hora de atraso e segredar-lhe ao ouvido: “Acabei os Testes! Estou-me a cagar para o teu Álvaro de Campos e para a porra da tua “Mensagem” ”. Ir à rádio da escola e dizer: “Estudem, bois, que eu já acabei os testes!”; chegar ao pé do meu D.T. e dizer-lhe, enquanto tiro um maço de justificações de faltas: “’Nesto, acabei os testes!”; esmurrar a porta da sala do David Coimbra e gritar-lhe com um megafone: “Meu asco, acabei os testes, estou de FÉRIAS!”; sair disparado para a Zizânia, abrir a porta com um pontapé e mandar as cadeiras e as mesas pelo ar, enquanto me ponho em cima do balcão em êxtase: “Hoje vou fumar o meu cigarro até ao fim, por isso ESPERA, Conceição; só vou olhar para as tuas “Tendências Gerais da Filosofia na 2ª metade do séc. XIX” daqui a TRÊS, sim, TRÊS semanas. E quando ela me disser baixinho “Ora essa, António”, eu digo-lhe “Estou livre, ‘Ceição! Desiste!”. “Mas Antero…” e eu respondo: “Antero já eu ouvi nas homilias de português. Quero lá saber que também seja filósofo…
E quando parar num semáforo, vou sair da mota e deixá-la estacionada em frente aos carros todos, para que todos buzinem e eu lhes salte à frente enquanto lhes deixo papeis A4 a dizer: buzina o que quiseres; eu só tiro a mota quando me apetecer: ACABEI OS TESTES!
E hoje vou empanturrar-me numa tasca qualquer e beber até cair, para a noite abrir os lençóis, ter a sensação que estou a andar de helicóptero, refastelar-me bem quentinho e pensar: “Que bom, acabei os testes!”.
oh tony... Parabéns por teres acabado os testes mas deixaste-me seriamente preocupada! Estas na posse de todas as tuas faculdades mentais? Aconselho-te vivamente a consultares um psicólogo:P
(Mas já agora deixa-me dizer-te que a parte da Castanheira tá muito boa)
Posted by Alice | 10/3/05 1:24 da tarde
Antony....:) confesso que no princípio fiquei assustada, mas a meio do texto dei por mim a rir sozinha!! Fico contente por te ver contente...! Gostei especialmente das partes do Nesto, do asco e da Ceição...caricatas figuras:)
boas férias, aproveita!
Posted by Anónimo | 10/3/05 9:06 da tarde
ah, fui eu a comentar....a Luisa Kerry:)esqueci-me...
Posted by Anónimo | 10/3/05 9:08 da tarde
António, António... tiraste-me as palavras da boca!
Posted by João | 10/3/05 9:36 da tarde