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Nacionalismo my ass

a mesa de cafe

Nutro uma enorme simpatia por esse partido de ideologias nada mascaradas, distorcidas e encobertas que é o Partido Nacional Renovador, a Frente Nacional ou a porra que lhe queiram chamar. Ponto primeiro: é um partido de extrema-direita (O PCP não tem vergonha de se assumir como um partido de extrema-esquerda, logo…); ponto segundo: é um partido de ideologias fascistas, racistas, xenófobas, moralistas (sim, as “palavras mágicas” que numa atitude de vitimização estupidificante rejeitam, mas que descrevem toda a sua génese e objectivos), repressivas e opressivas que mascaram com uma bonita e apelativa camada de nacionalismo; ponto terceiro: existe uma enorme contradição entre o suposto manifesto (parece que nem um têm – mas que merda de movimento político vem a ser este?) e a justiça: seja ela de que tipo for. Aliás, consegui um notável feito: sugiro que procurem, aqui, encontrar (pelo menos uma vez que seja) a palavra justiça, em todo o documento que serve como “manifesto” do dito movimento; ou melhor, desistam já da ideia, porque é um esforço inglório. Não a encontrarão. Os nacionalistas esqueceram-se (ou desconhecem, parece-me) dos fins do Estado Social de Direito, esqueceram o que é a justiça (quanto mais a social), desconhecem tudo o que possa corresponder a uma igualdade de direitos e oportunidades que, à partida, não deveria ser esquecida por um partido que pretende chegar ao poder pela via democrática (nota: a frente nacional (FN) surge como um prolongamento ideológico do Partido Nacional Renovador (PNR)). Assim, são simplesmente a incoerência no seu esplendor. “Renunciam à violência”, renunciam à globalização, renunciam ao consumismo, renunciam a isto, renunciam aquilo…Que nojo! N-o-j-o, é o que sinto por esta gente, hipócrita, que vem com falsos moralismos quando atentam contra a moral constantemente. Mas, a meu ver, os cúmulos de incoerência fragmentam-se por todo o texto: “Defendemos uma Terceira Via pro-europeia, de aproximação dos povos irmãos, por uma Europa unida face aos perigos que a atormentam”/ “Rejeição da Constituição Europeia e da entrada da Turquia na U.E.”. Alguém entende isto? Alguém entende a vacuidade de conteúdo lógico disto? É suposto entender? Ou é suposto vomitar, simplesmente, em cima deste diarreia ideológica reprimida durante anos? Consulto, agora, a secção de fotografias do site. O que são estas caras distorcidas? O que é fazer-se política ou lutar-se por objectivos sem dar a cara? O que são estas cabeças rapadas, em encontros em Milão, e logo em Itália, país em que ideologias políticas se fundem em claques de futebol? O que são todos estes skins que circulam no meio das ruas, de caras igualmente distorcidas? O que é que, visto serem um movimento de ideologias irrepreensíveis têm, efectivamente, a esconder? Com que lata é que se demarcam do racismo salazarista e vêem nos emigrantes a causa da criminalidade? Que definição de racismo é esta? Porque raio têm de colar cartazes a meio da noite? Repito a pergunta: O QUE É QUE TÊM A ESCONDER, seus FASCISTAS? É este o nome que têm a esconder? Temem que vos apelidem assim? Alarmismos é sim o que pretendem, para levarem a vossa avante. Esse “STOP Imigração” é a nojenta solução que encontram para a criminalidade? A carapaça que os senhores pretendem criar em Portugal é para obtermos mais uns anos-luz de atraso cultural que o vosso “Professor Doutor António de Oliveira Salazar” tão patrioticamente quis obter (e que conseguiu)? Esperam que algum ser humano com dois dedos de testa acredite, depois de constatar o teor e a violência dos vossos cartazes, numa tentativa de desmentirem a comunicação social (aliás, em três), que constituem as “notícias” empolgantes do vosso miserável site? Em que país é que vocês vivem? Aliás, em que mundo? Mas estão mesmo convencidos que o país inteiro é constituído por leigos como os que punham a trabalhar na PIDE/DGS?

Matem-se! Somente isto! Matem-se! Ou então não se escondam, apareçam! Apareçam para proclamarem os vossos discursos à porta das escolas, e justifiquem o apedrejamento com os interesses materialistas das juventudes partidárias…ou talvez até com o “acomodamento” e “apego ao politicamente correcto”!
Partidos Democratas…Partidos que prezam e valorizam a Democracia…Sejam de esquerda ou de direita…é urgente a rejeição e o protesto contra esta existência…ou pelo menos, é urgente que se forcem estas pessoas a assumirem aquilo que são (ou que nunca deixaram de ser)!

Por tudo isto, boicotem a manifestação que têm preparada para hoje, dia 18 de Junho. Mostrem que não somos estúpidos, e que a ferida em que tocaram não é causada pela faca que apregoam tê-la causado! Que meter os imigrantes no mesmo saco é pior que primitivo!

Portugal aprendeu a lição…e não a esquece…

"é um partido de extrema-direita (O PCP não tem vergonha de se assumir como um partido de extrema-esquerda, logo…);"

É justamente aí q está o grande erro. É que em Portugal, alguns defensores da democracia decidiram proibir a formação de um Partido Fascista... pior a merenda que o sinete ;)

O erro não está nas nomenclaturas ou sinónimos. A questão é esta: não se assumem nem como fascistas nem como de extrema-direita – a primeira porque não podem, a segunda porque não lhes convém: “ (…) Militamos activamente na apresentação da alternativa nacionalista, de combate ao sistema pro-globalização defendido tanto pela esquerda (globalização cultural) como pela direita (globalização económica). Assim, não somos nem de esquerda nem de direita, somos contra o sistema da destruição nacional! (…)”. Esta primeira posição anti-globalização e, uma vez mais, a exaltação do nacionalismo, serve para encobrirem o facto de não poderem afirmar que são de extrema-direita…E o resto, Zé…é bullshit

É típico dos partidos extremistas este tipo de sinoimos, normalmene a apelar a moralismos....

aliás, se puderes, lê isto:

http://dossiers.publico.pt/shownews.asp?id=1225761&idCanal=1446&idSubChannel=1447

Os NoFX teem uma música muito gira que os meninos não devem gostar nada chamada Fun Things to Fuck. Era giro que tivessem lido antes este texto, pois fala de muitas mais que à música podiam ser acrescentadas, nomeadamente nomes de prátricas e de pessoas.

Band, eu pedia-te (mas isto claro, se não fosse pedir muito) que deixasses o clister para depois das tuas escrituras blogueiras, mais que não seja para evitar toda uma panóplia de comments simpáticos como os que insististe em deixar aqui hoje…

Abraço

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