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Se há bom cinema português...

... (Tirando clássicos como "O Pátio das Cantigas" ou "A Aldeia da Roupa Branca", que são certamente dos melhores) digam-me onde, porque ainda não o achei.

Ah, e o "Alice" não conta...

Os Imortais, Coisa Ruim, O Lampião da Estrela são os que me ocorrem agora e que achei bastante bons. Depois há uns que achei razoáveis: Odete, Movimentos Perpétuos, Noite Escura. E com certeza haverá mais que eu não vi e que valem a pena ;-)

a filmografia de Manoel de Oliveira.

Eu gostei bastante do "Esquece Tudo o Que te Disse" ou do "Rei das Berlengas". Tal como o "Coisa Ruim" e o "Alice" são filmes inconvencionais e que, por isso, nada devem a um bom filme estrangeiro. Já o que apanhei ontem na 2:, do João César Monteiro, foi "uma boa merda" (se o vissem acreditem que queriam usar esta expressão). Desde quando ver o esqueleto desnudado do João César Monteiro (que, além de realizador, acha que também nasceu para actor...) a beijar o corpo desnudado de uma moçoila num ambiente semi-pornográfico é arte? Valeu pela imagem da V-150 do Exército e pelo Luís Miguel Cintra a fazer de maluco que achava que era Cristo e que, em certo momento, dizia "e digo aos mortais: fodam-se vocês, eu vou-me embora que a mim já não me fodem mais"...
E pensar que os nossos impostos pagaram aquilo...

Pedro

Nico:

Admito a possibilidade de ser por barbárie, mas não consigo gostar dos filmes do Manoel de Oliveira. Só me ocorrem minutos intermináveis de fita em silêncio e planos intermináveis de objectos.

Mariana e Pedro:

É óbvio que todas as generalizações cometem injustiças: quando escrevi este post sabia, obviamente e à partida, que existem uns quantos títulos para além dos que referi que merecem destaque; o que pretendi dizer foi que o grosso do cinema português (pelo menos do que chega até nós) é fraco. É mau. Sei lá, só me ocorre "O Delfim" que, como a maior parte das fotografias portuguesas, cega o espectador com os contrastes de luz: numa cena um quarto quase negro, noutra parece que nos estão a apontar um holofote.

Antonio Pedro, o que dizes acerca das fitas de Manoel de Oliveira, é inteiramente verdade. À primeira vista são uma valente seca(é o preço a pagar pelo modelo cinematográfico nao holiwoodesco) repletos de planos estáticos, interminaveis, longos diálogos, teatralidade exacerbada dos actores. No entanto, experimenta tomar um pouco mais de atenção e posso assegurar-te, descobrirás um "mundo" totalmente novo, pleno de poesia, subtis alusões literárias, diálogos inteligentes, por vezes até brilhantes, belos planos, personagens densas, excelentes interpretações, em suma filmes inesqueciveis, bem longe do da mediania e pretensiosismo, da maioria do cinema português.

o capitães de abril e um filme portugues bastante aceitavel...Tem elementos cinematograficos bastante "Hollywoodescos" que o fazem ter alguma dinamica e não uma enorme seca...
Concordo com o pedro em dizer que os filmes do Joao Cesar Monteiro são "uma boa merda" desde que vi uma cena de dois minutos ou mais de um gajo a subir num electrico lisboeta sem abrir a boca fico com a impressão que até os filmes da lindsay lohan ou da hillary duff tem dialogos mais construtivos...Ao ver os filmes portugueses tão bem aceites pela crítica, pergunto-me que as peliculas serão tão boas, que eu as olho como boi olha para um palácio...

Vá, mátem-me...! O Crime do Padre Amaro

Nico:

É como te digo, deve ser mesmo por barbárie; no entanto, e agora que penso, a última vez que vi um filme de Manoel de Oliveira (ou melhor, experimentei ver) devia ter uns 12 anos. É uma questão de experimentar de novo...

Maestro e John:

Como já tinha dito, admito (obviamente) a possibilidade de existirem mais títulos bons para além dos que referi. E, como também já tinha dito, referia-me ao grosso do cinema português. Não deixa de ser interessante, no entanto, ouvir as vossas sugestões; podem, por isso, ir enumerando...

Eu também acho o cinema português uma pobreza... Não é só por ser fraco em si, mas também porque os temas são (quase) sempre iguais. Vá lá...tem vindo a melhorar ligeiramente!

Para quando um filme histórico decente?
uwkzmk

este texto saiu-te um bocado mal..eu não sou grande entendido em cinema, mas quando alguém ai em casa vir este texto, prepara-te que vais ser tão desancado por ele como serias por mim se eu entendesse

Vamos ser sinceros: direcção de actores é algo que Manoel de Oliveira nunca ouviu falar...
Mesmo assim, gostaria de ver alguns dos seus filmes - como "O Quinto Império". Mas percebamos que, por exemplo, o último constitui uma adaptação quase intocável (acrescenta-se uma cena final) de uma peça de teatro. Dizer que o teatro funciona no cinema nem sempre é verdade. Ou se faz como o Dogville ou a peça é, já em si, cinematográfica. Cinema de autor pode ser bom, contudo, se os temas e expressão constituem uma mera "masturbação mental" egoísta e solitária de pouco valerá ver os nossos fundos públicos investidos numa obra em si. A solução está, então, num discreto e normal "Kiss Me"? Honestamente, também não creio.

Não creio que haja mal em planos meramente fotográficos, no registo quase vouyerista da realidade ou numa realização com intervenção mínima, agora, não creio que isso faça um filme. Pode fazer uma curta-metragem, mas não um filme! Se o cinema português teima em fazer filmes com argumento "escrito em cima do joelho" não pode nunca ir longe. O humor parece um tabu no cinema nacional, bem como uma história do quotidiano que não ache que o quotidiano é apenas filmar uns "gajos da classe baixa" a dizer "caralho" e "porra" num cenário, como diz o AP, em grande contra-luz. Como era aquele filme da miúda dos patins no Carrefour? Não era Alice mas também tinha um nome no título... para mim isso é o cinema português ortodoxo a querer ser "fixe"...

Bem, mas há mais filmes bons como o "Milagre Segundo Salomé" (Paulo Pires e Nicolau Breyner têm papéis inesquecíveis) e o "I Will see you in my Dreams"... há excepções, como se vê.

Pedro

Notarei eu alguma incoerência no teu comentário, Bandeirinha? Não entendes mas suspeitas que estou a dizer uma barbaridade e que me saí mal. Está explicado: é porque não leste a discussão toda (nem metade, provavelmente)...

Ah, e for the record: não tenho nenhum censor em casa e estou habituado a pensar por mim: não que despreze orientações familiares, é só porque não lhes reconheço muito valor, pela sua... dogmaticidade?

É tão descarado que concluiste haver uma polémica desraçada neste post baseando-te no nº de comentários que nem me vou alongar mais. Como já disse, lê a discussão toda e pensa outra vez se foram assim tão impertinentes, post e comentários...

Claro que ha incoerencia. A unica coisa que penso é que pode ser demasiado...forte, talvez meter o cinema todo português num saco e colar a etiqueta "mau".
Não me meti na discussão porque não entendo suficiente de cinema portugues para entrar nela. Mas por acaso li.
Bem, o comentário foi mais escrito em tom de piadola, mas tu nunca entendes se é ou nao

1
Eu não meti o cinema português numa sacola. Disse apenas que, dos filmes portugueses que tinha visto, nenhum me tinha agradado por aí além ao ponto de poder dizer: que filme espectacular! E português! O que quis dizer, no fundo, foi que, salvo algumas excepções que, pelos vistos, se contam pelos dedos das mãos, o cinema português é, em geral, fraco!

2
Dizeres que o "texto me saiu um bocado mal" não parece ser uma "piadola". Parece até ser um comentário bastante sério e de reprovação, e foi nessa linha que respondi. E há, pelos vistos mais pessoas a concordar (pelo menos parcialmente) comigo, o que me deixa descansado quanto à infelicidade dos meus comentários.

3
Como deves imaginar, Bandeirinha, quando leio o comentário não estou a ouvir em que "tom" nem a ver com que cara o dizes. Logo, é difícil retirar da leitura deste a sua finalidade. Sugiro-te apenas que melhores o teu "humor na escrita" ou, pelo menos, que o tornes mais claro, para não dar azo a mal-entendidos como este...

okay, vou já começar a treinar um humor novo
beijinhos

(a partir de agora, mando beijinhos no fim dos comments "em tom de piadola" para ninguem se enganar e os tomar como sérios)

Assisti, no Brasil, a o Crime do Padre Amaro e achei muito bom.
Sandra

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