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Notas Sobre Um País Pequeno

Almodôvar é uma pacata vila alentejana situada a cerca de 40km de Beja, já quase no Algarve, e em que tudo funciona com (e apenas com) um telefonema. A farmácia só abre depois de telefonarmos à senhora. As bilheteiras do Expresso só abrem se telefonarmos ao responsável. Mas tudo funciona impecavelmente: telefona-se e as pessoas vêm. E vêm rápido, e, normalmente, bem dispostas. Quando os habitantes vêem alguém a aproximar-se de alguma coisa fechada, oferecem-se prontamente para entrar em contacto com a dita pessoa: mobilizam todos os meios que encontram (normalmente parece ser a cunhada) e as coisas aparecem feitas. De forma simpática, rápida e eficaz.

Lisboa é uma metrópole situada sensivelmente a meio de Portugal (um pouco mais abaixo, talvez) onde tudo parece funcionar, mas onde ninguém parece gostar de falar. As pessoas andam sempre sisudas, seja no metro, no comboio, ou no autocarro, ou na fila para o metro, na fila para o comboio, ou na fila para o autocarro. Perguntei a um segurança se o autocarro que estava estacionado naquela plataforma era o indicado no sinal luminoso em cima (visto serem pelo menos uns 30 sinais e não estarem bem colocados) e ele mandou-me consultar o bilhete. Respondi-lhe que sabia qual era o meu autocarro, apenas não sabia se era aquele. Ele mandou-me consultar o bilhete outra vez. Ainda estive para lhe tentar explicar de outra forma, mas desisti. Não me parece que um segurança que ganhe 30€ por hora deva ser simpático, mas pelo menos prestável. Ou nem isso: se tivesse, pelo menos, um QI superior a 20 já me dava por satisfeito. E era o que chegava para responder à pergunta que lhe fiz.

Histórias como essa todos devemos ter. Comigo aconteceu em Albufeira, onde um condutor de autocarros não sabia o nome das ruas onde passava! E depois de lhe perguntar várias vezes o nome de uma rua disse que era capaz de lá passar!

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