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A pedido de várias famílias, coloquei o meu desvaneio de há umas semanas

Alguém me explique uma coisa: Qual é a piada do Wresteling? Pode parecer gozo, mas eu vejo perfeitamente um combate de boxe de vez em quando, dou uns socos no saco ao fim do dia para desanuviar, quando estou muito tenso, vejo até uns combates das lutas livres japonesas e brasileiras (onde se luta séria e duramente – tenho 20 anos). Até me lembro dos inesquecíveis clássicos Westerns em que se destruíam Saloons fumegantes ao tiro e à pancada em distúrbios hilariantes originados por questões sérias, como gado roubado ou fogo posto, ou por questões seriíssimas, como um whisky mal servido ou uma batota num jogo de cartas. Agora, qual é a piada de me sentir um puto de 12 anos de uma terreola a 30 km de Milwaukee que come 10 hambúrgueres com o pai em frente à televisão depois do jantar para no dia seguinte ir para a escola aplicar o que aprendeu com o John Senna? Quando ainda por cima aquela nojeira é toda...encenada…zero de desporto, zero de competição, zero de actividade em equipa. A verdadeira tendência dos dias de hoje: cobardia, fachada e teatrada, com violência gratuita na mesma. Sim, porque um puto andar vidrado naquilo desde os 3 anos dia e noite, mais valia ter nascido na idade média.
Claro que, por aqui, podemos passar à questão da violência na TV. Há violência na TV, há violência na rádio, na imprensa e até ouvi dizer que, agora, já há também no mundo real. Claro que o povo come o que lhe dão a comer… A questão que passamos a ter é se é (ou deve ser) a sociedade a moldar os Media ou se são os Media a moldar a sociedade. Para isso, convém não esquecer que na maioria dos casos temos uma mãe que chega a casa do trabalho stressante pelas 9h e 30 da noite pronta a servir uma refeição caseirinha e familiar. Traz no banco do passageiro duas embalagens com bolonhesas de microondas ou dois menus carinhosamente cozinhados e embrulhados pela equatoriana tão simpática do McDrive na saída da via rápida. Depois vem a parte boa: a refeição é em família. A família janta alegremente: o único filho pré adolescente janta no quarto caoticamente arrumado em boa companhia; na companhia de umas dúzias de contactos on-line no MSN, um 3G rigorosamente artilhado com software de ponta, de umas fotos de colegas de turma em bikini no hi5 e de um poster na parede que diz “be rich or die trying”, ou coisa do género. A matriarca já é mais fina. Janta na sala com companhias mais selectas; é um tanto elitista. Não tem paciência para o Malato e as perguntas difíceis, nem para as tretas que dizem na 2 por uns tipos que ninguém conhece (como disse, ela é elitista). Melhor que a tabuada, ela sabe que Cofidis significa dinheiro já, sem complicações nem burocracias (e uma televisão nova ficava mesmo bem ali na sala)! As novelas brasileiras já não se usam como dantes, mas as portuguesas fazem-na triste: lembram-lhe os tempos em que era casada. E como águas passadas não movem moinhos, deixa-se ficar na Sic Mulher, na companhia de uma mulherzinha ou de um homossexual qualquer a ensinar a fazer coisas engraçadas, como caridade ou bolinhos de macã e canela. Qualquer dia, pode ser que no emprego alguma colega lhe fale de uma ou duas séries que por aí andam da FOX, que nem são más e fazem chorar no fim.
Na mesma cruz marshaliana, temos os estudos e as psicologias de marketing de quem sabe bem mais que nós e encontram em qualquer reality, um show de oportunidades para enriquecer. E agora? Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?
Sem querer obter qualquer credibilidade, proporia qualquer um dos que me lêem a melhor ou maior português de sempre. Não fiquem lisonjeados, por favor. Não é um elogio. Não acho ridículo o vencedor; acho piadético o par de vencedores. Claro que cada um deles teve a sua parte boa (simpatizar por simpatizar nada, mas admiro mais a parte boa do que acabou por ganhar), agora nunca nenhum deles seria o maior de sempre. Aliás, ninguém seria. Claro que agora vem tudo dizer que o país não adormeceu e que a malta pensa é nos princípios e nos valores etc. e tal, que com ele a mandar é que era bom, andava tudo nos eixos, que tem que voltar… Deixem-me perguntar que valores são esses que põem o botas a ganhar pela mesma maioria que o Sim ao aborto. Realmente, em Portugal só se pensa em valores…Onde estavam eles? Teria sido a solução voto telefónico? Via Internet? Não, claro que não…voto em massa, tudo mobilizado a mandar mails e a telefonar para a RTP. E é bem feito! Bem feito para quem se lembrou de importar o programa (o que vem lá do estrangeiro é que é bom), bem feito para quem tirou o botas das listas, bem feito para quem tentou “dar a volta” e mudar regras. Fracassou, toca a abafar o assunto. Agora, embrulhem! A parte do homem ter sido um ditador militar e do seu sucessor (na lista, a cassete luso-soviética original, nada de cópias) ter aspirado a tal até à senilidade torna tudo ainda mais inacreditável. Já estou a dar mais atenção que a coisa merece, só vi um ou dois episódios da novela, mas fica o parecer. Uma ideia, como a de um programa que quer determinar quem é o “maior cá da aldeia”, que à partida se reveste de carácter atrasado mental, dificilmente ganha qualquer coerência.

A gaita da Briosa não há meio de ganhar. Por mim a questão do trambolho do mourinho do choupal resolvia-se de modo simples. Já que no estrangeiro é que tudo é maravilhoso, porque não importar o bom ajuste de contas russo cá para o Extremo Ocidente? Iam ter com o senhor à porta de casa e pronto. A polícia cumpria o seu dever e limpava os vestígios e passava-se à próxima. Ninguém viu e ninguém sabe. O Putin mete-me nojo. Para mim, nada mais é que o culminar de tudo isto. Ao contrário do fantoche do Bushleaguer que, coitado, consegue reunir uma ingenuidade tão frágil que faz ter pena e até leva a pensar que ele apenas é um boneco falante, que até sabe ler uma ou duas frases, que é comandado pelo Rumsfeld (um Donald que de pato não tem nada), pela Rice e pela economia colossal do armamento. Putin nem a isso chega. A Putin, associo a face do criminoso. Não o fantoche do terror, como o texano bronco, mas um gajo que sabe tão bem o que quer, como que o que quer não é o bem. Talvez por aquele temperamento gélido e arrogante pálido russo. O certo é que me lembro como se fosse ontem da catástrofe do KURSK (soube a notícia quando estava de férias e, ao saber, em férias continuou), do massacre da Ossétia (com crianças a ser massacradas e sujeitas a situações muito abaixo do nível mínimo de dignidade no interior de uma escola de uma zona pobre de uma região pobre, Putine disse que não ia ceder mediante nada, mas pelo menos mandou flores para casa das mães que perderam filhos), o assassinato de Anna Politkovskaia, jornalista que sempre criticou a guerra suja na Tchetchenia e foi encontrada baleada ao pé de casa (o que lhe deve ter dado vontade de rir); segundo sei, agora, nem precisa de contratar polícia para limpar vestígios de assassinatos e sangue congelado no chão de Moscovo e S. Petresburgo, já que os serviços dele até inventaram um veneno que “mata à distância” (penso que assim, a polícia russa vai deixar de ter tarefas para fazer, podiam acabar com ela e assim poupar algum dinheiro para reforçar o exército, boa?). Bem, podia desenvolver mais estes temas, mas ainda aparece um veneno qualquer no meu pequeno almoço um dia destes, vou mas é estar caladinho (vou, vou) …

Ah e hoje lembrei-me: E o nosso chefe de estado? O Sr. José Sousa... (comento?...)

Este texto faz lembrar aquelas peças de teatro em que o actor está sozinho em palco durante 50mn em monólogo...

Concordo e acho piada a quase tudo, exceptuando a questão dos valores, por razões bem óbvias...

não li td... n tive paciencia, o tezto é muito longo (mas até me estava a interessar, o sono é que já é muito)...

Os Media moldam a Sociedade. Mas isso já não é novidade para ninguém que tenha dois palmos de testa!

Mas não consigo evitar, adoro Wrestling, é a minha telenovela =). Ah, é John Cena (não Senna).

Claro que é john cena, a prova de que este band não nicles daquilo que fala ;)
Texto curioso band, uma receita original :P a pincelada dos valores é que entrou ali à martelada...
beijinhos

não sabe nicles*

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