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Sobre Menezes e a Partidocracia

Pacheco Pereira, Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso ou até Manuela Ferreira Leite. Tudo nomes que com toda a certeza estão horrorizados com a vitória de Luís Filipe Menezes. Com alguma razão, mas não sem culpas no cartório. Deixando-se uma horta sem rega não se pode esperar que ela floresça. Aqui sucede o mesmo: todos os notáveis do PSD abandonaram o partido. Talvez porque este já não lhes interesse, talvez porque se tornou algo tão mau que sentem já não encontrar lugar nele. Mas a verdade é que desertaram. Assim, com ele entregue às aranhas, é natural que acabe nas mãos do populismo, da mediocridade e da demagogia. O caminho iniciou-se com Marques Mendes que, porque não podia fazer outra coisa da vida (ao contrário da maior parte das figuras supracitadas) foi obrigado a segurar o barco.

Devemos preocupar-nos? Claro que sim. O que se passa com o PSD é, sem dúvida, o que se passa (e que se passará) com todos os partidos políticos. Os realmente bons não vêem interesse em apostar na política porque conseguem mais sucesso numa carreira académica, diplomática, empresarial, etc. Assim, sobram os que necessitam dela: os Marques Mendes, os Jorges Coelhos, etc.

Como combater a tendência? A meu ver, a solução não passa por aumentar exponencialmente o salário dos governantes (de acordo com o Mestre, isto tornaria os lugares mais competitivos, o que, consequentemente, excluiria os medíocres). Passa, por exemplo, por devolver ética e causas aos partidos. Passa por fiscalizá-los; passa por pôr termo à vida de marajás que alguns governantes (ex: administradores e gestores de empresas públicas) levam, com pensões exorbitantes que conseguiram sabe Deus como. Como é que alguém pode acreditar num sistema destes?
Se as pessoas sentirem que o seu papel, a sua contribuição para um partido será decisiva, ou que poderá alterar realmente alguma coisa, serão as primeiras a contribuir. Idealmente, até poderão senti-lo como um dever cívico. Isto tem o seu quê de óbvio... e urgente.

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