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"Angels & Demons" de Dan Brown

Tive a felicidade de me chegar às mãos o livro que precede “O Código Da Vinci”, “Anjos e Demónios” (li a edição inglesa), e tenho a dizer que estou surpreendido pela forma como Dan Brown ( que a meu ver ainda não se conseguiu definir ou como historiador, ou como escritor de policiais, ou mesmo como ambos ) consegue fazer eleição de um novo Papa e do tema “ciência e religião” uma história que absorve o leitor.
Surpreende-me um pouco que este livro não tenha feito o mesmo sucesso que o seu sucessor; pela simples razão que é este ter o mesmo esqueleto que o outro. A fórmula é a mesma. Se no primeiro (ou neste caso, segundo) tínhamos uma figura importante que aparece morta – neste repete-se. Se neste temos Robert Langdon (suspeito que seja o alter-ego do autor) como a peça motora de toda a história, neste repete-se; se no “hambúrguer literário” tínhamos uma sedutora ajudante do professor de Harvard...neste temos Vittoria Vetra, filha do inventor da mais brilhante explicação para a criação do mundo – a anti-matéria, uma substância que detém um potencial de destruição incrível. É graças a esta que, e focado ao longo de todo o livro, a seita secreta dos Illuminati (um grupo de cientistas que se dava por extinto há mais de 400 anos) irá ameaçar com a destruição total da Cidade do Vaticano. Claro que como bom policial (porque apesar do que os “anti-literatura de massas” possam dizer, o livro é, de facto, um bom policial), a história irá dar voltas de 180º, e terá surpresas inesperadas.
Parece-me ainda importante realçar o binómio “ciência/religião”, que originará, por parte do autor, diversas reflexões, que me parecem bastante consistentes. Dan Brown consegue abster-se das suas convicções (religiosas ou não religiosas), e reflectir de forma coerente sobre a religião, usando a pele das personagens que cria, num “monólogo em debate”, para formular as perguntas e dar as respostas. Quanto à distinção entre realidade e ficção, apenas tenho a dizer que aquilo que dá como factos é bastante credível – e como ainda não consta da lista de livros proibida pelo Vaticano, ou como também não tem uns milhares de páginas no google que o desmentem, ainda possibilita que leigos como eu acreditem em muita coisa.

Eu li o livro. Recomendo que o leiam.

Bem eu andava a tentar encontrar um livro.. vou optar por esse e depois digo-te se gostei:)

Pessoalmente, só me suprpreende que o "Código Da Vinci" tenha tido sequer algum sucesso. Não falo no estatuto de fenómeno mundial. Falo em ALGUM sucesso. Aliás, em boa verdade, nem me surpreende. Afinal os O-Zone também tiveram o álbum mais vendido, o Tony Carreira o DVD com mais sucesso, e aquela coisa vulgarmente designada por "marketing" ainda serve para alguma coisa. Li "O Código Da Vinci" de uma vez só, sem paragens, sem voltar uma vez para trás, sem parar para pensar num parágrafo, sem reler uma frase ou reter uma expressão. Tudo isto enquanto ouvia Slipknot. Alto. Muito alto. Thanks pelo conselho mas... à segunda só cai quem quer.

A comida do MC Donald's é boa?

Mas toda a gente come.

A música dos Slipknot é boa (embora acredite que para alguém seja) ?

Mas toda a gente ouve.

A roupa de marca é assim tão boa?

Mas toda a gente veste.

Os livros de Dan Brown são assim tão bons?

Não, não são fenomenais. Limitam-se à mera função a que se destinam, que é o entertenimento. Não são documentos, não são estudos. São policiais. Tal como não convém comer Mc Donald's, uma vez por outra não faz mal a ninguém. Com estes livros passa-se o mesmo. E ninguém nega que para os entender seja preciso ter o QI de uma cebola. Não gostar de policiais é uma coisa; falar deles como se fosse um atentado à inteligência é outra bem diferente.

Pelo menos eu acho.

Bem, a crítica do livro, já ma tinhas expressado pessoalmente, agora, um pequeno aviso de amiga: "Creio que estás a começar a adquirir certas práticas linguísticas que corroboram as mesmas de uma certa personagem com a qual não nos podemos coadunar! Porque o teu absentismo tem de ter resultados, nem que sejam o términus dessa pirotecnia verbal".... lol

Oh António,
O Código até o Mário Soares cativou. Eu li e gostei. É um bom policial, como dizes. Mas é só isso. Está longe de ser um livro coerente, sério ou sequer excelentemente bem escrito. É um fenómeno de massas. Com suas qualidades e defeitos. E uma qualidade negável é que pôs muita gente a ler (e, eventualmente, outras coisas). Estes novo-anterior livro segue-antecede a tradição do primeiro e acrescenta, ao que li, frases de uma profundidade digna do pensamento de um escaravelho e uma incoerência científica notável. Igoremos isso e as deficiências óbvias (e, a meu ver, propositadas) da escrita de Dan Brown e percebemos porque ambos funcionam.
Suponho que o filme funcionará bem... nos EUA a qualidade dos argumentos geralmente não é muito melhor.

Pedro

"Está longe de ser um livro coerente, sério ou sequer excelentemente bem escrito. É um fenómeno de massas. Com suas qualidades e defeitos."

Como aliás já tinha dito anteriormente...Quanto à coerência de que falas; eu não estava a falar do "Código Da Vinci" (porque aliás gostei bastante mais deste último). Estava, sim, a falar dos argumentos que este consegue (porque a meu ver consegue) usar em tese e antítese sobre ciência e religião. Não são extraordinários, mas estão bem pensados. O livro tem obviamente muitos defeitos, mas não é mau, não é péssimo; é, e digo isto pela milésima vez, um bom policial, que vai dar um bom filme, que está razoavelmente escrito, por alguém que concebeu uma fórmula brilhante para vender (e que está longe de ser, digamos, uma Agatha Christie), que sabe um mínimo de História e de História de Arte, que investigou um mínimo sobre Ciência, que investigou um mínimo sobre Religião, e que concebeu um CD da Britney Spears (compra-se, ouve-se, deita-se fora) ou o último filme do Spielberg (o mesmo processo). É por isso que está longe de ser uma obra de referência; é por isso que está longe de ser um CD que esteja em destaque no móvel de CD's; é por isso que está longe de ser um daqueles filmes que nos marca, que nos abana, que nos faz pensar neles, e que por vezes e mais vezes que o vejamos nos toca da mesma maneira. Compraste, lêste, não deitaste fora; puseste na estante escondido atrás de uma caixa de perfume, com medo que algum intelectualoide passe e diga: "Oh, valha-me Deus, você anda a ler o "O Código"? Trate mas é já de cortar os pulsos..."

(Pedro assina por baixo, ponderando, contudo, se lê ou não o referido livro)

Pedro

Para todos os que estejam indecisos, como o Pedro, aconselho vivamente a leitura do "Anjos e Demonios". Eu começei a ler ontem e já vou a meio... Apesar de não ser nenhuma obra literária, é um livro que cativa o leitor! Boas leituras!

Uma citação que vem na Visão desta semana e que está relacionada com isto:
"Dan Brown copia obras que se encontravam, há 30 anos, nos alfarrabistas da Rua de La Huchette, em Paris".
Umberto Eco

O facto de ser 1 fenómeno de massas não é um atestade de falta de qualidade... vejamos o "Equador"!....

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