Send As SMS

« Home | Já não era sem tempo... » | Estratégia ou bom senso? » | 9/11 » | Presidenciais II - As críticas » | KO no 1º Round? » | Muito bom » | Companheiro Bush » | "Para os que esquecem facilmente" » | Cinema » | 11 de Setembro »

Qual é o espanto?

a mesa de cafe

Mário Soares afirmou numa rádio francesa que chega à comunidade portuguesa lá residente, que Cavaco “não tem perfil nem formação humana” para desempenhar o papel de um P.R. Estas declarações (inegavelmente polémicas) provocaram um grande burburinho em alguns blogs – desnecessariamente, a meu ver: Soares não foi incorrecto nem pretendeu, certamente, insultar o ex-primeiro ministro – aliás, não foi o primeiro nem será, com certeza, o último, a chegar a esta conclusão; como já foi dito várias vezes, Cavaco reúne apenas algumas qualidades técnicas (discutíveis), não tendo um perfil humano nem social, fulcral num Chefe de Estado. Isto já deixou de ser novidade…Qual é o espanto? E desde quando é que a frontalidade (desde que não se torne insultuosa) é um defeito?

Peço desculpa, mas acabei de vomitar em cima do seu post...
O que é que você, um imberbe de 18 anos percebe da vida?
Só por ser de Coimbra?
Oh meu amigo, cresça e apareça.
Se Soares é para si um "Deus", bem... Nem sei o que lhe diga.
Deixe-se estar sossegado e aprenda a limpar as latrinas da sua esquerda caviar coimbrinha...
É (também) por causa de criaturas como você que Coimbra é hoje uma cidade secundária a nivel nacional!
Esse seu ar intelctual talvez só faça carreira à sombra da cabra que vocês têm aí a definhar a vossa cidade.

Fernando Salvado

Aqui temos o verdadeiro exemplo do palhaço frustrado quarentão. Frustrado porque nunca foi ouvido, frustrado porque não sabe discutir nem argumentar.
Mas, como me apanhou num dia bom, até vou responder às suas perguntas:
Posso ser um “imberbe” e posso, até, ter 18 anos. Mas depois de ler comentários como o seu, acabo de confirmar que se pode ser “imberbe”, com 18, 20, 30 ou 40 anos, basta-se ser um troglodita que perde tempo a escrever imbecilidades como a sua. Se lhe incomoda o facto de ser de Coimbra, tenho pena dos seus concidadãos, que devem ficar ainda mais incomodados por terem semelhante monte de estrume a residir no mesmo local que eles. É bom, também, que não diga nada acerca de Soares, porque dessa sua boca cheia de dentes estragados não pode sair nada que contribua para um bom debate, seja acerca de Soares, seja acerca de Cavaco, seja acerca da Heidi ou do Esquadrão G.
Antes de mandar alguém limpar o que quer que seja, olhe para esse seu aspecto de fascista de carnaval, tem aí muito trabalho pela frente.
Se Coimbra é uma “cidade secundária a nível nacional” (o que quer que isso queira dizer) mais secundária é a relevância da sua opinião acerca desta cidade, acerca de algum blog (tem um...?Ou só usa a net para vir ver umas imagens pedófilas?) ou acerca do que quer que seja…Quanto ao meu “ar intelectual” e à minha “carreira”, prezo-os muito. É pena que você não possa dizer o mesmo, porque não aparenta ter nem o primeiro, nem a segunda.
Vá, vá-se lá masturbar com uma vaca, o reconhecimento de uma espécie de Q.I. idêntico deve excitá-lo muito…Desapareça, amigo. É um favor que faz (a nós, a si e à comunidade)…

Não posso concordar minimamente com nenhum dos dois comentários que antecedem o meu. E pelo exacto mesmo motivo: não passam de insultos absurdos.

Caro Fernando Salvado, se quiser fazer valer as suas opiniões recorra à argumentação, já que o resultado de comentários como aquele com que nos presenteou não é o mais desejável para si. Digamos que, se tem mais de 18 anos é de espantar, visto que adultos não "argumentam" de modo tão inconsistente. Além do que, o nível de percepção da vida não se mede pela idade nem pela cidade em que se vive.
Terei muito gosto que volte a participar neste blog, mas de preferência com opiniões, não com espingardeios sem fundamento.

António, se queres mostrar superioridade, porque certamente a tens, não uses a mesma técnica argumentativa. Diferencia-te pela distância qualitativa dos teus argumentos, ou então nem comentes.

(Desculpem meter-me no meio da discussão, mas tenho o bom nome do meu blog a defender.)

Peço desculpa, não resisti ;)...Não é todos os dias que se apanha semelhante imbecil...

Pois é! Sou um imbecil e tudo isso que você disse que sou..
Você mostrou-me a luz!
Obrigado!
Muito obrigado.
Do fundo do coração!
Prometo que voltarei aqui e lerei os seus posts com todo o respeito e atenção que merecem.
Desculpe, mas não tenho nenhum blog. Não tenho capacidade intelectual e argumentativa para o manter com a dignidade do seu!
Por isso, não posso convidá-lo a visitá-lo.
Queira aceitar as minhas mais humildes desculpas pelo incómodo que lhe causei.
Já agora, para que saiba algo mais sobre mim, tenho 53 anos e de facto não sou quarentão. Foi a única coisa em que não acertou.
Mas pode chamar-me palhaço cinquentão frustrado que eu mereço.

Cumprimentos

Fernando Salvado

ohh António! Grandes farpas! Mas incrivelmente irresistíveis! ;-)
O meu lado-contido-que-gostaria-de-insultar-alguns-fascistas gostou bastante! Já o outro utiliza um contido "não faço comentários".

Pedro

Sr. Bloguista de serviço!
Sim, bata-me. Sou realmente fascista e por isso mereço.
Gostava de ser como o senhor, democrata, tolerante, intelectual, bem formado mas não tenho capacidade, sabe.
Se quiser pode fazer comentários, chamar-me pedófilo, ignorante, palhaço, frustrado...
Não se coiba!
Aguardo os seus insultos e desde já agradeço-os!

Fernando Salvado

Lamento. Não os vou fazer. Parece que você até o queria. É masoquista? Deixe lá. Como você disse, sou tolerante. ;-)
Mas olhe que vir para blogs de esquerda comentar cernes de opinião é algo inútil. Se eu fosse para um de direita tentar convencer uma pessoa com uma opinião formado e bem fundamentada acerca de Cavaco seria a mesma coisa. Ou estou totalmente errado? Às tantas... também pode acontecer que eu seja um sádico...

Pedro

ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ahah,ah,ah,ah!

Fernando Salvado

«The world is a big circus. Make sure you're not the clown.»

CARTA ABERTA A MARIO SOARES

Caro Mário Soares

És um gajo porreiro. O mais Português de todos os Portugueses. Interpretas o que de mais Lusíada existe na actualidade. Sabemos que gostas acima de tudo de ti próprio, que tens um ego do tamanho do Cristo-Rei ou da Torre dos Clérigos. Adoras que te considerem o patrono da democracia Portuguesa, o salvador da Pátria contra fascistas e comunistas, o defensor inveterado da modernidade e da integração Europeia. És o galo de Barcelos do equilíbrio e do bom-senso que os Portugueses, como massa colectiva, acabam por assumir nos momentos mais decisivos da sua História. Mesmo que isso signifique a resignação à mediania. És uma bofetada eloquente na tristeza proverbial e na nostalgia quase fatídica do nosso povo. Abençoado sejas Mário Soares! Sabemos também que sabes essencialmente pouco àcerca de quase tudo. Que és sobretudo um verbo de encher, que gostas tanto de te exibir rodeado por livros de que não tiras qualquer erudição. É que a tua sabedoria não tem nada a ver com livros, com estudo, com tecnicidade. A tua sabedoria é feita de manha, de intuição, de uma especial sensibilidade ao que de mais profundo te faz identificar com a alma Portuguesa. A tua superioridade consiste em tratar ao mesmo nível aldeões, putativos intelectuais, ricaços de estirpe, novos-ricos, padres, maçons e todas as igrejas e clubes imagináveis. És um fenómeno, Mário. Com o teu meteórico percurso pessoal, que vai muito para além do teu percurso político, pulverizaste todos os emblemas de Portugal, desde Camões até à Amália passando pelo Figo de fresco sucesso. És grande, imenso, Mário Soares. Tens até o despudor de elogiar pessoas, como o Bento de Jesus Caraça, de uma envergadura intelectual e humana que te transforma no mais rasteiro feirante de vaidades. Bem sei que esses elogios servem fundamentalmente para valorizar ainda mais a tua postura politica e socialmente correcta, elevando assim a estima que procuras junto de todos os sectores da nossa sociedade. Porque a tua consagração não pode ser senão unânime, não é verdade? Por isso pescas em todas as àguas, por isso és um homem profundamente institucional, nacional e patriótico. Não te preocupes. Podes mesmo descansar um pouco, poupar a teatralidade das tuas exibições, os teus gestos largos perante as câmaras de televisão, a entoação encimesmada da tua voz a dizer banalidades. O teu lugar cimeiro na galeria dos mais lídimos Portugueses está assegurado. Mário: és inesquecível! Sobreviverás a todas as mortes, serás eterno nos livros de História, a nossa memória conservar-te-á intacto na tua grandeza e nas tuas misérias. Podes agora repousar tranquilo. Porque deves saber que escolher o momento exacto para sair de cena é também um acto de inteligência. Não te arrastes em jogos de divisões menores. A tua glória foi adquirida na 1a. divisão do campeonato Português. De facto, a genuinidade do teu portuguesismo também se avalia pela tua clara e objectiva incapacidade de penetrar palcos de dimensão internacional. Porque - sabes bem - lá fora ninguém te leva a sério. Foste importante para estabilizar este canto da Europa removendo preocupações de importantes centros de poder nos Estados Unidos e na Europa. Mas, sempre foste um serventuário da democracia ocidental no teu país, um peão útil no país de que a maioria dos Americanos nem sequer conhece a existência. Nunca ninguém te considerou um cidadão do mundo. Tu - graças a Deus! - és uma entidade local. Não és um protagonista da globalização, sei que não o queres ser, mas também não o poderias ser. O teu universalismo acaba na tua biblioteca adorada, nos milhares de livros que nunca leste e que legarás com tanto altruísmo à tua Fundação.

Caro Mário

Desculpa por te ocupar tanto tempo. Provavelmente não lerás esta crónica que considerarás, de qualquer modo, apenas mais uma de tantas manifestações de rancor contra o teu sucesso. Um desabafo de um desequilibrado ou deprimido que não tinha mais nada que fazer para além de destilar fel sobre um seu concidadão notório. Cada um tem direito aos amigos e inimigos que merece e sei que o teu dinamismo se alimenta também - talvez sobretudo - dos teus inimigos, das tuas oposições. Tu és um lutador, reages à contradição com fibra, renasces de cada vez mais convicto da tua superioridade. Paradoxalmente, portanto, ter-te-ei ajudado. No fundo, não te quero nenhum mal. És apenas um objecto do meu cínismo, um cinismo que Schopennauer dizia ser o perfume da lucidez. Seja como for, estou seguro de que és muito mais feliz do que eu, não obstante a minha presunção de lucidez. Para que diabo serve a lucidez?

Enviar um comentário
A Mesa de Café

Imprensa Desportiva

a mesa de café Blogger