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Amigos

a mesa de cafe

As pessoas caem, frequentemente, no erro estúpido de achar que têm muitos amigos. Talvez porque acreditem mesmo que os têm, talvez porque não consigam distinguir entre “amigos amigos”, “amigos” e “conhecidos”. É pena. Ás vezes este número fictício é apenas um refúgio para a solidão que sentem (sentimento que não corresponde verdadeiramente à realidade), por acharem que lhes faltam “amigos amigos”. E o que é um “amigo amigo”? “Amigo amigo” é aquele que sabe todos os nossos pontos fortes e todos os nossos pontos fracos. É aquele que nos manda à merda e que nos pede desculpa no minuto a seguir. É aquele que entra em nossa casa e nos abre o frigorífico, tal como faríamos em casa dele. É aquele que conhece os nossos pais, e aqueles que vivem em nossa casa – apesar de estes não serem para eles mais que “conhecidos” – podendo, no entanto, chegar a “amigos” ou até a “amigos amigos”.
Por isso, quando às vezes nos começamos a dar melhor com alguém (ou mesmo com um certo grupo de “amigos” que dantes eram apenas “conhecidos”) caímos no erro comum de achar que estes são nossos “amigos amigos”. Precipitamo-nos a inclui-los nesta categoria. E isto deve-se à falta de “amigos amigos” – ou melhor, ao sentimento de falta que sentimos, porque, efectivamente, não são necessários muitos “amigos amigos” na nossa vida. Eu arriscaria a dizer que se contam pelos dedos de uma mão os que tenho. Isto não quer dizer que os medidores de amizade – como no “The Sims”, por exemplo – não estejam em constante transformação. Aliás, o sistema utilizado neste jogo corresponde, na minha opinião, à realidade: Há dois medidores de relações: um a curto prazo e outro a longo prazo. Por isso, acontece às vezes, por exemplo, conhecermos uma pessoa e ao fim de poucas semanas acharmos que temos ali um amigo para a vida. Deste modo, a primeira barra estaria verde, quase no 100, mas a outra estaria vermelha, no máximo nos 20. E porquê? Porque o que nos parece a curto prazo é diferente do que nos parece a longo: no momento achamos que encontrámos o melhor amigo do mundo, mas…Se passarmos, vamos supor, 3 meses sem o ver, facilmente o primeiro indicador desce: enquanto que o outro descerá pouco: porque tal como demorou a subir, demorará a descer: só com uma coisa muito má (ex.: uma grande traição) ou muito boa (ex.: um grande amor) é que poderá subir até aos 100 ou descer rápido até aos negativos (neste último caso, claro, depois de tomarmos uma decisão em relação ao modo como vamos proceder: ou perdoamos, ou não perdoamos. Se não perdoamos, a barra desce a pique, se perdoamos pouco descerá. Se ignoramos, descerá muito pouco, porém, ao fim de vários incidentes “ignorados”, acaba mesmo por descer.)
Isto para dizer que às vezes as pessoas caem facilmente na ilusão da amizade numerosa: por vezes, até para tentar provar a quem quer que seja que conseguiram. Mas conseguiram o quê? No fundo, não conseguiram nada: hão-de conseguir. Não com demonstrações eufóricas de amizade artificial, criada a la minute, mas com grandes provas de efectiva amizade, que só o tempo permite que sejam dadas. Ou com situações excepcionais que nos obrigam a dá-las imediatamente. É assim que os “conhecidos” chegam (ou não) a “amigos”, e que os “amigos” chegam a “amigos amigos”.
Eu ficaria feliz se tivesse apenas um “amigo amigo”. Coisa cada vez mais difícil de existir, nos dias que correm. É pena que nem toda a gente ache o mesmo, e os procure desenfreadamente, desiludindo-se, em muitos casos...

sinceramente, eu começo a pensar que, hoje em dia, as pessoas se interessam apenas ( e ficam felizes e orgulhosos com isso!) em ter um grande grupo de amigos.. ir no shopping e conhecer meio mundo, sair à noite e ter pessoas para cumprimentar.. de facto, penso mesmo que gostam de assumir-se muito sociáveis só pelo simples facto de CONHECEREM muita gente, que, na melhor das hipóteses pode ter cumprimentado 2 ou 3 vezes...

está bem, é bom ter uma vida social estavel e saudavel, se possivel.. mas porque é que as aparencias do parecer-se e conhecer muita gente sobe à cabeça de muita gente????


amigos amigos há poucos, mas mesmo muito poucos... muitas vezes, fui criticada de não me abrir muito perante algumas pessoas, mas sinceramente, sou obrigada a fazê-lo? acho que queriam que eu me abrisse no sentido d e contar coisas íntimas sobre a minha vida pessoal que não estava disposta a extraviar dos meus amigos amigos...

eu acho que, na minha vida, há amigos anigos, conhecidos e ainda uma outra categoria.. os amigos amigos são aqueles em quem se confia e sabe compreender-nos quer tenhamos o sentimento mais comum ou mais estranho do mundo... os conhecidos são aqules que se cumprimenta, que se passa um bom bocado, mas sempre em nada profundo... e há os conhecidos de 2.º grau com os quais ainda estamos menos tempo ...

já fui a alguns encontros de pessoal jovem e digo que é das coisas que simplesmente ADORO porque posso contactar com outras pessoas, novas realidades, enfim, um m undo aberto a novas situações... no entanto, quando saio desses encontros de 4-6 dias, as pessoas tendem a considerar-se grandes amigos.. e eu fico nakela- afinal, o que são eles para mim? o que significam? que vão ser adicionados no meu messenger-simplesmente, penso que, para algumas pessoas, até a exibição do número de amigos no hi5 ou no messenger é deveras importante!!!???

e o que me choca também os "adoro-te mt mt mt mt mt mt mt", os "jinhos lindos, fofies e windos como tu"... enfim... esse tipo de3 cokmments nos fotoblogs, nas dedicatórios de um encontro de 1 dia... quando na verdade não se conhecem bem as pessoa...


bem, já estou a divagar... mas a verdade é que adorei o teu artigo... pena não ter percebida a parte do jogo e das barras vermelhas e assim... lol

É muito simples, a questão das barras: imagina que tens uma que mede a tua relação diária com uma pessoa – essa barra sobe e desce facilmente, porque é o mais comum do dia-a-dia, zangar-nos, reconciliarmo-nos, voltar-nos a zangar, ficarmos chateados por alguém não ter dito nada, etc.
Depois imagina outra, que demora tempo a formar-se e a subir, porque é um longo processo de “construção da amizade” (uma “barra a longo prazo”). Como já disse, essa não sobe muito rapidamente ( a não ser que, por exemplo, te apaixones) e também não desce muito rapidamente, visto que não é por uma discussão mais acesa ou uma troca de farpas que vais deixar de considerar alguém teu amigo, assim de um dia para o outro. Ou seja, não se baseia num acontecimento menos mau ou menos bom para subir ou descer, mas sim em vários acontecimentos (no entanto, e como já disse pode-se basear até num único, desde que seja algo realmente forte ou grave).
Espero que tenha explicado a tua dúvida e, uma vez mais, obrigado pelo comentário.

Nota: É claro que podem existir dezenas de formas de interpretar esta matéria…Nenhuma totalmente certa, nenhuma totalmente errada…

brigada plo teu comentário, ou melhor, pelas "informações"...
sim, agora já percebi (Finalmente!) a história das barrinhas... é que não costumo jogar muito.. e, apesar de já ter ouvido muitas críticas positivas acerca do "The Sims", ainda não o joguei uma única vez... bem, pura ignorância a minha, não é isso que estás a pensar? lol... mas eu sou assim... máquinas, jogos de vídeo, etc... não percebo nada...

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