Convicto, mas não cego II
"(...)No tempo certo e no momento certos, Soares sempre soube encontrar o caminho exacto, a Democracia Representativa, o Bloco Ocidental, o Espaço Europeu.
O Velho Leão lançou-se agora no último desafio da sua gloriosa carreira política. Para mim, cidadão comum, apenas tenho duas opções: ou olhar para tudo aquilo que, de turvo, em seu redor se acumula (les amis de Soares...), ou colocar-me num patamar bem mais elevado, o do juízo da História, onde não há lugares para estes pequenos argumentos, e avançar.
Para a minha geração, o nome de Soares confunde-se, com todas as suas turbulências e contradições, com a instalação, em Portugal, de um regime de Democracia e Liberdade de Expressão. Sem ele, não poderia existir um "The Great Portuguese Disaster" ; com ele, é o regresso certo e pleno do Polvo e de todos os seus interesses.
Todavia, de aqui a 500 Anos, já nem eu estarei vivo, nem ninguém saberá que o Polvo existiu. Eventualmente, sacrificarei, no dia 22 de Janeiro, mais uma das boas oportunidades que poderia ter, ao pendurar-me, sabe deus como, no próprio Cavaco e nos interesses turvos que por detrás dele se ocultam.
Não vou abster-me.
Sem o meu voto, Soares, o Excelente e o Péssimo, poderá ter escrita, como derradeira linha do seu currículo político, uma disfórica e injusta declaração de derrota, que os vindouros dificilmente compreenderão, como a de o Churchill, Vencedor da Guerra, poder ter sido subitamente afastado, nas primeiras eleições da SUA Paz.
"É a vida", como diria o Guterres; podem chamar-lhe um acto do coração, e, como tal, emotivo e irracional, mas não quero que o meu nome fique associado ao fracasso da derradeira luta deste grande combatente.
Não ficará.
Soares (ainda) é fixe.
(Cai a Bandeira das Cinco Quinas e da Esfera Armilar)"
in The great portuguese disaster 1985-1995
O Velho Leão lançou-se agora no último desafio da sua gloriosa carreira política. Para mim, cidadão comum, apenas tenho duas opções: ou olhar para tudo aquilo que, de turvo, em seu redor se acumula (les amis de Soares...), ou colocar-me num patamar bem mais elevado, o do juízo da História, onde não há lugares para estes pequenos argumentos, e avançar.
Para a minha geração, o nome de Soares confunde-se, com todas as suas turbulências e contradições, com a instalação, em Portugal, de um regime de Democracia e Liberdade de Expressão. Sem ele, não poderia existir um "The Great Portuguese Disaster" ; com ele, é o regresso certo e pleno do Polvo e de todos os seus interesses.
Todavia, de aqui a 500 Anos, já nem eu estarei vivo, nem ninguém saberá que o Polvo existiu. Eventualmente, sacrificarei, no dia 22 de Janeiro, mais uma das boas oportunidades que poderia ter, ao pendurar-me, sabe deus como, no próprio Cavaco e nos interesses turvos que por detrás dele se ocultam.
Não vou abster-me.
Sem o meu voto, Soares, o Excelente e o Péssimo, poderá ter escrita, como derradeira linha do seu currículo político, uma disfórica e injusta declaração de derrota, que os vindouros dificilmente compreenderão, como a de o Churchill, Vencedor da Guerra, poder ter sido subitamente afastado, nas primeiras eleições da SUA Paz.
"É a vida", como diria o Guterres; podem chamar-lhe um acto do coração, e, como tal, emotivo e irracional, mas não quero que o meu nome fique associado ao fracasso da derradeira luta deste grande combatente.
Não ficará.
Soares (ainda) é fixe.
(Cai a Bandeira das Cinco Quinas e da Esfera Armilar)"
in The great portuguese disaster 1985-1995
Antonio... explica-me so uma coisa: quais sao os tais "interesses turvos que por detrás dele se ocultam"? Peço-te para seres o mais objectivo possivel;)
Posted by Anónimo | 22/1/06 9:36 da tarde
o bruce irons nunca se ia interessar por um tema baixo como a política..back off sucker!
Posted by Zé Bandeirinha | 22/1/06 11:03 da tarde
Grande Band... Tens tda a razao! Mas o facto de assinar c o nome dele apenas serve para mostrar tda minha admirição q tenho pela forma como ele domina as ondas!!!!
Posted by Anónimo | 22/1/06 11:13 da tarde
"Cavaco será obrigado a ir a uma segunda volta. Cavaco irá perder a dita segunda volta." Mariana... Para uma pessoa tao rigorosa na sua forma de escrever parece-me q terás de rever o teu conceito de facto!! Afinal quem ganhou as eleições na primeira volta? Nao tera sido um tal de Anibal Cavaco Silva? Contra factos (VERDADEIROS e PROVADOS!) nao ha argumentos, minha cara....
Posted by Anónimo | 22/1/06 11:23 da tarde
Diogo, se te apetecer, lê isto:
http://ailhadodiaantes.blogspot.com/2006/01/day-after.html
Para mim, essa é a explicação para ele ter ganho. Por ter mentido. E isto, que pode parecer as desculpas de má perdedora ou algo assim, já eu andava a dizer há umas boas semanas. E eu não considero que tenha havido uma derrota do candidato que apoiei (nem nenhum jornalista - que eu tenha visto - a referiu como tal), o ambiente que se vivia ontem na sede era todo menos esse. Fomos derrotados no objectivo de passar a uma segunda volta, aliás toda a esquerda o foi, mas não no aspecto de fazer democracia. Que, de qualquer das maneiras, continua a ser o que mais importa (pelo menos, para mim).
Posted by Mariana | 23/1/06 11:14 da manhã
Nao houve uma derrota do candidato q apoias-te?! Entou houve exactamente o q?!
Ganhou o candidato q tinha q ganhar, ganhou o candidato q o pais de facto necessita...
Tem defeitos cm tds os outros mas é sem a menor duvida o melhor dos candidatos! So nao vê quem de facto nao quer ver... Ganhou! Nao ha mais nada a dizer... Abraço
Posted by Anónimo | 23/1/06 2:41 da tarde
Lol... oh Diogo, esse comentário eu esperaria ouvir de uma qualquer velhota iletrada que, chorando ao ouvir o seu grande líder discursar, fosse interrogada por um jornalista.... De certeza que consegues compreender que um candidato que não teve apoio partidário nenhum e conseguiu ficar em segundo lugar (com uma grande distância do terceiro, que foi ocupado pelo candidato apoiado por um dos grandes partidos de Portugal), tem bastante mérito, tal como todos os que andaram durante semanas a fazer voluntariado por ele. Mas, se não compreendes, eu explico-te (se bem que fico sempre com a sensação que não lês o que eu escrevo, mas enfim...): o que houve exactamente foi uma vitória da democracia. No sentido em que esta não se esgota em partidos políticos. No sentido em que ninguém que apoiou Alegre o fez porque o-partido-a-que-sempre-pertenceu-nem-se-sabe-bem-porquê-o-apoia-então-vamos-apoiar-também. Porque um cidadão independente conseguiu conquistar 20,7% do total dos votos. E estes não foram conquistados com jantares à borla, ofertas de t-shirts e cachecóis e autocarros para encher comícios. Foram conseguidos com a vontade das pessoas e essa é, sim, uma grande vitória.
Posted by Mariana | 23/1/06 4:10 da tarde
Mariana...
Mas em relação a isso tens tda a razao... De facto houve grande merito do teu alegre candidato q sem qq apoio partidário chega a um 2ºlugar. Mas para mim ha vencedores e vencidos e nestas eleições, so houve um vencedor, tu sabes quem foi;) Simplesmente pq foi ele o eleito para a presidência da republica. Nao acredito em vitorias morais...
Para mim a grande vitória (sem tirar o mérito ao Alegre) e a presidencia da republica....
Posted by Anónimo | 23/1/06 4:53 da tarde