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Exaustão

Tirando a parte do "publicar posts no blogue da campanha" não há nada neste post que não pudesse ser eu a escrever:

"Estou farto da campanha pela despenalização do aborto.

Cheguei hoje à conclusão que, se isto fosse um país decente, a metade feminina do nosso eleitorado trataria de garantir sem esforço que o Sim ganhava o referendo. Com a ajuda dos homens razoáveis que nos restam, seria um combate fácil, ou melhor, nem chegaria a ser combate algum. Em vez disso, porém, tenho de ouvir todos os dias hordas de fanáticas religiosas a proclamarem o direito à vida de uns feijõezinhos sem rosto. Não vale a pena argumentar com estas criaturas — se fossem sensíveis à razão, não seriam beatas em primeiro lugar. Por isso, já decidi: ponho mais um ou dois posts no blogue da campanha, vou votar no dia 11, e elas que se desunhem. Basta de gajedo.
"

Luís M. Jorge, in "A Vida Breve"

Ele se tá farto, que se cale de vez. É um favor que me faz

"Uma das coisas que mais me irritam nestas campanhas e debates é o facto de as pessoas (dos 2 lados!) falarem como se estivessem a dizer uma coisa óbvia, como se os “opositores” fossem burros e não vissem as evidências…"

Ao ler esta frase cheguei a pensar que ma tinhas plagiado! É isso mesmo! :)

Bem, acho que vou só ali buscar o chicote e já venho. Pelos vistos, estou a precisar de umas vergastadas.

Luísa:

Sabes que é curioso, porque ao ler o teu comentário (pelo menos o primeiro parágrafo) fiquei com... a mesma sensação que fiquei quando li o do Luís M. Jorge. Poderia perfeitamente tê-lo escrito. Aqui o "Mestre" não me deixa mentir; foi com esse espírito que parti para o debate, e se te deres ao trabalho de ler umas coisas que escrevi não há muito tempo chegarás a essa conclusão:

"(...)Como afirma, aliás, o meu professor de Teoria Geral do Direito Civil (que, por acaso, até se manifesta contra esta despenalização, mas cuja opinião é de louvar pela sua ponderação e razoabilidade...)"

Até cheguei a dizer isto à Leonor:

"(...)Um conselho: não partas para o debate a achar que os que não estão no mesmo barco que tu são/ estão desprovidos de lucidez (ou de argumentos válidos): foi um bocado o que o teu último parágrafo deixou transparecer..."

Isto foi escrito em... Dezembro. Acho que não estou errado ao não me rever na descrição que fizeste. Ainda mais porque fiz questão de louvar o movimento a que aparentemente pertences, "Independentes pelo não" e de realçar a distância que o separa das "nem obrigadas" que, a meu ver, se enquadram perfeitamente na descrição que o autor do post fez. É mais ou menos a essas "criaturas" que me refiro (e penso ser também a essas que ele se refere). Se estão ofendidas, paciência. A simples existência delas ofende-me mais.

Ora, é claro que não te incluo (como já deves ter reparado) nessa categoria. Nem ao Bandeirinha (apesar de me... desiludir vê-lo -ver-vos - a fazer campanha ao lado de tamanhos monumentos à beatice, hipocrisia, falta de bom senso, e de seriedade). Se achaste mesmo que o post se referia a ti, tenho pena, mas... é uma conclusão tua: não há nada que te ligue ao que está escrito no post...

Para acabar, deixo-te mais outro fragmento de um post meu, também de Dezembro:

"(...)O que me irrita nestes beatos reaccionários é o mesmo que me irrita nos radicais, arrumados, normalmente, como dirigentes socialistas ou no Bloco de Esquerda: a forma aviltante como minam o debate."

Relendo o post, sim, realmente parece um pouco ofensivo. Principalmente a parte dos "homens razoáveis". Visto que o publiquei mais como um desabafo (um pouco de cabeça quente, depois de ter lido mais umas quantas barbaridades), nem atentei muito nesta parte. Acho que ficou provado em cima que não penso assim.

Band:

Pois claro. Melhor mesmo era referendar apenas no Santuário de Fátima.

Zé:

Lamento, mas se puxares bem pela cabeça e quiseres ser justo vais ver que quem começou por dizer isso fui mesmo... eu. Estranho é na altura não teres concordado de forma tão "entusiasta :)"...

Até há pouco tempo votava em branco. Por isso, e por outras razões, sempre me irritou a parcialidade (como tu sabes e até achas exagerado, sou assim em tudo). Eu não disse que tu não dizias aquilo antes. Se sempre disseste é bom sinal! Também o q faltava era agora por-me a discutir a "patente" de uma ideia.

Bem, para acabar com isto, porque não estou para novelas:

1. Já deixei claro que não pretendi ferir susceptibilidades, nem ofender-te de maneira nenhuma (repito: no que toca a ti; mas és livre de achar o que quiseres – compreendo que até convenha que fique eu o “filho pródigo”);
2. Publiquei este post porque foi o que melhor traduzia aquilo que sentia em relação a alguma campanha que se está a fazer do lado do “NÃO”; repito: alguma. Se as santanetes do “Não Obrigada” estão zangadas, deprimidas, ofendidas, humilhadas – ou o que raio acharem que estão – problema... delas.
3. Concordo. A cabeça quente propicia disparates. E ofensas. E comentários exageradamente secos também.
4. Caso não tenhas reparado, não te estava a responder só a ti; fiquei surpreendido por ver logo três respostas, e foi daí que veio o sarcasmo. Mas admito que tenha vindo também um pouco do teu tom - de quem passa uma descompostura a uma criança displicente. Sim, há situações em que não devemos usar o sarcasmo: mas desculpa que te diga... esta não é uma delas. Apesar de tudo, faço-o por respeito à tua pessoa.
5. E deselegante mesmo são os panfletos que alguns padres andam a pôr nas mochilas das crianças no infantário. Mas como bem salienta o autor deste tão mal-afamado post, sobre isso nem uma palavra: a não ser que queiras dizer alguma coisa?

Mestre:

Sobre a patente da ideia, tens toda a razão. É uma discussão ridícula (apesar de estar em crer que a terias de qualquer maneira, conhecendo-te como te conheço (e sendo outras as circunstâncias...)) Apenas te chamei à atenção neste ponto para frisar a ideia de que não sou propriamente a Odete Santos ou vá, o Arcebispo de Braga.

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