Eleições de Lisboa - algumas notas
António costa ganhou as eleições com cerca de 30%. Longe da maioria absoluta, o que se justifica pelo facto de ter pertencido ao governo recentemente (ainda que tenha sempre mantido a reputação, foi certamente penalizado por isso) e pela pulverização de candidatos que se verificou, que provoca, inevitavelmente, uma consequente dispersão de votos. Foi, para mim, o resultado ideal. Ganhou o mais competente, mas sem a maioria absoluta que Sócrates desejaria, evidentemente, para interferir.
No entanto, a grande surpresa (ou não) foi Carmona Rodrigues. Foi a vez do PSD experimentar o amargo sabor do fenómeno do independente/vítima que o PS já havia provado nas eleições presidenciais. Desta vez também houve Roseta, mas com menos impacto (penso que, mesmo sem esta candidatura, não haveria maioria absoluta para o PS).
Já tinha ficado com esta impressão há 2 anos e agora confirmei-a: Carmona é o prototipo do Político Actual, no sentido em que é um género apreciado pelos portugueses. Na forma, provavelmente não no conteúdo. Foge completamente ao estilo do político tradicional. Nada de discursos inflamados. Nada de reacções histeriónicas (agradece-se a pronta correcção do "leitor" João Gil) à mínima polémica (como se viu aquando da polémica nomeação do mandatário de António Costa, José Miguel Júdice. Foi o único que não teceu duras críticas, deixando-as simplesmente no ar). Finlalmente, a sua imagem de homem simples, afável, cara de "buena persona", é perfeita para agradar aos nossos "brandos costumes".
Na minha opinião, Carmona Rodrigues foi completamente linchado por Marques Mendes, fiel (ou quase) ás suas convicções, é certo, mas injusto, na minha opinião. Por isso, fiquei contente pelo seu 2º lugar (ainda não confirmado), à frente do PSD (o grande derrotado). Se vivesse em Lisboa, votava Carmona. Não o quero como Presidente, mas quero-o como segunda força política e quero Costa sem maioria.
E, at last...and yet at least, Telmo Correia. Não deveria surpresa nenhuma para o PP. Foi, pelo contrario, extremamente previsível. Senão vejamos, há 2 anos o PP tinha como candidata Maria José Nogueira Pinto, um dos nomes mais fortes do Partido e com grande reputação em Lisboa, mesmo junto das outras forças políticas (como se viu, ainda que exponenciado, nestas eleições). Ora, mesmo com esta "poll-position" o PP, se bem me lembro, conseguiu elegê-la à tangência. Assim, face a isto, ninguém podia esperar que Telmo Correia pudesse ser eleito.
No entanto, a grande surpresa (ou não) foi Carmona Rodrigues. Foi a vez do PSD experimentar o amargo sabor do fenómeno do independente/vítima que o PS já havia provado nas eleições presidenciais. Desta vez também houve Roseta, mas com menos impacto (penso que, mesmo sem esta candidatura, não haveria maioria absoluta para o PS).
Já tinha ficado com esta impressão há 2 anos e agora confirmei-a: Carmona é o prototipo do Político Actual, no sentido em que é um género apreciado pelos portugueses. Na forma, provavelmente não no conteúdo. Foge completamente ao estilo do político tradicional. Nada de discursos inflamados. Nada de reacções histeriónicas (agradece-se a pronta correcção do "leitor" João Gil) à mínima polémica (como se viu aquando da polémica nomeação do mandatário de António Costa, José Miguel Júdice. Foi o único que não teceu duras críticas, deixando-as simplesmente no ar). Finlalmente, a sua imagem de homem simples, afável, cara de "buena persona", é perfeita para agradar aos nossos "brandos costumes".
Na minha opinião, Carmona Rodrigues foi completamente linchado por Marques Mendes, fiel (ou quase) ás suas convicções, é certo, mas injusto, na minha opinião. Por isso, fiquei contente pelo seu 2º lugar (ainda não confirmado), à frente do PSD (o grande derrotado). Se vivesse em Lisboa, votava Carmona. Não o quero como Presidente, mas quero-o como segunda força política e quero Costa sem maioria.
E, at last...and yet at least, Telmo Correia. Não deveria surpresa nenhuma para o PP. Foi, pelo contrario, extremamente previsível. Senão vejamos, há 2 anos o PP tinha como candidata Maria José Nogueira Pinto, um dos nomes mais fortes do Partido e com grande reputação em Lisboa, mesmo junto das outras forças políticas (como se viu, ainda que exponenciado, nestas eleições). Ora, mesmo com esta "poll-position" o PP, se bem me lembro, conseguiu elegê-la à tangência. Assim, face a isto, ninguém podia esperar que Telmo Correia pudesse ser eleito.