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O Espectro

O Pedro faz, num post interessante, uma análise do espectro politico português e das consequências que a criação de um partido verdadeiramente liberal acarretariam, respectivamente, para os actuais partidos de esquerda e de direita, sendo que para a primeira seriam um tanto ou quanto nefastas, já que um partido verdadeiramente liberal (vulgo liberal tanto social como economicamente, coisa que não acontece com os actuais partidos ditos de direita) roubaria votos à esquerda. Discordo desta análise porque sou a favor de um amadurecimento político em Portugal, que se traduziria, no entanto, em algo mais que a criação de um verdadeiro partido liberal.

Penso, por exemplo, que a actual denominação de partidos é enganosa; exemplo: o PS não é um partido socialista, da mesma maneira que o PSD não é um partido verdadeiramente liberal nem Social Democrata. A direita portuguesa é maioritariamente conservadora e liberal, pelo que deveria estar “arrumada” num único partido – conservador, como o Partido Republicano americano, por exemplo; da mesma maneira que existe uma facção do PSD perfeitamente alinhável com a ala liberal do PS, que deveria estar num Partido Liberal (verdadeiramente liberal) e uma facção esquerdista do PS que deveria estar alinhada com uma ala mais moderada do Bloco de Esquerda, que deveria ser considerado o verdadeiro partido Social Democrata português. No extremo oposto ao hipotético Partido Conservador surgiria um Partido Comunista que agruparia a ala mais esquerdista do Bloco e o PCP (isto conseguindo que trotskismos e estalinismos fossem postos de parte, o que é, obviamente, difícil, para não dizer impossível). Atenção: isto é apenas aquilo que considero ser o espectro político ideal. Ideal, sobretudo porque 1) tornaria clara a matriz identitária de cada partido; 2) Evitaria um bipartidarismo estrangulador, como sucede em Inglaterra ou nos EUA. É, no entanto, natural que os mais clubistas considerem este post uma aberração...

Não concordando completamente com o alinhamento, um partido liberal (a sério) faz falta. E, se fosse moderado em ambos os campos, contava comigo.

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