Política, para começar...
Não sei se deveria começar a minha prestação neste blog por falar de política, mas achei que seria interessante falar sobre esta questão que há muito me intriga...
E a questão de que falo é: o espantoso decréscimo de qualidades, técnicas e humanas, dos políticos portugueses, de há uns anos para cá.
Assim, há muito que reparo que os dois candidatos às futuras eleições legislativas com mais hipóteses de ganhar, são, ambos, notoriamente fracos, relativamente ao que o país necessita num momento como este.
E este facto é muito intrigante, à partida, pois Portugal, ao contrário do que muitos pensam, não se pode queixar propriamente de falta de pessoas capazes, e mesmo os partidos em causa também não o podem fazer. Na verdade, do mesmo modo que o PSD tem nas suas fileiras homens como Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira, Marques Mendes, já para não falar de Cavaco Silva; o PS tem homens como António Vitorino, Manuel Alegre, já para não falar de Ferro Rodrigues.
Por outro lado, o próprio país dispõe de pessoas com claras capacidades para governar, desvinculadas partidariamente. Este facto é, no mínimo, estranho, sendo que o governo é algo a que, logicamente, todos deveriam sonhar pertencer, visto que oferece posições de alto prestígio (?) e bem remuneradas (?).
Ora, na minha opinião, é aqui que está o problema. Com efeito, hoje em dia, as pessoas mais capazes não ambicionam minimamente este tipo de cargos. E este facto deve-se, em primeiro lugar, às remunerações obtidas, que, embora sejam muito boas para o cidadão comum, significam, muitas vezes, para quem já tem provas dadas e está bem posicionado na vida, apenas uma parte do salário actual; e, em segundo lugar, à falta de prestígio social e profissional que a representação de funções políticas dá a quem as exerce.
Em consequência, quem pode, então, ambicionar cargos políticos actualmente? Quem deveria estar em posição de aceitar estes cargos não o faz, porque só tem a perder com isso, prestígio e salário, e, assim, sobram apenas aqueles que escolhem a vida política como meio de chegarem a um certo nível, a que nunca poderiam chegar pela via estritamente profissional. Deste modo, hoje em dia, quem chega aos altos cargos partidários e ambiciona os governamentais, representa o aparelho partidário e a ambição política nas suas piores formas.
Esta realidade é, na minha opinião, muito nefasta para o futuro , já pouco risonho, do país, e algo deveria ser feito para a combater.
Por outro lado, é quando olhamos para os partidos mais "extremistas" que encontramos as pessoas mais convictas, embora possamos discordar com essas convicções, mas que estão na vida política por "amor à camisola" e não, só por interesse pessoal.
Finalmente, aproveito para realçar o facto de que, num país onde predominam as mulheres, estas praticamente não têm actividade política de alto nível. Curioso......
E a questão de que falo é: o espantoso decréscimo de qualidades, técnicas e humanas, dos políticos portugueses, de há uns anos para cá.
Assim, há muito que reparo que os dois candidatos às futuras eleições legislativas com mais hipóteses de ganhar, são, ambos, notoriamente fracos, relativamente ao que o país necessita num momento como este.
E este facto é muito intrigante, à partida, pois Portugal, ao contrário do que muitos pensam, não se pode queixar propriamente de falta de pessoas capazes, e mesmo os partidos em causa também não o podem fazer. Na verdade, do mesmo modo que o PSD tem nas suas fileiras homens como Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira, Marques Mendes, já para não falar de Cavaco Silva; o PS tem homens como António Vitorino, Manuel Alegre, já para não falar de Ferro Rodrigues.
Por outro lado, o próprio país dispõe de pessoas com claras capacidades para governar, desvinculadas partidariamente. Este facto é, no mínimo, estranho, sendo que o governo é algo a que, logicamente, todos deveriam sonhar pertencer, visto que oferece posições de alto prestígio (?) e bem remuneradas (?).
Ora, na minha opinião, é aqui que está o problema. Com efeito, hoje em dia, as pessoas mais capazes não ambicionam minimamente este tipo de cargos. E este facto deve-se, em primeiro lugar, às remunerações obtidas, que, embora sejam muito boas para o cidadão comum, significam, muitas vezes, para quem já tem provas dadas e está bem posicionado na vida, apenas uma parte do salário actual; e, em segundo lugar, à falta de prestígio social e profissional que a representação de funções políticas dá a quem as exerce.
Em consequência, quem pode, então, ambicionar cargos políticos actualmente? Quem deveria estar em posição de aceitar estes cargos não o faz, porque só tem a perder com isso, prestígio e salário, e, assim, sobram apenas aqueles que escolhem a vida política como meio de chegarem a um certo nível, a que nunca poderiam chegar pela via estritamente profissional. Deste modo, hoje em dia, quem chega aos altos cargos partidários e ambiciona os governamentais, representa o aparelho partidário e a ambição política nas suas piores formas.
Esta realidade é, na minha opinião, muito nefasta para o futuro , já pouco risonho, do país, e algo deveria ser feito para a combater.
Por outro lado, é quando olhamos para os partidos mais "extremistas" que encontramos as pessoas mais convictas, embora possamos discordar com essas convicções, mas que estão na vida política por "amor à camisola" e não, só por interesse pessoal.
Finalmente, aproveito para realçar o facto de que, num país onde predominam as mulheres, estas praticamente não têm actividade política de alto nível. Curioso......
pois é! tens toda a razão! o grande problema, penso eu, está nas razões que levam certas pessoas a entrar na vida política, principalmente nos maiores partidos! é que nada se faz por simples vontade de expressar opiniões e convicções políticas. nada se faz por simples vontade de melhorar as condiçoes do país em geral! na grande maioria dos casos é por, como disseste, prestígio e privilégios pessoais e para os amiguinhos! o problema é que não é só em Portugal (embora a dupla Sócrates/Santana ultrapasse todos os limites do suportável), é um fenómeno de corrupçao generalizado!
Posted by Alice | 20/1/05 3:45 da tarde