Capítulo DOIS
Lembram-se do post acerca do Metro de Coimbra que provocou muita polémica neste blog?
Pois é... Parece que cada vez menos se tem em consideração o valor histórico dos edifícios. Desta vez trata-se da Casa de Almeida Garrett de cuja demolição tomei conhecimento hoje através do Diário de Notícias Online.
Ao longo de 150 anos, conseguiu resistir a vários projectos de demolição e a um quadro de abandono e negligência. Ironicamente, será num tempo em que a defesa do património está legalmente consagrada como um dever de todos que deverá, tudo o indica, desaparecer - contrariando os apelos para que fosse preservada e convertida em equipamento cultural, a casa de Almeida Garrett na Rua Saraiva de Carvalho, 68, a Campo de Ourique, em Lisboa, está à beira da demolição. Os sinais preparatórios, esses, são já evidentes aviso actualizado de emissão de alvará de construção, painel interditando a entrada no imóvel a pessoas estranhas à obra, painel identificando o empreiteiro, ruído associado a intervenções nos interiores.
Penso que aqui é inequívoco o atentado à memória daquele local, ainda por cima porque, não só os argumentos são dúbios, como também não se justifica esta demolição tendo em conta que o que se pretende construir naquele espaço é um prédio que, segundo o DN, aponta para cinco pisos acima da cota de soleira (os edifícios que compõem a mesma frente de rua não ultrapassam, em média, os três pisos).
Pois é... Parece que cada vez menos se tem em consideração o valor histórico dos edifícios. Desta vez trata-se da Casa de Almeida Garrett de cuja demolição tomei conhecimento hoje através do Diário de Notícias Online.
Ao longo de 150 anos, conseguiu resistir a vários projectos de demolição e a um quadro de abandono e negligência. Ironicamente, será num tempo em que a defesa do património está legalmente consagrada como um dever de todos que deverá, tudo o indica, desaparecer - contrariando os apelos para que fosse preservada e convertida em equipamento cultural, a casa de Almeida Garrett na Rua Saraiva de Carvalho, 68, a Campo de Ourique, em Lisboa, está à beira da demolição. Os sinais preparatórios, esses, são já evidentes aviso actualizado de emissão de alvará de construção, painel interditando a entrada no imóvel a pessoas estranhas à obra, painel identificando o empreiteiro, ruído associado a intervenções nos interiores.
Penso que aqui é inequívoco o atentado à memória daquele local, ainda por cima porque, não só os argumentos são dúbios, como também não se justifica esta demolição tendo em conta que o que se pretende construir naquele espaço é um prédio que, segundo o DN, aponta para cinco pisos acima da cota de soleira (os edifícios que compõem a mesma frente de rua não ultrapassam, em média, os três pisos).