"The Butterfly Effect" (Efeito Borboleta)
Change one thing. Change everything
Todas as palavras são insuficientes para descrever a genialidade deste filme. Desde “O Fabuloso destino de Amélie Poulain” e “O Despertar da Mente” que não encontrava um filme que me enchesse as medidas. Este fê-lo. E de que maneira.
Criei uma espécie de anticorpos a filmes americanos – quase que uma rejeição natural a estes filmes, por saber que à partida nunca terão potencialidade para se tornarem favoritos. E porquê? Pelas dezenas de FX utilizados em filmes como “A Guerra dos Mundos” ou por essa tradição (intrinsecamente necessária, porém) que são as personagens “bigger than life” que surgem numa série de filmes (tendência que tem vindo a deflagrar em algum cinema europeu) mas que não deixam, no entanto, de ser engraçados.
“The Butterfly Effect” é uma obra-prima. Chamem-me exagerado, mas é o que penso. Não tenho problema rigorosamente nenhum em reconhecer-lhe esse estatuto. A grandeza do argumento, da fotografia, das interpretações comprova esta minha classificação. Começamos intrigados, sentimo-nos baralhados até meio do filme e acabamos…pensativos. Pensativos com o final surpreendente que era, aliás, a única boa maneira de acabar com aquele “beco sem saída”.
Disseram-me que, lendo o resumo da história na parte de trás do DVD, o filme não iria ter a mínima piada porque se percebe antes de o ver. Discordo disto, porque o essencial do filme não é perceber qual o mecanismo da história, que nos é dado entender (ou melhor: que nos é mesmo dado) em algumas partes do filme. A pergunta que não nos sai da cabeça durante todo o filme é esta: “Como acabar com isto?”. E a resposta que obtemos, precisamente no final, é mais que satisfatória.
Mas, para que percebam em que consiste o filme, vou tentar resumi-lo: Evan é um puto de 7/8 anos que se apercebe de enormes faltas de memória, que são entendidas pela mãe e pelos médicos como uma doença (hereditária) que este houvera herdado do pai e do avô. Na verdade, Evan vem a descobrir que aquilo de que realmente sofre não é uma doença, mas sim uma capacidade de viajar no tempo pelas memórias e alterar o rumo das coisas. É muito disto que o filme vive e chega-lhe, porque a história está sublimemente arquitectada. Os pormenores fundamentais são facilmente memorizados, e provocam arrepios quando finalmente são encaixados no fio da história.
É claro que só quem viu o filme conseguirá entender o que estou a dizer. Quem não viu, estou certo que sentirá o mesmo quando o vir.
Só mais dois pontos que queria salientar: a “teoria do caos”, (da borboleta que bate as asas e provoca um tornado) em que está incluído o chamado “Efeito Borboleta”, tem uma excelente ligação ao filme: o que esta teoria pretende transmitir “é que insignificantes factores podem amplificar-se temporalmente de forma a mudar radicalmente um estado”. É preciso dizer mais alguma coisa? Apenas isto: brilhante ponto de partida.
O outro ponto é mera especulação minha: a personagem principal, interpretada por Ashton Kutcher, na idade adulta, parece-se bastante, a meu ver, com a figura de Jesus Cristo. Terá sido propositado? Já que Evan não pode fazer o papel de Deus (“Evan, you can’t play God role”), pode pelo menos parecer-se com Jesus Cristo…Ai se o Vaticano sabe disto…
Todas as palavras são insuficientes para descrever a genialidade deste filme. Desde “O Fabuloso destino de Amélie Poulain” e “O Despertar da Mente” que não encontrava um filme que me enchesse as medidas. Este fê-lo. E de que maneira.
Criei uma espécie de anticorpos a filmes americanos – quase que uma rejeição natural a estes filmes, por saber que à partida nunca terão potencialidade para se tornarem favoritos. E porquê? Pelas dezenas de FX utilizados em filmes como “A Guerra dos Mundos” ou por essa tradição (intrinsecamente necessária, porém) que são as personagens “bigger than life” que surgem numa série de filmes (tendência que tem vindo a deflagrar em algum cinema europeu) mas que não deixam, no entanto, de ser engraçados.
“The Butterfly Effect” é uma obra-prima. Chamem-me exagerado, mas é o que penso. Não tenho problema rigorosamente nenhum em reconhecer-lhe esse estatuto. A grandeza do argumento, da fotografia, das interpretações comprova esta minha classificação. Começamos intrigados, sentimo-nos baralhados até meio do filme e acabamos…pensativos. Pensativos com o final surpreendente que era, aliás, a única boa maneira de acabar com aquele “beco sem saída”.
Disseram-me que, lendo o resumo da história na parte de trás do DVD, o filme não iria ter a mínima piada porque se percebe antes de o ver. Discordo disto, porque o essencial do filme não é perceber qual o mecanismo da história, que nos é dado entender (ou melhor: que nos é mesmo dado) em algumas partes do filme. A pergunta que não nos sai da cabeça durante todo o filme é esta: “Como acabar com isto?”. E a resposta que obtemos, precisamente no final, é mais que satisfatória.
Mas, para que percebam em que consiste o filme, vou tentar resumi-lo: Evan é um puto de 7/8 anos que se apercebe de enormes faltas de memória, que são entendidas pela mãe e pelos médicos como uma doença (hereditária) que este houvera herdado do pai e do avô. Na verdade, Evan vem a descobrir que aquilo de que realmente sofre não é uma doença, mas sim uma capacidade de viajar no tempo pelas memórias e alterar o rumo das coisas. É muito disto que o filme vive e chega-lhe, porque a história está sublimemente arquitectada. Os pormenores fundamentais são facilmente memorizados, e provocam arrepios quando finalmente são encaixados no fio da história.
É claro que só quem viu o filme conseguirá entender o que estou a dizer. Quem não viu, estou certo que sentirá o mesmo quando o vir.
Só mais dois pontos que queria salientar: a “teoria do caos”, (da borboleta que bate as asas e provoca um tornado) em que está incluído o chamado “Efeito Borboleta”, tem uma excelente ligação ao filme: o que esta teoria pretende transmitir “é que insignificantes factores podem amplificar-se temporalmente de forma a mudar radicalmente um estado”. É preciso dizer mais alguma coisa? Apenas isto: brilhante ponto de partida.
O outro ponto é mera especulação minha: a personagem principal, interpretada por Ashton Kutcher, na idade adulta, parece-se bastante, a meu ver, com a figura de Jesus Cristo. Terá sido propositado? Já que Evan não pode fazer o papel de Deus (“Evan, you can’t play God role”), pode pelo menos parecer-se com Jesus Cristo…Ai se o Vaticano sabe disto…