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Era uma vez um arrastão

a mesa de cafe

Acho que devem ver isto. Vinha numa pequena reportagem na "Visão" (mesmo no fundinho da página) e é um interessante trabalho de uma ex-jornalista (Diana Andringa) que tem por objectivo desmistificar toda a novela de "terror", "pânico" e de "gangs negros organizados" que se fez à volta do “arrastão” que, afinal, nunca existiu.
A meu ver e, para aqueles que não acreditam no que é dito no vídeo, esta reportagem tem pelo menos uma função: fazer com que constatem uma vez mais o sensacionalismo, a manipulação de dados e números, a utilização exaustiva de depoimentos duvidosos e as consequências que estas soap opera news acarretam em termos políticos e sociais.
Como é dito no próprio site, é importante que não se deixe esta história morrer, para que surjam respostas para o porquê de terem sido omitidas declarações de agentes da PSP, para o porquê desta divulgação errada de números e, subsequentemente, para que as massas entendam como são facilmente manipuladas…
Eu também me sinto enganado. E vocês?

A Comunicação Social chegou, a meu ver, ao estágio de desenvolvimento de Guerra Fria. Por um lado informação, por outro contra-informação que uma pessoa não sabe muitas vezes distrinçar qual é que é a verdadeira. E por isso temos que saber procurar bem a informação, porque estar à espera que ela nos chegue às mãos inalterada e verdadeira é como ir à missa e pensar que nos foi dada «a verdade eterna». Se os meios de Comunicação Social fizeram um motivo de tragédia nacional (visto q era dia 10 junho, lembram-se?) e exacerbaram aquilo de uma maneira nunca antes vista (ou não), também o vídeo de «era uma vez um arrastão» não se pode propriamente chamar de informação isenta. Digamos que numa escala pequena, esse vídeo está para Portugal o que realmente aconteceu como o Fahreneit 9/11 está para a América (eu sei que é um exagero, mas é em escala pequena não se esqueçam). É propaganda esse vídeo, sobretudo. Porque combate-se propaganda com propaganda. Infelizmente a maioria dos homens não consegue ir para além da máxima de Talião «olho por olho, dente por dente».

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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Na minha vistoria por blogs acabei por encontrar uma ligação a um texto q vai +- ao encontro do que vinhas a dizer.

vais a
http://books.guardian.co.uk/reviews
o primeiro texto na secção de Politics, philosophy and society, no texto que se chama Why We Are What We Are

«Almost everything, you see, comes to us through some media prism, which, in turn, colours not just our view of this life, but our own self-definition. We are products of immense, often inchoate, media indoctrination.»

Dá uma vista de olhas tony. Não é obviamente ligado ao «arrastão» que varreu no dia 10 junho a praia, mas sim sobre o efeito da nova era digital na formação das memórias do indivíduo e do próprio indivíduo. Julgo que irás gostar.

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