Estaremos na iminência de uma 3ª Guerra Mundial?
Esta questão pode parecer exagerada, mas, se repararmos bem, o que se está a passar neste momento na Europa é muito parecido com o que se passou no final dos anos 30, quando as Nações Democráticas demoraram a perceber a inevitabilidade de uma Guerra, deixando espaço e tempo livres à Alemanha e à Itália para conduzirem as suas estratégias imperialistas.
Hoje, há novamente uma extrema dificuldade em reparar no que está à frente dos olhos: a ameaça terrorista. De facto, o fanatismo islâmico é uma ameaça completamente declarada que é absolutamente necessário reconhecer e combater. Não se pode continuar a fingir que não se vê, e a inventar causas que pareçam ser facilmente combatíveis.
O que se passa é que, depois da civilização Ocidental ter resolvido todos os seus problemas, esta se depara com uma ameaça exterior. Na verdade, esta não representa apenas objectivos opostos ou ideologias opostas, mas sim, para além disso, algo de muito mais complexo: Uma Religião oposta.
Perguntará o leitor: Como é que uma religião se pode opor a estados laicos, como os europeus.
Ora, este é o ponto fulcral da questão. O Ocidente, por força da evolução democrática que desenvolveu destacou-se à muito da unidade entre o estado e a religião, mas, estes países, não o fizeram. Assim, o Ocidente confronta-se hoje com a ameaça de estados que, a mando de uma religião retrógrada e fanática (para os nossos valores), empreendem uma Guerra contra a Civilização Ocidental.
Este ponto leva-nos de volta à questão inicial. Com efeito, parece cada vez mais inevitável uma guerra, mas, à semelhança do passado, e agora mais ainda, esta Guerra está longe de ser o suficiente para resolver a questão.
Este ponto conduz a duas teses opostas que começam agora a surgir, como meio de resolução deste conflito: Será que a Guerra contra o terrorismo será suficiente para derrubar esta ameaça e fazer triunfar definitivamente os valores ocidentais, ou, por outro lado, será através de uma acção local de combate à pobreza e à desinformação que este objectivo será alcançado.
Para mim, a primeira é inevitável e a segunda é necessária. Por um lado, não podemos ficar de braços cruzados à espera que a ameaça se torne obvia para todos, mas por outro lado, é também necessário uma acção local, pois sem esta só obteremos a destruição e nada será construído.
Espero sinceramete que eu esteja errado e que a questão seja de muito mais fácil resolução, mas temo bem que não...
Esta questão pode parecer exagerada, mas, se repararmos bem, o que se está a passar neste momento na Europa é muito parecido com o que se passou no final dos anos 30, quando as Nações Democráticas demoraram a perceber a inevitabilidade de uma Guerra, deixando espaço e tempo livres à Alemanha e à Itália para conduzirem as suas estratégias imperialistas.
Hoje, há novamente uma extrema dificuldade em reparar no que está à frente dos olhos: a ameaça terrorista. De facto, o fanatismo islâmico é uma ameaça completamente declarada que é absolutamente necessário reconhecer e combater. Não se pode continuar a fingir que não se vê, e a inventar causas que pareçam ser facilmente combatíveis.
O que se passa é que, depois da civilização Ocidental ter resolvido todos os seus problemas, esta se depara com uma ameaça exterior. Na verdade, esta não representa apenas objectivos opostos ou ideologias opostas, mas sim, para além disso, algo de muito mais complexo: Uma Religião oposta.
Perguntará o leitor: Como é que uma religião se pode opor a estados laicos, como os europeus.
Ora, este é o ponto fulcral da questão. O Ocidente, por força da evolução democrática que desenvolveu destacou-se à muito da unidade entre o estado e a religião, mas, estes países, não o fizeram. Assim, o Ocidente confronta-se hoje com a ameaça de estados que, a mando de uma religião retrógrada e fanática (para os nossos valores), empreendem uma Guerra contra a Civilização Ocidental.
Este ponto leva-nos de volta à questão inicial. Com efeito, parece cada vez mais inevitável uma guerra, mas, à semelhança do passado, e agora mais ainda, esta Guerra está longe de ser o suficiente para resolver a questão.
Este ponto conduz a duas teses opostas que começam agora a surgir, como meio de resolução deste conflito: Será que a Guerra contra o terrorismo será suficiente para derrubar esta ameaça e fazer triunfar definitivamente os valores ocidentais, ou, por outro lado, será através de uma acção local de combate à pobreza e à desinformação que este objectivo será alcançado.
Para mim, a primeira é inevitável e a segunda é necessária. Por um lado, não podemos ficar de braços cruzados à espera que a ameaça se torne obvia para todos, mas por outro lado, é também necessário uma acção local, pois sem esta só obteremos a destruição e nada será construído.
Espero sinceramete que eu esteja errado e que a questão seja de muito mais fácil resolução, mas temo bem que não...
Este tema e muitos outros estão a ser debatidos no Mar Salgado, blog cujo link está aqui "hà" ;) direita...
Posted by António Pedro | 12/7/05 5:18 da tarde
era amandar uma pedra bem arramassada la no big ladas, a ver se esses pretos da merdam binham ca chatiar pessoal otra ves (até podiam chamar os chineses que eu queria ver)
Posted by Anónimo | 13/7/05 2:40 da tarde
Pessoalmente, considero a hipotese de um conflito civilizacional entre Ocidente e Oriente algo peculiar. Primeiro, muitos, no Ocidente, apontavam para a sua probabilidade, já em meados da década de 30. Assim sendo, ocorre reflectir onde e porquê errámos, enquanto Ocidentais, para, passados 65 anos nos deparar-mos com um risto anteriormente liminarmente hipotético. Terá sido por não ter-mos conseguido resistir a uma tentação Imperialista que agora nos encontra-mos neste beco? Pessoalmente, julgo tal racíocinio erroneo, pois apresenta, em si. um erro crasso. Todo este conflito Ocidente-Oriente teve a sua génese na queda da Constantinopla Cristã e da Peninsula Ibérica ás mãos de Mulçumanos. Ora, toda a reacção Ocidental posterior revelou-se uma simples retaliação, das Cruzadas á Colonização de África e do Médio Oriente. Assim sendo, não será lógico estarmos, somente, perante uma reacção á retaliação Ocidental? E q assim sendo, estamos perante um ciclo vicioso? Ora, sendo vicioso, não estará dele afastado qualquer possibilidade de solução diplomatica enquadrada nos padrões clássicos? Não quererá isso dizer, que a sua suloção passa por uma nova expressão de força? E sendo agora o Inimigo, vulgo Terror, algo indefinido, essa força não passará por uma expressão manifesta de Imperialismo de Ocupação? Agora, que ocupação será essa? É da economia de mercado, da democracia pluripartidária e do Ensino Laico. E caso, uma prévia ocupação militar seja necessária, então talvez mais valha ser-mos novamente fortes e vitoriosos, para mais tarde, nos dar-mos ao luxo de ser-mos magnanimos.
Posted by Anónimo | 16/7/05 7:51 da tarde
Bom comment!
O imperialismo nunca foi uma coisa boa... Nisso penso que todos "concorda-mos" ;)...Os valores ocidentais dificilmente serão preconizados pelos povos orientais, simplesemente porque não são...entendidos. E aí surge a pergunta: valerá a pena educar estes povos como animais, tendo como máxima "Chicotear a curto prazo para beneficiar a longo"?
Posted by António Pedro | 18/7/05 5:19 da manhã
Ora bem.
Zé: Erro crasso (perdoa-me a picardia) é julgar que a civilização Ocidental resolveu todos os seus problemas, e que nós távamos aqui no nosso Jardim do Éden até estes monhés de túnicas e C-4 virem fazer a festa em propriedade alheia. O Ocidente vai, como julgo ser normal em qq parte do mundo, enquanto sociedade, fazendo escolhas, definindo prioridades sobre quais os problemas mais urgentes a serem resolvidos. Como julgo normal, uma resposta a um problema gera (normalmente) um novo problema. se assim não fosse, e tivéssemos encontrado a solução, então sim, víveríamos no dito Jardim do Éden que mencionei atrás. Ora, sendo facilmente consensual que não vivemos num mundo perfeito, a tua afirmação do tipo «O Ocidente resolveu todos os seus problemas e depois é que nos vieram chatear» é bastante (para não dizer completamente) falsa.
Entretanto,
Ricardo: O Corão fala de uma jihad (que significa esforço) contra uma invasão do Ocidente. Ou seja, isto do Corão tem o quê, 5 mil anos? Constantinopla foi no século XV, logo há aqui um desfasamento histórico e também eu julgo erróneo (eu tou pa vos picar desculpem lá) datar a génese do conflito Oriente-Ocidente a partir do século XV, visto que o Corão mostra que as raízes são bem anteriores a ela.
Como o Zé disse e bem, o mundo islâmico não passou por uma revolução industrial ou uma Reforma. «A mando de uma religião retrógada?» Por esse ponto de vista terias que considerar todas as religiões retrógadas, por alguma razão. Mas não é essa a questão. O que eu falava em cima é que jihad, tal como vem explicado no Corão, é composta por 2 fases distintas: a pequena jihad e a grande jihad. a pequena jihad consiste numa acção de defesa perante os ataques ocidentais, e que era a mais comummente practicada pelos muçulmanos. A grande jihad´é, como já se devem ter apercebido, o ataque (preventivo se for necessário).
Estes ataque não acontecem por acaso, e são reflexo de um certo mal-estar q os muçulmanos vêem no seu mundo, e q é causado segundo eles vêem, pelo Ocidente. E não é preciso ser nenhum génio para se perceber, como por exemplo, a política externa dos EUA pode influenciar tais atitudes, sejam elas pq apoiam Israel ou porque apropiaram-se da quase totalidade da produção nacional de ópio do Afeganistão (que é 75% da produção mundial desse produto), ou porque invadem o Iraque quando este decide mudar o câmbio das exportações de dólares americanos para euros. Há sem dúvida uma série de motivos para que alguns decidam se lançar numa grande jihad. No entanto, e é uma coisa que não pode ser ignorada, é a constante homogenezeição (está bem escrito? às 5 da manhã começa a ser difícil distinguir :P) que o Ocidente faz da sociedade islâmica. Falamos deles como se fossem todos iguais. Não são. Os radicais, os fundamentalistas, aqueles que apelam à grande jihad, não chegam a 11% de todo o mundo islâmico, que como sabem, é huuuge (lembrei-me do trump, sorry).
Desculpem a demora, eu sei q não respondi bem ao post, mas achei que haveria coisas que seriam necessárias serem ditas.
Recomendo no entanto, a leitura do livro de Samuel Huntington «O choque das Civilizações», e já agora, o Corão. ;)
Quando tiver outra x suficientemente sóbrio e lúcido voltarei a este post.
Posted by Alexandre Carvalho | 19/7/05 5:13 da manhã
bem. erro crasso é eu ter dito que o Corão foi escrito há 5000 anos atrás. Perdoem-me o erro, fiz confusão com umas religiões orientais. Espero que tenham em conta o facto de eu ter escrito aquilo às 5 da manhã, numa altura em eu próprio reconhecia não estar capaz, sóbrio e lúcido.
Msa prometo voltar a este post.
Mas agr n :P
Posted by Alexandre Carvalho | 20/7/05 1:58 da manhã