Um ano depois
a mesa de cafe
…dá-me uma grande vontade de rir ao olhar para aquilo em que estive metido; ver o mesmo tipo de reacções, os mesmos parabéns não sentidos, as mesmas lágrimas nos olhos dos perdedores, a mesma festa dos ganhadores, os da velha guarda (que por acaso agora somos nós) sem saber em que grupo hão-de estar (sem saber até se se devem manter à margem…), as contínuas a pensarem que vão perder o autocarro (e talvez no que vão ter de limpar), os professores felizes e contentes por verem alunos gritarem a plenos pulmões o nome da escola…
As listas têm um piadão. Vivem-se como se fosse a coisa mais grandiosa a que alguma vez estivemos ligados; desfazem-se amizades, ganham-se novas. Discute-se, acusa-se, ataca-se. Fica-se acordado até tarde, acreditando que é por um bom motivo; passam-se noites a pintar bandeiras e faixas, faz-se barulho. Gasta-se dinheiro, fuma-se mais do que é suposto, bebe-se café como de água se tratasse.
Eu, pessoalmente, não vejo coisa mais engraçada do que isto. É uma semana de que nos lembramos o resto do ano, são minutos de tensão enquanto se espera pelos resultados, é uma parte de nós que fica diluída na desilusão de perder.
Tudo isto para tentar definir uma campanha para uma Associação de Estudantes do secundário. Coisa que parece, agora que olhamos para a dimensão de uma Associação como a AAC, ridícula. Vemos o nosso projecto ingénuo e rimo-nos, porque há poucos meses dávamos a vida por ele.
É óbvio que isto parece exagerado, mas posso garantir a quem desconheça o fenómeno que não é. O JF, escola de que me orgulho imensamente de ter frequentado, vive a “campanha”, as “listas” e a “A.E.” de forma obsessiva. A escola inteira pára, os professores desistem de tentar sequer acabar com elas. É algo indescritível. É maturidade política precoce, talvez.
Quem me dera viver tudo outra vez…
…dá-me uma grande vontade de rir ao olhar para aquilo em que estive metido; ver o mesmo tipo de reacções, os mesmos parabéns não sentidos, as mesmas lágrimas nos olhos dos perdedores, a mesma festa dos ganhadores, os da velha guarda (que por acaso agora somos nós) sem saber em que grupo hão-de estar (sem saber até se se devem manter à margem…), as contínuas a pensarem que vão perder o autocarro (e talvez no que vão ter de limpar), os professores felizes e contentes por verem alunos gritarem a plenos pulmões o nome da escola…
As listas têm um piadão. Vivem-se como se fosse a coisa mais grandiosa a que alguma vez estivemos ligados; desfazem-se amizades, ganham-se novas. Discute-se, acusa-se, ataca-se. Fica-se acordado até tarde, acreditando que é por um bom motivo; passam-se noites a pintar bandeiras e faixas, faz-se barulho. Gasta-se dinheiro, fuma-se mais do que é suposto, bebe-se café como de água se tratasse.
Eu, pessoalmente, não vejo coisa mais engraçada do que isto. É uma semana de que nos lembramos o resto do ano, são minutos de tensão enquanto se espera pelos resultados, é uma parte de nós que fica diluída na desilusão de perder.
Tudo isto para tentar definir uma campanha para uma Associação de Estudantes do secundário. Coisa que parece, agora que olhamos para a dimensão de uma Associação como a AAC, ridícula. Vemos o nosso projecto ingénuo e rimo-nos, porque há poucos meses dávamos a vida por ele.
É óbvio que isto parece exagerado, mas posso garantir a quem desconheça o fenómeno que não é. O JF, escola de que me orgulho imensamente de ter frequentado, vive a “campanha”, as “listas” e a “A.E.” de forma obsessiva. A escola inteira pára, os professores desistem de tentar sequer acabar com elas. É algo indescritível. É maturidade política precoce, talvez.
Quem me dera viver tudo outra vez…
Não lhe chamarei maturidade política percoce, porque, no fundo, as listas têm tudo menos debate de ideias.
São uma festa, uma festa indescritivel e inexplicavelmente grandiosa...
A campanha no JF é inesquecível, sem dúvida, para quem a vive. Agora, com a distância do tempo, apercebo-me que se trata de uma tentativa de se ser "crescido", tentativa, essa, que tem de tudo menos de adultez.
Apesar de tudo, não deixa de marcar positivamente quem passou por ela:)
Posted by Alice | 19/11/05 12:09 da manhã
Por acaso tem uma certa graça: vocês comentam-se ( e lêem-se) uns aos outros. Já experimentaram uma campanha promocional?
Posted by Anónimo | 21/11/05 12:13 da tarde
??
Posted by António Pedro | 21/11/05 1:49 da tarde