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Os Fundamentalistas do Anti-tabagismo Matam(-me)

Sou fumador, talvez inveterado, mas costumo respeitar as posições dos “fumadores passivos”, que, a meu ver, têm muita razão nos seus protestos. No entanto, há um certo grupo de anti-tabagistas fundamentalistas e fanáticos que me consegue querer atirar-lhes com grandes nuvens de fumo e mandá-los para o... “não sei definir o sítio exacto” (muito a la Bandeirinha). Nesse grupo se insere um energúmeno de 20 e poucos anos, com idade a menos para se sentir no direito de tratar os fumadores (que pratiquem o vício em espaços destinados para o efeito) como se fossem delinquentes. Tudo isto porque hoje, descansando após um intenso estudo, decidi fazer um cigarrette break, como tantos outros que já fiz, no átrio da Casa da Cultura. Não sei se conhecem o espaço; se não conhecerem (ou caso não tenham reparado) há uma meia dúzia de cinzeiros espalhados pelo átrio, e nenhuma sinalização que proíba fumar aí. Pois bem, o jovem insolente, empenhado na sua luta contra esses retardados, interpela-nos, a mim e ao meu caro passeparmendas num tom de voz feroz: “Vocês não sabem que é proibido fumar aqui?!” – ao que nós respondemos: “Desculpe, mas está enganado...Não vê aqui os cinzeiros e as placas com o cigarro?”. Ainda não convencido, decide retorquir: “Eu vou perguntar ao segurança”. Ao ouvir a mesma resposta, mas ainda não totalmente convencido, continua: “Esperava, pelo menos, a proibição moral!!”. O que quer que isso queira dizer (e estou certo que a bacorada lhe consumiu uns recursos cerebrais), está errado em todos os sentidos: não é proibido fumar naquela zona, não se trata de nenhuma criança (por respeito não fumo ao pé de nenhuma) e, falando de moralidade, o tom em que se manifestou não parecia abundar nela, adicionando ainda o facto de o dito jovem inconformado não ser nem meu pai, nem amigo, nem aparentar ar de padre para recorrer à moralidade para argumentar contra um desconhecido. Talvez se tivesse pedido, educadamente, para fumarmos noutro sítio, o seu pedido tivesse sido aceite com toda a naturalidade; com toda aquela arrogância (e eu que até sou bastante arrogante...) deu-me vontade de o fechar numa sala para fumadores num qualquer aeroporto americano. Durante duas horas.

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