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Respondendo à Mariana e ao Pedro

Mariana:
Não sei se sabes, mas as sondagens estão sujeitas a normas e são reguladas pela Alta Autoridade Para a C.S. As normas definem, por exemplo, que os indecisos devem ser distribuídos pelos 5 candidatos com representação nas sondagens, e esta Alta Autoridade serve para fiscalizar este tipo de serviço. Desacreditar da seriedade destes resultados é desacreditar de uma série de processos e entidades. E acho baixo que Alegre tenha rumado a este tipo de campanha. Alegre saiu-se mal nos debates: é unânime. As sondagens variam: é unânime. Se tu preferes acreditar nas sondagens que mostram o teu candidato à frente e não considerar verdadeiras as que o põem atrás, é uma opção tua. Eu acredito em ambas, porque elas valem o que valem. E não considero falsas nenhumas, porque são instrumentos sujeitos a normas e regulados. Há boatos nos corredores do poder - certamente que os há. Os terrenos da OTA também eram de Soares, e não me parece que MST o tenha ouvido na Mercearia. Soares também traficava diamantes, e não foi um arrumador de carros que o disse. São boatos, também os há em relação a Alegre, e não mos verás divulgar porque não acho que seja disso que uma campanha eleitoral seja feita. Alegre poderia tomar as medidas que quisesse sem se servir delas como instrumento de campanha; optou por não o fazer. Fez mal.
Outra coisa: acusações deste tipo são demasiado graves para se fazerem por indícios - há que ter provas, algo em que sustentar a acusação – não indícios. Quanto a ser um exemplo “da democracia em que vivemos”, acho precisamente o contrário, mas nisto nunca estaremos de acordo. E não – Alegre “não se limitou a responder ao que lhe perguntavam: falou em “crimes de lesa majestade” e em “donos da democracia”. Alongou-se nas respostas, que foram dadas muitas vezes antes das perguntas; sentiu que o deveria fazer? Ele saberá. A C.S. ajudou a divulgar essas farpas? Certamente que ajudou. Soares aconselhou Alegre a renunciar ao cargo de deputado e a desfiliar-se do PS – foi legítimo? Certamente que foi; renunciar ao cargo de deputado porque não está a exercer a função para que é pago (nem está em condições de o fazer): Alegre iria votar um orçamento que ainda ninguém percebeu se aprova. Alegre entrou (escusadamente para ele, mas isso não me compete a mim julgar) em divergência com um Partido do qual fez parte 30 anos, no qual exerce cargos de importância, de que nunca pareceu divergir radicalmente - até hoje. Alegre não tem condições para fazer uma Renovação da Democracia: pelo menos nos moldes em que a quer fazer - é tão simples como isto.
Quanto a ser Soares “O” candidato capaz de vencer Cavaco, é outra matéria sobre a qual nunca estaremos de acordo: eu vi Alegre incapaz de enfrentar Cavaco. Em matéria de debates, Soares foi o único capaz de lhe fazer frente. Mais uma vez. Alegre está nitidamente mal preparado, enterra-se em muitas perguntas, fraqueja, contradiz-se. Mas, lá está, nesta matéria nunca estaremos de acordo. Tu vez em Alegre um melhor candidato a P.R. que Soares: eu não. Tenta compreender que eu não quero que passes a ver, apenas penso não ser este o melhor rumo a dar à campanha de Alegre, e estou certo que entendes isso. Porque Soares pode ser inconveniente e demasiado emotivo no modo de debater, mas não faz afirmações deste tipo; culpa têm os que se deixam diminuir por ele...

Pedro:
Porque achas tu que Alegre teria melhores condições para unir a esquerda que Soares? Mas qual Alegre, o apoiado pelo PS ou o não apoiado? E porquê, são pessoas diferentes? São projectos diferentes? Como podem alguém afirmar-se independente (atenção: da forma como Alegre quer fazer parecer) quando poderia muito bem ser ele o candidato da máquina partidária? Alegre tenta vender uma imagem de isenção e independência que não me convence. Todos estes cinco candidatos são, para o bem e para o mal do sistema; o melhor é, a meu ver Soares: o que poderá exercer o cargo com mais moderação, o que tem consciência da ponderação que é necessária para actuar como P.R., o que não admite, (por saber a crise política que isso poderia originar) admitir dissolver uma Assembleia de maioria absoluta (a maior de sempre) por o Governo admitir privatizar a Rede Energética. É, por exemplo, a leveza com que Alegre fala de medidas desta envergadura que me preocupa. E olha que não é só a mim: Vital Moreira já o disse. E, a propósito: não me parece que quer ele, quer Canotilho, aceitassem fazer parte da Comissão de Honra de Soares se achassem que este subvertesse de algum modo os princípios democráticos. Dois constitucionalistas de renome que, certamente, saberão do que falam e o que fazem...
Soares sabe unir melhor a esquerda que Alegre. A postura de Jerónimo de Sousa em relação a ele, por exemplo, sustenta esta minha opinião; é o fosso entre aquilo que Alegre é e aquilo que Alegre quer ser (entre, obviamente, muitas outras coisas) que me faz não acreditar nele...

António,
Se me permites, ainda faço um comentário: a distribuição de indecisos pelas cinco candidaturas é um erro. Aplicado, teoricamente correcto, mas um erro. Ou não achas que à direita há muito menos indecisos que na esquerda? Não só porque na esquerda há a divisão efectiva do eleitorado socialista (o que sempre vota e votou Partido Socialista/PS), mas também porque à direita há união e, sobretudo, existe um candidato forte e com capacidade para vencer. E há pragmatismo - para a Direita, Cavaco em Belém é melhor que Soares ou Alegre. Ora, eu ainda não vi ninguém de Direita - e tenho falado com um número razoável - que não vote em Cavaco... a mim parece-me que estes indecisos que situam à esquerda, ou seja, podem decidir a primeira e segunda volta.

Agora, em relação ao que disseste. Sabes como? Pelo que me dizem na rua. Vantagens de fazer campanha e falar com o povo anónimo e sentir o que eles sentem. Soares é visto, nitidamente, como um velho mesmo pelos mais idosos. A sua campanha está a ser mal dirigida - ou não houves os conselhos que lhe dão ou estes são nitidamente maus. Não une politicamente a esquerda e resulta claramente numa opção de recurso: avançou incentivado pelo Partido Socialista (Alegre está numa candidatura muito mais pessoal, muito mais motivada por pessoas anónimas) e para um terceiro mandato. Um terceiro mandato aos 81 anos e apenas no horizonte de um mandato - Cavaco propôe, naturalmente, dois - é naturalmente menos sedutor para o eleitorado. Eu preferia face a Soares outro candidato ganhador - alguém que nunca estivesse estado em Belém. Sucede que posso votar em Alegre. Convictamente.
E, desculpa, neste momento, Alegre é independente. E no Partido Socialista soube votar contra e soube recusar lugares do Poder quando soube que isso ia contra os seus princípios - já deves saber dalgumas dessas histórias, não?. E mais: chegando a Belém, Alegre não terá lobbies a quem dever a sua eleição, apenas terá que governar para um grupo - o povo - que é legítimo.
Por fim, falas na leveza com que Alegre fala dos poderes presidenciais... falou na privatização das águas! Apenas. Tu não utilizarias todos os meios para preservar um pilar do Serviço Público, do Estado Social, e para imepdir a sua privatização? Da água que se diz que vai gerar guerras neste mesmo século. Não o fazias? Sim ou não. A tua resposta, por favor, António.

Pedro

PS- Eu não falei em ter sido Soares a propôr, mas a ser verdade o que ouvi (e as fontes, como sabes, eram notavelmente elevadas) ele resignou-se perante uma situação inaceitável. Para mim, como democrata, a hipótese disso ter acontecido é simplesmente demasiado intolerável. E lembra-te, eu ouvi coisas que tu ainda não sabes...

É verdade, Pedro. É um erro. Rui Oliveira e Costa disse-o, num destes programas.: Que achava injusto ter de distribuir indecisos por Cavaco Silva, candidato que não tem praticamente indecisos por ser o único à direita. Como vez, Pedro, Rui Oliveira e Costa aparenta ser uma pessoa de bom senso.
Quanto ao que me dizes: Eu não sei que acções de campanha tens feito; eu não fiz nenhumas. Mas há um fenómeno corrente nestas acções de campanha: que é o candidato ser ovacionado, e conseguir despertar uma certa euforia nas pessoas. Admite, Pedro: quanto do teu povo anónimo iria dar um beijo repenicado nas bochechas do Soares? Quanto dele sente o coração bater mais forte por ter ali à sua frente um candidato presidencial? Quanto dele é que diz o que sente e não pensa no que diz? Esse foi o argumento forte de Alegre para avançar, o de ter pessoas que o abordavam na rua, e lhe pediam para avançar. Bom argumento? Talvez. Mas continuo sem perceber o porquê de veres em Alegre um candidato independente. Um candidato de conhecidas ligações à Maçonaria, um candidato que está a 30 anos no PS e é deputado num Governo de maioria absoluta. Um candidato que admitia em caso de necessidade servir a agenda do Governo, mesmo tendo reservas em relação a este Orçamento. Que no caso de não ser Presidente, votaria este Orçamento. Ou tens alguma dúvida? Que responsabilidade é esta, Pedro? Que isenção apressada é esta, Pedro? Estamos a falar de alguém que há curtos meses seria o candidato do PS! Que culpa tem Soares que o PS não o tenha querido?
Eu acredito que, mais que as vozes do povo, Alegre tenha ouvido o seu orgulho: Afinal, sou ou não sou capaz?. Foi, a meu ver, isto que motivou Alegre: os “donos da democracia” de que fala comprovam-no. Comprovam que Alegre não tem medo de Soares, que consegue. Ou então não, porque em todas as sondagens aparece pouco à frente de Soares, e noutras (em que acredito) aparece atrás. Por isso, Pedro, Alegre não é mais forte do que Soares (e mesmo tendo este um único mandato no horizonte). Isso é falso. Alegre consegue, sim, reunir diferentes quadrantes do eleitorado na sua candidatura – isso é um pouco diferente. E, (volto a repetir) para o bem e para o mal, Alegre ainda não consegue irritar a direita. Quer tu queiras, quer não, Pedro, isso é mau sinal.
Continuo a afirmar que, até essa história ser bem esclarecida, e passar do diz que disse, continuo a acreditar nestas sondagens, tal como em todas as outras. Como já te disse, não vejo Balsemão com intenções de favorecer Soares, por exemplo. E, quer tu queiras, quer não, Pedro, utilizar uma acusação deste tipo como arma de campanha é muito baixo da parte de Alegre: não sei quem o aconselhou a fazê-lo – suspeito que ninguém – o que torna a coisa ainda mais preocupante.
Para corrigir a minha gaffe, e porque penso não conseguir reproduzir melhor que VM o meu pensamento em relação a esta matéria, fica aqui o parágrafo de que te falei:
”A ideia de Manuel Alegre de dissolver a AR e convocar novas eleições em caso de privatização do sector das águas revela a ligeireza com que ele encara os mais eminentes poderes presidenciais, deixando pairar sérias preocupações sobre a estabilidade política, caso viesse a ser eleito.
De resto, mais grave do que a privatização das águas -- que aliás não está na agenda política do Governo -- parece-me ser o caso da REN, que detém as redes de transporte de electricidade e de gás natural, sendo de importância estratégica para a nossa economia. A sua privatização já foi anunciada pelo Governo, sem que se conheça nenhuma reserva de Manuel Alegre sobre o assunto.”


Vital Moreira, in "Causa Nossa"

"Esse foi o argumento forte de Alegre para avançar, o de ter pessoas que o abordavam na rua, e lhe pediam para avançar. Bom argumento? Talvez."

Talvez, não, António. De certeza. Alegre nunca teve a ambição do poder e se avançou foi porque sentiu apoio popular, sentiu o apelo popular e sentiu que havia necessidade, face à candidatura de Cavaco, de haver uma candidatura ganhadora. Uma candidatura de esquerda, com ideias, inovadora. Inovador porquê? Nisto tens que concordar: Soares é um excelente político mas quando disse "basta" estava lúcido, sabia que tinha cumprido com perfeição o seu papel e que havia que dar lugar aos novos ou, na falta deles, a outros. Acredito que no seu íntimo Soares não vê como situação ideal candidatar-se a um terceiro mandato e aos 81 anos. Não é. Por melhor político que Soares seja - e é.

Honestamente, Alegre pode não ter sido a candidatura desejada pelo PS mas certamente o foi pelo Partido Socialista (e sabes nomes que o apoiaram num primeiro momento) e pela população. Mais: Alegre sempre afirmou que se sente mais motivado a avançar num projecto próprio e movido pelos portugueses que através de uma candidatura partidária. Quem realmente cumpriu o espírito da Constituição foi Alegre ao apresentar-se - falemos do que acontece, do que o move e não do que o podia ter movido, aparentemente com menos convicção - como uma candidatura pessoal sem apoio de qualquer estrutura partidária. Como provam as sondagens (mesmo agora, numa segunda volta). Mais: se há alguém que ganhará com a eleição de Cavaco esse alguém é Sócrates. E infelizmente creio que Sócrates pouco tem feito para a impedir.
Sobre Alegre digo-te que fazer campanhas de ruas e ouvir o povo anónimo e ver como as pessoas reagem bem aos folhetos de Alegre é motivador. Não sinto agressividade face Alegre, mesmo entre os que não o apoiam - há excepções, claro. E não oiço críticas como as que já ouvi dirigidas a Soares em desabafos do povo anónimo, idoso.
Quanto à electricidade discordo. Porque a água foi um mero exemplo. Porque a votação desta proposta não foi feita e, portanto, Alegre não tomou nenhuma posição - a favor ou contra. Porque a água é seguramente muito mais importante e, portanto, deve ser dada como exemplo. E com isto não respondeste à minha pergunta... tu também não fazias o mesmo?

Pedro

Pedro

Muito bem, Pedro, vamos por partes:
Em primeiro lugar, e não digo que o afirmes, não ter a ambição do poder é algo que me parece sine qua non numa candidatura; e, sinceramente, não detecto nenhum candidato de esquerda que o ambicione. Se Soares avançou, foi por alguma razão, que acredito não ser essa; e se afirmou antes que não o faria foi porque pensou haver algum candidato de esquerda que entretanto conseguisse ocupar o lugar dele: Alegre, Guterres, ou mesmo António Vitorino, quem sabe. Quer se queira, quer não, para o mal ou para o bem, os candidatos fortes de esquerda giram em torno do PS ( ou Partido Socialista, como queiras, porque não vejo diferença entre um e outro – Sócrates pode ser pragmático mas não deixa de ser Socialista – e muito menos Soares). Alegre mostrou-se reticente, o PS (ou Partido Socialista) não se mostrou interessado em avançar com ele, e nenhum dos outros se mostrou interessado em avançar. Como correr o risco de aguardar demasiado que Alegre se candidatasse era pouco prudente, meditou e avançou. Sentiu-se capaz. É capaz. Alegre não gostou, paciência.
Cumprir com o “espírito da Constituição” não é só uma coisa bonita. É essencial. E nisso todos cumpriram. Toda a gente sabe que Soares está ligado ao PS, que Cavaco está ligado ao CDS-PP, que Jerónimo tem o PCP em background e que Louçã se serve de muitos meios do BE. E que Alegre só não goza de tudo isto por...acidente de percurso. Se me falares do pobre José Maria Martins, tens razão, é uma candidatura independente, renovaria a democracia. Alegre não. Os circunstancialismos que fizeram da candidatura de Alegre mais ou menos independente não me interessam. Alegre tem um passado, que não aconteceu por mero acaso.
Em segundo, há um ponto na tua análise que continuo sem concordar. Não vês agressividade face a Alegre? É provável que não. Vês contra Soares? É provável que sim. E contra Cavaco, também não vês? Vês de certeza. E não está onde está nas sondagens? Como é fácil concluir, Pedro, as emoções do momento não são decisivas. Foram para Alegre – como seriam para quem se quisesse candidatar e tivesse um mínimo de peso político, e um trajecto mais ou menos desconhecido sem graves acidentes de percurso - que suscita uma reacção mais ou menos generalizada : Porque não se candidata você?
Quanto à questão que me colocas, vamos esclarecê-la:
Eu não sou (nem fui) P.R., e considero arriscadas esse tipo de decisões: impulsivas, inalteráveis – no papel de um P.R., obviamente. Limitado por uma moldura constitucional (felizmente) limitada, o P.R. não deve ser um relâmpago que caia sobre a primeira árvore que ouse tremelicar. Isto para te dizer que, na minha opinião, as circunstâncias são decisivas. Obviamente que, à primeira vista, a decisão de privatizar um bem que deve inegavelmente ser comum a todos parece bárbara (e estou certo que realmente o é). Mas, na decisão de um P.R., as circunstâncias, diversos factores, pesam. Têm que pesar. É precipitado ser-se impulsivo. Exige-se moderação. E foi isso que faltou na resposta de Alegre. Ainda mais quando se fala de algo que não está no programa do Governo (além disso, se Alegre ganhar presidirá até pouco mais que o fim deste primeiro mandato). O que está aqui em causa não é julgar a posição de Alegre: é a leveza com que ele fala do mais eminente poder Presidencial. E nisto, Pedro, estou certo que concordas comigo.

Só para corrigir a "gaffe": Cavaco está ligado ao PSD/ CDS-PP, e não só a este último, como toda a gente deve ter percebido...

bem eu só li o a resposta á mariana e ao Pedro e foi o suficiente pa ler muita bacalhoada e aquilo que eu chamo conversa de café ( que a nivel politico não serve de nada ) mas ainda assim há coisas que me deixam de boca aberta tal como jovens a defender Soares para P.R. aos 81 anos como pode isto acontecer.Sobre o resto e porque as eleições já passaram não vou comentar a razão de Alegre qt ás sondagens. finalmente digo apesar de eu não gostar nada do cavaco e ninguem conseguir me convencer que ele deu o primeiro passo para o deficedas contas publicas (muito agravado pelo seu sucessor Guterres) cavaco é sem duvida quem deveria ganhar as eleições a situação do pais assim o exige e os candidatos de esquerda só espelham o que é de facto a esquerda em portugal uma cambada de alucinado (Xiquinho Louçã) uns retrogados (Jeronimo) uns edialistas Utópicos irracionais (alegre) e uns caquéticos (soares) epá a esquerda é andar para traz

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