Soares, SEMPRE!
-Dr. Soares, eu não tenho dúvidas de que vai ganhar estas eleições...
-Esperemos que sim, esperemos que sim!
É um facto que Soares não aparenta ter 81 anos. O nosso bochechas movimentou-se no meio da multidão de apoiantes com menos dificuldade do que eu. Sem seguranças, sem guarda-costas, sem polícia. Apenas ele, Joana Amaral Dias, Jorge Coelho. Dirigiram-se para a mesa cumprimentando quem os quis saudar. Berrava-se interminavelmente “Soares é fixe! Soares é fixe!”. Os jornalistas não disfarçavam o ar de espanto: “Não esperava tanta gente” dizia um de maquina fotográfica em punho.
Eu não tenho dúvidas que Soares vai passar à segunda volta. Já as tive, não as tenho mais. Um jantar pago pelas próprias pessoas que quiseram ir apoiar Soares, em que estiveram mais pessoas que numa iniciativa de campanha que o movimento de apoio a Cavaco fez no Coliseu do Porto anteontem (com entrada gratuita) comprova que ainda há uma esperança bem forte de ser Soares o próximo P.R – ou pelo menos que Coimbra está com Soares.
O discurso de Soares (sem cábula, como já nos habituou) centrou-se, essencialmente, nas críticas à CS (“(...)não aos jornalistas, porque são eles as próprias vítimas desta parcialidade – eles e os outros candidatos, ao ser Cavaco privilegiado em detrimento dos outros...”) e repetiu, uma vez mais, porque se sente motivado a avançar: “(...)Cavaco é um bom economista, e ninguém lhe retira esse mérito, mas não tem perfil para P.R.(...)”; “(...)É vergonhoso que Cavaco rejeite o partido que o apoia, que não deixe sequer Marques Mendes - um político com mérito reconhecido, manifestar-se. E que se refira ao partido de Ribeiro e Castro – porque sim, Cavaco tem dois partidos que o apoiam - como “o outro partido que me apoia”(...)”
De louvar o discurso de Joana Amaral Dias que, apesar de o ter iniciado com cábula, a rejeitou pouco depois, saindo-lhe espontaneamente o resto: “(...)Cavaco tem pessoas na Comissão de Honra dele que defendem outra Constituição, que falam da necessidade de uma nova(...)”; “(...)Cavaco foi o primeiro-ministro que correu à bastonada os estudantes que se manifestaram na ponte 25 de Abril(...)”; “(...)Cavaco é um homem tecnicista, que não sabe ouvir(...)”. A verdade é que o discurso de Joana Amaral Dias foi bem aplaudido.
Gomes Canotilho discursou sobre aquilo que melhor sabe: a Constituição – foi dos discursos mais interessantes da noite – talvez demasiado extenso. Almeida Santos falou-nos da capacidade que Soares tem de governar a parir desta Constituição, sem precisar de fugir a ela: já a provou duas vezes. O mesmo talvez já não se possa dizer de Cavaco, que para além de representar um perigo nesta matéria, representa também outro: no uso da “Bomba Atómica”, a que Soares só recorreu uma vez, e contra o seu partido.
Concluindo, é de salientar apenas o seguinte: estas eleições estão longe de estar perdidas para Soares. Eu acredito na sua vitória, à segunda volta. Porque para mim, tal como para ele, as sondagens não são resultados, e muito menos conclusivos. É por isso que não entendo a arrogância de Cavaco Silva – que terá, estou certo – uma grande surpresa dia 22.
Depois deste jantar, estou 3 vezes mais soarista. Espero que as centenas de pessoas que lá estiveram também...
-Esperemos que sim, esperemos que sim!
É um facto que Soares não aparenta ter 81 anos. O nosso bochechas movimentou-se no meio da multidão de apoiantes com menos dificuldade do que eu. Sem seguranças, sem guarda-costas, sem polícia. Apenas ele, Joana Amaral Dias, Jorge Coelho. Dirigiram-se para a mesa cumprimentando quem os quis saudar. Berrava-se interminavelmente “Soares é fixe! Soares é fixe!”. Os jornalistas não disfarçavam o ar de espanto: “Não esperava tanta gente” dizia um de maquina fotográfica em punho.
Eu não tenho dúvidas que Soares vai passar à segunda volta. Já as tive, não as tenho mais. Um jantar pago pelas próprias pessoas que quiseram ir apoiar Soares, em que estiveram mais pessoas que numa iniciativa de campanha que o movimento de apoio a Cavaco fez no Coliseu do Porto anteontem (com entrada gratuita) comprova que ainda há uma esperança bem forte de ser Soares o próximo P.R – ou pelo menos que Coimbra está com Soares.
O discurso de Soares (sem cábula, como já nos habituou) centrou-se, essencialmente, nas críticas à CS (“(...)não aos jornalistas, porque são eles as próprias vítimas desta parcialidade – eles e os outros candidatos, ao ser Cavaco privilegiado em detrimento dos outros...”) e repetiu, uma vez mais, porque se sente motivado a avançar: “(...)Cavaco é um bom economista, e ninguém lhe retira esse mérito, mas não tem perfil para P.R.(...)”; “(...)É vergonhoso que Cavaco rejeite o partido que o apoia, que não deixe sequer Marques Mendes - um político com mérito reconhecido, manifestar-se. E que se refira ao partido de Ribeiro e Castro – porque sim, Cavaco tem dois partidos que o apoiam - como “o outro partido que me apoia”(...)”
De louvar o discurso de Joana Amaral Dias que, apesar de o ter iniciado com cábula, a rejeitou pouco depois, saindo-lhe espontaneamente o resto: “(...)Cavaco tem pessoas na Comissão de Honra dele que defendem outra Constituição, que falam da necessidade de uma nova(...)”; “(...)Cavaco foi o primeiro-ministro que correu à bastonada os estudantes que se manifestaram na ponte 25 de Abril(...)”; “(...)Cavaco é um homem tecnicista, que não sabe ouvir(...)”. A verdade é que o discurso de Joana Amaral Dias foi bem aplaudido.
Gomes Canotilho discursou sobre aquilo que melhor sabe: a Constituição – foi dos discursos mais interessantes da noite – talvez demasiado extenso. Almeida Santos falou-nos da capacidade que Soares tem de governar a parir desta Constituição, sem precisar de fugir a ela: já a provou duas vezes. O mesmo talvez já não se possa dizer de Cavaco, que para além de representar um perigo nesta matéria, representa também outro: no uso da “Bomba Atómica”, a que Soares só recorreu uma vez, e contra o seu partido.
Concluindo, é de salientar apenas o seguinte: estas eleições estão longe de estar perdidas para Soares. Eu acredito na sua vitória, à segunda volta. Porque para mim, tal como para ele, as sondagens não são resultados, e muito menos conclusivos. É por isso que não entendo a arrogância de Cavaco Silva – que terá, estou certo – uma grande surpresa dia 22.
Depois deste jantar, estou 3 vezes mais soarista. Espero que as centenas de pessoas que lá estiveram também...
Agora já te posso chamar um "apoiante cego"? :P
Posted by José Maria Pimentel | 15/1/06 4:51 da manhã
Porquê cego? Por ter convicções? Por estar convicto de que tenho um bom candidato? Por votar com prazer nele? Por tu não poderes dizer o mesmo? Por Soares ser, para mim, um ícone dentro do PS e da Política? Por ser das primeiras figuras que me despertou interesse dentro da própria política? Por não acreditar em teorias da conspiração de calibre excessivamente elevado? Por concordar com a visão de socialismo, globalização e Europa dele? Por ter, aliás, descoberto com o tempo que pensava o mesmo? É por isso que sou cego? Por ser filiado numa juventude partidária e admirar o trabalho dela, apesar de não participar nele? Por acreditar na política e não acreditar em discursos demagógicos e perigosos para a própria democracia? Por ter ido a um jantar de campanha manifestar o meu apoio? Por aplaudir um discurso genuíno e espontâneo que mais nenhum candidato tem? É por isso, Mestre? É por ter um imenso orgulho nele e no PS que ele representa? Por saber e acreditar nisso? Por a sua candidatura suscitar em mim admiração? Por elogiar a sua coragem? Por gostar da sua prestação nesta campanha e ela ter reforçado a minha intenção de voto? Por não ser "alternativo", por não ir atrás de "retóricas poéticas"? É por isso, Mestre? É por isso que sou cego? É por não ir atrás do que os outros pensam (pensa quantas das pessoas da nossa idade votam Soares....)? Achas que é um qualquer tipo de disciplina partidária que me move? Achas mal.
Achas que isto é ser cego? Achas mal. Achas que ter convicções é ser-se cego? Achas mal. Achas que ter uma linha política definida (que, infelizmente, se aparenta esgotar em Soares) é seguir o rebanho? Achas mal. Achas que acho Soares perfeito? Achas mal. Achas que não lhe reconheço muitíssimos defeitos? Achas mal. Achas que não acredito em algumas histórias que me contam dele? Achas mal.
Mas se é esta a “cegueira” a que te referes, sim, Mestre - sou cego. “Orgulhosamente só”. Está respondido. Numa palavra: determinação. Conheces-me e sabes que é qualidade (ou defeito) que abunda em mim – (outra coisa que sabes que também existe em Soares, já viste?). Tenho mesmo pena que não exista uma figura (ou pelo menos que não exista em Portugal, já que o Barroso está a representar o País) uma figura que admires e de que te orgulhes. Mas se existisse e se sentisses isso eu não te chamaria cego - isso é fraca argumentação. Ser-se convicto e determinado não é ser-se cego.
“Os maiores cegos são os que não querem ver” – vê se começas a entender certas coisas, antes que acabes tu o cego...Porque quem vota sem convicção, como é o teu caso, deveria (no meu entender) era estar calado (pensar duas vezes, talvez) antes de chamar cego a quem quer que seja...Sim, Mestre. Explica-nos o que te move no teu voto: é convicção? É admiração? É respeito? É crença? É reconhecimento? Não. Não é nada disso. É partidarismo. Nada mais. Em que é que ficamos, então?
Quem é o cego, afinal?
Posted by António Pedro | 15/1/06 5:37 da manhã
Há uma diferença bastante grande entre admirar um candidato e votar nele convictamente e dar-lhe um apoio cego, faccioso e incapaz de uma opinião que não lhe seja, não só favorável, como extremamente elogiosa. (Alguma vez te passou pela cabeça (uma só vez) que o jantar de Soares fosse ser mau, ou pelo menos, não tão bom como foi?)
Por uma questão de lógica, a não ser que Soares fosse Deus (acho que também não chegas ao ponto de o julgar assim) ele tem de errar, tem de ter coisas na sua campanha piores que as dos outros. Mas, estranhamente, em cada post teu, eu vejo um orgulho cego nele, uma admiração por cada passo da sua campanha, no fundo, um facciosismo extremo.
Sim, é verdade que Cavaco não é, nem de perto nem de longe, o candidato que eu queria, mas, penso eu, não tenho culpa nenhuma disso. Contudo, quando o tiver (e espero que isso venha a acontecer), podes ter a certeza que nunca, mas nunca serei faccioso ao ponto de ver tudo o que ele faça como excelente e tudo o que os outros façam como péssimo. Simplesmente, não sou capaz.
Mas, também, deixa-me que te diga que reconheço valor a esse apoio cego. Nem toda a gente é capaz. E são pessoas como tu que fazem os candidatos ganhar, que dão vida à democracia, que são capazes de acreditar, sem se interrogar uma única vez, num ideal ou numa pessoa. Sim, também tem o seu lado bom, também faz falta...mas não é o meu estilo e continuo a achar que podias fazer algo de melhor!
Posted by José Maria Pimentel | 15/1/06 2:57 da tarde
“Com papas e bolos se enganam os tolos” (é um provérbio que os salvadores da Nação costumam ter bem presente). Dispenso os paninhos quentes, “Mestre”. Escusas de vir com essa do “dar vida à democracia”. O método “dar uma no cravo e outra na ferradura” está gasto, para mim, desde Antero de Quental. A frontalidade não é para mim um defeito (é , talvez, para o candidato que apoias - e pelos vistos para ti também).
Soares não é Deus, e mesmo que fosse, para mim isso não seria relevante, porque não acredito em nenhum.
Que pena que é para nós, para esta esquerda enganada e emotiva não poder ter esta frieza (?numérica?), esta racionalidade, esta lucidez que existe na direita, e que permite a estas pessoas produzir estas opiniões intransponíveis, inquebráveis, isentas, imparciais. Que pena que é não termos esta racionalidade, esta inteligência, este sentido de justiça que desde Smith mais ninguém teve (a não ser o cosmopolita Cavaco Silva). Que pena...
Às vezes pergunto-me como será ser-se lúcido, ser-se inteligente, poder pensar nas coisas, ter esse dom, não ser assim cego, conseguir pensar, questionar-me. Ser assim um mestre das análises politicas como deve (de) ser, poder agradecer ao Senhor por me dar semelhante QI, pelo brainstorm que é cada comentário que faço.
Que bom que deve ser ser-se independente. Não ser assim como eu, filiado numa juventude partidária, andar (como sabes que costumo fazer) a filiar pessoas que não estão convictas do que estão a fazer. Não ter que seguir o carreirinho com os outros, sempre atrás de um pastor (do partido, claro).
Não, “mestre”, tu nunca terás um candidato com quem te identifiques, não existe, isso é só para os cegos, coitados, que não conseguem ter essa clarividência, esse discernimento que está guardado para a direita, ou para os que não têm partido, que lhes permite escolher sempre o melhor (que por acaso também é sempre alaranjado, mas isso não interessa nada). Os outros são apenas peças do jogo, controladas. Que não se interrogam, nem sequer têm essa capacidade, nem sonham com o que isso será. Faço minhas as tuas palavras: “nem toda a gente é capaz”.
“Nem me passou pela cabeça que o jantar de Soares fosse ser mau”. Tens razão. Eu tenho tantos motivos para o achar. Estava lá tão pouca gente, um espírito tão enfadonho, os discursos foram tão maus e tão pouco aplaudidos. Tens razão! Para se ser imparcial é preciso reconhecer sempre os 2 lados, ser-se maniqueísta! À boa maneira da argumentação do Mestre: “Tu és um apoiante cego e burro, mas não te preocupes, porque dás vida à democracia!” Não é fantástico? Ora deixa cá ver: o jantar de Soares foi mau porque...porque...Não consigo! A comida estava fria? Não...mas...ah! Espera! O arroz estava mal cozinhado! E dos discursos? Já sei! O do Canotilho foi muito longo! Ah, e o Soares enganou-se: trocou “parcialidade” com “imparcialidade”. Agora já sou lúcido, Mestre? Agora já sou imparcial, Mestre? Não!? O que devo fazer? Mas escreve em braille, porque assim não entendo! Ilumina-nos com a tua argumentação, Mestre, com a tua fria racionalidade (repito: ?numérica?), com esse dom que o Senhor fez o favor de conceder só a ti e a uma escassa casta, e que vos permite ser assim!
Salva-me, Mestre, que já não consigo pensar...! Levanta-me as persianas que tenho à frente dos olhos! Mostra-me o caminho! A luz!
Ah, que mundo injusto este, que deu tudo a tão pouca gente!
Posted by António Pedro | 15/1/06 10:26 da tarde
António, tu não consegues chegar lá porque não és católico, percebes? Só se fosses é que terias massa cinzenta suficiente para o compreender (frenética, onde andarás tu?) ;-)
Posted by Mariana | 15/1/06 10:44 da tarde
"Dispenso os paninhos quentes"
Não são paninhos quentes, penso-o mesmo. Se não houvesse pessoas como tu, não havia partidos e consequentemente democracia. Parece-me simples. Mas se quiseres esquece isto. É muito melhor discutir quando não há razão.
"Que pena que é para nós, para esta esquerda enganada e emotiva não poder ter esta frieza (?numérica?), esta racionalidade, esta lucidez que existe na direita, e que permite a estas pessoas produzir estas opiniões intransponíveis, inquebráveis, isentas, imparciais. Que pena que é não termos esta racionalidade, esta inteligência, este sentido de justiça que desde Smith mais ninguém teve (a não ser o cosmopolita Cavaco Silva). Que pena..."
Decididamente, não percebeste. Eu não me queria agigantar, estava só a constatar que não sou capaz desse apoio cego. Não sou melhor nem pior que tu. Apenas diferente. Se não percebeste, só posso lamentá-lo...
"Não, “mestre”, tu nunca terás um candidato com quem te identifiques."
Tinha um e já to disse. Se calhar esqueceste-te...
"“Nem me passou pela cabeça que o jantar de Soares fosse ser mau”."
Eu referia-me antes de ires lá...
"esta racionalidade, esta lucidez que existe na direita"
Eu não falei em racionalidade nem em lucidez e muito menos me referi à direita, mas sim a mim próprio.
E, acima de tudo, eu nunca, mas nunca (se leres atentamente o coment) quis mostrar-me tão grande quanto aquilo que tu pareces ter percebido. Só disse que não consigo apoiar cegamente. Agora, se ficaste assim tão ofendido para chegares ao ponto de me "quase" insultar, lamento-o sincera e profundamente. Não me pretendo endeusar, tenho pena que não tenhas percebido.
Quanto à parte final do texto, uma palavra: Dispensável.
Posted by José Maria Pimentel | 15/1/06 11:27 da tarde
Recorramos então à razão: se é graças a “pessoas como eu” (ou seja cegas) que existem partidos e, subsequentemente, democracia, isto quer dizer que, na tua óptica, os partidos políticos são formados por gente cega. E votas, portanto, em gente cega, sendo a democracia um “governo de cegos”.
Como vês Zé, o raciocínio excessivamente matematizado, unicamente sustentado em fórmulas é muito traiçoeiro. Como vês, Zé, basta um simples silogismo para o derrubar.
Por mais voltas que queiras dar dentro dessa tua espécie de retórica matemática e matematizada, não vais conseguir convencer ninguém (nem muito menos a mim) que ser-se “cego” (no sentido a que te referes) pode vir a ser (hipoteticamente...) uma qualidade. Desiste: não pode ser nunca. Desta forma é intrinsecamente mau; Não consegues dar a volta a isso, nem com paninhos quentes nem com crenças em que não acreditas; o que quiseste dizer foi claro: que presto um apoio cego a Soares que me leva a ser parcial, a não questionar nada do que tenha a ver com a sua campanha, etc. Ora, isto não é verdade. Já enumerei (não aqui, mas nem sequer acho que tenha de o fazer) várias situações em que Soares se saiu mal (se puxares bem pela cabeça, vais-te lembrar...). Se te referes ao facto de não acreditar nas tuas teorias da conspiração, tenho pena, não sou obrigado: não é nada provado, não tenho que acreditar, e daí não deves retirar (até por honestidade, diria eu) conclusão rigorosamente nenhuma. Se o que te leva a recorrer a esse insulto (comecemos a chamar às coisas pelos nomes) é o facto de refutar as tuas acusações e opiniões, erras outra vez, porque não ficas tu com a razão por me meteres num saco a que sabes que não pertenço. Se a tua arma de arremesso é partires para o insulto (tomei-o nessa medida, porque não há outra para ele), sujeitas-te ao mesmo tratamento: lamento.
Acredito que te desse muito jeito ficar eu com o papel do “fiel cão de guarda”, do pobre militante cego que vai, primeiro que tudo, atrás do seu partido. Ora, acontece que isso não é o suficiente para que o aceite.
Se me passou ou não pela cabeça que o jantar de Soares pudesse ser mau, lamento informar-te, Zé, mas erraste outra vez. E porquê: porque eu sabia de fonte segura que havia fortes indícios de este jantar vir a ser um fiasco. Caso não saibas (como estou certo, aliás, que não sabes), o MASP de Coimbra pensou em marcar o jantar no Pavilhão dos Olivais (que leva 700 pessoas) e não no da CIC (que leva 3000). Há qualquer coisa que me diz que não o queriam fazer por estarem seguros (?cegos?) de que o jantar seria um sucesso. E eu soube disto. Tinha que o dizer? Não me parece. Fiquei surpreendido e alegre? Fiquei. É por isso que sou cego? Certamente que não. Tiraste conclusões erradas? Certamente que tiraste. Lamento.
Se te quiseste ou não endeusar ou agigantar, lamento novamente: o rumo que escolheste é fértil em conclusões como as que tirei. Devias ter pensado nisso antes. Se não me tivesses tentado catalogar nem ensinar moral (ou muito menos tentado justificar uma atribuição tão depreciativa como a que me quiseste dar), esta conversa teria sido bem diferente; cada pessoa tem o seu modo de ver as coisas – que por ser diferente não é mais parcial, faccioso ou menos objectivo que o teu, que, no fundo, se limita a procurar o defeito para validar a virtude. Já ia sendo tempo de perceberes isso...
P.S.: Como deves ter reparado, pus de parte o dispensável (que, tal como eu, também não dispensaste)...
Posted by António Pedro | 16/1/06 3:00 da manhã
Ok, desisto...
Posted by José Maria Pimentel | 16/1/06 1:34 da tarde
Claro que não vou espingardear contra ti, Luísa, nem sequer tenho motivo nenhum para o fazer, dada a sensatez do teu comentário.
Há matérias em que não cedo: uma delas é nos meus princípios, que tenho bem presentes e que não aceito que sejam questionados; de resto, nem eu esperava que concordasses comigo...
Quanto às piadinhas, lamento, é algo que todos temos que suportar em política...ou achas que gosto que me chamem comunista (comuna, mais propriamente) quando não o sou, de ouvir um "avante camarada" seguido de um riso alarve, que ridicularizem os membros da área ideológica a que pertenço, que ridicularizem, de igual forma, as minhas convicções e opiniões por não concordarem com elas (e não estou a falar de ninguém daqui)? Claro que não gosto, mas o mundo não tomba para mim por causa disso; no entanto, devo dizer-te que as piadas eram dirigidas única e exclusivamente ao Zé (e que, por isso, mais ninguém deve enfiar o barrete- muito menos tu. Ademais, dá perfeitamente para reparar que estava a ser irónico - por essa mesma razão, não devo ser lido a la lettre, e estou certo que percebeste...)
Se o nível da discussão é alto ou baixo, depende muito do ponto de vista: embora não sirva de álibi, não fui eu que comecei por chamar cego (e, consequentemente, tudo o que o adjectivo contém) a alguém...
Agradeço o conselho, mas o Zé conhece-me e sabe que não cedo facilmente: não tenho a pretensão de ser detentor da verdade, mas não dispenso procurá-la; passo do limite várias vezes, mas isso faz parte da minha condição de intratável - ou de cego, quem sabe (estou a brincar ;)...).
P.S.: Estás a perder qualidades, caro Mestre :P...
Posted by António Pedro | 16/1/06 2:50 da tarde
Bom, bom... Vamos lá passar uma esponja sobre o assunto, que hoje fazemos anos! :D (não sei se é oficial!)
Posted by José Maria Pimentel | 17/1/06 12:59 da manhã
Luisa, como já disse várias vezes, estava a ser irónico, e estava a responder a um comentário do Zé que entendi como ofensa.
Quando escrevi o que escrevi não estava a pensar em ti (nem por 1s), mas sim numa direita católica que se acha mais iluminada que o resto da humanidade (que, quer queiras quer não, existe). Incluir o Zé nessa categoria é tão legítimo como ele me incluir na categoria que percebi ser aquela a que ele se estava a referir. Repito, não pensei em ti.
Convém esclarecer que há militantes à direita que funcionam assim, mas (felizmente) a grande fatia não é assim (e reconheço-o sem qualquer problema)! E tal como existem extremismos à direita, também existem à esquerda!
Se continuas sem concordar, pensa: não era a "frenética" que se achava mais iluminada por ser crente? Achas que isso é saudável? Não, estou certo que não achas.
Aliás, já esclareci as coisas com o Zé, por isso, não acho que esta discussão esteja a ter muito sentido...como também já disse, estava a responder a um comentário que entendi como insulto (mal ou bem, foi isso que fiz)...
Se, mesmo assim, te continuas a sentir ofendida com algum destes comentários, só me resta pedir desculpas...!
E concordo com o Zé: fazemos um ano, let's forget this and celebrate ;)
Posted by António Pedro | 17/1/06 3:35 da tarde
ai ai!!! É um suspiro, sim... Este blog so me da vontade de fugir daqui para..bem, acho q nao sei mt bem para onde!!! Só uma questao: pq e q nao passam a viver (verdadeiramente!!) a vida? Parece-me q as unicas pessoas q o fazem neste blog chamam-se Band e Lu... Duas boas sugestoes para quem gosta d ouvir gentleman (ou mm beach boys;) enquanto esta na praia a sentir o sol quente a bater nas costas: procurem o Peter Pan e sintam as boas vibraçoes de um bom mergulho... Pq nao seguir o estilo de vida de um tal de Bruce Irons? Abraço para alguns!!!
Posted by Anónimo | 21/1/06 3:12 da tarde
O antonio apoiante cego?!! Acham mesmo? NAAAAA.... LOL! Ha coisas q so dao mm para rir... Abraço
Posted by Anónimo | 21/1/06 5:41 da tarde
Se o blog te dá vontade de fugir, é pena que não o tenhas feito: assim poupavas-te a escrever tamanhas barbaridades, tão repetidas vezes.
Sim, claro! Só o Band e a Luísa é que vivem verdadeiramente a vida (e já agora tu)! Realmente, até por esse gosto musical refinado se vê logo isso! Realmente, não me surpreende que "Gentleman" seja para ti uma referência musical! Realmente, só tu é que deves gozar a praia e as boas vibes, ao som do Gentleman, esse ícone da qualidade musical! Realmente, tu deves ser dotado de qualquer coisa que o resto da Humanidade não é, visto que consegues (vejam lá!!!!) gozar a praia e o calor! E porque mais ninguém (à excepção do Band e da Luísa, claro) o conseguem fazer!
Repito: uns cegos, outros limitados...não sei o que será pior...
Diogo, os teus comentários são de uma irracionalidade tão gritante, que nem há por onde lhes pegar! Acredita que se não tivesses sido tu a escrevê-los, metade já teria sido apagada - escreve de forma civilizada, ou é isso que começará a acontecer...
Ah, e podes começar a assinar os teus comentários, que ninguém te bate.
E, já agora, da próxima vez que tiveres alguma coisa a dizer, podes dizer-ma pessoalmente, escusas de vir para aqui debitar insultos em anónimo...
Posted by António Pedro | 21/1/06 6:16 da tarde
Nao tenho nada a criticar na tua pessoa... Alias ate tenho uma ideia mt positiva de ti, cm tu sabes!! Apenas acho q passar horas a escrever num blog nao e vida!! Mas e so uma opiniao... E outra coisa: neste blog ng sabe ouvir criticas... Pelo menos e o q parece. Por acaso gosto de gentleman, apesar de n serem nenhuma referencia nao sao maus para descontrair! Repara no nome c que assinei... Diz-te alg coisa? lol... Bem vou ficar por aqui q ja vi q nao sou bem-vindo! Sem ressentimentos... Um abraço
Posted by Anónimo | 21/1/06 9:39 da tarde