a mesa de café

Há democracias estáveis e maduras?

Alice, o comentário foi totalmente acertado, mas, para o texto em causa, não tanto oportuno...

Eu sei que não, Bandeirinha. E é óbvio que é extremamente reprovável tudo isto. Mas se formos a ver bem, o controlo político sobre os meios de comunicação social ocorrem em todo o lado, mas de um modo bem mais camuflado... Seja por cunhas, por cabalas contra este ou aquele, etc, etc, etc. Mas a verdade é que apesar de tudo não se podem desculpar os erros de uns com os de outros.

Considerar uma democracia "estável" e "madura" depende do nosso grau de fundamentalismo em relação ao que achamos que deva ser uma democracia.
Os EUA e a Suécia (dois exemplos antagónicos, mas lembremo-nos que estamos a falar de sistemas de governação e não da racionalidade do Estado) são a meu ver, democracias "estáveis" e "maduras". Estáveis no sentido em que não enfrentam nenhuma ameaça totalitária; "maduras" no sentido em que no seu passado recente não têm acontecimentos que a tenham comprometido, o que lhes permite serem (isto só para exemplificar) um exemplo para os neo-liberais, no 1º caso, e para os defensores daquilo que deve ser o Estado Social, no 2º. Infelizmente já não podemos dizer o mesmo da França (pelo menos no que toca á estabilidade) nem muito menos da Rússia, em que - objectivamente - não há liberdade de expressão. Mesmo no caso português, e apesar de não gostarmos dos nossos políticos, penso sermos obrigados a reconhecer que temos uma democracia relativamente estável e bem mais madura do que era há 30 anos atrás...