O despertar da mente (Eternal sunshine on a spotless mind)
a mesa de cafe
Chamem-me romântico. Admito que até possa ser. Mas se há coisa que ainda gosto de ver é um bom romance. Se tiver um tom de comédia com partes verdadeiramente hilariantes, melhor aínda.
Jim Carrey habituou-nos ao género de comédia espalhafatosa, sem fio condutor, preenchida de um enorme vazio em termos de conteúdo. Kate Winslet ficou marcada como a diva do filme em que berra numa piscina e num barco em animação 3D, papel que a meu ver, pode ser talvez o da vida dela, mas está longe de ser o melhor que fez. Com um orçamento certamente mais modesto, conseguiu não só uma melhor prestação, como aínda dar provas vivas da sua versatilidade como actriz, e o mesmo digo de Jim Carrey, que não faz esboçar um sorriso nem com Jarry Mcguire, nem com a Máscara, e com Bruce Almighty se o faz, é porque sem dúvida que teve sorte em lhe calhar um papel tão bom na rifa.
Imaginem que um dia têm oportunidade de apagar um anterior relacionamento da vossa memória. Livram-se de todos os objectos que vos façam lembrar da pessoa, apagam as memórias negativas que têm (sejam elas quais forem) e começam uma nova vida. Vida anterior essa que no caso de o sentimento se prolongar está condenada a muitas horas de choro e sofrimento, e em que ela própria deixa de começar a fazer sentido. É assim que se sente Joel, até que um dia descobre que a mulher com que houvera passado momentos de romance o decidiu apagar. Farto de uma vida à base de anti-depressivos, decide fazer a sua catarse através deste processo. O que acontece é que se apercebe durante a transformação que há memórias que por mais negativas que sejam as queremos guardar. Talvez por serem íntimas; talvez por terem um significado que ninguém percebe a não sermos nós. Uma boa parte do filme é então uma viagem às memórias deste, que contam momento a momento a sua relação com Clementine, a mulher enigmática que "muda a cor do cabelo de acordo com a sua personalidade". Impulsiva, tempestuosa, mimada e egoísta, o que é certo é que vai por o mundo de Joel de pernas para o ar, quando o surpreende a beijar Elijah Wood (elenco de luxo), e o trata como um desconhecido.
O filme conta ainda com a participação de Kirsten Dunst, que desta vez escolhe outros aracnídeos. É outra actriz que consegue fugir ao clichet de semi-protagonista como já foi, tão doce e carinhosa, e não hesita em dar provas de ser capaz de interpretar outros géneros.
"O despertar da mente" não é um filme que nos motive a grandes reflexões. É uma boa história de amor. Bem contada...Bem filmada...com bons actores. O jogo das memórias é uma componente fundamental para a articualação do filme, e confere muito maior suspense. É um filme que deixa saudades, que quanto mais desse mais veríamos. Era talvez um filme para ser aplaudido de pé, como já não é nenhum. É um filme que mostra que hollwood não é o que é por acaso. É um filme para namorados, apaixonados, e por apaixonar. É um filme que dá vontade de contar a toda a gente e o gabar por todo o lado. É um filme que gostei...E é um filme que irão certamente gostar, sozinhos ou acompanhados.
Chamem-me romântico. Admito que até possa ser. Mas se há coisa que ainda gosto de ver é um bom romance. Se tiver um tom de comédia com partes verdadeiramente hilariantes, melhor aínda.
Jim Carrey habituou-nos ao género de comédia espalhafatosa, sem fio condutor, preenchida de um enorme vazio em termos de conteúdo. Kate Winslet ficou marcada como a diva do filme em que berra numa piscina e num barco em animação 3D, papel que a meu ver, pode ser talvez o da vida dela, mas está longe de ser o melhor que fez. Com um orçamento certamente mais modesto, conseguiu não só uma melhor prestação, como aínda dar provas vivas da sua versatilidade como actriz, e o mesmo digo de Jim Carrey, que não faz esboçar um sorriso nem com Jarry Mcguire, nem com a Máscara, e com Bruce Almighty se o faz, é porque sem dúvida que teve sorte em lhe calhar um papel tão bom na rifa.
Imaginem que um dia têm oportunidade de apagar um anterior relacionamento da vossa memória. Livram-se de todos os objectos que vos façam lembrar da pessoa, apagam as memórias negativas que têm (sejam elas quais forem) e começam uma nova vida. Vida anterior essa que no caso de o sentimento se prolongar está condenada a muitas horas de choro e sofrimento, e em que ela própria deixa de começar a fazer sentido. É assim que se sente Joel, até que um dia descobre que a mulher com que houvera passado momentos de romance o decidiu apagar. Farto de uma vida à base de anti-depressivos, decide fazer a sua catarse através deste processo. O que acontece é que se apercebe durante a transformação que há memórias que por mais negativas que sejam as queremos guardar. Talvez por serem íntimas; talvez por terem um significado que ninguém percebe a não sermos nós. Uma boa parte do filme é então uma viagem às memórias deste, que contam momento a momento a sua relação com Clementine, a mulher enigmática que "muda a cor do cabelo de acordo com a sua personalidade". Impulsiva, tempestuosa, mimada e egoísta, o que é certo é que vai por o mundo de Joel de pernas para o ar, quando o surpreende a beijar Elijah Wood (elenco de luxo), e o trata como um desconhecido.
O filme conta ainda com a participação de Kirsten Dunst, que desta vez escolhe outros aracnídeos. É outra actriz que consegue fugir ao clichet de semi-protagonista como já foi, tão doce e carinhosa, e não hesita em dar provas de ser capaz de interpretar outros géneros.
"O despertar da mente" não é um filme que nos motive a grandes reflexões. É uma boa história de amor. Bem contada...Bem filmada...com bons actores. O jogo das memórias é uma componente fundamental para a articualação do filme, e confere muito maior suspense. É um filme que deixa saudades, que quanto mais desse mais veríamos. Era talvez um filme para ser aplaudido de pé, como já não é nenhum. É um filme que mostra que hollwood não é o que é por acaso. É um filme para namorados, apaixonados, e por apaixonar. É um filme que dá vontade de contar a toda a gente e o gabar por todo o lado. É um filme que gostei...E é um filme que irão certamente gostar, sozinhos ou acompanhados.