"About a boy"
a mesa de cafe
Ainda há comédias que me fazem rir. Pensei que não haveria, depois do bombardeamento de “American Pies” e afins. Mas afinal estava enganado. Ainda há.
“About a boy” mudou consideravelmente a minha opinião acerca de Hugh Grant. Habituado a vê-lo nos seus filmes pastilha elástica, como o Nothing Hill ou o “Diário de Bridget Jones” (este último, por acaso, até considero um filme bem aceitável), conseguiu pôr-me a rir com a sua prestação neste último.
Will é o homem que qualquer homem (pelo menos pretensioso) sonha ser. Tem dinheiro, tem mulheres, e tem um bom carro. Como se não lhe bastasse não tem nada para fazer da vida, porque vive dos direitos de uma canção de natal escrita pelo pai. Mas é precisamente esta faceta de bon vivant que lhe vai fazer sentir uma vida…monótona. Até ao dia em que conhece Marcus, um puto que vive com uma mãe solteira totalmente desequilibrada, hippie por convicção, que o obriga a cantar “O Killing me softly” em frente a um piano, esperando que o filho o faça para libertar sentimentos que tenha. Mas como Will diz, não são os sentimentos dele que liberta, são os da mãe. O que é certo é que a própria mãe se apercebe disso, e também do porquê do filho ser um pouco…estranho. É obvio que a crueldade infantil também joga muito a favor disto.
Mas perguntar-se-ão como é que um trintão que passa o dia em frente à T.V. pode conhecer um puto destes…é que o gajo adopta simplesmente a estratégia melhor que já vi até hoje para engatar mulheres – numa reunião de pais solteiros. Estas cenas provocam obviamente o riso. Não um riso descontrolado e histérico, como num dos filmes em que falei. Mas sim um riso contido, perante um humor tão negro e brilhante. Esse é outro ponto que também joga muito a favor do filme: as partes em que alterna entre momentos de drama e de comédia, coisa que foi muito bem conseguida.
Resumindo e concluindo, é um bom filme. Recomendo vivamente (claro que pode haver quem discorde – só é legitimo ver o cinema de David Lynch/ o outro é simplesmente para as massas - e, portanto, não se deve gostar do que as massas gostam. Porque é mau, lá está).
A propósito, penso que o DVD desceu bastante de preço e não, não é por ser mau – se assim fosse, o cinema de Fellini não custava uma ninharia….
Ainda há comédias que me fazem rir. Pensei que não haveria, depois do bombardeamento de “American Pies” e afins. Mas afinal estava enganado. Ainda há.
“About a boy” mudou consideravelmente a minha opinião acerca de Hugh Grant. Habituado a vê-lo nos seus filmes pastilha elástica, como o Nothing Hill ou o “Diário de Bridget Jones” (este último, por acaso, até considero um filme bem aceitável), conseguiu pôr-me a rir com a sua prestação neste último.
Will é o homem que qualquer homem (pelo menos pretensioso) sonha ser. Tem dinheiro, tem mulheres, e tem um bom carro. Como se não lhe bastasse não tem nada para fazer da vida, porque vive dos direitos de uma canção de natal escrita pelo pai. Mas é precisamente esta faceta de bon vivant que lhe vai fazer sentir uma vida…monótona. Até ao dia em que conhece Marcus, um puto que vive com uma mãe solteira totalmente desequilibrada, hippie por convicção, que o obriga a cantar “O Killing me softly” em frente a um piano, esperando que o filho o faça para libertar sentimentos que tenha. Mas como Will diz, não são os sentimentos dele que liberta, são os da mãe. O que é certo é que a própria mãe se apercebe disso, e também do porquê do filho ser um pouco…estranho. É obvio que a crueldade infantil também joga muito a favor disto.
Mas perguntar-se-ão como é que um trintão que passa o dia em frente à T.V. pode conhecer um puto destes…é que o gajo adopta simplesmente a estratégia melhor que já vi até hoje para engatar mulheres – numa reunião de pais solteiros. Estas cenas provocam obviamente o riso. Não um riso descontrolado e histérico, como num dos filmes em que falei. Mas sim um riso contido, perante um humor tão negro e brilhante. Esse é outro ponto que também joga muito a favor do filme: as partes em que alterna entre momentos de drama e de comédia, coisa que foi muito bem conseguida.
Resumindo e concluindo, é um bom filme. Recomendo vivamente (claro que pode haver quem discorde – só é legitimo ver o cinema de David Lynch/ o outro é simplesmente para as massas - e, portanto, não se deve gostar do que as massas gostam. Porque é mau, lá está).
A propósito, penso que o DVD desceu bastante de preço e não, não é por ser mau – se assim fosse, o cinema de Fellini não custava uma ninharia….
um filme mt mt bom e orginal... o livro deixa, infelizmente, muito a desejar. O que não deixa de ser uma boa notícia: de livros francamente aborrecidos como o Diário de Bridget Jones e About a Boy extraem-se filmes inventivos (pelo menos, da primeira vez).
Pedro
Posted by Pedro Monteiro | 27/4/05 12:48 da tarde
é que este nem tem comparação com as comédias americanas... em parte por ser um filme inglês! Cada vez me convenço mais que são os filmes europeus que têm mais qualidade...
Posted by Alice | 27/4/05 7:57 da tarde
bem... eu fui ver esse filme ao cinema quando esteve em cartaz e não gostei... sinceramente apanhei uma grande seca ca ver o filme.... certo que tem partes engraçadas, mas de resto... ia adormecendo...
Posted by Anónimo | 28/4/05 1:20 da tarde
É um bom filme sem dúvida. Believe it or not passei a maior parte do tempo a espantar-me pela quantidade de coisas em que me identificava na personagem de Hugh Grant. (à excepção da parte do Audi TT e de namorar com a Rachel Weizs... mas isso são mágoas para falar noutra altura)
Pedro, a questão é que o livro subsitui o charoposo Killing Me Softly pelos Nirvana... e isso é uma vantagem impossível de desprezar.
Posted by João | 28/4/05 10:44 da tarde