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Só mais uma polémica...

"O Congresso espanhol aprovou hoje a modificação do código civil de forma a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo."
in Publico.pt
Em Espanha tudo se prepara para legalizar o casamento entre homossexuais. Na minha opinião isso é ótimo do ponto de vista da evolução das mentalidades na direcção da tolerância e do fim das discriminações. Agora, há um outro aspecto de que já se fala tembém e que, no meu ponto de vista, é completamente diferente: a questão da adopção de crianças por casais homossexuais.
Pode parecer contraditório estar a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo e contra a adopção de crianças por eles, mas acho que há uma grande diferença entre os dois. O matrimónio é a apresentação de um casal à comunidade em que vive, o assumir de uma união... E se se pode fazer isso sem papéis, há quem prefira formalizar a situação e casar-se, logo, não vejo porquê proibir esse direito a um casal de homens ou mulheres. Pelo contrário, a adopção já tem efeitos sobre uma terceira pessoa... Uma criança, ainda por cima! E está mais que provado que, para garantir uma educação e um crecimento equilibrados, qualquer criança tem de ter uma referência masculina e uma feminina. Como tal, ter dois pais ou duas mães, não é a melhor maneira de uma criança se estruturar emocionalmente.

Alice

A questão que pões é verdadeiramente difícil. Talvez se situe no cruzamento entre a ética, as emoções e a pedagogia. Não tenho a pretensão de dominar todas essas dimensões do problema.

Acho que tens razão ao dizer que uma criança precisa de referências masculina e feminina. Mas, essas referências podem também provir do exterior da família. A homosexualidade (saudável) não deve marginalizar ou caricaturar o outro sexo. Por outro lado, é verdade que, vivendo no seio de uma família homosexual, a criança tem de alguma maneira a sua própria escolha sexual pré-determinada, dir-se-ia, enviezada. Mas, não é isso que se passa também com as escolhas em tantos outros campos? É obvio que a família nos introduz num certo caminho, o qual pode ser modelado, em certa medida, através de outras influências extra-familiares (incluindo o livre-arbítrio). Afinal, que mal resulta do facto de um filho adoptado por um casal homosexual se tornar também homosexual. Alguém se surpreende se o filho de um advogado for advogado? A premissa de base não é a tolerância, a ausência de julgamento de valor àcerca da homosexualidade ou da heterosexualidade? Afinal de contas, a esmagadora maioria dos homosexuais são provenientes de famílias heterosexuais - não foi a coexistência das duas referências que impediu a manifestação da tendência homosexual!

Poder-se-ia replicar: apesar dos avanços que se vão realizando, a homosexualidade ainda é muito estigmatizada e, portanto, talvez seja melhor não ajudar a reproduzir exageradamente e depressa de mais um fenómeno que, dados os valores ainda dominantes, pode ser socialmente "penoso".

O mundo nunca mudou por causa do medo e dos sacrifícios da mudança. Naturalmente, critérios rigorosos da adopção (estabildade familiar, capacidade para educar, comportamento equilibrado dos conjuges, vontade genuina de ter e de amar um filho, etc.) devem aplicar-se com o mesmo vigor tanto aos casais homosexuais como aos heterosexuais.

Aberto a outras opiniões, numa questão que é seguramente de resposta multipla.

Não concordo ctg(alice).
Se dizes que a legalização do casamento homossexual é óptimo para a evolução das mentalidades e tolerância, acho que na adopção de uma criança entre casais homossexuais o mesmo se passa. Porque não considero que só por ser um casal homossexual eles estão incapacitados de dar esses modelos de referencia (masc. e/ou femin.) á crianca adoptada. Porque senão, seguindo a mesma lógica do teu raciocínio, então teríamos que proibir o divórcio entre 1 casal se houvesse uma criança pelo meio. Porque o divórcio (mesmo que aceitem a repartição da custódia do puto) traz para o ambiente doméstico um desiquilíbrio que também pode trazer uma educação pouco saudável. Na minha opinião, é ser muito protector. As pessoas adaptam-se, sendo mm crianças ou n.

Como julgo que disse antes, a adopção de crianças por parte de casais homossexuais é um dos pontos que leva à evolução das mentalidades e tolerância que e muito bem mencionaste. acredito também que esta é uma luta a qual está longe de ser ganha. porque acho que muita gente (incluindo tu, alice) não está ainda no grau de consciencia que eu próprio já tenho(e com isto, n quero minimamente armar-me em superior nem ofender-te, nada disso) sobre o assunto. Pq acredito que lá chegaremos, a esse nível de consciencia, e de evolução. Por enquanto não acredito viável, mas a longo prazo, as pessoas em geral chegarão lá...

Alice:

Acho que o argumento que dás para a não adopção de crianças por casais homossexuais é valido, sim, para o não casamento entre estes.
Contudo, penso que em certos casos e melhor para uma criança ter dois pais ou duas mães do que a total ausência destes e a sua substituição por uma instituição, naturalmente generalizante, e consequentemente, incapaz de dar à criança os cuidados necessários (que ultrapassam largamente os materiais).

Se calhar, eu é que me contrario ao defender a adopção e rejeitar o casamento de homossexuais, mas é a minha opinião.

É óbvio que mais vale ter dois pais ou duas mães que a total ausência deles, mas não é o melhor para a criança... E comparar esta questão com um divórcio não é possível porque, apesar de divorciados, os pais continuam presentes, nem que seja como figura (e há um homem e uma mulher). Está provado que as crianças têm de viver em equilíbro, e esse equilíbrio vem da junção de opostos, neste caso, feminino com masculino! Não é discriminação... Cada um tem o direito de viver como a sua natureza dita sem ser diferenciado por isso, agora, e como já disse, há crianças envolvidas, a situação é diferente! Falta de abertura de espírito da minha parte? Não me parece...

Já tínhamos falado destas questões uma vez. Já me pronunciei acerca do assunto…não me choca o casamento entre homossexuais; na verdade, é-me completamente indiferente. No que diz respeito à adopção, já tenho outra posição um pouco diferente…É indiscutível que seria melhor para uma criança receber atenção e o cuidado de dois pais ou duas mães do que nenhum. Não me parece que aqui o problema da orientação seja realmente um problema, até porque, como já foi dito, a maior parte dos homossexuais são filhos de pais heterossexuais; parece-me que os problemas mais sérios serão uma vida ou uma infância (pelo menos uma infância) de humilhações, de explicações que são exigidas a uma criança que não tem e não sabe como explicar. Já disse n’ “A Ilha do Dia Antes” que traria muitas mais vantagens uma revisão da Lei sobre famílias de acolhimento em que, por exemplo, a criança poderia passar fins-de-semana em casa dos ditos pais, durante quanto tempo quisesse. E então, já numa idade mais avançada, pudesse escolher viver com estes pais. No caso do divórcio, terás de reconhecer, Alice, que não é bem assim. Não me parece que uma presença virtual surta o efeito de uma presença real…isso é completamente ilusório…

a quase totalidade das palavras do antónio pedro faço-as minhas. E quanto á humilhação e o desconforto que uma criança pode sentir por ser criada por 2pais/mães, acho q é precisamente isso q tem q se combater, e ao deixar q um casal de homossexuais possa adoptar e usufruir dos mesmos direitos que um casal dito normal é que a sociedade comece a deixar de ter certo tipo de preconceitos acerca desse tema porque tornar-se-ia uma práctica comum.

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