Vou-me suicidar com Vitamina C
a mesa de cafe
Já sei que me vão chamar parcial, mas infelizmente tenho que dizer que ainda fico siderado com as ondas que são levantadas à volta de assuntos tão banais como a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica em hipermercados e outras superfícies comerciais.
O Sr. Dr. bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Aranda da Silva, teme certamente que as pessoas apanhem uma overdose de Brufen e Cêgripe. Como se não bastasse considera que "há muitas pessoas que apoiam a medida sem qualquer base científica e até com interesses comerciais”: mas que bases científicas é que são necessárias para apoiar (ou no caso dos mais obtusos) não apoiar esta medida? Por amor de Deus, eu tomo Guronsan quando me apetecer, e não é preciso que mo dêem numa farmácia da minha área de residência. Em qualquer farmácia que se entre e se peça vem prontamente um medicamento deste género, sem aconselhamento ou sem recomendação . Até chega a haver imbecis que utilizam sprays analgésicos para “lhes dar moca”, sem haver um Dr. que intervenha e lhes pergunte para que é que o vão utilizar. Face a isto, que diferença é que pode haver entre serem vendidos numa farmácia ou num hipermercado, se a mulher da caixa é capaz de falar mais comigo que o próprio “merceeiro de bata”? Para quê andar a correr farmácias de serviço se posso adquiri-los numa bomba de gasolina perto de minha casa (se chegarem a ser permitidos aqui)? Quanto aos interesses comerciais, para mim não podia ser mais simples: é obvio que muitos hipermercados e lojas ficarão favorecidos…e daí? Restringissem esta venda só a genéricos e toda a gente achava muito bem. Como têm medo que a Bayer ou o Continente controle o mundo, é logo um alarido à volta do assunto. Se Sócrates soubesse tomar esta medida na altura certa não haveria polémica. Como foi das primeiras fica logo a populaça chocada, é logo abertura de noticiários e primeira página. Cada vez me convenço mais que o portuga é mesmo assim: tem que ter sempre um assunto para mascar. Até que fica sem sabor…e deita fora.
Já sei que me vão chamar parcial, mas infelizmente tenho que dizer que ainda fico siderado com as ondas que são levantadas à volta de assuntos tão banais como a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica em hipermercados e outras superfícies comerciais.
O Sr. Dr. bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Aranda da Silva, teme certamente que as pessoas apanhem uma overdose de Brufen e Cêgripe. Como se não bastasse considera que "há muitas pessoas que apoiam a medida sem qualquer base científica e até com interesses comerciais”: mas que bases científicas é que são necessárias para apoiar (ou no caso dos mais obtusos) não apoiar esta medida? Por amor de Deus, eu tomo Guronsan quando me apetecer, e não é preciso que mo dêem numa farmácia da minha área de residência. Em qualquer farmácia que se entre e se peça vem prontamente um medicamento deste género, sem aconselhamento ou sem recomendação . Até chega a haver imbecis que utilizam sprays analgésicos para “lhes dar moca”, sem haver um Dr. que intervenha e lhes pergunte para que é que o vão utilizar. Face a isto, que diferença é que pode haver entre serem vendidos numa farmácia ou num hipermercado, se a mulher da caixa é capaz de falar mais comigo que o próprio “merceeiro de bata”? Para quê andar a correr farmácias de serviço se posso adquiri-los numa bomba de gasolina perto de minha casa (se chegarem a ser permitidos aqui)? Quanto aos interesses comerciais, para mim não podia ser mais simples: é obvio que muitos hipermercados e lojas ficarão favorecidos…e daí? Restringissem esta venda só a genéricos e toda a gente achava muito bem. Como têm medo que a Bayer ou o Continente controle o mundo, é logo um alarido à volta do assunto. Se Sócrates soubesse tomar esta medida na altura certa não haveria polémica. Como foi das primeiras fica logo a populaça chocada, é logo abertura de noticiários e primeira página. Cada vez me convenço mais que o portuga é mesmo assim: tem que ter sempre um assunto para mascar. Até que fica sem sabor…e deita fora.
Concerteza que existem interesses comerciais: os dos proprietários de farmácias que, até agora, tem sido uma corporação bem protegida.
A medida até nem é má mas, como dizia o (con)celebrado criador de opinião Marcelo Rebelo de Sousa, cheira a demagogia e facilitismo, tratando-se da primeira anunciada por um governo recém empossado, portador de tantas expectativas para resolver o que verdadeiramente importa!
Posted by Anónimo | 6/4/05 1:41 da tarde