What if...
a mesa de cafe
Se os “Morangos com Açúcar” retratassem, de facto, Portugal, seriam bem diferentes...
Para começar, esqueçam os nomes tradicionais (vulgo normais). Os protagonistas chamar-se-iam Libânia e Hélio. Os nomes das outras personagens poderiam, porém, oscilar entre Nídia, Nádia ou Sabrina, Mauro, Maura, Katiana, etc.
Esqueçam o Colégio da Barra e o seu grupo de professores sorridentes. A escola seria um edifício podre, populado por professores colocados a 300 km de casa, de permanente mau humor, e por alunos de todas as aldeias num raio de 100 km. No entanto, as gravações aqui durariam pouco tempo, porque ao fim de 3 meses de aulas o elenco já tinha todo chumbado por faltas.
O “Down Hill”, o “Kaite Surf”, o “Rugby” e todas essas modalidades populares simplesmente não existiriam. A única modalidade popular entre as personagens seria mesmo o futebol. No entanto, se se poder considerar isto desporto, os picanços ocupariam também um lugar de destaque. Aliás, os Peugeot e Citroen com mais de 12 anos, seriam os únicos veículos utilizados, transformados desde o pára-choques à mala, com grandes “ailerons”, neons e colunas que fariam o carro tremer no volume mínimo. E pintados, obviamente, de cores discretas, como azul-bebé metalizado ou verde alface.
A banda sonora formada à base de pop pastilha elástica e hip-hop, seria substituída por Euro Dance – se não sabem o que é, imaginem o resultado da aceleração da música do Titanic, com uma melodia de órgão por trás que repete de 3 em 3 segundos. (Nota: Esta música existe mesmo). As personagens sairiam à noite para uma discoteca do tamanho de um pavilhão desportivo, com todo o tipo de drogas a circular lá pelo meio. Nos dias em que isto não acontecia, as personagens iriam para o meio do mato ouvir Techno (Euro Dance), e beber bebidas às cores com comprimidos azuis, vermelhos e cinzentos lá dentro.
O enredo seria bastante mais intrigante e variado: A Libânia trocaria consecutivamente o Hélio pelo Mauro e pelo Ivo, o Hélio levaria consecutivamente todas as moças da aldeia (a Nídia, a Nádia, a Sabrina e a Katiana) a dar uma volta no seu “GTI”. Ou melhor, quase todas, visto que Maura teria obesidade mórbida – de estar sentada o dia todo em casa a ver novelas, “O 1º regimento”, “o Fiel ou Infiel” e a comer chocolates do “Lidl”. Esta personagem apareceria em grandes planos, a arrastar o seu rabo de 1m, acondicionado dentro de uns calções de Lycra pretos – é obvio que esta personagem teria um final feliz: acabando anoréctica, com 45kg no final, como sempre tinha sonhado. No entanto, nenhum dos pais notaria que se passasse alguma coisa de estranho com ela.
E é claro que, no final, Hélio e Libânia acabariam juntos, porque Libânia engravidara – embora não tivesse bem a certeza de quem. Como disse, acabariam juntos, mas não sorridentes, porque a 1ª série acabaria com Libânia a ser empurrada de umas escadas…
Se os “Morangos com Açúcar” retratassem, de facto, Portugal, seriam bem diferentes...
Para começar, esqueçam os nomes tradicionais (vulgo normais). Os protagonistas chamar-se-iam Libânia e Hélio. Os nomes das outras personagens poderiam, porém, oscilar entre Nídia, Nádia ou Sabrina, Mauro, Maura, Katiana, etc.
Esqueçam o Colégio da Barra e o seu grupo de professores sorridentes. A escola seria um edifício podre, populado por professores colocados a 300 km de casa, de permanente mau humor, e por alunos de todas as aldeias num raio de 100 km. No entanto, as gravações aqui durariam pouco tempo, porque ao fim de 3 meses de aulas o elenco já tinha todo chumbado por faltas.
O “Down Hill”, o “Kaite Surf”, o “Rugby” e todas essas modalidades populares simplesmente não existiriam. A única modalidade popular entre as personagens seria mesmo o futebol. No entanto, se se poder considerar isto desporto, os picanços ocupariam também um lugar de destaque. Aliás, os Peugeot e Citroen com mais de 12 anos, seriam os únicos veículos utilizados, transformados desde o pára-choques à mala, com grandes “ailerons”, neons e colunas que fariam o carro tremer no volume mínimo. E pintados, obviamente, de cores discretas, como azul-bebé metalizado ou verde alface.
A banda sonora formada à base de pop pastilha elástica e hip-hop, seria substituída por Euro Dance – se não sabem o que é, imaginem o resultado da aceleração da música do Titanic, com uma melodia de órgão por trás que repete de 3 em 3 segundos. (Nota: Esta música existe mesmo). As personagens sairiam à noite para uma discoteca do tamanho de um pavilhão desportivo, com todo o tipo de drogas a circular lá pelo meio. Nos dias em que isto não acontecia, as personagens iriam para o meio do mato ouvir Techno (Euro Dance), e beber bebidas às cores com comprimidos azuis, vermelhos e cinzentos lá dentro.
O enredo seria bastante mais intrigante e variado: A Libânia trocaria consecutivamente o Hélio pelo Mauro e pelo Ivo, o Hélio levaria consecutivamente todas as moças da aldeia (a Nídia, a Nádia, a Sabrina e a Katiana) a dar uma volta no seu “GTI”. Ou melhor, quase todas, visto que Maura teria obesidade mórbida – de estar sentada o dia todo em casa a ver novelas, “O 1º regimento”, “o Fiel ou Infiel” e a comer chocolates do “Lidl”. Esta personagem apareceria em grandes planos, a arrastar o seu rabo de 1m, acondicionado dentro de uns calções de Lycra pretos – é obvio que esta personagem teria um final feliz: acabando anoréctica, com 45kg no final, como sempre tinha sonhado. No entanto, nenhum dos pais notaria que se passasse alguma coisa de estranho com ela.
E é claro que, no final, Hélio e Libânia acabariam juntos, porque Libânia engravidara – embora não tivesse bem a certeza de quem. Como disse, acabariam juntos, mas não sorridentes, porque a 1ª série acabaria com Libânia a ser empurrada de umas escadas…
Gosto especialmente do facto de eles nessa novela terem sempre jovens para todos os gostos: o suposto beto, dread, hippie, rastas, etc... E depois aquela tentativa frustrada de se identificarem com os jovens-que-estudam-o-ano-inteiro-e-não-entram-em-Medicina pondo a gaja-que-passou-o-ano-inteiro-a-tentar-reconquistar-o-namorado a dizer que se vai aplicar muito porque não entrou por uma décima. Poor thing. Eu nunca costumo ver mais de 10 minutos seguidos de tal programa, mas que é espantoso como aquilo conquistou a faixa etária dos 10-14 anos, lá isso é! Eu acho que quando tinha essa idade já conseguia ter algum discernimento a avaliar as coisas. But hey, those were the 90's.
De qualquer forma, a TVI para mim está completamente interdita (a não ser que tenha um saco de vómito ao pé).
P.S. - Ah e os chocolates do Lidl são muito bons! :D
Posted by Mariana | 23/9/05 9:33 da tarde