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O Direito a ter direito

Não sou grande admirador do Daniel Oliveira, nem dos seus salmos bloquistas. No entanto, não deixa de me surpreender o alarido que ecoa na blogosfera com um post seu intitulado “A liberdade da islamofobia”, em que este se limita tão apenas e só a afirmar que compreende a indignação dos muçulmanos com os famigerados cartoons que surgiram no recém-famigerado jornal dinamarquês (visto que até há 2 semanas atrás ninguém na Europa fazia a mais pálida ideia de que jornal se tratava) a caricaturar Maomé. DO diz que não aceita a não aceitação do mundo ocidental das reacções destes muçulmanos que se manifestaram, quando este assiste impávido e sereno às manifestações de indignação em que católicos incorrem sempre que a paródia é com Jesus Cristo.
É um facto que ambas são provas de fundamentalismo (não ter sentido de humor é, provavelmente, a sua primeira manifestação), e que esse fundamentalismo adquire outros contornos quando mete muçulmanos à mistura. No entanto, não se pode pedir à mesma pessoa que acredita em virgens prometidas que se ria de quem lhas promete. É talvez aqui que está o salto gigantesco do ocidente para o médio oriente: a nossa indignação processa-se de forma pacífica, aquela não. Não se pode pedir a um povo atrasado quase um século em relação a nós (pelo menos, em termos de blasfémias) que digira essa indignação da mesma forma...

Pode ser ignorância minha, mas não conheço nenhum Nietzsche que os tenha habituado desde cedo a rir de Maomé...

Sejamos honestos. Eu devo ser muito ingénuo, mas não acredito que alguém fizesse alguma espécie de alarido por causa de umas caricaturas de Jesus Cristo. Aliás, já o devem ter feito.

Outra coisa diferente é compreender que certas pessoas fiquem indignadas. eu também ficaria indignado se visse no jornal uma caricatura de um familiar ou amigo meu. Agora, daí a este escãndalo todo....

zé maria, permite-me um conselho: não tentes por todas as culturas ao mesmo nível, nem todas as formas de crer... tenta antes, ter uma visao ampla do papel que a Religião tem na Vida e no agarrar à vida de cada pessoa, daí o respectivo direiro à indignação...

Para mim a unica diferença entre mim catolico e os mulçumanos e que estes sao apenas pessoas fanaticas. Vivem obcecados com a sua religiao, sendo esta um modo de vida para eles.
Nao lhes dou razao em relaçao ao que tem feito nestes ultimos dias, mas acho que ja era de prever uma atitude destas.

Para mim a unica diferença entre mim catolico e os mulçumanos e que estes sao apenas pessoas fanaticas. Vivem obcecados com a sua religiao, sendo esta um modo de vida para eles.
Nao lhes dou razao em relaçao ao que tem feito nestes ultimos dias, mas acho que ja era de prever uma atitude destas.

Diria antes Band, que as culturas têm de ser postas ao mesmo nível. Não se pode considerar determinadas culturas superiores ou inferiores, assim como não se pode cataloga-las de mais, ou menos, avançadas. Concordo sim com a relação que fizeste com o direito à indignação e a religião. Do mesmo modo, em relação ao post, corroboro com o Tony quando ele diz que não se pode pedir que digiram a indignação da mesma forma, isso é incontornável, mas não se pode (jamais! :P) fazer afirmações como um povo atrasado quase um século em relação a nós . "Um olho nunca se vê a si mesmo", mas constrói-se com uma visão crítica sobre o próximo. É assim que se constroem as personalidades, as religiões, as nações, dai não podermos julgar o "escândalo" quando, para eles, não haver qualquer manifestação é que é absolutamente anormal. Ainda, é claro que sou a favor da liberdade de expressão, mas também me parece que é necessária compreensão e, sobretudo, propósito - que parece não ter havido na elaboração destes cartoons, como disse alguém no telejornal...
Por fim, neste momento a extrema-direita parece estar a atingir a fasquia dos 20% na Dinamarca. Embora sugestivo, não posso afirmar nada...

antonio pedez,

não sei se conheces muitos muçulmanos. Eu já tive num dos mais fundamentalistas e atrasados dos países árabes (o Iemen) e isso que dizes não é verdade.São conservadores, a religião é importante, mas não são fanáticos. Compreender o outro e os hábitos do outro é coisa que dá muito trabalho e precisa de muita disponibilidade. Sem isso, todas as outras culturas são de gente estranha, idiota. Não imaginas as coisas extraordinárias que eles acham de nós.

Para o amigo Daniel Oliveira

Realmente nao conheço nada sobre eles, apenas comento aquilo que vejo. Se queres que te diga quando fizeram caricaturas do Papa com um preservativo no nariz, eu nao me pus a incendiar embaixadas nem pouco mais ou menos. Sinceramente acho que foi uma atitude incorrecta porque e um assunto serio demais para se transpor para um cartoon. A minha ideia e que sao fanaticos e é a ideia com que vou ficar ate que me provem o contrario, porque sinceramente todos sabemos qual a religiao do senhor Bin Laden e companhia referindo o nome do seu deus diversas vezes. Para mim sao fanaticos e um perigo constante para a nossa sociedade. Nao digo que nao hajam boas pessoas mulçumanas mas o geral dessa gente e aquilo que podemos ver no telejornal todos os dias...

tudo bem que se sintam indignados, apesar de que a liberdade de expressão é um direito.Mas daí a matar pessoas, a incitar ao ódio ao ocidente, a expulsar organizações de ajuda que estão a ajudar milhares de pessoas nos seus países só porque fazem parte de um país onde foram publicadas as caricaturas e a decidirem-se por vinganças, como um jornal islamico que abriu um concurso para caricaturar o holocausto, é ridiculo.E se essa cultura ocidental não está ao nível da nossa como diz e bem o band, não quer dizer que por causa disso tenhamos de regredir neste aspecto da liberdade de expressão pa nos assemelhar-mos a eles.E quem se sai a rir é o Irão...que com este movimento anti-ocidente só ganha adeptos para que possam fazer o que lhes aptecer.Isto já não é, band, o papel da religião na vida deles, é fanatismo que leva à violência.E acho que nao é o melhor meio para traduzir a indignação.Abraço.Ze

www.crewdograff.blogspot.com

O islamismo não é diferente do catolicismo. A diferença está nas culturas. O mundo ocidental desenvolveu-se o o catolicismo acompanhou este desenvolvimento. O mundo oriental está mais atrasado nesse desenvolvimento cultural Daí o papel muito importante que a religião tem na vida e os fanatismo a que isso dá lugar.

Contudo, e felizmente, esses fanatismo são algo raros.

Acho que é uma questão importante analisar como podem ocorrer estas manifestações no mundo árabe. Porque fervem as pessoas em coisas que para nós, no Ocidente, não determinam a vida ou a morte, o bem ou mal.

Visitei no passado ano Marrocos - ainda assim, provavelmente um dos menos atrasados países árabes - e também aí foi possível constatar que uma grande parte dos homens adultos passa o dia desempregado nos cafés da rua. Num ambiente pobre e degradado. De infelicidade. De injustiça. De desigualdade. E à noite vai para casa e vê o poder económico do Ocidente. Inveja e ódio. E, por outro lado, o seu país tem uma democracia frágil, meramente formal. Ele não compreende tais liberdades. Mais: parecem ultrapassar as do seu país que, afinal, diz ser uma democracia.
Face a estes dois pontos, não me espanta que facilmente fervam em pouca água...

Pedro

era fazer uma bomba que fosse lá pelo cheiro ó caril.Assim um gaijo que tivesse o xeiro ó caril entranhado na roupa taba lexado!

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