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Penso de que...

...aqui há cerca de 40 anos, a parcimónia era um valor enraizado na nossa sociedade. O povo português estava habituado a contar tostões – e era realmente no poupar que estava o ganho. Com a melhoria geral do nível de vida que veio com a revolução de Abril - com todas as promessas que foram feitas às classes médias/ médias baixas – o português deixou de juntar. Endividou-se. Comprou frigoríficos e televisões na Worten; chupou todas as regalias que o Estado lhe concedeu; deixou, aliás, de saber a diferença entre regalia e direito. Hoje, com a evidente necessidade que há de voltar a pôr de parte, o português sente os frigoríficos e as televisões a fugirem por entre os dedos e precisa de mais, como um drogado precisa da dose. Recorre ao crédito, endivida-se e endivida o país. Procura desesperadamente um salvador. E é desta necessidade que políticos como Sócrates se aproveitam. É por causa desta necessidade que Sócrates vai ganhar outra vez. Prometendo melhores dias às pessoas, que não vão vir; tomando medidas economicistas que dificilmente produzirão efeito enquanto tivermos, por exemplo, uma dependência externa de petróleo desta dimensão. Com efeito, enquanto não resolvermos este problema, estamos a penas a tapar furos no nosso barco, prestes a naufragar. E é só esperar que o barril chegue aos $100 para o ver. Aí, veremos Sócrates a saír pela mesma porta por onde entrou. E o pior é pensar: quem/ o que virá a seguir?

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