Sobre a "Eficiência" e a "Liberdade"
O Rodrigo A. Fonseca escreve, no blogue "Atlântico", um interessante texto sobre o confronto "liberdade/ eficiência" nos sistemas privado e público. A certa altura afirma a superioridade do ensino privado "(...) porque um conjunto de escolas cujos conteúdos se afastam da concepção laica foram capazes de se posicionar num patamar de excelência a um custo inferior ao do público..."
Creio que analisando o referido "conjunto de escolas", ou melhor ainda, o contexto socio-económico, o nível de educação do agregado familiar ou até as próprias instalações, os resultados que obtiveram não surpreendem ninguém. É consensual que são as escolas mais elitistas do país - instituições privadas "de primeira", de alunos escolhidos a dedo dispostos a - e capazes de - pagar uma barbaridade. Não é o caso (nunca foi) da Universidade Independente (a certa altura faz esta comparação) - e de tantas outras instituições "do género" - onde normalmente só entram os que não conseguiram colocar-se no ensino público. São realidades totalmente opostas...
Por outro lado, não entendo a que tipo de "liberdade" se refere, quando em muitos desses colégios (como quem diz: em praticamente todos eles) se obriga os alunos a aulas de educação moral e religiosa (note-se que esta disciplina é oferecida no sistema público, a título opcional) e a actividades levadas a cabo pelas organizações religiosas que as financiam e em que convém participar.
Não vale a pena embarcar em debates improdutivos sobre quem faz melhor: se o Estado, se os privados. Sou defensor acérrimo de que, na saúde e na educação, estes nunca farão melhor do que aqueles. Isso sim, é uma questão ideológica...
Creio que analisando o referido "conjunto de escolas", ou melhor ainda, o contexto socio-económico, o nível de educação do agregado familiar ou até as próprias instalações, os resultados que obtiveram não surpreendem ninguém. É consensual que são as escolas mais elitistas do país - instituições privadas "de primeira", de alunos escolhidos a dedo dispostos a - e capazes de - pagar uma barbaridade. Não é o caso (nunca foi) da Universidade Independente (a certa altura faz esta comparação) - e de tantas outras instituições "do género" - onde normalmente só entram os que não conseguiram colocar-se no ensino público. São realidades totalmente opostas...
Por outro lado, não entendo a que tipo de "liberdade" se refere, quando em muitos desses colégios (como quem diz: em praticamente todos eles) se obriga os alunos a aulas de educação moral e religiosa (note-se que esta disciplina é oferecida no sistema público, a título opcional) e a actividades levadas a cabo pelas organizações religiosas que as financiam e em que convém participar.
Não vale a pena embarcar em debates improdutivos sobre quem faz melhor: se o Estado, se os privados. Sou defensor acérrimo de que, na saúde e na educação, estes nunca farão melhor do que aqueles. Isso sim, é uma questão ideológica...