O CDS, a CRP e o SNS
Ouço por aí que o Partido Popular (Popularíssimo, a avaliar pela sua maciça representação parlamentar) quer acabar com a gratuidade do SNS. Ou seja, quer acabar, também, com o Princípio que lhe deu origem, e que integra, indubitavelmente, a identidade da Constituição de 76. A Constituição que consagrou o Estado Social de Direito em Portugal. A Constituição que é o espelho da história político-revolucionária portuguesa.
É compreensível: Portugal, um país historicamente de centro-esquerda, nunca teve espaço para a Liberal-democracia; é assim desde a 1ª República, e continua a sê-lo. Nunca tivemos uma burguesia de self-made men nem sofremos as consequências de não a termos tido. Não queremos, portanto, sofrer essas consequências 2 ou 3 séculos depois. Portanto, Dr. Ribeiro e Castro, mude-se: mude-se para os EUA, onde, quem pode, paga o seu hipócrita seguro de saúde. Mude-se, já que não lhe faz impressão que pessoas sejam deixadas a definhar à porta de Hospitais por não o terem. Não tente importar o lado nefasto das sociedades americana e inglesa (os casos mais flagrantes de Sistemas de Saúde justos e eficazes) para um país que nunca os quis, nem quer. Mude-se. Não há espaço para o aglomerado de burgueses mal-amanhados a que chama Partido, pelo menos, em Portugal. Boa ou má, é esta a nossa identidade: a que temos. Os Colégios onde põe os seus filhos a estudar, as Clínicas onde a sua esposa faz plásticas aos peitos é que destoam: não a gratuidade de serviços que, felizmente, temos, herdámos e que queremos preservar. É caso para dizer: se está mal, mude-se.
E um conselho para o CDS: se pretendem existir muito mais tempo, mudem de líder...
É compreensível: Portugal, um país historicamente de centro-esquerda, nunca teve espaço para a Liberal-democracia; é assim desde a 1ª República, e continua a sê-lo. Nunca tivemos uma burguesia de self-made men nem sofremos as consequências de não a termos tido. Não queremos, portanto, sofrer essas consequências 2 ou 3 séculos depois. Portanto, Dr. Ribeiro e Castro, mude-se: mude-se para os EUA, onde, quem pode, paga o seu hipócrita seguro de saúde. Mude-se, já que não lhe faz impressão que pessoas sejam deixadas a definhar à porta de Hospitais por não o terem. Não tente importar o lado nefasto das sociedades americana e inglesa (os casos mais flagrantes de Sistemas de Saúde justos e eficazes) para um país que nunca os quis, nem quer. Mude-se. Não há espaço para o aglomerado de burgueses mal-amanhados a que chama Partido, pelo menos, em Portugal. Boa ou má, é esta a nossa identidade: a que temos. Os Colégios onde põe os seus filhos a estudar, as Clínicas onde a sua esposa faz plásticas aos peitos é que destoam: não a gratuidade de serviços que, felizmente, temos, herdámos e que queremos preservar. É caso para dizer: se está mal, mude-se.
E um conselho para o CDS: se pretendem existir muito mais tempo, mudem de líder...