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Afinal, Bush isn't that bad...

Parece-me, infelizmente, que o bom senso exagerado semeou uma paz pró-conservadora na blogosfera, que motivou algumas pessoas a escreverem textos sobre abrangentes definições de “americanismo”, “anti-americanismo”, “anti-Bush”, etc., etc., etc.
Entenda-se uma coisa: eu não adiro ao anti-americanismo; parece-me uma corrente fundada em estereótipos e preconceitos de inferioridade. Quem me conhece, aliás, sabe como admiro os E.U.A., um país com uma diversidade cultural, com um cenário natural e urbano de embasbacar. Quem me conhece sabe, aliás, como admiro uma boa parte da população americana, tal como sinto um tremendo repúdio pela forma irracional (emotiva…?) como outra parte vê problemas tão amplos como o terrorismo.
Agora, o que me parece inovador, é esta corrente pró-Bush que aceita o sermão oco que este apregoa desde que abriu a boca, há uma semana. “América will pray for you” – pessoas isoladas em cima de telhados, pânicos, pilhagens: o que a América precisava era de alguém que rezasse. Mas isto é só a ponta do iceberg; o que realmente importa aqui é a transparência dos factos: havia legislação que previa reparações nos diques. A administração Bush não aprovou, o governador não reparou. Falhou. Falharam Ponto final. Alguma dúvida?

Depois, há sempre quem se surpreenda de aquando o Tsunami, ninguém tenha falado da actual situação política, dos meios disponíveis, etc, por exemplo, na Tailândia. Eu acho estas comparações exímias: afinal, estamos só a comparar uma potência mundial com um país subdesenvolvido. Mas não parece que isso faça muita diferença…Pelo menos, aos reis do bom senso…

"De repente, no país mais rico do mundo, na América do esplendor da tecnologia, da arrogância do império, da capacidade da guerra sem fim em qualquer parte do mundo, das sondas espaciais, na América da livre iniciativa, da concorrência sem limites, das mil oportunidades, na América do neoliberalismo sem barreiras; a tragédia de Nova Orleães fazia aparecer o Bangladesh, revelava a miséria, o horror e o caos dos piores cenários de desastre do Terceiro Mundo".
Fernando Rosas, PÚBLICO, 7-9-2005

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