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Monday morning

Segunda-feira iniciarei um novo ano num novo Universo, totalmente diferente de tudo aquilo a que me habituei. Vou conhecer a so called vida académica, dezenas de pessoas novas (muitas das quais do sexo oposto, espero), vou a convívios, vou ser praxado, vou beber e, claro, “se houver tempo”, estudar. Atenção: estava a brincar. Este é precisamente o motivo que me levou a escrever este texto.
Não sei se já tiveram oportunidade de estar em contacto com Universitários. Eu já, e posso dizer que se encontrei gente espectacular (entre elas o tão necessário “padrinho”), encontrei também alguns que me fazem compreender o descrédito que se tem nos alunos do Ensino Superior. Infelizmente, ouço relatos de amigos meus cujas expectativas em relação à praxe foram destronadas por meia dúzia de selvagens que vêem na praxe e no facto de serem tratados por “doutores” um excelente meio de descarregarem todas as frustrações pessoais que têm por estarem completamente à margem do espírito académico, da praxe e da própria Universidade. Isto é, se há estudantes que fazem por honrar Coimbra e a sua longa tradição académica, há outros, porém, que são os culpados pelo pavor com que algumas pessoas chegam à Universidade, com medos incutidos por relatos de histórias macabras que, infelizmente, muitas vezes são verdadeiras.
Aqui há dias estava sentado numa esplanada, a beber um bom café e a ter dois dedos de conversa, quando saído do nada, um amigo da pessoa que estava comigo se senta, e debita durante 20mn todas as suas aventuras enquanto Universitário. Foi “Mr. Caloiro”, fez um strip em cima da mesa, não fez uma única cadeira e não foi a uma única aula.
O meu bom senso dizia-me que esta peça teria aprendido, mas não. Limitou-se a encorajar-nos a fazer o mesmo, a não ir às aulas, “não precisam delas para nada”, and so on, and so on…
Eu, impávido e sereno, nem abri a boca. Esse meu amigo sorria, abanando a cabeça. E eu pensei se esta amostra de aluno universitário não corresponderia, de facto, à gigantesca fatia dos que “fazem o curso a partir de casa”. Eu sei que não estou lá, que não sei como são as aulas, que se calhar vou cair até no mesmo erro. No entanto, parece-me incrível que um estudante desencoraje tão convictamente outro a cumprir as suas supostas obrigações, ainda antes de as aulas começarem.
E, uma vez mais, tiro a mesma conclusão de sempre: isto explica, de facto, muita coisa…

Felizmente não passei por isso nesta última semana.
Posso gabar-me de ter sido altamente praxada, mas sem abusos, ou seja, tudo o que me disseram para fazer teve o objectivo de integrar a "caloirada" que, como muitos doutores me disseram: "não são palhaços nenhuns, e merecem respeito".
Por isso, para mim, a praxe é qualquer coisa que não esquercerei, mas no bom sentido, porque graças a ela, tenho conhecido imensas pessoas novas, quer do 1º quer dos outros anos, e tenho-me divertido imenso.
Quanto à frequeência das aulas, NUNCA fui incentivada a fazer o curso a partir de casa .
Aliás, já pude constatar que a praxe e o estudo são perfeitamente compatíveis. Apenas é necessário ter o discernimento para definir os timings .

sinceramt, esta cena td deixa-m mt trist... sera k é kase obrigatorio "fazer o cursos a partir d casa"? sera k nos vai contagiar exe espirito?

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