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2 Comunismos com pouco em comum.


É curioso (para quem assiste de fora) e preocupante (para quem está envolvido) o que se tem passado nos últimos anos com a ideologia comunista no nosso país.
É que, quanto ao que me é possível constatar, ouve uma cisão neste espaço de pensamento político.
Assim, num dos lados fica o “conservador” PCP, fiel as suas origens e convicções, cada vez mais idoso e desapoiado pelos Renovadores; estes fugitivos refugiam-se no BE ou, simplesmente, deixam a actividade política.
Ora, os velhos comunistas acusam os renovadores de perderem a verdadeira identidade comunista e virarem as costas à luta, ao passo que os renovadores (como o pai Louça) se indignam ao ouvirem o líder da bancada comunista dizer que a Coreia do Norte não é bem anti-democrática ou ao lerem, no jornal “O Avante”, que, afinal, Estaline até nem foi assim tão mau.
Para mim, que assisto a este fenómeno de fora, passa-se o seguinte: o PCP continua fiel a sua ideologia, travando meritoriamente a “velha” luta na defesa do operário, numa sociedade que em nada se identifica com a sociedade de há 30 anos; os Renovadores vivem numa angústia existencial, pois já não se reconhecem nos valores comunistas.
Em comum, quanto a mim, têm o facto de ainda não terem percebido que o comunismo, tal como o Fascismo, é uma forma de Governo anti-democrática, que nunca deu frutos nos países onde foi aplicada. Assim claro, quem é verdadeiramente comunista, a não ser que rejeite o passado do partido, ou apoia os governos “vermelhos”, ou então, mais nada lhe resta do que a saída do partido.
Por outro lado, contudo, acho produtivo para a sociedade que ainda exista que lute e defenda convictamente os seus valores como o PCP, mas sem passar disso, sem passar dos 6/7%...

Penso que a crise no comunismo também passa um pouco por aquilo que falei no outro texto sobre este...

Hmm... não creio que a dita "cisão" dentro do PC se deva a uma qualquer consciencialização por parte de alguns dos seus membros da verdade histórica do comunismo e, como tal, de um afastamento dessa mesma ideologia. O branqueamento ideológico do comunismo tem razões históricas ( o fim da 2ª Guerra, etc...) mas não me parece que seja essa a questão em discussão aqui. Do meu ponto de vista as saídas do PC devem-se simplesmente à forma autofágica com que comunismo preconiza o exercício do poder. Seja no governo de um qualquer país ou na direcção do próprio partido.

Limitei-me a basear-me nas opiniões de dois ex-comunistas: Francisco Louçã e Ricardo Araújo Pereira (aquele do Gato Fedorento). Mas isto é uma análise muito limitada da crise do Comunismo, pois essa crise passa, também, por outros aspectos, entre os quais esses 2.

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